domingo, 21 de novembro de 2010

Coletivo Estadual de Saúde promove seminário de formação




O Coletivo Estadual de Saúde do CPERS/Sindicato realizou nesta sexta-feira 19, em Porto Alegre, um seminário de formação com representantes dos 42 núcleos da entidade distribuídos pelo Estado. O encontro reuniu advogados e especialistas na área de saúde do grupo que está assessorando o sindicato na discussão.
Pela manhã foram discutidos o conceito de trabalho e os principais transtornos de saúde existentes na categoria. De acordo com os especialistas, o trabalho costuma ultrapassar os limites de tempo, além de mobilizar a inteligência e a capacidade de reflexão. O local de trabalho, afirmam, pode ser um local de emancipação ou de sofrimento.
No encontro foi destacado que os transtornos mentais ocupam o terceiro posto na concessão de benefícios da previdência. São superados apenas pelas LER/DORT e pelos envenenamentos. Foram apontadas algumas doenças relacionadas ao trabalho do educador, que podem ser classificadas em “sofrimento físico” e “sofrimento mental”.
No período da tarde o tema discutido foi condições de trabalho. Conforme os técnicos, os locais de trabalho podem apresentar condições insalubres, periculosas e de penosidade. Insalubres são todos aqueles locais que podem causar doenças profissionais ou do trabalho. Periculosos são aqueles locais de trabalho com riscos de acidentes graves (explosão, incêndios, eletricidade e radiações ionizantes). Já os casos de penosidade estão relacionados com as situações com as quais lidamos e que comportam uma carga psicológica perturbadora.
O primeiro passo da iniciativa do sindicato é identificar as causas dos principais problemas de saúde enfrentados e aglutinar colegas nos debates a partir dos locais de trabalho. É, portanto, mais um desafio proposto pelo CPERS/Sindicato à categoria. Foi lembrado que no dia a dia nos deparamos com várias situações de risco à integridade física e mental nas escolas, mas que por força das múltiplas tarefas acabamos nos acostumando e ignorando-as.
Entre os desafios e propostas para o enfrentamento dos problemas relativos à saúde do educador estão a promoção de debates permanentes nas várias instâncias de organização do sindicato; organização de oficinas com temas relacionados à saúde, com a participação das assessorias técnicas; ter como objetivo a organização de comissões de saúde do trabalhador em cada escola; identificação dos problemas físicos e psíquicos a partir da construção de instrumentos de avaliação da realidade da categoria; construção de um banco de dados relacionado à saúde do trabalhador que possibilite ações preventivas; e a exigência e responsabilização do Estado frente à saúde do trabalhador em educação para cumprir as regras que garantam o acesso à saúde entanto princípio constitucional.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
 
Fotos: João dos Santos e Silva

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