sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Fundador da Attac propõe distribuição da riqueza

Adital


Dentro da programação do simpósio Pobre Mundo Rico, o diretor geral do Le Monde Diplomatique e Fundador da Attac (Associação por uma Taxação das Transnacionais financeiras de Apoio à Cidadania), Bernard Cassen, abordou em Ferrol, na Espanha, a oligarquia e concentração da riqueza, o desperdício da sociedade do consumo e o papel dos meios de comunicação como veículos da ideologia neoliberal.

Cassen abordou, assim, as características de uma classe social de "super ricos", que são cada vez mais ricos e mais numerosos, uma riqueza que, por outro lado, fica concentrada nos países do Norte. Ressaltou o patrimônio desorbitado dessa capa superior, que aglutina a 9,5 milhões de ricos, no que apenas das 1.000 pessoas mais ricas do mundo se corresponde com a dívida pública de todos os páises em desenvolvimento.

O fundador da Attac quis indicar que estes ‘super ricos’ não são outros: os dirigentes das grandes corporações, que ganham 15.000 euros diários na França, e 430 vezes o salário médio dos trabalhadores de suas empresas nos Estados Unidos. Hoje em dia, afirmou, "o planeta está governado por una oligarquia que acumula lucros com uma voracidade digna dos ladrões do final do século XIX, a época do capitalismo selvagem dos Estados Unidos".

Desta forma, propôs a respeito uma nova divisão da riqueza: "diminuir os lucros da camada superior da sociedade e repartir o benefício para causas e problemas urgentes e imediatos."

Outro benefício que se deriva desta medida de repartição seria o que se limitaria aos efeitos da "rivalidade", explicou. Trouxe como exemplo a definição dos pobres disposta pelo Conselho da Europa, em 1984, segundo a qual são "pobres as pessoas com menos recursos (materiais, econômicos, sociais), que são debilitados, que estão excluídos dos modos de vida mínimos aceitáveis das sociedades".

Fonte: Clube Internacional de Prensa
www.clubinternacionaldeprensa.org

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