Ovadia Yosef usou duras palavras durante seu sermão semanal no sábado |
Lamentável essa manifestação do rabino Ovadia Yosef, demonstrando todo o ódio e o desejo de aniquilação de irmãos semitas.A matéria está no Jornal do Comércio de hoje...
O influente rabino Ovadia Yosef disse, durante seu
sermão semanal no sábado, que o líder palestino Mahmud Abbas e seu povo
deveriam “desaparecer deste mundo”. “Que todas essas pessoas sórdidas
que odeiam Israel, como Abu Mazen (o nome popular de Abbas), desapareçam
deste mundo”, declarou Yosef, líder espiritual do partido religioso
Shas que faz parte da coligação de governo de Israel.
“Possa
Deus atingir com a praga todos os horríveis palestinos que perseguem
Israel”, falou ele, dias antes de o primeiro-ministro israelense
Benjamin Netanyahu reunir-se com Abbas em Washington para a retomada das
conversações diretas de paz. O negociador-chefe dos palestinos, Saeb
Erekat, condenou as palavras do rabino, destacando que elas eram “um
incitamento ao genocídio” e pediu que o governo israelense “faça mais
pela paz e pare de espalhar o ódio”.
“O líder espiritual do
Shas está literalmente convocando um genocídio contra os palestinos e
parece não haver resposta do governo israelense”, disse Erekat em
comunicado. “Yosef está pedindo particularmente o assassinato do
presidente Abbas que, em poucos dias, estará sentado frente a frente com
o primeiro-ministro Netanyahu. É assim que o governo israelense se
prepara para um acordo de paz?”
Com a iminência do encontro de
quinta-feira em Washington, Erekat pediu à comunidade internacional que
“condene o incitamento ao genocídio por figuras públicas de Israel”.
Segundo Nissim Zeev, deputado do Shas, cujo partido tem 11 cadeiras no
Parlamento de 120 integrantes, Yosef estava tentando expressar o desejo
transmitido pelos textos sagrados judaicos segundo os quais Deus
eliminaria os inimigos de Israel para abrir caminho para a paz.
No
passado, o poderoso mentor do Shas, um rabino nascido em Bagdá que está
perto dos 90 anos, se referiu aos árabes e palestinos como “cobras” e
“víboras” que estavam “reunindo-se como formigas”. No final dos anos
1980, porém, ele apoiou um compromisso territorial com os palestinos.
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