quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O discurso ocultado do presidente iraniano


por Mahmoud Ahmadinejad [*]

Os media corporativos dominantes fartaram-se de criticar o último discurso do Presidente do Irão. No entanto, que se saiba, nenhum deles publicou o texto integral do referido discurso. Este episódio mostra como funciona a barreira de ocultação dos factos e a desinformação. O palavrório do sr. Obama a criticar o discurso de Ahmadinejad foi amplamente exibido nos noticiários da TV portuguesa — mas não o próprio discurso criticado. Isso mostra bem a manipulação dos media dominantes. Não publicam textos, como este, que contenham demasiadas verdades. Falar do 11/Set, da espoliação do povo palestino ou das armas nucleares da entidade sionista é assunto tabu.
Ao publicar o discurso resistir.info está a cumprir o papel que deveria caber aos media que gostam de apregoar-se como "referência".
'Cartoon de Langer. Senhor Presidente,
Excelências,
Senhoras e Senhores,


Sou grato a Deus Todo Poderoso que me concedeu a oportunidade de estar mais uma vez perante esta assembléia mundial. Quero começar homenageando aqueles que perderam suas vidas nas terríveis cheias do Paquistão e expressar minha profunda simpatia às famílias que perderam seus entes queridos, assim como às pessoas e ao governo do Paquistão. Solicito a todos que ajudem seus irmãos, homens e mulheres, como um dever humanitário.

Permitam-me que agradeça a S.E. o Sr. Ali Abdussalam Treki, o Presidente da 64ª. Sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas, por seus esforços durante seu mandato. Também quero cumprimentar S.E. o Sr. Joseph Deiss, Presidente da 65ª. Sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas e desejar-lhe êxito.

No passado, eu lhes falei acerca de algumas esperanças e preocupações, incluindo crises familiares, segurança, dignidade humana, economia mundial, mudanças climáticas assim como a aspiração por justiça e pela paz duradoura.

Depois de cerca de 100 anos de dominação, o sistema do capitalismo e da ordem mundial existente demonstrou-se incapaz de fornecer soluções apropriadas aos problemas das sociedades, chegando assim ao seu fim. Tentarei examinar as duas causas principais deste fracasso e delinear algumas características da ordem futura ideal.

A) Atitudes e Crenças

Como estão cientes, os profetas divinos tiveram por missão conclamar todos ao monoteísmo, amor e justiça e mostrar à humanidade o caminho da prosperidade. Eles convidaram os homens à contemplação e ao conhecimento a fim de melhor apreciarem a verdade e evitarem o ateísmo e o egoísmo. A verdadeira natureza da mensagem de todos os profetas é única. Cada mensageiro endossou o mensageiro que o antecedeu e transmitiu as boas novas sobre o profeta que viria e apresentaria uma versão mais completa da religião de acordo com a capacidade do homem a esta época. Isso continuou até o ultimo mensageiro de Deus, que apresentou a religião perfeita e abrangente.

Em oposição a isso, os egoístas e os avaros são contrários a este chamado claro, revoltando-se contra a mensagem.

Nimrod se opôs a Hazrat Abraham, o faraó se opôs a Hazrat Moses e os avarentos se opuseram a Hazrat Jesus Christ e Hazrat Maomé (a paz esteja com ele). Em séculos recentes, a ética e os valores humanos foram rejeitados como sendo a causa do atraso. Eles foram inclusive retratados como opositores do conhecimento e da ciência devido às antigas aflições impostas ao homem pelos proclamadores da religião nas épocas obscuras do Ocidente.

A desconexão do homem com o Paraíso afastou-o de si próprio.

O homem, com seu potencial de entendimento dos segredos do universo, seu instinto pela busca da verdade, suas aspirações por justiça e perfeição, sua busca pela beleza e pela pureza e sua capacidade de representar Deus na terra, foi reduzido a uma criatura limitada ao mundo material com a missão de maximizar os prazeres individualistas. O instinto humano, então, substituiu a verdadeira natureza humana.

