segunda-feira, 11 de junho de 2012

Palestina: OLP condena ocupação israelense, que completa 45 anos

Créditos: CAOGRINO

O fim da Guerra dos Seis Dias completa 45 anos neste domingo (10/06). O conflito armado entre Israel e diversos países árabes demonstrou o superior poderio militar dos israelenses e culminou na dominação de territórios como a Faixa de Gaza em 1967. Algumas ds áreas conquistadas permanecem em disputa até hoje. Na foto, uma criança palestina brinca em um campo de refugiados na Jordânia em 23 de junho de 1967.

Os israelenses utilizaram tanques para avançar sobre o terreno irregular das Colinas de Golã em 10 de junho de 1967. A região permanece sendo disputada por Israel, que obteve controle da área com a Guerra dos Seis Dias, e a Síria, então detentora do local.

Aviões cruzam o céu na fronteira entre Israel e Egito no primeiro dia da guerra, em 5 de junho de 1967. Os egípcios, derrotados, sofreram as maiores baixas na Guerra dos Seis Dias e perderam o controle da Faixa de Gaza e da Península do Sinai.
Soldados sírios admitem a derrota e se rendem ao avistarem tanques israelenses nas Colinas de Golã no final da Guerra dos Seis Dias.
Na Cisjordânia - que, assim como Jerusalém Oriental, era controlada pela Jordânia antes da guerra -, soldados árabes se rendem às forças israelenses.
Estima-se que menos de mil soldados israelenses morreram no ataque, enquanto as forças árabes reunidas perderam quase 20 mil combatentes. Na foto, palestinos se rendem aos israelenses no que marcaria o aumento definitivo no número de refugiados palestinos na Jordânia e no Egito. Muitos desses nunca consequiram retornar a seus antigos territórios e ainda hoje vivem em campos de refugiados.

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) condenou "o fortalecimento de uma ocupação que ameaça ser irreversível", na véspera do 45º aniversário da Guerra dos Seis Dias, na qual Israel conquistou Jerusalém Oriental, Gaza, Cisjordânia, as Colinas do Golã e o Sinai egípcio. Enquanto isso, a Faixa de Gaza vive o quarto dia consecutivo de bombardeios israelense.


"Quarenta e cinco anos depois do começo da ocupação, Israel continua violando deliberadamente a lei internacional através de políticas que minam e ameaçam anular as perspectivas de uma solução de dois Estados", disse nesta segunda-feira em comunicado Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da OLP.


 Na nota, a dirigente palestina pede ao mundo que "examine o legado da ocupação israelense: um legado de impunidade e atrozes violações da legislação internacional". Além disso, acusa Israel "como potência ocupante" de violar as obrigações estabelecidas na Convenção de Genebra e outros tratados internacionais.


 Ashrawi condena a expansão das colônias e do que classifica de "políticas extremistas adotadas pelo governo israelense e legisladas pela Knesset (Parlamento) que enviam uma mensagem sinistra: em vez de investir na paz, Israel investe em avançar a ocupação com a construção de assentamentos, a demolição de casas e o deslocamento de milhares de palestinos".


Bombardeio


 Aviões militares israelenses bombardearam  nesta segunda (4) pelo terceiro dia consecutivo, áreas civis de Gaza. Duas pessoas morreram e sete ficaram feridas. Uma leiteria situada na Cidade de Gaza foi destruída pelos projéteis lançados pelas forças militares.


De acordo com fontes médicas e o movimento de Resistência Islâmica (Hamas), outro ataque com projéteis de grosso calibre foi registrado em uma área descampada. A ação tem por objetivo vingar a morte de um soldado israelense em um tiroteio na região da fronteira.


Vários presos palestinos em cárceres israelenses ameaçaram retomar a greve de fome massiva devido ao não cumprimento por parte do governo de Benjamín Netanyahu do acordo que colocou fim à greve de cerca de mil reclusos, realizada em 17 de abril.


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