A
música do Supertramp possui características únicas. Virtuoses em seus
instrumentos, os membros do grupo, vindos da cena progressiva britânica,
no decorrer de suas carreiras aproximaram-se do pop, e o resultado foi
uma sonoridade única.
Paris, duplo ao vivo lançado em 1980,
talvez seja a maior prova disso. A exuberância instrumental do
Supertramp fica evidente em suas faixas, onde a técnica trabalha na
construção de pequenas jóias da pop music. Dreamer e suas evoluções
vocais é um belo exemplo disso. Breakfast In America, outro.
Mas
os melhores momentos de Paris estão logo no seu início. "School", que
abre o álbum, é uma das melhores músicas do grupo. Nela, a voz aguda de
Roger Hodgson e o piano onipresente de Rick Davies, as duas maiores
características do Supertramp, mostram uma sincronia absurda. O solo de
Davies nesta faixa é antológico.
O outro é The Logical Song,
talvez a canção mais conhecida do Supertramp, onde percebe-se como a
banda soube usar do seu conhecimento musical para criar uma composição
repleta de momentos que grudam na cabeça do ouvinte, mas que não soam
necessariamente chatos. The Logical Song é um exemplo claro dos tempos
em que a música pop possuía outro significado, e não era apenas uma
classificação preguiçosa dada a artistas no mínimo medianos, mas que,
infelizmente, dominam as paradas atualmente.
Paris é o melhor momento do Supertramp. Se você quer ter apenas um disco da banda, não existe escolha melhor.
Por: Cadao
1980 - PARIS
CD 1
School
Ain't Nobody But Me
The Logical Song
Bloody Well Right
Breakfast In America
You Started Laughing
Hide In Your Shell
From Now On
Há exatos 30 anos, morria Bob Marley. Considerado o expoente
mais alto do reggae, ele tinha apenas 36 anos de idade quando faleceu,
vítima de um câncer detectado quatro anos antes. Deixou a vida para
assumir na história o papel de ícone.
Três décadas após a sua morte, o "rei do reggae" continua a ser
recordado um pouco por todo o mundo, sendo uma constante fonte de
inspiração para dezenas de novos artistas. Músicas como No Woman No Cry, Could You Be Loved ou I Shot The Sheriff hoje fazem parte de um repertório coletivo da música internacional.
Poucos gêneros musicais dispõem de uma figura central, tão próxima
quanto possível da unanimidade, como acontece com o reggae. Bob Marley
foi coroado nesse feudo, como o foram Elvis Presley no rock e Michael
Jackson no pop.
Acontece que nem todo aquele que se considera roqueiro gosta do som
pioneiro e antiquado do rei do rock; e no pop, onde a infidelidade e a
amnésia são gerais, Jackson passou uma década no ostracismo e só foi
recuperado graças à tradicional necrofilia da indústria fonográfica.
Com Marley é diferente: ele pode não se o favorito de todos, mas é quase
onipresente nas coleções de fãs, no repertório de bandas não-autorais e
no setlist de festas que se dedicam ao gênero jamaicano.
Para
além do gênio musical, sua figura, com enormes dreadlocks e um charuto
de marijuana (erva de uso religioso pelos rastafaris) sempre na ponta
dos dedos, se tornou quase tão forte quanto a do médico revolucionário
Che Guevara e sua boina estrelada, o popstar pacifista John Lennon e
seus óculos de aros redondinhos e superguitarrista Jimi Hendrix e seu
instrumento canhoto.
O mais conhecido rosto do movimento espiritual Rastafari, defensor de
uma mensagem de paz, liberdade e emancipação, denunciador da pobreza, da
repressão e da realidade social da Jamaica, Marley deixou, em vida, 14
álbuns – 12 de estúdio e dois ao vivo –, bem como um legado no reggae
que permanece sólido até hoje, com mais de 200 milhões de discos
vendidos.
