Acompanhando de perto a disputa política nacional e nos estados, nas candidaturas majoritárias e proporcionais, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo faz, nesta entrevista, uma análise do quadro eleitoral, fala sobre a tática denuncista da direita e trata da necessidade de os comunistas intensificarem a campanha nestes dias que antecedem o 3 de outubro. “Quando a direita percebe que está perdendo espaço e pode perder poder, sempre caminha para as vias golpistas”, afirma.
Renato: Serra passou a adotar a tática de tentar desmontar a candidatura da Dilma
Partido Vivo: O país se
aproxima de mais uma eleição geral. O que o quadro atual aponta de
perspectivas e que balanço é possível fazer do processo até o momento?
Renato Rabelo: As eleições vão entrando numa fase decisiva. Na disputa pela Presidência da República, a tendência de vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno está consolidada e dificilmente será revertida. Para os governos estaduais, muitos quadros também estão definidos. Mas, para a Câmara e Senado, é agora que começa a haver uma definição mais nítida. No Brasil inteiro, vai se esboçando a vitória de toda a base de apoio ao governo Lula e à sua sucessora. Esse quadro comprova aquilo que a gente vem afirmando há algum tempo: de que há uma tendência objetiva de o povo, em função dos bons resultados do governo, do prestígio de Lula, de sua liderança, querer a continuidade. Afinal, não foram poucas as conquistas. Mesmo com a crise, a economia conseguiu retomar seu ritmo rapidamente, apresentando inclusive crescimento acentuado neste ano; o emprego formal cresceu em níveis elevados, comparativamente com a situação que a gente tinha no Brasil; a distribuição de renda passou a ser efetiva e há mobilidade social no país. Esse anseio geral de continuidade é bom para que possamos avançar ainda mais.
RR: Sim, é por tudo isso que o José Serra, ao entrar na campanha, teve muita dificuldade de saber como deveria se situar. Serra procurou, num primeiro momento, colocar-se como candidato da situação: “vou fazer melhor do que Dilma porque tenho mais experiência”. Depois, ele viu que isso não estava dando resultados porque as pessoas não são ingênuas. E mais recentemente, já que não conseguiu projeção, Serra passou a adotar a tática de tentar desmontar a candidatura da Dilma. Serra foi mostrando que sua candidatura não tem rumo, nem finalidade muito clara. Perdendo espaço gradativamente, hoje lança mão de factoides e cria escândalos com a ajuda da grande mídia para ver se consegue reverter a situação. Querer ligar a candidatura da Dilma a irregularidades que sempre existiram e existirão na Receita Federal é uma forçação de barra muito grande; e vai ficando claro para o povo que isso é calúnia.
Partido Vivo: Acredita que a direita brasileira e sua maneira de exercer a oposição política tenham mudado a partir de Lula?
RR: O fato é que a oposição foi ficando cada vez mais sem alternativa de projeto para o país porque seu projeto era respaldado pelas prédicas neoliberais. E Lula procurou enfrentar essa situação com uma saída que considerávamos híbrida, mantendo alguns aspectos dessa política macroeconômica, mas, ao mesmo tempo procurando fazer um grande esforço para alcançar o desenvolvimento do país, enquanto FHC governava ao sabor do mercado. O resultado é que o Brasil ficou mais preparado para enfrentar a crise. Ficou evidente que o projeto da oposição não permitiu ao Brasil retomar o desenvolvimento depois de décadas de estagnação. A gente caminha para uma eleição em que a direita pode ter uma grande derrota. Pela primeira vez, o Congresso Nacional pode passar por uma grande renovação não só quantitativa, favorável ao governo que continuará Lula, mas talvez qualitativa, com a formação de uma maioria no Senado e na Câmara afinada com o próximo governo. Sempre existiu defasagem no parlamento: o governo Lula, por exemplo, foi eleito com 60% dos votos válidos, mas não conseguia ter maioria no Congresso. A oposição pode sofrer um grande revés.
Partido Vivo: Assim como em 2006, os demo-tucanos e seus aliados têm procurado levar a disputa para o segundo turno no tapetão, como demonstra o uso das últimas denúncias. Como você vê esse tipo de manobra? O denuncismo atual guarda semelhanças com 2006?