Os seres humanos e as nações consideraram-se rivais e a felicidade de um indivíduo ou de uma nação foi definida como confronto, eliminação ou supressão das outras. A cooperação evolucionária construtiva foi substituída por uma luta destrutiva pela sobrevivência.

O desejo pelo capital e pela dominação substituiu o monoteísmo, que é a porta para o amor e para a unidade.

A luta generalizada do egoísta com os valores divinos abriu caminho para a escravidão e o colonialismo. Grande parte do mundo está sob o domínio de alguns Estados ocidentais. Dezenas de milhões de pessoas foram escravizadas e dezenas de milhões de famílias foram despedaçadas por causa disso. Todos os recursos, direitos e culturas das nações colonizadas foram saqueados. Terras foram ocupadas e o povo nativo foi humilhado e dizimado.

Mesmo assim, nações se levantaram, o colonialismo foi rejeitado e a independência das nações reconhecida. Assim, a esperança por respeito, prosperidade e segurança renasceu nessas nações. No começo do século passado, discursos bonitos sobre liberdade, direitos humanos e democracia criaram a esperança de cura das profundas feridas do passado. Hoje, entretanto, não apenas aqueles sonhos não foram realizados como lembranças muitas vezes piores que as anteriores foram registradas.

Como resultado das duas guerras mundiais, da ocupação da Palestina, das guerras da Coréia e do Vietnam, da Guerra do Iraque contra o Irã, da ocupação do Afeganistão e do Iraque, assim como de muitas guerras na África, centenas de milhões de pessoas foram mortas, feridas ou deslocadas.

O terrorismo, as drogas ilícitas, a pobreza e a desigualdade social aumentaram. Os governos ditatoriais e golpistas na América Latina cometeram crimes sem precedentes com apoio do Ocidente.

Ao invés do desarmamento, expandiu-se a proliferação e o estoque de armas nucleares, biológicas e químicas, colocando o mundo sobre uma ameaça maior. Como resultado, os mesmos velhos objetivos dos colonialistas e dos escravagistas foram, mais uma vez, perseguidos,sob novo disfarce.

B) A gerência global e as estruturas de domínio

A Liga das Nações e, depois, as Nações Unidas, foram estabelecidas com a promessa de promover a paz, a segurança e a realização dos direitos humanos, o que de fato significa uma gestão global.

A governação do mundo pode ser analisada examinando-se três eventos:

Primeiro, o evento de 11 de setembro de 2001, que afetou o mundo todo por quase uma década.

Rapidamente, as notícias do ataque às torres gêmeas foram televisionadas usando numerosas imagens do incidente.

Quase todos os governos e personalidades conhecidas condenaram fortemente este incidente.

Mas então a máquina de propaganda começou a funcionar a pleno vapor; ficou implícito que o mundo todo estava exposto a um grande perigo, chamado terrorismo, e que a única maneira de salvar o mundo seria enviar forças ao Afeganistão.

Finalmente o Afeganistão, e logo após o Iraque, foram ocupados.

Por favor, notem que:

Foi dito que cerca de 3000 pessoas foram mortas em 11 de setembro, pelas quais estamos todos muito entristecidos. Mas, até afora, no Afeganistão e no Iraque centenas de milhares de pessoas foram mortas, milhões feridos e desalojados e o conflito ainda continua a se expandir.

Na identificação dos responsáveis pelo ataque, há três pontos de vista:

1 – Que um grupo terrorista complexo e muito poderoso, capaz de passar com sucesso por todas as camadas de inteligência e segurança americanas, efetuou os ataques. Este é o principal ponto de vista defendido pelos funcionários do governo americano.

2 – Que alguns segmentos dentro do governo dos EUA orquestraram o ataque para reverter o declínio da economia Americana e seus agregados no Oriente Médio a fim de salvar o regime sionista. A maioria do povo americano, assim como outros países e políticos, concordam com esta opinião.