“Legend”, lançado originalmente em 1984, continua a ser o álbum mais vendido da história do reggae. Já “Exodus” (1977) foi eleito pela revista Time como um dos melhores álbuns do século 20. Último registro
A saúde abalada o fez parar os shows, encerrando abruptamente a turnê do disco Uprising
(1980), em 23 de setembro de 1980, no palco do Stanley Theatre, em
Pittsburgh (Pensilvânia, EUA). É justamente o registro em áudio desta
última performance em palco o primeiro produto escolhido pela gravadora
da família Marley, Tuff Gong, para marcar a efeméride das três décadas
de morte do jamaicano mais famoso do planeta. Live Forever surge como mais um ótimo registro do carisma de Bob Marley nos palcos. Se apresenta agora como principal rival do clássico Live
(1975), seu primeiro disco ao vivo lançado no auge do estouro
mundial, num momento em que quase todo mundo do pop estava gravando
reggae naqueles anos, até ícones roqueiros como Rolling Stones e Bob
Dylan.
Além
da ótima performance do protagonista, o som da maior parte do CD é fiel
às qualidades dos Wailers como banda, com grande destaque para os
irmãos Carlton e Aston ‘Family Man’ Barrett, que formavam o alicerce
rítmico absolutamente poderoso e infalível com sua bateria e baixo, onde
nem o uso de tantans eletrônicos que na época tinham virado febre na
disco-music e new-wave, tiram o brilho. Marley brinca com as divisões de
outro hit de sua lavra, Is This Love, que encerra a parte de ótimo som do registro.
O repertório é bem equilibrado entre temas de guerrilha, mensagens
positivas, hinos de fé no rastafarianismo, flertes com a africanidade e
canções românticas Herança Mas nem só de álbuns é feito o legado de Marley. Com 11 filhos
legítimos e mais uns três a usar o seu sobrenome (embora não
reconhecidos pela família), seria de esperar que algum iria fazer
carreira na música. Não foi um, foram vários.
David ‘Ziggy’ Marley, atualmente com 42 anos, canta como o pai e passa
mensagens de paz através das letras das suas músicas. Tem um extenso
repertório que vem desde 1985 e já ganhou cinco Grammy Awards. É
ativista e líder de uma ONG.
Damian ‘Jr. Gong’ Marley, de 33 anos, é o filho mais novo de Bob. Já
ganhou três Grammys. Stephen, 38 anos, faz parte da banda do irmão mais
velho, Ziggy, e foi produtor dos três álbuns solo de Damian. Da banda –
os Melody Makers – fazem também parte Cedella e Sharon, duas das filhas
de Bob.
Julian Marley, 36 anos, também é músico. Tem três álbuns editados.
Ky-Mani andou uns tempos dividido entre o futebol e a música, acabando
por se render à arte. O seu som, para além de reggae, tem base no
hip-hop e sons mais urbanos. Conexão Brasil Bob
Marley esteve no Brasil uma única vez, em março de 1980. No Rio de
Janeiro, ele jogou uma partida de futebol ao lado de Chico Buarque,
Toquinho, Moraes Moreira e o craque tricampeão Paulo César. Mas, se
infelizmente não passou pela Bahia, vale lembrar que dois artistas da
terra já estavam antenados ao jamaicano. Em 1971, no exílio em Londres,
Caetano Veloso foi o primeiro brasileiro a citar o reggae em Nine out of Ten, do disco Transa.
Oito anos depois, Gilberto Gil lançou Não Chore Mais, versão para No Woman No Cry,
de Bob, que virou um hino da anistia no Brasil. “Bob foi um dos grandes
intérpretes dessa consciência de exclusão, de desigualdade”, lembra
Gil, que em 2002 gravou Kaya N'Gan Daya, com músicas de Bob. “Foi o último artista a quem dediquei atenção profunda. Hoje ainda é das coisas que mais gosto de ouvir”.
Com agências
Nascido em Olho d´Água e criado em Lagoa da Canoa, na época município
de Arapiraca, estado de Alagoas, em 22 de junho de 1936, Hermeto
Pascoal é filho de Vergelina Eulália de Oliveira (dona Divina) e
Pascoal José da Costa (seu Pascoal). Foi no seu alistamento militar
que colocaram o pré nome de seu pai como seu sobrenome.
Os sons da natureza o fascinaram desde pequeno. A partir de um cano de
mamona de "gerimum" (abóbora), fazia um pífano e ficava tocando para
os passarinhos. Ao ir para a lagoa, passava horas tocando com a água. O
que sobrava de material do seu avô ferreiro, ele pendurava num varal e
ficava tirando sons. Até o 8 baixos de seu pai, de sete para oito
anos, ele resolveu experimentar e não parou mais. Dessa forma, passou a
tocar com seu irmão mais velho José Neto, em forrós e festas de
casamento, revezando-se com ele no 8 baixos e no pandeiro.
