A
guerra acabou. Dilma Rousseff é presidente do Brasil. Para chegar até
aqui, teve que enfrentar uma das batalhas mais violentas da história da
República. E venceu.
Derrotou
não só seu adversário, José Serra, mas também um exército implacável,
cruel e muito poderoso: os principais grupos de comunicação do país.
Estes são os grandes derrotados nesse dia de glória para a democracia.
Os
milhões de votos recebidos pela candidata petista são a prova
gigantesca de que os brasileiros nunca mais se deixarão ser manipulados.
Nem permitirão ser tratados como gente ignorante. O povo,
definitivamente, não é bobo.
Durante
meses, houve um bombardeio incessante de manchetes, chamadas, apelos,
boatos e factoides. Um massacre impiedoso, orquestrado. Em fiapos de
verdade, urdiram uma rede de mentiras e preconceitos.
Não
bastou ser atacada durante o horário eleitoral gratuito. Isso faz parte
do jogo. Infame foi ser fustigada diariamente pela propaganda política
voluntária dos barões da mídia.
Dilma
Rousseff e milhões de brasileiros enfrentaram o maior jornal do país, a
Folha de S.Paulo. E a maior emissora de TV, a Globo. A revista de maior
tiragem, a Veja. Nessa tropa de choque incansável também perfilam os
jornais O Estado de S.Paulo e O Globo. Turma da pesada.
Nos
próximos dias, sempre às 10h e às 16h, vamos usar este espaço para
detalhar a forma como esses derrotados agiram do alto de seus palanques.
Como pisotearam a liberdade de imprensa.
Cada
um com seus soldados. Ou capangas. Tanto poder para quê? Tanta
arrogância, fulminada pela força das urnas. Os que escrevem e
entrevistam e ditam editoriais ficaram mudos. Quem manda, senhores do
universo, é quem lê, quem ouve, quem vê. Os vitoriosos. Deste Brasil.
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