segunda-feira, 9 de julho de 2007

A fúria do Estadão contra Chávez





Altamiro Borges *
Conhecido por suas posições conservadoras explícitas, sem papas na língua ou falsos ecletismos, o jornal O Estado de S.Paulo revelou na semana passada o que está por traz das recentes intrigas contra o governo de Hugo Chávez. Num editorial raivoso, o jornalão da famiglia Mesquita defendeu enfaticamente que o Senado brasileiro rejeite o ingresso da Venezuela no Mercosul. O motivo não seria o "exagero retórico" do líder bolivariano contra os "papagaios do imperialismo" incrustados nesta casa legislativa e nem o seu "ultimato" para aprovação da entrada do país vizinho no bloco regional. A razão é eminentemente política e estratégica - o que só os ingênuos e os mal-intencionados insistem em não enxergar.
"O ‘socialismo’, o anticapitalismo e o antiamericanismo de Chávez seriam um peso insuportável para o Brasil e o Mercosul, que precisam disputar mercados num mundo capitalista", escancara o Estadão, que nunca escondeu a sua preferência pelas "relações carnais" com os EUA e a sua objeção a atual política do Itamaraty de reforço da integração latino-americana e das alianças Sul-Sul. Para o jornalão, os recentes incidentes envolvendo o Senado e o governo venezuelano ocorreram numa boa hora. "A truculência do caudilho abriu os olhos para as previsíveis conseqüências do ingresso definitivo da Venezuela bolivariana no Mercosul", comemora o porta-voz da direita neoliberal nativa e dos interesses imperialistas dos EUA.
Saudades do entreguista FHC
Para o jornalão, o episódio serve de lição para o presidente Lula, que estaria agindo com complacência diante dos países rebeldes da região - leia-se Venezuela e Bolívia. "Houve época em que o coronel [a famiglia Mesquita, a exemplo da mídia golpista venezuelana, não trata Hugo Chávez como presidente democraticamente eleito] respeitava o Brasil e os seus governantes. Era visível, por exemplo, o respeito reverencial que tinha pelo presidente Fernand Henrique, que mais de uma vez teve de colocar Chávez na linha. Mas com o presidente Lula o relacionamento mudou. Julgando que tinha encontrado um aliado, com identidade de propósitos e idéias, Lula cedeu a praticamente todas as exigências de Chávez".
A exemplo da colunista Miriam Leitão, da TV Globo, que pregou o rompimento de relações diplomáticas com a Bolívia e o envio de tropas para a fronteira com este país quando da desapropriação das refinarias da Petrobras, o Estadão exige agora o endurecimento do governo Lula diante do "caudilho Chávez" . Ele seria a personificação do "eixo do mal" de Bush e um estorvo às relações mercantis do Mercosul, já que insiste em "fazer o seu monótono comício contra Washington, a União Européia e o capitalismo", tem "a atenção cativa da Bolívia, da Nicarágua e de Cuba, na Alba", compra armas de Moscou e "articula com Mahmud Ahmadinejad [Irã] acordos de cooperação e planos de resistência contra o demônio ianque".
Ingerência indevida do Senado
O editorial do Estadão, por sua franqueza e dureza, é revelador do pensamento da burguesia neoliberal na recente crise fabricada na relação Venezuela-Brasil. O que no início parecia apenas uma refrega retórica, envolvendo alguns senadores da direita e o presidente Chávez, vai adquirindo assim a sua verdadeira e gravíssima dimensão, colocando em risco o inédito esforço da integração regional. Tudo começou com a ingerência indevida do Senado, a partir de um requerimento de Eduardo Azeredo, ex-presidente do PSDB e fundador do "valerioduto", contra a decisão soberana do governo vizinho de não renovar a concessão da RCTV. Na seqüência, o líder bolivariano acusou os senadores de "papagaios do império". O desabafo foi o sinal para a direita brasileira e sua mídia venal questionarem o ingresso da Venezuela no Mercosul.
A direita brasileira, servil aliada dos EUA, nunca criticou a censura imposta pelo presidente George Bush à imprensa daquele país, através da Patriot Act, ou os campos de tortura de Guantanamo e de Abu Ghraib, ou o fim de dezenas de concessões públicas de televisões nos EUA e na Europa - mas resolveu cutucar o presidente da Venezuela, numa provocação rasteira. A manobra era evidente: ela nunca concordou com os esforços do governo Lula e de outros governantes progressistas da construção de um bloco regional capaz de se contrapor aos desígnios do império. O seu sonho, acalentado por FHC, era o da vigência do tratado neocolonial da Alca, da implantação da base militar em Alcântara e das "relações carnais" com os EUA.
Sórdida manobra em curso
O episódio da RCTV, que nada tem a ver com as relações econômicas, sociais e políticas do Mercosul, foi o pretexto encontrado pela direita nativa, bem ao gosto do imperialismo, para tentar implodir o esforço da integração. Deixada a aparência de lado, agora fica exposta a essência da manobra. "Indústria pede que o Congresso rejeite adesão venezuelana", festejou a Folha de S.Paulo. Barões do agronegócios e magnatas de poderosas empresas destilam seu ódio contra a revolução bolivariana. O embaixador Rubens Barbosa, membro da equipe entreguista de FHC e guru de Geraldo Alckmin, declara que o ingresso da Venezuela prejudicará o acesso do Mercosul ao mercado dos EUA. O editorial do Estadão é a prova cabal do crime!
Só os ingênuos não percebem a sórdida manobra. O problema não retórico, mas eminentemente político e estratégico. Aparentemente, o presidente Lula está antenado. O seu governo apostou todas as fichas na integração regional, não se curvou diante da pressão da elite para que declarasse "guerra" à Bolívia e nem fez coro com as viúvas da RCTV. Agora mesmo o presidente volta a qualificar a relação com a Venezuela de "extraordinária", citando o gasoduto que "atravessará toda a América do Sul" e os projetos conjuntos entre as estatais Petrobras e PDVSA. Evitando fazer este debate estratégico através da mídia venal, Lula informou que procurará Hugo Chávez para solucionar o impasse. A iniciativa é urgente, antes que os neoliberais e sua mídia melem os estratégicos e meritórios esforços da integração latino-americana.
(Autor do livro "Venezuela: originalidade e ousadia", Editora Anita Garibaldi, 3ª edição).
A vaidade e o problema dos `outros´
:: Flávio Gikovate ::

