segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Paulo Henrique Amorim: A manicure da Eliane Cantanhêde


Eliane Cantanhêde, colunista da Folha de São Paulo, manifesta sua indignação diante do fato de a popularidade do presidente Lula permanecer inabalada, depois da tentativa de Golpe de Estado de mídia conservadora (e golpista) com a queda do avião da TAM.


Cantanhêde, como há de se recordar o amigo leitor, defendeu até quando pôde que o avião da Gol caiu por causa do presidente Lula e, não, porque os pilotos americanos do Legacy tenham desligado o transponder – como depois se demonstrou.


Para entender por que a popularidade do presidente Lula não cai, Cantanhêde recorre à “prática de pessoas simples”, como a sua manicure, que acabou de chegar do interior do Piauí.


Lá, segundo essa “pessoa simples”, “se falar mal do Lula apanha”.


Por que? Porque segundo a pessoa simples – a manicure – e a pessoa complexa – a Cantanhêde – o Bolsa Família é uma “fábrica de vagabundos”, como ouvi recentemente.


Os estudos mostram que isso não é verdade. Mas, não importa. Para a mídia conservadora (e golpista), o Bolsa Família só era virtuoso quando estava sob a responsabilidade do Farol de Alexandria...


Segundo a pessoa complexa Eliane Cantanhêde, não tem a menor importância o que dizem o Datafolha e a Vox Populi (que também já tinha demonstrado, aqui, no Conversa Afiada, que o “causoaéreo” não tinha abalado a popularidade do presidente Lula.).


Segundo Cantanhêde, o que interessa é a posição da elite branca (e separatista, no caso da elite de São Paulo), que tem um poder qualitativo muito mais relevante: “Lula tem popularidade sólida, mas a reação de seus opositores é cada vez mais radicalizada. Não mexe nos índices das pesquisas, mas no clima geral. A questão não é apenas quantitativa, é também qualitativa,” diz Cantanhêde.


Com esses índices de popularidade, as pessoas complexas, de poder qualitativo superior, não têm saída mesmo: tem que radicalizar !


Fonte: Conversa Afiada


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