terça-feira, 26 de maio de 2009

Ocidente em polvorosa contra teste nuclear da Coreia

Ocidente em polvorosa contra teste nuclear da Coreia

Do sitio PatriaLatina



Comitê de Relações Culturais com o Estrangeiro da República Popular Democratica da Coreia publicou nesta segunda-feira uma nota a respeito do segundo teste nuclear subterrâneo realizado pelo governo do país no último fim de semana.

Segundo Alejandro Cao de Benós de Les y Pérez, delegado especial do Comitê, ''as resoluções do Conselho de Segurança da ONU não importam em absoluto à RPD da Coreia, que considera tais estamentos uma desculpa das superpotências.

As potências ocidentais, como Estados Unidos e União Europeia, protestaram contra o teste realizado por Pyongyang. O Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan), instituição imperialista que congrega as nações como maior número de ogivas nucleares do planeta, afirmou raivosamente que a ação da RPDC foi "irresponsável".

O ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, afirmou que o país está "preocupado" e que os testes são "um golpe nos esforços de não proliferação". Na China, o ministério do Exterior disse em um comunicado que "o governo chinês é contra, de forma resoluta, o teste nuclear da RPD da Coreia".

Leia abaixo a íntegra da nota, reproduzida a partir do original no site Kaos en la Red.

República Popular Democrática da Corea tem direito soberano ao desenvolvimento de sua defesa.

A política internacional de duplo sentido dos Estados Unidos é evidente. Enquanto esse país armazena milhares de ogivas nucleares, realizando testes dentro e fora de seu território, e sendo a única nação que usou armas nucleares contra outros povos, acusa a RPDC de ''provocação'' e de ''nação perigosa que age contra a opinião pública internacional''.

Outras potências nucleares, como França ou Israel, realizam ensaios de magnitude muito maior e de forma regular, sem receber nenhum tipo de condenação.

O problema é que a ''opinião pública internacional'' é uma metáfora, que na realidade se refere à propaganda imperialista e unilateral da Casa Branca, que crê ter a primazia de representar a voz de todos os povos e de ter o direito de impor sua cultura e economia ao restante das nações.

As resoluções do Conselho de Segurança da ONU não importam em absoluto à RPDC, que considera tais estamentos uma desculpa das superpotências para justificar seus próprios planos políticos-estratégicos (como a invasão do Iraque ou a própria Guerra da Coreia).

Como consequência do comunicado do Conselho de Segurança de 13 de abril de 2009, em que se condenava o lançamento do satélite artificial civil Kwanmyongsong-2, nosso Ministério de Relações Externas declarou nulas as conversações multilaterais de seis partes, já que considerou absurdo prosseguir em conversações de aproximação com os EUA, enquanto estes seguiam impondo sanções e violando o direito básico de nossa república.

Os Estados Unidos devem saber que a RPDC jamais se submeterá a um processo de subordinação. Os Estados Unidos devem aprender a respeitar e tratar como igual o nosso governo.

A RPDC deseja a paz, mas não se ajoelhará ante os Estados Unidos para consegui-la.

O Exército e o povo deste país estão preparados tanto para a paz como para a guerra.

As sanções dos Estados Unidos são tão antigas quanto a criação da RPDC. Nosso país viveu sob sanções contínuas e pode seguir vivendo com elas.

A Guerra da Coreia, entre os Estados Unidos e a RPDC, se deteve após a assinatura do armistício de 27 de julho de 1953. Isto representa que as duas nações se encontram, todavia, tecnicamente em guerra. O governo da RPDC tenta há muitos anos substituir o acordo de trégua por um tratado de paz definitivo, mas o governo americano se negou até hoje.

Isso só acontece porque o governo de Washington se reserva ao direito de voltar a invadir o norte da Coreia, sendo assim, qualquer campanha propagandística da administração Obama será completamente ignorada se não estiver fundamentada em tentativas reais de aproximação.

Como se observou regularmente por meio das agências de notícias oficiais, o desenvolvimento nuclear da RPDC é puramente defensivo e dissuassivo, e isso demonstrou ser a única salvaguarda do país frente à agressão imperialista (lembremos coo o ex-presidente George W. Bush passou de uma postura bélica a uma política de aproximação em seus últimos anos de mandato após a RPDC ter se declarado um Estado nuclear.

Os Estados Unidos são os primeiros interessados em que a RPDC não tenha tecnologia nuclear, já que temem que este material possa ser vendido a outros países e organizações.

A RPDC é uma nação muito mais estável e unida que os Estados Unidos, por isso não existem atos terroristas ou possibilidades de infiltração científica, e é nossa política invariável o repúdio ao terrorismo e à facilitação de tecnologia nuclear a terceiros.

A RPDC recorda que os Estados Unidos são os primeiros produtores e exportadores de armas no mundo. Que financiaram dezenas de guerrilhas e invasões ilegais e que têm literalmente ocupada a Coreia do Sul, desde o ano de 1953, com suas bases , militares, estacionando nelas mais de 30 mil soldados, submarinos, bombardeiros e navios com mísseis nucleares.

São sos Estados Unidos os únicos que ameaçam a paz na península Coreana, ainda assim tentam criminalizar a RPDC, evadindo-se de suas responsabilidades.

Enquanto os Estados Unidos continuarem sua política externa de arrogância e pressão, a RPDC continuará seu próprio caminho, realizando tantos testes defensivos de mísseis e nucleares quanto forem precisos.

Alejandro Cao de Benós de Les y Pérez

Delegado Especial

Comitê de Relações Culturais com o Exterior

Governo da RPD da Coreia

Kaosenlared

Texto: Alejandro Cao de Benós de Les y Pérez

Um comentário:

Anônimo disse...

esse alejandro é unico estrangeiro q o coreia do norte consegue manipular. uma pessoa manipulada e e alienada .