Mudou-se para Recife em 1950, e foi para a Rádio Tamandaré. De lá, logo
foi convidado, com a ajuda do Sivuca (sanfoneiro já de sucesso), para
integrar a Rádio Jornal do Commercio, onde José Neto já estava.
Formaram o trio "O Mundo Pegando Fogo" que pegou fogo mesmo já na
primeira vez em que tocaram, pois, segundo Hermeto, ele e seu irmão
estavam apenas começando a tocar sanfona, ou seja, eles só tocavam mesmo
8 baixos até então.
Porém, por não querer tocar pandeiro e sim sanfona, foi mandado para a
Rádio Difusora de Caruaru, como refugo, pelo diretor da Rádio Jornal do
Commercio, o qual disse-lhe que "não dava para música". Ficou nessa
rádio em torno de três anos. Quando Sivuca passou por lá, fez muitos
elogios sobre o Hermeto ao diretor dessa rádio, o Luis Torres, e
Hermeto, por conta disso, logo voltou para a Rádio Jornal do Commercio,
em Pernambuco, ganhando o que havia pedido, a convite da mesma pessoa
que o tinha mandado embora. Ali, em 1954, casou-se com Ilza da Silva,
com quem viveu 46 anos e teve seis filhos: Jorge, Fabio, Flávia, Fátima,
Fabiula e Flávio. Foi nessa época também que descobriu o piano, a
partir de um convite do guitarrista Heraldo do Monte, para tocar na
Boate Delfim Verde. Dali, foi para João Pessoa, PB, onde ficou quase um
ano tocando na Orquestra Tabajara, do maestro Gomes.
Em 1958, mudou-se para o Rio para tocar sanfona no Regional de
Pernambuco do Pandeiro (na Rádio Mauá) e, em seguida, piano no conjunto e
na boate do violinista Fafá Lemos e, em seguida, no conjunto do
Maestro Copinha (flautista e saxofonista), no Hotel Excelsior.
Atraído pelo mercado de trabalho, transferiu-se para São Paulo em 1961,
tocando em diversas casas noturnas. Depois de um tempo, formou,
juntamente com Papudinho no trompete, Edilson na bateria e Azeitona no
baixo, o grupo SOM QUATRO. Foi aí que começou a tocar flauta. Com esse
grupo gravou um lp. Em seguida, integrou o SAMBRASA TRIO, com Cleiber
no baixo e Airto Moreira na bateria. No disco do Sambrasa Trio, Hermeto
já registrou sua música "Coalhada".
Com o florescimento dos programas musicais de TV, criaram o QUARTETO
NOVO, em 1966, sendo Hermeto no piano e flauta, Heraldo do Monte na
viola e guitarra, Théo de Barros no baixo e violão e Airto Moreira na
bateria e percussão. O grupo inovou com sua sonoridade refinada e
riqueza harmônica, participando dos melhores festivais de música e
programas da TV Record, representando o melhor da nossa música. Nessa
época, venceram um dos festivais com "Ponteio", de Edu Lobo. Além
disso, Hermeto ganhou várias vezes como arranjador. No ano seguinte
gravou o LP QUARTETO NOVO, pela Odeon, onde registrou suas composições
O OVO e CANTO GERAL.
Em 1969, a convite de Flora Purim e Airto Moreira, viajou para os EUA e
gravou com eles 2 LPs, atuando como compositor, arranjador e
instrumentista. Nessa época, conheceu Miles Davis e gravou com ele duas
músicas suas: "Nem Um Talvez" e "Igrejinha". De volta ao Brasil, gravou
o lp "A MÚSICA LIVRE DE HERMETO PASCOAL", com seu primeiro grupo, em
1973.
Em 1976, retornou aos EUA, gravou o "SLAVES MASS" e realizou mais alguns trabalhos com Airto e Flora.
Com o nome já reconhecido pelo talento, pela qualidade e por sua
criatividade, tornou-se a atração de diversos eventos importantes, como
o I Festival Internacional de Jazz, em 1978, em São Paulo. No ano
seguinte, participou do Festival de Montreux, na Suíça, quando é editado
o álbum duplo HERMETO PASCOAL AO VIVO, e seguiu para Tóquio, onde
participou do LIVE UNDER THE SKY. Lançou o CÉREBRO MAGNÉTICO em 1980 e
multiplica suas apresentações pela Europa.