3 – Foi levado a cabo por um grupo terrorista mas o governo americano apoiou e se aproveitou da situação. Aparentemente, este ponto de vista tem poucos defensores.

A principal evidência ligada ao incidente foram alguns passaportes encontrados no imenso volume de detritos, e um vídeo mostrando uma pessoa cujo domicílio é desconhecido, mas anunciou-se que a mesma havia estado envolvida em negócios petrolíferos com alguns funcionários americanos. Isso também foi encoberto, e se disse que devido à explosão e ao fogo nenhum traço dos atacantes suicidas foi encontrado.

Restam, todavia, algumas perguntas a serem respondidas:

1 – Não teria sido sensato que logo no início uma investigação completa tivesse sido conduzida por grupos independentes para identificar sem margem de dúvidas os elementos envolvidos no ataque, delineando-se em seguida um plano racional para tomar medidas contra eles?

2 – Assumindo o ponto de vista do governo americano, é racional deflagrar uma guerra clássica com movimentação generalizada de tropas que levaram à morte de centenas de milhares de pessoas para combater um grupo terrorista?

3 – Não seria possível ter agido da forma que o Irã agiu no combate ao grupo terrorista Riggi, que matou e feriu 400 pessoas inocentes no Irã? Na operação iraniana, nenhum inocente foi ferido.

Propõe-se que as Nações Unidas estabeleçam um grupo independente de pesquisa dos fatos envolvidos no evento de 11 d e setembro, de modo que no futuro não seja proibido que se expressem opiniões sobre isso.

Eu gostaria de anunciar que no próximo ano a República Islâmica do Irã sediará uma conferência para estudar o terrorismo e os meios de combatê-lo. Eu convido funcionários, acadêmicos, pensadores, pesquisadores e institutos de pesquisa de todos os países a participar desta conferência.

Em segundo lugar, está a ocupação dos territórios palestinos

O povo oprimido da Palestina tem vivido sob o domínio de um regime de ocupação por 60 anos, tendo sido privados de liberdade, segurança e direito à auto-determinação, enquanto aos ocupantes é concedido o reconhecimento. Diariamente, as casas estão sendo destruídas sobre as cabeças de mulheres e crianças inocentes. Pessoas estão privadas de água, comida e remédios em sua terra natal. Os sionistas impuseram cinco guerras devastadoras sobre os países vizinhos e sobre o povo da Palestina.

Os sionistas cometeram os mais terríveis crimes de Guerra contra o povo indefeso nas guerras contra o Líbano e contra Gaza.

O regime sionista atacou uma flotilha humanitária em flagrante desacato a todas as normas internacionais, e assassinou civis.

Este regime, que goza do apoio absoluto de algumas nações ocidentais, ameaça regularmente os países da região e continua a anunciar publicamente o assassinato de personalidades palestinas e outros, enquanto os defensores palestinos e aqueles que se opõe a este regime são pressionados, rotulados como terroristas e anti-semitas. Todos os valores, mesmo o da liberdade de expressão, na Europa e nos estados Unidos, estão sendo sacrificados no altar do Sionismo.

As soluções estão fadadas as fracasso porque o direito do povo palestino não está sendo levado em conta.

Teríamos testemunhado esses crimes horrendos se ao invés de reconhecer a ocupação, o direito soberano do povo palestino houvesse sido reconhecido?

Nossa proposição inequívoca é o retorno dos refugiados palestinos à sua terra e a indicação para votação do povo palestino no exercício de sua soberania, decidindo qual o tipo de governo que desejam.

Em terceiro lugar, está a energia nuclear

A energia nuclear é limpa e barata e uma dádiva dos céus que está entre as alternativas mais adequadas para reduzir a poluição gerada pelos combustíveis fósseis.

