domingo, 16 de março de 2008

É mico em cima de mico

.Andre Lux

Andre Lux

Eu tenho pena de quem ainda perde tempo lendo porcarias como Época, Veja, Folha, Estadão e afins ou assistindo aos Jornais Nacionais da vida.

Não apenas a pessoa gasta seu dinheiro e seu tempo precioso com lixo puro e simples, mas ainda paga mico repetindo as "informações" que esses veículos de direita enfiam em suas goelas abaixo como se fossem "verdades únicas".

A revista Veja, imbatível no conceito "jornalismo de esgoto", produziu mais uma barriga jornalística esta semana. Colocou em sua capa os dirigentes de esquerda da América Latina como se fossem bestas-feras do inferno (igual fez com os "radicais" do PT antes da primeira eleição do Lula), insinuando que eles querem é guerra no continente. Que nada!

Depois de uma reunião no Rio, quem teve que enfiar o rabo entre as pernas e aceitar a condenação da OEA foi justamente o queridinho da direita internacional, Álvaro Uribe, presidente da Colômbia que mandou invadir o território soberano do Equador para chacinar os guerrilheiros das FARC enquanto dormiam! E, no final do encontro, ainda teve que abraçar o Hugo Chávez, que segundo os aráutos da direita, é o anti-cristo em pessoa!

Outra derrota de Uribe, o capacho de Bush Jr., foi o desmascaramento da farsa dos US$ 300 milhões supostamente doados por Chávez às FARC. Segundo o governo da Colômbia, essa informação foi encontrada no computador do líder da guerrilha. Mas o jornalista da BBC, Greg Palast, teve acesso ao documento original e mostrou que a verdade é outra.

Com a palavra, o blogueiro e jornalista Antônio Mello:

"Veja o trecho de onde Uribe criou os US$ 300 milhões, e também de onde ele disse que o codinome de Chávez na operação seria Ángel.

Camaradas secretariado. Cordial saludo. Por dos días nos reunimos con Rodríguez. Conclusiones principales:
1- Con relación a 300, que en adelante llamaremos ossierya hay gestiones adelantadas por instrucciones del jefe del cojo, las cuales comentaré en nota aparte. Al jefe lo llamaremos Ángel, y al cojo Ernesto.
2- Para recibir a los tres liberados, Chávez plantea tres opciones: Plan A…[O documento está reproduzido aqui, na íntegra.]

Como se vê, o número 300 está relacionado à gestão para liberação de reféns. Provavelmente, segundo Palast, seria o número de reféns a serem libertos. E Chávez é citado como Chávez e não como Ángel.

A reportagem está na página de Palast desde 7 de março. No entanto, nossa grande imprensa não deu uma mísera notinha sobre a farsa.

OBS 1: Quem conseguiu esse furo por aqui foi o Abundacanalha, e em seguida o Argemiro Ferreira, na Tribuna da Imprensa."


São micos atrás de micos cometidos pela nossa gloriosa imprensa corporativa que, seguindo os dogmas do "deus mercados", visa o lucro acima de tudo e de todos.

Felizmente, ainda existem jornalistas sérios no mundo e é graças ao trabalho deles que as mentiras, as manipulações e os erros grosseiros cometidos pelos capachos do "deus mercado" e seu barões são expostos. E, graças à internet e ao trabalho dos blogueiros militantes, esses vexames vêem à tona cada vez mais rapido.

Só não vê quem é muito obtuso mesmo...
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