terça-feira, 29 de novembro de 2011

Nona greve de professores madrilenhos contra cortes na educação

  
Imagen activaMadri, 29 nov (Prensa Latina) Os professores madrilenhos iniciaram hoje sua nona greve em dois meses contra cortes na educação decretados pela presidenta regional, Esperança Aguirre, do direitista Partido Popular (PP).

  Ao protesto pela defesa do ensino público estão convocados os docentes dos colégios de instrução primária e secundária, segundo os sindicatos do setor.

Trata-se da nona jornada de greve desde o início do ano letivo, no último 20 de setembro, e da terceira medida de força no que vai deste mês, depois do encerramento de atividades protagonizado pelos professores nos dias 3 e 17 de novembro.

O principal alvo da paralisação de atividades é a prefeita da Comunidade de Madri, que decretou um corte de 80 milhões de euros no ensino público e foi acusada de beneficiar a educação privada.

Aguirre quer que os professores deem 20 horas letivas ao invés das 18 estabelecidas, o que provocará, denunciam os sindicatos, a perda de três mil empregos, a eliminação de aulas de apoio ou de algumas matérias e cursos diante da falta de professores.

No início de setembro as associações sindicais anunciaram um calendário de mobilizações contra o corte orçamental na educação aplicada pelas administrações de várias comunidades autônomas da Espanha, em sua maioria governadas pelo PP.

De acordo com os professores, os cortes chegam aos dois bilhões de euros e deixarão sem emprego cerca de 15 mil professores interinos, além de repercutir negativamente na qualidade de ensino.

Sob a pressão para reduzir custos, está sendo ordenado aos pedagogos que passem mais horas nas classes, o que significa que milhares de professores de apoio serão despedidos, sustentam as centrais operárias.

A crise econômica não pode ser usada para transferirem recursos do Estado para a iniciativa privada, advertiram em um manifesto os sindicatos e associações de pais convocantes de uma multitudinária manifestação realizada nesta capital no dia 22 de outubro passado.

Exigiram que se retire de imediato a penalização à educação pública e, em lugar de decapitar programas e reduzir planilhas, se busquem fórmulas para aumentar o investimento e cortem as enormes despesas suntuários das administrações.

O desemprego desta terça-feira conta com o respaldo dos cinco sindicatos mais representativos do ensino público e é o primeiro depois das eleições gerais do 20 de novembro último, nas quais ganhou o PP.

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