Fontes do Ministério de Assuntos Exteriores de Israel
informaram neste sábado (10/7) à imprensa local que o país chegou a um
acordo com Grécia e Moldávia para impedir que um navio com ajuda
humanitária fretado pela Líbia chegue à Faixa de Gaza.
Segundo as fontes, o ministro de Assuntos Exteriores israelense,
Avigdor Lieberman, conseguiu o acordo com colegas da Grécia, Dimitris
Droutsas, e da Moldávia, Lurie Leanca.Os dois países se comprometeram
com Lieberman a realizar esforços para impedir que o navio, de bandeira
moldávia, abandone o porto grego no qual se encontra, de acordo com os
sites dos jornais israelenses Ha'aretz e Yedioth Ahronoth.O acordo prevê
que o navio deve se comprometer a seguir para o porto egípcio de El
Arish, próximo a Gaza, caso deixe a Grécia.
Na sexta-feira (10/7), a imprensa grega noticiou que um navio
cargueiro fretado por uma organização
islâmica presidida por Saif Gadafi, filho do líder líbio Muammar
Kadafi, estava para zarpar de um porto grego para tentar romper o
bloqueio israelense à Faixa de Gaza.
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Israel também pediu à ONU para que impeça que o navio tente romper o
bloqueio, alegando que já satisfez as exigências internacionais de abrir
a faixa à livre entrada de produtos de consumo.
Em carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a embaixadora
israelense na entidade, Gabriela Shalev, pressiona a comunidade
internacional "a exercer sua influência sobre o governo da Líbia para
que demonstre responsabilidade e impeça a saída do navio".
"Sob o direito internacional, Israel se reserva o direito de impedir
que o navio viole o bloqueio naval imposto à Faixa de Gaza", escreve
Shalev.
Israel impôs um bloqueio à Faixa de Gaza em 2007, quando o movimento
islamita Hamas assumiu o controle desse território e expulsou os
moderados aliados ao presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina),
Mahmoud Abbas. Um ano antes, após a captura do soldado Gilad Shalit por
três milícias palestinas, Israel já tinha imposto medidas restritivas à
livre passagem de pessoas e mercadorias procedentes ou com destino à
Faixa.
No mês passado, o país suspendeu boa parte das restrições por conta
das pressões internacionais pela morte de nove ativistas turcos na
abordagem israelense a um grupo de seis navios que se dirigiam a Gaza
com ajuda humanitária. No entanto, o bloqueio terrestre, marítimo e
aéreo continua, para impedir que armas cheguem às mãos das milícias
palestinas.
Desde os fatos do ataque à frota de seis navios, no último dia 31 de
maio, várias organizações islamitas no Líbano e no Irã anunciaram que
enviarão navios com ajuda humanitária para o território.
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