O prazer erótico de caráter exibicionista é um tanto independente de quem é que está assistindo nosso “show”. O observador não é totalmente irrelevante, já que uma moça sempre preferirá ser olhada com desejo por um homem que ela valorize do que por um outro que não seja diferenciado (segundo os critérios dela). Em todos os casos, se as pessoas que estiverem nos olhando tiverem uma reação negativa, padeceremos da terrível dor da humilhação, ao passo que, se manifestarem admiração e respeito, nos sentiremos elevados, estimulados e sexualmente um tanto excitados.

Dependemos, pois, da reação das outras pessoas (os observadores). Não há como desconsiderar o fato de que nosso estado de alma é muito influenciado pela forma como nossa pessoa - ou algo que tenhamos feito - será recebida. Isso explica considerações que as famílias sempre fizeram aos seus filhos adolescentes acerca da importância de terem um comportamento compatível com a opinião média dos vizinhos. Quem nunca ouviu ou pensou sozinho acerca “do que é que os outros vão falar ou pensar a nosso respeito”?

Quanto mais dependemos da opinião dos outros para nos sentirmos bem, menor será nossa liberdade individual. Pensaremos duas vezes antes de tomarmos alguma atitude menos comum. Pensaremos na repercussão que nossos atos, nossa forma de vestir e até mesmo nossos pensamentos terão sobre os outros. Os outros passam a ser nossos juízes, aqueles que julgarão se somos ou não criaturas legais, dignas. A vaidade nos leva, pois, a uma situação muito delicada na qual nós somos os juízes dos outros e os outros serão os que irão dizer se somos ou não criaturas válidas.

Quanto maior a vaidade, maior a dependência que temos das outras pessoas. Assim, os outros se transformam nos “OUTROS”, observadores todo-poderosos aos quais devemos obediência. O paradoxo é inevitável: para chamar a atenção deles temos que nos destacar, nos diferenciar. Se o fizermos de uma forma inaceitável, segundo os critérios deles, seremos objeto de chacota e ironia. Como fazer? Onde encontrar coragem para arriscar e correr o risco de desagradar os OUTROS?

Na grande maioria dos casos, a questão se resolve apenas no plano da quantidade e não da qualidade. Ou seja, as pessoas buscam o destaque pela via da aquisição de uma quantidade maior de algo que seja valorizado por todos. Terão mais dinheiro, mais conhecimento, serão mais magras, mais belas (e recorrerão aos melhores cirurgiões para chegar a isso), mais viajadas etc. Usarão roupas caras e terão muitas delas. Não usarão, porém, aquelas que não sejam aprovadas pela maioria, as que não possuem uma grife (certificado de garantia de que se trata de algo precioso). Terão muitos carros, muitos relógios, farão dietas incríveis e dirão que são magras “por força da natureza”. A política do destaque será regida pelo lema “mais do mesmo”. As pessoas poderosas têm, portanto, muito das mesmas coisas; e são admiradas por isso. Destaque sem correr o risco de decepcionar OS OUTROS e serem objeto de rejeição e humilhação.

