Segundo instituição de apoio ao intercâmbio, a alta foi de 70% ante 2010; já o número de jovens em solo russo aumentou 30%. A Aliança Russa de Ensino Superior, entidade especializada na promoção de intercâmbio de brasileiros na Rússia, registrou um aumento de 70% no interesse dos jovens em realizar graduação ou pós-graduação naquele país na comparação entre 2010 e 2011.
Mayara Baggio
Especial para o Pravda, de São Paulo
Especial para o Pravda, de São Paulo
A Aliança Russa de Ensino Superior, entidade especializada na promoção de intercâmbio de brasileiros na Rússia, registrou um aumento de 70% no interesse dos jovens em realizar graduação ou pós-graduação naquele país na comparação entre 2010 e 2011.
De acordo com Carolina Perecini, diretora da instituição, a quantidade de estudantes aprovados para os cursos também cresceu 30%. O grande atrativo continua sendo o baixo preço aliado à excelência e tradição do ensino.
Os novos números correspondem a oportunidades nas áreas de Medicina, Relações Internacionais, Engenharia de Petróleo e Gás e Direito Internacional, em instituições como a Universidade Politécnica de Tomsk, Academia Médica de Kursk, Universidade Estatal de Belgorod, Universidade Estatal de Aviação, Politécnica e Estatal de São Petersburgo, Instituto Aeroespacial de Moscou, Academia Russa de Artes, Universidade Russa da Amizade dos Povos e Universidade Estatal de Moscou.
Para conseguir uma vaga, os concorrentes passam por reuniões acompanhados dos pais ou responsáveis, análise de histórico escolar e currículo e, nova entrevista, desta vez, individual. Não é preciso realizar vestibular. O custo de vida dos estudantes varia de R$ 600 a R$ 1 mil, dependendo da cidade e universidade. O valor da faculdade também varia de acordo com a universidade e área escolhida.
Carolina afirma que o perfil dos universitários selecionados está bastante relacionado com a estrutura familiar, pois mesmo maiores de idade eles precisam de autorização dos pais para viajar, os alunos também possuem boas notas no Ensino Médio ou Superior, além de muita força de vontade em aprender, isso porque o estudo na Rússia é bastante rígido, com no máximo 12 alunos por sala e, em período integral.
Ela relata ainda que os aventureiros não têm vez, muitos faltam às aulas ou são expulsos por má conduta. No total, por ano, 26% dos jovens voltam ao Brasil sem concluir o curso. O estudante de Medicina, Wendes Dias Mendes, concorda. Há um ano no país, o jovem natural de Roraima conta que o ritmo dos estudos é muito pesado, com aulas também aos sábados. "Muitos estudantes não se adaptam por causa do clima, método de ensino e até mesmo por conta do jeito 'rude' de alguns russos e acabam desistindo", diz.
Para Mendes, a oportunidade de estudar na Rússia é um sonho de infância. "Não passa pela minha cabeça voltar ao Brasil antes da conclusão da faculdade e, sem dúvida, a maior dificuldade enfrentada não só por mim, mas por todos aqui, é a saudade de casa", completa.
Novas vagas
Uma expectativa da Aliança Russa é o acesso de brasileiros ao curso de Nanotecnologia de uma das melhores universidades da Rússia, a Universidade Estatal de Moscou. Se concretizada, a abertura de vagas deve acontecer até dezembro deste ano e irá custar cerca de 1 mil dólares por semestre.
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