HERMETO PASCHOAL – LIVE MONTREAUX JAZZ FESTIVAL – 1979
Em 1982, lançou, pela gravadora Som da Gente, o lp HERMETO PASCOAL&
GRUPO. Em 1984, pelo mesmo selo, gravou o LAGOA DA CANOA, MUNICÍPIO
ARAPIRACA, onde registrou pela primeira vez o SOM DA AURA com os
locutores esportivos Osmar Santos (Tiruliru) e José Carlos Araújo
(Parou, parou, parou). Esse disco também foi em homenagem à sua cidade,
que se elevou, então, à categoria de município e conferiu-lhe o título
de Cidadão Honorário. Em 1986, o BRASIL UNIVERSO, também com seu
grupo.
Compôs ainda a SINFONIA EM QUADRINHOS, apresentando-se com a Orquestra
Jovem de São Paulo. Em seguida, foi para Kopenhagen, onde lançou a
SUITE PIXITOTINHA, que foi executada pela Orquestra Sinfônica local, em
concerto transmitido, via rádio, para toda a Europa.
Em 1987, lançou mais um LP: o SÓ NÃO TOCA QUEM NÃO QUER, através do
qual o músico homenageia jornalistas e radialistas, como reconhecimento
pelo seu apoio ao longo da carreira. Em 1989, fez seu primeiro disco de
piano solo, o lp duplo POR DIFERENTES CAMINHOS.
Em 1992, já pela Philips, gravou com seu grupo o FESTA DOS DEUSES.
Depois do lançamento, viajou à Europa para uma série de concertos na
Alemanha, Suíça. Dinamarca, Inglaterra e Portugal.
Em março de 1995, apresentou uma Sinfonia no Parque lúdico do Sesc
Itaquera, em SP, utilizando os gigantescos instrumentos musicais do
parque. No mesmo ano foi a convite da Unicef para Rosário, Argentina,
onde apresentou-se para 2.000 crianças, sendo que seu grupo entrou para
tocar dentro da piscina montada no palco a pedido dele.
De 23 de junho de 1996 a 22 de junho de 1997, registrou uma composição
por dia, onde quer que estivesse. Essas composições fazem parte do
CALENDÁRIO DO SOM, lançado em 1999 pela editora Senac/ SP.
Em 1999 lançou o CD EU E ELES, primeiro disco do selo Mec, no Rio de Janeiro.
Nesse CD produzido por seu filho Fábio Pascoal, Hermeto toca todos os instrumentos.
Em 2003, lançou, com seu grupo, o cd MUNDO VERDE ESPERANÇA, também produzido por Fábio.
Em outubro de 2002, quando foi dar um workshop em Londrina, PR,
conheceu a cantora Aline Morena e convidou-a para dar uma canja no dia
seguinte com o seu grupo em Maringá, PR. Em seguida ela foi para o Rio
com ele e, no final de 2003, Hermeto passou a residir em Curitiba, PR,
com ela. Assim, passou a dar-lhe noções de viola caipira, piano e
percussão e, em março de 2004 estreou no Sesc Vila Mariana a sua mais
nova formação: o duo "CHIMARRÃO COM RAPADURA" (gaúcha com Alagoano),
com Aline Morena.
Em abril de 2004, embarcou para Londres para o terceiro concerto com a
Big Band local, sendo que o primeiro já havia sido considerado o SHOW
DA DÉCADA. Em seguida realizou mais alguns shows solo em Tóquio e
Kyoto.
Em 2005 gravou o CD e o DVD "CHIMARRÃO COM RAPADURA", com Aline Morena,
além de realizar duas grandes turnês com seu grupo por toda a Europa. O
cd e o dvd de Hermeto Pascoal e Aline Morena foram lançados de maneira
totalmente independente em 2006.
Atualmente, Hermeto Pascoal apresenta-se com cinco formações: Hermeto
Pascoal e Grupo, Hermeto Pascoal e Aline Morena, Hermeto Pascoal Solo,
Hermeto Pascoal e Big Band e Hermeto Pascoal e Orquestra Sinfônica.
Diz ele que, por enquanto, é só!! Esse é o nosso "CAMPEÃO"!!!