É claro que uma pessoa pode ser mais corajosa e tentar se destacar por ser, agir e pensar de uma forma original. Quase sempre será objeto de reações variadas e dificilmente agradará a todos os observadores. Será tida como pessoa extravagante e talvez desperte mais inveja pela coragem do que pelo modo de se comportar. Nossas sociedades permitem uma cota maior de originalidade aos artistas e a alguns intelectuais, criaturas responsáveis pelas inovações. Sim, porque a busca de destaque pelo caminho apenas de ter mais do mesmo não leva a nada de novo (o que acabaria por determinar a estagnação geral).

Sabemos que existem algumas pessoas com mais coragem para se exibir de forma incomum mesmo sem serem portadoras de grandes talentos. São poucas e, principalmente na adolescência, acabam se filiando a alguma “tribo” minoritária, passando a agir de acordo com o padrão daquele subgrupo. O desejo de destaque é grande e na falta de criatividade acabam por se integrar numa turma onde a originalidade é duvidosa e a extravagância é um objetivo em si mesmo. Penso que os “punks” sejam um bom exemplo disso. Não é essa a liberdade que me encanta. A que me encanta é a de não abrirmos mão de nossas convicções mesmo se venhamos a bater de frente com a opinião dos OUTROS. Ou, como dizia Santo Agostinho, que reconhecia, é claro, a presença da vaidade em si mesmo: “entre a vaidade e a verdade eu não tenho dúvidas acerca do caminho a escolher”.

Flávio Gikovate é médico psicoterapeuta,

pioneiro da terapia sexual no Brasil.



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Email: instituto@flaviogikovate.com.br

Caráter progressista continuará marca do Consea, diz ex-presidente do órgão

O economista Chico Menezes, que deixa direção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, avalia que caráter progressista deve se aprofundar no órgão. Conferência do setor referendou movimentos sociais.

FORTALEZA – O último dia da III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que terminou nesta sexta (6) em Fortaleza, encerrou também o mandato do economista Francisco Menezes como presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). Considerado por seus pares um negociador hábil, Menezes conduziu o Consea de forma a afirmá-lo como um dos conselhos mais progressistas e incidentes sobre o Executivo.

Órgão ligado diretamente à Presidência da República, o Consea é composto por 17 ministérios e secretarias do governo, além de representantes da sociedade civil, e tem sido responsável pela proposição de políticas no campo da segurança alimentar, combate à fome e desnutrição, direitos dos diversos setores e populações à alimentação adequada, sistemas de produção e distribuição de alimentos, entre outros.

Politicamente, uma das marcas do Consea tem sido a postura “de esquerda” nas disputas conceituais sobre o modelo de desenvolvimento do país, e, caso as diretrizes apontadas pela III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional sejam incorporadas, como se espera, pela nova direção do órgão, ao que tudo indica esta característica deverá se aprofundar, avalia Menezes.

Num rápido sobrevôo sobre as propostas elaboradas durante a última semana pelos cerca de 2 mil participantes da Conferência, além de uma série de diretrizes para a Lei e o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN e SISAN, respectivamente), o debate e o documento final do evento incorporaram um dos mais completos panoramas das diversas demandas dos movimentos sociais que atuam politicamente sobre questões estruturantes no país.

Da crítica à política econômica, considerada um dos principais obstáculos ao saneamento das diversas situações de exclusão que cristalizam, em última instância, a pobreza e a insegurança alimentar, e da rejeição a projetos de grande impacto socioambiental, como a transposição do São Francisco, as hidrelétricas na Amazônia e a exploração dos recursos naturais (mineração, madeira, petróleo) nos territórios de populações tradicionais, passando pelo repúdio aos transgênicos, ao agronegócio e ao monopólio da distribuição dos alimentos (principalmente grandes redes multinacionais de supermercados), e por questionamentos aos acordos de comércio bi e multilaterais sobre agroenergia e agricultura (com os EUA, na OMC, União Européia, etc), até a defesa ampla dos direitos humanos, territoriais, sociais, culturais, econômicos e ambientais das populações tradicionais, da reforma agrária e da agroecologia, entre outros, a Conferência espelhou os debates da sociedade civil sobre o modelo de desenvolvimento do país.

