terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

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Governo de Lee Myung Bak faz ressurgir a repressão fascista na Coréia do Sul

O governo do sul da Coréia anunciou no fim de 2008 a decisão de instalar um comitê especial para investigar sobre os direitos humanos na Coréia do Norte, argumentando que, supostamente, a RPDC não respeita os direitos humanos.

Ato seguido, a Frente Democrática da Coréia do Sul declarou em Seul que “o grupo de Lee Myung Bak, desde que assumiu o poder há cerca de um ano, vem difamando e caluniando a Coréia Popular em adesão à campanha norte-americana contra o Norte no que se refere à questão dos direitos humanos. Tal atitude do governo do sul mostra a natureza servil aos interesses dos EUA e conflituosa em relação aos conacionais”.

Lee Myung Bak, ao receber Bush em Seul em agosto de 2008 pôs-se de acordo com as palavras ofensivas contra a RPDC por ele proferidas durante sua estadia na capital sulista, e prometeu-lhe “fomentar os problemas relativos aos direitos humanos na RPDC”.

Deixando de olhar o próprio rabo, e submissa ao derrotado Bush, na última reunião da ONU a Coréia do Sul voltou a apresentar proposta de resolução condenando a RPDC por violação dos direitos humanos.

É fato que, depois que Lee Myung Bak assumiu o governo no sul da Coréia houve grande retrocesso nas negociações de paz na península coreana e ressurgiu no país a repressão fascista que prende estudantes, reprime manifestações de trabalhadores, invade jornais, TVs e sedes de entidades democráticas de oposição, que vêem seus arquivos vasculhados e seus documentos confiscados ilegalmente.

Em meados de dezembro foi detido para interrogatório Ri Sok Haeng, presidente da CSS - Confederação Nacional dos Sindicatos da Coréia do Sul, por sua participação nas manifestações que tomaram conta da capital e do interior do país contra a importação de carne dos EUA. Imediatamente, o Tribunal local de Seul emitiu uma ordem de prisão. Ri Sok Haeng foi preso por “violar” a lei de reunião e manifestação.

A Confederação Nacional dos Sindicatos (CSS) - e o próprio Ri - é hoje uma espinha na garganta do governo conservador de Lee que quase sofreu um impeachment tamanha a insatisfação popular com seu governo. Tais insatisfações têm se agudizado com a repressão às manifestações e atividades convocadas pelo movimento democrático e pelos trabalhadores liderados pela CSS. É patente violação dos direitos humanos no sul da Coréia e por isso, tem crescido no movimento democrático a exigência de que a questão da violação dos direitos humanos no sul pelo governo de Lee Myung Bak seja discutida internamente e nos fóruns internacionais.

“A iniciativa de Lee e seu partido, o conservador GPN, de criar um comitê para investigar se a RPD da Coréia viola ou não os direitos humanos é apenas uma tentativa de desviar a atenção dos próprios problemas e submeter mais uma vez os sul-coreanos aos interesses de forças estrangeiras”, afirmou o porta-voz da Frente Democrática do Sul da Coréia.

Ao contrário do que diz o governo de Seul, a Coréia Popular não desrespeita os direitos humanos, mas os garante ao seu povo. A RPDC por ter um governo socialista assume como tarefa do Estado garantir as necessidades crescentes das massas, de toda a população. Tendo em conta o interesse coletivo é mais democrática do que qualquer pseudo democracia liberal.


ROSANITA CAMPOS

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