Obs. Público, shows e discos têm todos a mesma importância para o
Hermeto. Não há melhor público, nem melhor show, nem melhor disco. São
todos filhos muito amados por ele. Portanto, o que foi mencionado
nessa biografia refere-se apenas a um resumo dos fatos que foram
lembrados.
O grupo virou tema de documentário lançado nesta sexta-feira na Grã-Bretanha
Um grupo de músicos de rua da
República Democrática do Congo, muitos deles paraplégicos, se
transformou em um dos grandes sucessos da música africana.
A banda Staff Benda Bilili faz uma mistura de
rumba congolesa com ritmos tribais, funk ao estilo de James Brown, mambo
cubano e até alguns toques de guitarra ao estilo de Jimi Hendrix.
O álbum Très Très Fort ("Muito, Muito
Forte" em tradução livre), de 2009, está entre os álbuns mais vendidos
nas paradas europeias de world music e, nesta sexta-feira um
documentário sobre a carreira do grupo estreia na Grã-Bretanha.
O filme, que foi exibido pela primeira vez no
Festival de Cinema de Cannes em 2010, foi dirigido por dois cineastas
franceses, Renaud Barret e Florent De La Tullaye. Os cineastas
conheceram os músicos na capital congolesa, Kinshasa.
"Decidimos fazer um filme sobre eles, os conhecemos por acaso", disse Barret à BBC.
"Estávamos em Kinshasa em 2005, fazendo outro
filme, e escutamos este som na rua. Era como blues louco que não se
sabia de onde vinha. Nos aproximamos e vimos a banda."
"Muitas crianças de rua dançavam em volta e a música era brilhante", acrescentou.
Barret contou também que o mais surpreendente é
que os músicos cantavam músicas próprias, e não de outros músicos, com
letras comoventes.
Poliomielite
Lickabu (esq.) sofria preconceito até formar sua própria banda
Vários músicos da Staff Benda Bilili sofrem de
paralisia parcial do corpo devido à poliomielite, doença viral que foi
erradicada em quase todo o mundo, mas ocorre ocasionalmente em países
como o Congo e outros países da África subsaariana.
O líder da banda, Ricky Lickabu, conta que,
apesar de saber tocar guitarra e cantar, sofreu preconceito de outros
músicos, que não queriam tocar com ele devido à sua paralisa.
"Diziam que eu chegava tarde pois andava na
cadeira de rodas e que não podia dançar", disse Lickabu à BBC pouco
depois do lançamento do primeiro álbum.
"Por isso, decidi começar uma banda com outros músicos deficientes e funcionou."
O dono do zoológico de Kinshasa, área onde os
músicos viviam, autorizou que a banda ensaiasse no local. Enquanto
desenvolviam seu estilo, trabalhavam como eletricistas, costureiros ou
vendedores de rua.
O nome escolhido para a banda significa, em lingala, o idioma em que cantam, "além das aparências".
Ar livre
Roger Landu (esq.) inventou seu próprio instrumento
Os músicos conheceram um produtor belga, Vincent
Kenis, especializado em música congolesa e que os ajudou a gravar um
álbum. Não em um estúdio, mas ao ar livre, no próprio zoológico.
E, neste primeiro disco, além dos músicos
portadores de deficiência, também conta com a participação de um jovem
que vivia na rua, Roger Landu. Ele passava boa parte do tempo com a
banda, até que os músicos o convidaram para tocar.
Landu inventou seu próprio instrumento com uma
lata, um pedaço de madeira e uma corda de guitarra. Kenis o ensinou a
amplificar este som e agora Landu toca com um estilo parecido com o de
Jimi Hendrix.
Em Kinshasa, o Staff Benda Bilili não tem a fama
de outras estrelas congolesas da música internacional, como Papa Wemba,
Koffi Olomide e Werrason.
Mas muitos acreditam que o documentário pode
transformá-los em um fenômeno mundial - a exemplo do que ocorreu com o
grupo de músicos cubanos Buena Vista Social Club.
