sábado, 26 de janeiro de 2008

Fluxo de palestinos ao Egito continua, agora com carros


Policiais egípcios observavam hoje na região da fronteira do país com a Faixa de Gaza o tráfego livre de palestinos que, pela primeira vez em grande número, usavam carros para fazer a travessia. Um dia depois de o Egito tentar em vão fechar os trechos de sua fronteira - destruída na quarta-feira -, as tropas do país receberam ordens de se afastarem da região na madrugada para evitar confronto com palestinos, informaram fontes ligadas à segurança egípcia.

De acordo com informações não confirmadas oficialmente, a fronteira deve permanecer aberta por mais três dias.

Hoje, o ministro de Relações Exteriores do Egito, Ahmed Aboul Gheit, afirmou que mais de 50 integrantes das forças de segurança do país estavam hospitalizados - alguns em estado grave - por causa de incidentes ocorridos na fronteira nos últimos dias. Centenas de carros de passeio e caminhões de grande porte com a placa registrada em Gaza cruzaram hoje a fronteira em busca de combustível e alimentos, que estão em falta por causa do bloqueio de Israel ao território palestino. No entanto, o tráfego fluía em ambos os sentidos da fronteira e muitos carros do Egito foram vistos em Gaza, entre eles, um caminhão que levava mercadorias avaliadas em US$ 65 mil - como queijo, doces e materiais de limpeza - para um supermercado da cidade.

Amanhã, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, deve encontrar-se com o premiê de Israel, Ehud Olmert, para pedir que ele coloque um fim ao bloqueio israelense na região. Israel fechou suas passagens fronteiriças com Gaza no dia 17, em represália pelos ataques com foguetes lançados contra cidades israelenses. Na semana passada, militantes palestinos dispararam cerca de 200 foguetes contra Israel, sem deixar vítimas. As autoridades israelenses responderam lançando ataques que deixaram pelo menos 40 palestinos mortos. Sob forte pressão internacional, Israel amenizou o bloqueio na terça-feira, permitindo a passagem de combustível para a usina elétrica palestina, alimentos, remédios e gás de cozinha.

Fonte: ultimoSegundo

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