RR: Essa é sempre a fórmula que esses setores de direita usam no Brasil, uma medida nomeadamente golpista. Quando ela percebe que está perdendo espaço e pode perder poder, sempre caminha para as vias golpistas. Desde Getúlio Vargas, só para ficar na história mais recente, é este o método. Em 2002, a direita tentou impedir que Lula se elegesse; em 2006, teve o caso dos aloprados já no final das eleições porque ia se confirmando a tendência de vitória de Lula. Agora, com a possibilidade de eleger sua sucessora já no primeiro turno, esse setor procura também desesperadamente uma forma de desgastá-la; no fundo, imaginava que Serra manteria a dianteira. Além disso, é importante salientar que no Brasil formou-se uma situação política em que a grande mídia mostra nitidamente que ela não quer a continuidade do governo Lula e nem a vitória de sua sucessora. Ela tomou partido não apenas em editoriais – todos são sempre contra o governo e contra Dilma – mas há todo um trabalho no noticiário e nas manchetes dando peso exacerbado a isso que eles chamam de escândalo, para criar um impacto na população contra a candidatura de Dilma. É um trabalho orquestrado, ostensivo. A mídia busca irregularidades que sempre existiram dando grande destaque, para ver se a partir dali cria uma comoção contra a candidata. E tudo que o Serra fala sobre isso, a mídia repercute. Se o Serra já sabia da quebra de sigilo da sua filha desde 2009, porque somente agora isso é tratado? Este fato mostra que se trata de uso puramente eleitoral.
Partido Vivo: Mudando de assunto, a formação de um núcleo de esquerda para nortear a base governista é factível?
RR: É sempre uma luta a construção de um núcleo de esquerda dentro de uma frente ampla. E nesse núcleo consideramos também a presença do PT, além do PCdoB, PSB e o PDT. Agora, isso vai depender do resultado das eleições. O esforço é que a esquerda cresça em representação na Câmara e no Senado, além de aumentar o número de governadores. O crescimento da campanha de Dilma e dessa base de apoio beneficia a esquerda. A formação desse núcleo vai depender da dimensão do que a esquerda vai conseguir nestas eleições; é a correlação de forças que define o papel que a esquerda terá. Se crescer no parlamento, evidentemente que a possibilidade de um núcleo de esquerda se concretizar torna-se algo mais efetivo.
Partido Vivo: Candidaturas como as de Netinho – que está na frente em São Paulo –; Vanessa Grazziotin – que já apresenta vantagem sobre Artur Virgílio no Amazonas e está em segundo lugar – e Edvaldo Magalhães – que tem crescido no Acre – têm se mostrado bastante promissoras. Elas surpreendem o partido? Que avaliação faz da disputa do PCdoB por cadeiras no Senado?
RR: Hoje, podemos eleger um senador negro em São Paulo – um homem de origem humilde que expressa o interesse das camadas populares, das periferias – além de lideranças reconhecidas em estados como os da Amazônia, uma região estratégica para o país e para o PCdoB dentro daquilo que a gente define como um projeto nacional.
Estamos sempre trabalhando naquela linha de acumulação eleitoral. Desde 2004 procuramos participar progressivamente das eleições majoritárias porque é uma eleição em que o partido se apresenta para toda a população. De maneira geral, é um esforço enorme que o PCdoB tem feito para ter uma participação mais ampla nos pleitos, de lançar candidaturas majoritárias nas eleições de base – as municipais – o que projetou muitas lideranças do PCdoB em 2008. Em 2006 fizemos um esforço de ir além das candidaturas à Câmara, lançando nomes também ao Senado; o PCdoB foi, então, o quinto partido mais votado para o Senado. Aumentamos o esforço para ter candidaturas fortes nas majoritárias e proporcionais, em muitos casos com nominatas próprias, o que o PCdoB nunca teve nessa dimensão. O partido pode ter uma grande votação e a possibilidade real de conquistar três vagas no Senado, podendo ter uma bancada de quatro, com o Inácio Arruda eleito em 2006, algo que nunca teve. Com essa conquista em 2010, podemos ter em 2012 uma quantidade muito maior de candidaturas a prefeitos e, em 2014, podemos ter mais candidaturas aos governos dos estados, além de ter cada vez mais candidatos ao Senado.