O Tratado de Não–proliferação (TNP) permite que todos os Estados-membros utilizem energia nuclear sem limites, e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi constituída para fornecer apoio técnico e legal a todos os Estados-membros.

A bomba nuclear é a pior das armas desumanas e deve ser totalmente eliminada. O TNP proíbe seu desenvolvimento e armazenagem e defende o desarmamento nuclear. Não obstante, notem o que alguns membros permanentes do Conselho de Segurança, e detentores de bombas nucleares, têm feito:

Eles tem equiparado a energia nuclear à bomba nuclear, e distanciaram esta energia do alcance da maioria dos países ao estabelecer monopólios e pressionar a AIEA. Mas ao mesmo tempo eles continuaram a manter, expandir e aperfeiçoar os seus próprios arsenais nucleares.

Isso implicou no que se segue:

Não apenas o desarmamento nuclear não foi realizado mas também bombas nucleares têm proliferado em algumas regiões, inclusive no regime sionista ocupante e intimidador.

Eu gostaria de propor aqui que o ano de 2011 seja proclamado o ano do desarmamento nuclear e da "Energia Nuclear para Todos, Armas Nucleares para Ninguém". Em todos esses casos as Nações Unidas têm sido incapazes de tomar um curso efetivo de ação. Infelizmente, na década proclamada como "Década Internacional pela Cultura da Paz" centenas de milhares foram assassinados e feridos como resultado de Guerra, agressão e ocupação, e as hostilidades e o antagonismo crescem.

Senhoras e Senhores,

Bem recentemente o mundo testemunhou o ato feio e desumano da queima do Sacrado Corão. O Sagrado Corão é o Livro Divino e o eterno milagre do Profeta do Islã. Ele chama à adoração do único Deus, justiça, compaixão entre as pessoas, desenvolvimento e progresso, reflexão e meditação, defesa dos oprimidos e resistência contra os opressores: e nomeia respeitosamente os Mensageiros de Deus precedentes, como Noé, Abraão, Isaac, José, Moisés e Jesus Cristo (A Paz esteja com Eles) e os endossa. Eles queimaram o Corão para queimar todas essas verdades e boas opiniões. Todavia, a verdade não pode ser queimada. O Corão é Eterno porque Deus e a Verdade são eternos. Este ato e qualquer outro ato que aumente a divisão e as distâncias entre as nações são maus. Deveríamos sabiamente evitar brincar nas mãos de Satã. Em nome da nação iraniana eu presto respeito a todos os Livros Divinos e seus seguidores. Este é o Corão e esta é a Bíblia. Eu presto meu respeito a ambos.

Estimados Amigos,

Por anos a ineficiência do capitalismo e as estruturas e gestão atuais do mundo foram expostas, e a maioria dos Estados e nações tem estado em busca de mudanças fundamentais e da prevalência da justiça nas relações globais.

A causa na inaptidão das Nações Unidas é sua estrutura injusta. O principal poder está monopolizado no Conselho de Segurança devido ao privilégio de veto,e o principal pilar da Organização, ou seja, a Assembléia Geral, está marginalizada.

Nas décadas passadas, pelo menos um dos membros permanentes do Conselho de Segurança tem sido sempre parte nas disputas.

O privilégio do voto assegura impunidade à agressão e à ocupação. Como se poderia, assim, esperar competência quando tanto o juiz quanto o promoter são parte na disputa?

Se o Irã gozasse do privilégio do veto, o Conselho de Segurança e o Diretor-Geral da AIEA teriam tomada a mesma posição na questão nuclear?

Caros Amigos,

As Nações Unidas são cruciais para a coordenação da gestão global comum. Sua estrutura necessita reformas de modo que todos os Estados e nações independentes possam participar ativa e construtivamente na governança global.

O privilégio do veto deveria ser refogado, e a Assembléia Geral deveria ser o órgão supremo e o Secretário-Geral deveria ser o funcionário mais independente e todas as suas posições e atividades deveriam ser tomadas com aprovação da Assembléia Geral e deveriam ser direcionadas à promoção da justice e à eliminação das discriminações.