Volume One 1. Hope for Happiness (Kevin Ayers, Brian Hopper, Michael Ratledge) – 4:21 2. Joy of a Toy (Ayers, Ratledge) – 2:49 3. Hope for Happiness (reprise) (Ayers, B. Hopper, Ratledge) – 1:38 4. Why Am I So Short? (Ayers, Hugh Hopper, Ratledge) – 1:39 5. So Boot if At All (Ayers, Ratlege, Robert Wyatt) – 7:25 6. Certain Kind (H. Hopper) – 4:11 7. Save Yourself (Wyatt) – 2:26 8. Priscilla (Ayers, Ratledge, Wyatt) – 1:03 9. Lullabye Letter (Ayers) – 4:32 10. We Did It Again (Ayers) – 3:46 11. Plus Belle Qu'une Poubelle (Ayers) – 1:03 12. Why Are We Sleeping? (Ayers, Ratledge, Wyatt) – 5:30 13. Box 25/4 Lid (Ratledge, H. Hopper) – 0:49
Volume Two 14. Pataphysical Introduction - part I (Robert Wyatt) - 1:01 15. A Concise British Alphabet - part I (Hugh Hopper, arr. Wyatt) - 0:10 16. Hibou Anemone and Bear (Mike Ratledge, Wyatt) - 5:59 17. Concise British Alphabet - part II (Hopper, arr. Wyatt) - 0:12 18. Hullo Der (Hopper, arr. Wyatt) - 0:54 19. Dada Was Here (Hopper, arr. Wyatt) - 3:26 20. Thank You Pierrot Lunaire (Hopper, arr. Wyatt) - 0:49 21. Have You Ever Bean Green? (Hopper, arr. Wyatt) - 1:19 22. Pataphysical Introduction - part II (Wyatt) - 0:51 23. Out of Tunes (Ratledge, Hopper, Wyatt) - 2:34 24. As Long as He Lies Perfectly Still (Ratledge, Wyatt) - 2:35 25. Dedicated to You But You Weren't Listening (Hopper) - 2:32 26. Fire Engine Passing with Bells Clanging (Ratledge) - 1:51 27. Pig (Ratledge) - 2:09 28. Orange Skin Food (Ratledge) - 1:47 29. A Door Opens and Closes (Ratledge) - 1:10 30. 10:30 Returns to the Bedroom (Ratledge, Hopper, Wyatt) - 4:13
ELLA FITZGERALD AND LOUIS ARMSTRONG: ELLA AND LOUIS - 1956
Faixas: 01. Can't We Be Friends? (Paul James, Kay Swift) – 3:45 02. Isn't This a Lovely Day? (Irving Berlin) – 6:14 03. Moonlight in Vermont (John Blackburn, Karl Suessdorf) – 3:40 04. They Can't Take That Away From Me (George Gershwin, Ira Gershwin) – 4:36 05. Under a Blanket of Blue (Jerry Livingston, Al J. Neiburg, Marty Symes) – 4:16 06. Tenderly (Walter Gross, Jack Lawrence) – 5:05 07. A Foggy Day (G. Gershwin, I. Gershwin) – 4:31 08. Stars Fell on Alabama (Mitchell Parish, Frank Perkins) – 3:32 09. Cheek to Cheek (Berlin) – 5:52 10. The Nearness of You (Hoagy Carmichael, Ned Washington) – 5:40 11. April in Paris (Vernon Duke, Yip Harburg) – 6:33
ELLA FITZGERALD AND LOUIS ARMSTRONG: ELLA AND LOUIS AGAIN - 1957
Faixas: 01 - Don't Be That Way 02 - They All Laughed 03 - Autumn In New York 04 - Stompin' At The Savoy 05 - I Won't Dance 06 - Gee Baby Ain't I Good To You 07 - I've Got My Love To Keep Me Warm 08 - I'm Putting All My Eggs In One Basket 09 - A Fine Romance 10 - Love Is Here To Stay 11 - Learnin' The Blues
LOUIS ARMSTRONG AND DUKE ELLINGTON: THE GREAT SUMMIT - 1961
FAIXAS: 1. Duke's Place 2. I'm Just A Lucky So & So 3. Cotton Tail 4. Mood Indigo 5. Do Nothi'till You Hear From Me 6. The Beautiful American 7. Black And Tan Fantasy 8. Drop Me Off In Harlem 9. The Mooche 10. In A Mellow Tone 11. It Don't Mean A Thing 12. Solitude 13. Don't Get Arond Much Anymore 14. I'm Beginning To See The Light 15. Just Squeeze Me 16. I Got It Bad 17. Azalea
A Bossa Nova, um jeito de cantar e tocar samba surgido no Brasil ao
final da década de 50, tornou-se um dos gêneros musicais brasileiros
mais populares, levada pelas vozes de João Gilberto, Luiz Bonfá,
Vinicius de Morais, Tom Jobim e, atualmente, por uma série de artistas
jovens. Tom, seu principal compositor, autor de Águas de Março, Chega de Saudade, Garota de Ipanema
e tantas obras-primas, estaria comemorando hoje 83 anos de vida. Por
isso, em 25 de janeiro, é comemorado o Dia Nacional da Bossa Nova.