Partido Vivo: Como vê a situação no Maranhão e o desempenho do candidato Flávio Dino?
RR: É a primeira candidatura do PCdoB ao governo de estado e a valorizamos muito. O Maranhão é um estado que tem tido uma importância crescente, com a implantação de refinarias, portos, a descoberta de grandes reservas de gás etc. A segunda questão é que o Flávio Dino vai se colocando como uma liderança de grande prestígio no estado; foi um deputado muito destacado na Câmara e ganhou mais projeção nas eleições passadas, em São Luis, quando teve uma grande votação para a prefeitura. Ele vai sendo um escoadouro do forte sentimento de renovação que há no estado, o desejo de ter políticos mais identificados com os anseios do povo e do estado. Por isso, acreditamos muito na sua candidatura. Pesquisa no Maranhão nunca foi forte. No caso da disputa à prefeitura, se tivéssemos seguido as pesquisas, ele não teria chances; e no final, Flávio Dino foi ao segundo turno e teve grande votação. O certo é que há a possibilidade de o Flávio crescer nessa reta final e chegar ao segundo turno.
Partido Vivo: Que preocupações o partido, seus candidatos e militantes devem ter nesta reta final de campanha?
RR: Este é um momento muito importante porque é quando, de fato, o povo decide em quem votar. Boa parte da população não acompanha a evolução política e vai começar a se atualizar para definir suas opções agora. Daí a importância de se dar um volume maior de campanha para todos os nossos candidatos e aos que apoiamos. Temos de estar nas ruas fazendo um grande esforço mobilizador para que o povo receba, inclusive, maior orientação sobre a hora de votar. Ele terá de votar seis vezes, ou seja, é importante que tenha sua cola – aliás, a própria Justiça Eleitoral está falando nisso. Também é importante ter os documentos em mãos porque agora é uma exigência que o eleitor tenha um documento oficial com foto além do título. Além disso, é preciso que nossos candidatos e militantes estejam em contato com a população porque é a última chance de se transmitir ideias e propostas. Pela proximidade das eleições, esta também é a fase em que as pessoas estão mais atentas para ouvir o que os candidatos têm a dizer.
Da redação do Vermelho
Priscila Lobregatte
Renato Rabelo: As eleições vão entrando numa fase decisiva. Na disputa pela Presidência da República, a tendência de vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno está consolidada e dificilmente será revertida. Para os governos estaduais, muitos quadros também estão definidos. Mas, para a Câmara e Senado, é agora que começa a haver uma definição mais nítida. No Brasil inteiro, vai se esboçando a vitória de toda a base de apoio ao governo Lula e à sua sucessora. Esse quadro comprova aquilo que a gente vem afirmando há algum tempo: de que há uma tendência objetiva de o povo, em função dos bons resultados do governo, do prestígio de Lula, de sua liderança, querer a continuidade. Afinal, não foram poucas as conquistas. Mesmo com a crise, a economia conseguiu retomar seu ritmo rapidamente, apresentando inclusive crescimento acentuado neste ano; o emprego formal cresceu em níveis elevados, comparativamente com a situação que a gente tinha no Brasil; a distribuição de renda passou a ser efetiva e há mobilidade social no país. Esse anseio geral de continuidade é bom para que possamos avançar ainda mais.
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Partido Vivo: Vêm daí as dificuldades de José Serra se posicionar?RR: Sim, é por tudo isso que o José Serra, ao entrar na campanha, teve muita dificuldade de saber como deveria se situar. Serra procurou, num primeiro momento, colocar-se como candidato da situação: “vou fazer melhor do que Dilma porque tenho mais experiência”. Depois, ele viu que isso não estava dando resultados porque as pessoas não são ingênuas. E mais recentemente, já que não conseguiu projeção, Serra passou a adotar a tática de tentar desmontar a candidatura da Dilma. Serra foi mostrando que sua candidatura não tem rumo, nem finalidade muito clara. Perdendo espaço gradativamente, hoje lança mão de factoides e cria escândalos com a ajuda da grande mídia para ver se consegue reverter a situação. Querer ligar a candidatura da Dilma a irregularidades que sempre existiram e existirão na Receita Federal é uma forçação de barra muito grande; e vai ficando claro para o povo que isso é calúnia.