O Secretário-Geral não deveria poder ser pressionado por potências e/ou pelo país que sedia a Organização por sua defesa da verdade e administração da justiça.

Sugere-se que a Assembléia Geral deveria, dentro de um ano e no contexto de uma sessão extraordinária, finalizar a reforma da estrutura da Organização.

A República Islâmica do Irã tem sugestões claras a este respeito e está pronta a participar ativa e construtivamente deste processo.

Senhoras e Senhores,

Anuncio com clareza que a ocupação de outros países sob o pretexto de liberdade e democracia é um crime imperdoável.

O mundo precisa da lógica da compaixão e justiça e participação inclusiva, ao invés da lógica da força, dominação, unilateralismo, guerra e intimidação.

O mundo precisa ser governado por pessoas virtuosas como os Profetas Divinos.

Duas grandes esferas geográficas, ou seja, a África e a América Latina, têm passado por desenvolvimentos históricos nas últimas décadas. As novas abordagens nesses dois continentes, baseadas na elevação do nível de integração e unidade assim como na regionalização dos modelos de crescimento e desenvolvimento, têm trazido frutos consideráveis aos povos destas regiões. A consciência e a sabedoria dos líderes desses dois continentes tem vencido as crises e problemas regionais sem a interferência dominadora de potência não-regionais.

A República Islâmica do Irã tem expandido suas relações com a América Latina e a África em todos os aspectos, nos anos recentes.

E acerca do glorioso Irã,

A Declaração de Teerã foi um passo extremamente positivo nos esforços de construção da confiança que foi tornado possível através da admirável boa vontade dos governos do Brasil e da Turquia, juntamente com a sincera cooperação do governo iraniano. Apesar de ter a Declaração recebido de alguns reações impróprias, e ter sido seguida por uma resolução ilegal, ela é ainda válida.

Temos respeitado as regulamentações da AIEA até além de nosso comprometimento, mas nunca nos submetemos, nem jamais o faremos, a pressões ilegalmente impostas.

Tem sido dito que querem pressionar um diálogo com o Irã. Bem, em primeiro lugar, o Irã sempre esteve pronto para um diálogo baseado no respeito e na justiça. Em segundo lugar, métodos baseados no desrespeito a nações há muito tornaram-se ineficazes. Aqueles que usaram intimidação e sanções em resposta à lógica cristalina da nação iraniana estão na verdade destruindo o que resta de credibilidade do Conselho de Segurança e de confiança das nações neste organismo, provando uma vez mais o quanto é injusta a função do Conselho.

Quando ameaçam uma grande nação como o Irã, que é conhecida através da história por seus cientistas, poetas, artistas e filósofos, e cuja cultura e civilização são sinônimos de pureza, submissão a Deus e busca da justice, como poderão esperar que outras nações tenham neles confiança?

Nem é preciso dizer que métodos de dominação para gerir o mundo falharam. Não somente a era da escravidão e colonialismo e dominação do mundo passou, como o caminho para reviver antigos Impérios está fechado, também.

Anunciamos que estamos prontos para um debate sério e livre com os governantes americanos para expressão nossos pontos de vista transparentes em questões importantes para o mundo neste mesmo local.

Propomos aqui que, a fim de haver um diálogo construtivo, um debate livre anual seja organizado dentro da Assembléia Geral.

Em conclusão,

Amigos e Colegas,

A nação iraniana e a maioria dos governos e nações do mundo são contra a atual gestão discriminatória do mundo.

A natureza inumana desta gestão chegou a um beco sem saída e requer uma ampla revisão.

A reforma dos negócios humanos e a promoção da tranqüilidade e prosperidade requer a participação de todos, pensamentos puros e a a direção humana e divina.

