quinta-feira, 26 de junho de 2008

Governo de Ieda rejeita Software Livre nas escolas


Paula Cassandra


Porto Alegre (RS) – O Governo do Estado do Rio Grande do Sul e a Brasil Telecom firmaram convênio para a instalação de laboratórios de informática em cinco escolas da rede pública estadual, em Porto Alegre. A Brasil Telecom também está capacitando os educadores e alunos/monitores para usar a tecnologia. Para o próximo ano, está prevista a instalação de outras dez unidades nas instituições de ensino da cidade.

Nos laboratórios serão instaladas as ferramentas da Microsoft, apesar que o uso do Software Livre poderia diminuir expressivamente o custo da tecnologia aos cofres públicos. O presidente da Associação do Software Livre, Sady Jacques, afirma que as empresas que fazem os softwares proprietários pressionam os governos para utilizar a Microsoft.

“As instituições privadas que desenvolvem o software de forma proprietária, elas fazem há muitos anos um assédio permanente aos governos, que são grandes compradores de software para que os seus produtos sejam utilizados nas estruturas públicas, é o caso das secretarias de educação, por exemplo”, diz.

A responsável pela Central de Apoio Tecnológico à Educação, Zélia de Souza, afirma que o governo não cogitou o uso do Software Livre, porque é a Brasil Telecom quem ofereceu o convênio e já vem trabalhando com a Microsoft em outros estados.

“Esse é um projeto que eles estão oferecendo, então nesses laboratórios, no momento, eles estão oferecendo as capacitações, tudo no ambiente deles, da Microsoft. Então, vamos ter que trabalhar com a Microsoft nessas escolas. Não quer dizer que isso não possa colocar o software livre lá também”, diz.

Além do preço baixo, que pode chegar, até mesmo, ao custo zero, porque o Software Livre não tem ônus de licença, Jacques afirma que outra vantagem é a maior eficiência em atender as necessidades do usuário.

“É o fato delas disponibilizarem acesso ao seu código e, portanto, terem a possibilidade de uso e de desenvolvimento dessas ferramentas, atendendo necessidades que um determinado governo, secretaria ou órgão tenha. É mais difícil conseguir isso com softwares proprietários. Até é possível fazer, mas normalmente essas implementações têm um custo importante que é cobrado do cliente quando é demandado”, diz.

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