Partido Vivo: Acredita que a direita brasileira e sua maneira de exercer a oposição política tenham mudado a partir de Lula?
RR: O fato é que a oposição foi ficando cada vez mais sem alternativa de projeto para o país porque seu projeto era respaldado pelas prédicas neoliberais. E Lula procurou enfrentar essa situação com uma saída que considerávamos híbrida, mantendo alguns aspectos dessa política macroeconômica, mas, ao mesmo tempo procurando fazer um grande esforço para alcançar o desenvolvimento do país, enquanto FHC governava ao sabor do mercado. O resultado é que o Brasil ficou mais preparado para enfrentar a crise. Ficou evidente que o projeto da oposição não permitiu ao Brasil retomar o desenvolvimento depois de décadas de estagnação. A gente caminha para uma eleição em que a direita pode ter uma grande derrota. Pela primeira vez, o Congresso Nacional pode passar por uma grande renovação não só quantitativa, favorável ao governo que continuará Lula, mas talvez qualitativa, com a formação de uma maioria no Senado e na Câmara afinada com o próximo governo. Sempre existiu defasagem no parlamento: o governo Lula, por exemplo, foi eleito com 60% dos votos válidos, mas não conseguia ter maioria no Congresso. A oposição pode sofrer um grande revés.
Partido Vivo: Assim como em 2006, os demo-tucanos e seus aliados têm procurado levar a disputa para o segundo turno no tapetão, como demonstra o uso das últimas denúncias. Como você vê esse tipo de manobra? O denuncismo atual guarda semelhanças com 2006?
RR: Essa é sempre a fórmula que esses setores de direita usam no Brasil, uma medida nomeadamente golpista. Quando ela percebe que está perdendo espaço e pode perder poder, sempre caminha para as vias golpistas. Desde Getúlio Vargas, só para ficar na história mais recente, é este o método. Em 2002, a direita tentou impedir que Lula se elegesse; em 2006, teve o caso dos aloprados já no final das eleições porque ia se confirmando a tendência de vitória de Lula. Agora, com a possibilidade de eleger sua sucessora já no primeiro turno, esse setor procura também desesperadamente uma forma de desgastá-la; no fundo, imaginava que Serra manteria a dianteira. Além disso, é importante salientar que no Brasil formou-se uma situação política em que a grande mídia mostra nitidamente que ela não quer a continuidade do governo Lula e nem a vitória de sua sucessora. Ela tomou partido não apenas em editoriais – todos são sempre contra o governo e contra Dilma – mas há todo um trabalho no noticiário e nas manchetes dando peso exacerbado a isso que eles chamam de escândalo, para criar um impacto na população contra a candidatura de Dilma. É um trabalho orquestrado, ostensivo. A mídia busca irregularidades que sempre existiram dando grande destaque, para ver se a partir dali cria uma comoção contra a candidata. E tudo que o Serra fala sobre isso, a mídia repercute. Se o Serra já sabia da quebra de sigilo da sua filha desde 2009, porque somente agora isso é tratado? Este fato mostra que se trata de uso puramente eleitoral.
Partido Vivo: Mudando de assunto, a formação de um núcleo de esquerda para nortear a base governista é factível?
RR: É sempre uma luta a construção de um núcleo de esquerda dentro de uma frente ampla. E nesse núcleo consideramos também a presença do PT, além do PCdoB, PSB e o PDT. Agora, isso vai depender do resultado das eleições. O esforço é que a esquerda cresça em representação na Câmara e no Senado, além de aumentar o número de governadores. O crescimento da campanha de Dilma e dessa base de apoio beneficia a esquerda. A formação desse núcleo vai depender da dimensão do que a esquerda vai conseguir nestas eleições; é a correlação de forças que define o papel que a esquerda terá. Se crescer no parlamento, evidentemente que a possibilidade de um núcleo de esquerda se concretizar torna-se algo mais efetivo.