Somos todos de opinião que:

A justiça é o elemento básico para a paz, segurança durável e difusão do amor entre pessoas e nações. É na justiça que a humanidade busca a realização de suas aspirações, direitos e dignidade, porque estaria se defendendo da opressão, humilhação e maus-tratos.

A verdadeira natureza da humanidade é manifestada no amor por outros seres humanos e amor por tudo o que é bom no mundo. O Amor é a melhor base para o estabelecimento de relações entre pessoas e entre nações.

Como disse Vahshi Bafqi, o grande poeta iraniano:
"Da fonte da juventude, beba mil goles,
Você morrerá da mesma forma se não se agarrar ao amor"
Na construção de um mundo pleno de pureza, segurança e prosperidade, os povos não são rivais mas companheiros.

Os que vêem sua felicidade apenas na infelicidade de outros e seu bem-estar e segurança apenas na insegurança alheia, aqueles que se consideram superiores a outros, estão fora do caminho da humanidade e no curso do mal.

Os recursos econômicos e materiais são apenas ferramentas para servir aos outros, para criar amizade e fortalecer as conexões humanas para a perfeição spiritual. Não são ferramentas de exibição ou meios para dominar outros.

Homens e mulheres complementam-se uns aos outros e a unidade familiar, com relações puras, amorosas e permanentes dos esposos no seu centro, é a garantia de continuidade e da formação das gerações, para prazeres verdadeiros, para espalhar o amor e para a reforma das sociedades.

A mulher é um reflexo da beleza de Deus e a fonte do amor e da afeição. Ela é a guardiã da pureza e do requinte da sociedade.

A tendência de endurecer as almas e o comportamento das mulheres as priva de seu direito verdadeiramente básico de ser uma mãe amorosa e uma esposa afetuosa. Isso resulta numa sociedade mais violenta com defeitos irreversíveis.

A liberdade é um direito divino que deveria servir à paz e à perfeição humana.

Pensamentos puros e a aspiração à retidão são as chaves para os portões de uma vida pura plena de esperança, alegria e beleza.

Esta é a promessa de Deus de que a Terra será herdada pelos puros e pelos justos, E as pessoas livres do egoísmo tomarão as rédeas do mundo. Então, não haverá nenhum traço de tristeza, discriminação, pobreza, insegurança e agressão. O tempo da verdadeira felicidade e do florescimento da verdadeira natureza da humanidade, do modo como Deus desejou, chegará.

Todos os que procuram justiça e todos os espíritos livres têm esperado por este momento e a eles foi prometido esta época gloriosa.

O homem completo, o verdadeiro servo de Deus e o verdadeiro amigo da humanidade cujo pai foi da geração do amado Profeta do Islã e cuja mãe vinha dos verdadeiros crentes em Jesus Cristo, esperará com Jesus, filho de Maria,e os outros justos para aparecer nessa época brilhante e auxiliar a humanidade.

Para recepcioná-los devemos unir fileiras e buscar a justiça.

Louvores ao Amor e adoração, louvor à justiça e à liberdade, louvor à verdadeira humanidade, o homem completo, o verdadeiro companheiro da humanidade, e a paz esteja com vocês e com os justos e os puros.

Obrigado.
Ver também:
  • Media Disinformation: The Facts About Ahmadinejad's UN Speech
  • 'We Will Not Accept the New Tone' from the IAEA
  • Le 11 septembre et "l’Inquisition américaine"
  • Ahmadinejad n’a jamais dit "Israël doit être rayé de la carte"
  • Négationnisme iranien
  • La campagne contre l’Iran et le droit international
  • Washington finit par reconnaître la vérité à propos du non existant programme d'armes nucléaire iranien
  • Ali Larijan: “Obama est un hors-la-loi international”

    [*] Presidente da República Islâmica do Irã. Discurso pronunciado perante a 65ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em 23 de Setembro de 2010.


    O original encontra-se em gadebate.un.org/... . Tradução de RMP.

    Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
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