(Até o Google curvou-se a Jobim e à Bossa, alterando seu logotipo).
A palavra “bossa” surgiu pela primeira vez na música popular
brasileira num samba de Noel Rosa ainda na década de 30. “O samba, a
prontidão e outras bossas…”. Nos anos seguintes, a bossa apareceu nos
sambas de breque. O breque era o espaço que o cantor usava para dizer
livremente alguma coisa (com bossa, com jeito). A “bossa nova” como
seria conhecida mais tarde, teve a influência da música americana do
pós-guerra — principalmente o jazz — e começou a ser criada através do
sucesso de cantores como Dick Farney e Lúcio Alves, que cantavam com um
maneira mais tranquila e sussurrada, sem empostar a voz.
O movimento da bossa nova começou com um compacto simples do baiano
João Gilberto. No lado A estava “Chega de Saudade”, de autoria de Tom
Jobim e Vinicius de Morais; no lado B estava “Bim Bom”, do próprio João
Gilberto. Era agosto de 1958. O escritor Ruy Castro, autor do livro
“Chega de Saudade”, diz que a batida do violão de João Gilberto e as
letras de abordagem leve e descompromissada de Vinicius, Tom, Carlos
Lyra e outros foram as primeiras características da Bossa Nova.
Garota de Ipanema, sucesso mundial na voz de João Gilberto e
depois nas de Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e de
centenas de artistas, foi uma das canções mais gravadas de todos os
tempos, rivalizando com algumas dos Beatles.
Em 1965, com Arrastão, de Edu Lobo e, curiosamente, Vinícius
de Moraes, a Bossa Nova foi equivocadamente declarada extinta. Em
verdade, o que ocorreu foi a cisão de viés ideológico que criou a MPB.
Um grupo formado por Marcos Valle, Dori Caymmi, Edu Lobo e Francis Hime e
estimulado pelo Centro Popular de Cultura da UNE, tinha uma visão mais
popular e nacionalista, criticando a influência do jazz norte-americano
na bossa nova. Propunha uma reaproximação com compositores de morro,
como o sambista Zé Keti. Um dos pilares da Bossa Nova, Carlos Lyra,
aderiu a esta corrente, assim como Nara Leão, que promoveu parcerias com
artistas do samba como Cartola e Nelson Cavaquinho e baião e xote
nordestinos como João do Vale. Nesta fase de releituras da Bossa Nova,
foi lançado em 1966 o antológico LP “Os Afro-sambas”, de Vinicius de
Moraes e Baden Powell. Porém, uma revisão da produção desta época deixa
claro que, se houve uma mudança no conteúdo das letras, a música e o
modo de interpretar da Bossa Nova tinha invadido tudo de tal forma que
hoje poucos identificam Edu Lobo — depois grande parceiro de Tom — ,
Carlos Lyra e Marcos Valle como uma reação a ela e sim como membros do
movimento.
Entre os artistas que se destacaram nesta segunda geração (1962-1966)
da bossa nova estão Paulo Sérgio Valle, Edu Lobo, Ruy Guerra, Dori
Caymmi, Nelson Motta, Francis Hime, Wilson Simonal, entre outros.
E a MPB até hoje não quer saber deste negócio de você longe de mim, como deixa claro as palavras de Vinícius em Chega de Saudade.
01- Here Am I, Oh Lord, Send Me
02- I Shall Not Be Moved
03- Nearer My God to Thee
04- Baby, What's Wrong With You?
05- It Ain't Nobody's Business
06- Salty Dog
07- Coffee Blues
08- Avalon My Home Town
09- Make Me a Pallet on the Floor
10- Since I've Laid My Burden Down
11- Sliding Delta
12- Monday Morning Blues
13- Richland Women Blues
14- Candy Man
15- Stagolee
16- My Creole Belle
17- C.C. Rider
18- Spanish Fandango
19- Talking Casey
20- Chicken