Partido Vivo: Candidaturas como as de Netinho – que está na frente em São Paulo –; Vanessa Grazziotin – que já apresenta vantagem sobre Artur Virgílio no Amazonas e está em segundo lugar – e Edvaldo Magalhães – que tem crescido no Acre – têm se mostrado bastante promissoras. Elas surpreendem o partido? Que avaliação faz da disputa do PCdoB por cadeiras no Senado?
RR: Hoje, podemos eleger um senador negro em São Paulo – um homem de origem humilde que expressa o interesse das camadas populares, das periferias – além de lideranças reconhecidas em estados como os da Amazônia, uma região estratégica para o país e para o PCdoB dentro daquilo que a gente define como um projeto nacional.
Estamos sempre trabalhando naquela linha de acumulação eleitoral. Desde 2004 procuramos participar progressivamente das eleições majoritárias porque é uma eleição em que o partido se apresenta para toda a população. De maneira geral, é um esforço enorme que o PCdoB tem feito para ter uma participação mais ampla nos pleitos, de lançar candidaturas majoritárias nas eleições de base – as municipais – o que projetou muitas lideranças do PCdoB em 2008. Em 2006 fizemos um esforço de ir além das candidaturas à Câmara, lançando nomes também ao Senado; o PCdoB foi, então, o quinto partido mais votado para o Senado. Aumentamos o esforço para ter candidaturas fortes nas majoritárias e proporcionais, em muitos casos com nominatas próprias, o que o PCdoB nunca teve nessa dimensão. O partido pode ter uma grande votação e a possibilidade real de conquistar três vagas no Senado, podendo ter uma bancada de quatro, com o Inácio Arruda eleito em 2006, algo que nunca teve. Com essa conquista em 2010, podemos ter em 2012 uma quantidade muito maior de candidaturas a prefeitos e, em 2014, podemos ter mais candidaturas aos governos dos estados, além de ter cada vez mais candidatos ao Senado.
Partido Vivo: Como vê a situação no Maranhão e o desempenho do candidato Flávio Dino?
RR: É a primeira candidatura do PCdoB ao governo de estado e a valorizamos muito. O Maranhão é um estado que tem tido uma importância crescente, com a implantação de refinarias, portos, a descoberta de grandes reservas de gás etc. A segunda questão é que o Flávio Dino vai se colocando como uma liderança de grande prestígio no estado; foi um deputado muito destacado na Câmara e ganhou mais projeção nas eleições passadas, em São Luis, quando teve uma grande votação para a prefeitura. Ele vai sendo um escoadouro do forte sentimento de renovação que há no estado, o desejo de ter políticos mais identificados com os anseios do povo e do estado. Por isso, acreditamos muito na sua candidatura. Pesquisa no Maranhão nunca foi forte. No caso da disputa à prefeitura, se tivéssemos seguido as pesquisas, ele não teria chances; e no final, Flávio Dino foi ao segundo turno e teve grande votação. O certo é que há a possibilidade de o Flávio crescer nessa reta final e chegar ao segundo turno.
Partido Vivo: Que preocupações o partido, seus candidatos e militantes devem ter nesta reta final de campanha?
RR: Este é um momento muito importante porque é quando, de fato, o povo decide em quem votar. Boa parte da população não acompanha a evolução política e vai começar a se atualizar para definir suas opções agora. Daí a importância de se dar um volume maior de campanha para todos os nossos candidatos e aos que apoiamos. Temos de estar nas ruas fazendo um grande esforço mobilizador para que o povo receba, inclusive, maior orientação sobre a hora de votar. Ele terá de votar seis vezes, ou seja, é importante que tenha sua cola – aliás, a própria Justiça Eleitoral está falando nisso. Também é importante ter os documentos em mãos porque agora é uma exigência que o eleitor tenha um documento oficial com foto além do título. Além disso, é preciso que nossos candidatos e militantes estejam em contato com a população porque é a última chance de se transmitir ideias e propostas. Pela proximidade das eleições, esta também é a fase em que as pessoas estão mais atentas para ouvir o que os candidatos têm a dizer.
Da redação do Vermelho
Priscila Lobregatte
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