quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O que será que tem por trás disso tudo????


A deputada federal Luciana Genro, o vereador de Porto Alegre, Pedro Ruas, do PSOL, e o presidente estadual do partido, Roberto Robaina, darão entrevista coletiva hoje, às 14 horas, na sede estadual da legenda, no bairro Cidade Baixa. Tema da coletiva: revelações sobre o ex-assessor do governo do Estado em Brasília, Marcelo Cavalcante, encontrado morto na terça-feira.

Em entrevista ao jornal Zero Hora, a viúva de Cavalcante, Magda Koenigkan, revelou que ele estava muito apreensivo nos últimos dias com um depoimento ao Ministério Público Federal, marcado para depois do Carnaval. A empresária disse ainda que Marcelo tinha sido convidado pela governadora Yeda Crusius para retomar o trabalho na “embaixada” gaúcha em Brasília, mas que teria se recusado em função da mudança de equipe no governo.

Marcelo foi Chefe de Gabinete de Yeda ao tempo dos mandatos de deputada federal. Quando se elegeu governadora, ela o convidou para ser o chefe do escritório de representação do Estado em Brasília. Quando a Operação Rodin estourou e surgiram gravações de conversas de Marcelo com Lair Ferst, a governadora deu ao escritório de Brasília status de secretaria. Com isso, Marcelo passou a desfrutar dos mesmos privilégios do primeiro escalão, entre eles o fórum privilegiado.

Pessoas que conviveram com Marcelo no tempo da campanha de Yeda para o governo, dão conta de que ele e Lair dividiam a coordenação estratégica, a mobilização e a arrecadação de fundos. Os dois, mais Sandra Terra e Valna Villarins (a misteriosa secretária que apesar dos amplos poderes que detém no Piratini continua sendo uma figura desconhecida de quase todo mundo), formariam o grupo mais próximo de Yeda.

Cavalcante era amigo de Lair Ferst. Amizade que vem desde os tempos em que trabalhavam juntos no gabinete do deputado, já falecido, Nelson Marchezan. Não foi por acaso que Lair confiou a Marcelo uma carta em que denunciava à governadora a existência de uma máfia agindo no governo tucano. À CPI do Detran, Lair disse que a carta não existia mas, dias depois, a Polícia Federal confirmou a existência da missiva avaliando-a como uma "confissão extrajudicial da fraude do Detran". Na carta, Lair citava José Fernandes (dono da Pensant), Antônio Dorneu Maciel, Flavio Vaz Netto, Chico Fraga, José Barrionuevo, João Luiz Vargas e Francisco Coronel como os integrantes da tal máfia a que havia se referido. Publicamente, Marcelo sustentou que a carta não fora entregue à Yeda porque Lair não lhe apresentara provas das acusações. Pouca gente acredita nisso.

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