terça-feira, 24 de março de 2009

Maioria de mortos em Gaza foram civis




Gaza (Prensa Latina) O Centro Palestino para os Direitos Humanos (CPDH) confirmou nesta sexta (13) dois mil 434 mortos em Gaza durante os 22 dias de bombardeios israelenses, 960 foram civis, incluídos um número significativo de crianças e mulheres. Do total de vítimas fatais, 239 foram oficiais da polícia e só 235 eram combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outros grupos, assinalou o CPDH em seu site. Até agora fontes da ONU e meios jornalísticos manejavam a cifra a mais de mil 350 mortos e cinco mil 300 feridos palestinos pelos bombardeios por ar, mar e terra contra este enclave iniciados em 27 de dezembro de 2008. O CPDH acrescentou que 238 crianças e 121 mulheres perderam a vida pelos ataques, enquanto coincidiu com o Ministério de Saúde do governo de Hamas em Gaza no total de cinco mil 303 feridos, incluídos mil 606 infantes e 828 mulheres. De acordo com os pesquisadores do grupo humanitário, as estatísticas corroboram que os militares israelenses fizeram uso excessivo e indiscriminado da força, violando o princípio de distinção” entre civis e combatentes. Os níveis “desproporcionais” de baixas fatais entre civis e milicianos islâmicos evidenciam que os israelenses não respeitaram esse princípio, apontou o CPDH, ao anunciar que publicará na próxima semana uma lista com a identidade dos falecidos, em árabe e inglês. O referido centro defende uma investigação internacional dos “crimes cometidos pelas forças de Israel” e “o julgamento de todas as autoridades políticas e militares” responsáveis. Tel Aviv declarou um cessar fogo unilateral em 18 de janeiro, três semanas depois de utilizar inclusive armas e munições como fósforo branco em zonas civis, o qual proíbem tratados internacionais. Atualmente a situação considera-se volátil nesta faixa costeira devido à negativa de Israel de assinar com Hamas um acordo de cessar do fogo duradouro e condicioná-lo à libertação do soldado israelense Gilad Shalit, capturado em 2006. Apesar dos esforços mediadores do Egito, grupos palestinos continuam disparando foguetes contra o território israelense em resposta aos bombardeios da aviação israelense e ao bloqueio das cruzes fronteiriços. Segundo fontes locais, Hamas criticou ontem o lançamento de foguetes e morteiros, e pediu às milícias islâmicas que executam essas ações depor sua atitude por ocorrer “no momento equivocado”, em um aparente esforço por facilitar o lucro de uma trégua em longo prazo.

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