O quanto desta agenda incidirá sobre o governo e terá algum reflexo concreto sobre as políticas sociais e de desenvolvimento, no entanto, depende agora da capacidade de convencimento dos representantes da sociedade civil no Consea, avalia Menezes, e da atuação dos Ministérios aliados, como Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Meio Ambiente (MMA), Desenvolvimento Agrário (MDA), Educação(MEC), Saúde, a Conab, entre outros.

Segundo o economista, apesar de haver uma crescente expectativa de que as manifestações da sociedade civil sejam respeitadas pelo governo, é preciso ter em conta que o Consea, por seu caráter consultivo, é diferente dos movimentos sociais e que o importante para o Conselho são as realizações.

“Passamos um tempo confrontando a base monetarista do governo, e agora o debate se dá com os desenvolvimentistas”, avalia Menezes, para quem a missão da nova direção do Consea será fortalecer o poder de incidência dos setores progressistas.

CTNBio
Quanto às manifestações políticas que confrontam diretamente projetos e posições do governo, como os debates sobre a transposição, o agronegócio, os agrocombustíveis, as hidrelétricas e a política econômica, Menezes acredita que são importantes por explicitarem a tendência dos participantes da Conferência, mas, na prática, tendem a não extrapolar o caráter de posicionamento político.

Diferente, para o economista, é o debate sobre biossegurança e organismos geneticamente modificados, um tema interditado para o Consea. Nesta questão, defende o economista, é urgente que ocorram mudanças, ja que é direito do Conselho participar das decisões sobre alimentos transgênicos, uma vez que afetam a segurança alimentar e nutricional.

“Ja falei isto para o presidente [Lula]. Para se ter uma idéia, como presidente do Consea fui barrado na reunião da CTNBio sobre milho transgênico. A CTNBio argumentou que a reunião era ‘fechada’. Que CTNBio é essa que tem que fazer tudo em segredo?”, questiona Menezes.

A rejeição aos alimentos geneticamente modificados está na própria definição de segurança alimentar e nutricional, cuja função é “garantir a todos alimentação adequada e saudável, conceituada como a realização de um direito humano básico”, que deve atender aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação e sabor, e “às formas de produção ambientalmente sustentáveis, livre de contaminantes físicos, químicos e biológicos e de organismos geneticamente modificados”.

Em seu documento final, a III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional exige a revisão da Lei de Biossegurança, “com impedimento à produção e comercialização de alimentos transgênicos, uma vez que ameaçam a soberania alimentar dos povos, causam danos irreversíveis ao meio ambiente, prejudicam a saúde e inviabilizam a agricultura familiar, por manter o controle das sementes nas mão de grandes empresas”.

*a repórter viajou a Fortaleza a convite do Consea

sábado, 7 de julho de 2007

Poemas para Todas as Mulheres

Vinicius de Moraes

No teu branco seio eu choro.
Minhas lágrimas descem pelo teu ventre
E se embebedam do perfume do teu sexo.
Mulher, que máquina és, que só me tens desesperado
Confuso, criança para te conter!
Oh, não feches os teus braços sobre a minha tristeza não!
Ah, não abandones a tua boca à minha inocência, não!
Homem sou belo
Macho sou forte, poeta sou altíssimo
E só a pureza me ama e ela é em mim uma cidade e tem mil e uma portas.
Ai! teus cabelos recendem à flor da murta
Melhor seria morrer ou ver-te morta
E nunca, nunca poder te tocar!
Mas, fauno, sinto o vento do mar roçar-me os braços
Anjo, sinto o calor do vento nas espumas
Passarinho, sinto o ninho nos teus pêlos...
Correi, correi, ó lágrimas saudosas
Afogai-me, tirai-me deste tempo
Levai-me para o campo das estrelas...
Entregai-me depressa à lua cheia
Dai-me o poder vagaroso do soneto, dai-me a iluminação das odes, dai-me o cântico dos cânticos
Que eu não posso mais, ai!
Que esta mulher me devora!
Que eu quero fugir, quero a minha mãezinha quero o colo de Nossa Senhora!

Em Uma manhã dessas....

Os Mutantes, 1968



Os Mutantes, como os conhecemos, nasceu em São Paulo, nos anos 60. Passou por diversas formações e teve vários nomes (Wooden Faces, Six Sided Rockers, O Conjunto, O'Seis) até se consolidar como o trio Os Mutantes, em 1966, em um programa de televisão: Rita Lee, Arnaldo Baptista, Sérgio Dias. Em 1967, conseguiram o segundo lugar no festival da Record acompanhando Gilberto Gil em "Domingo no Parque".

Em 1968, a banda lançou seu primeiro LP, intitulado "Os Mutantes", com os sucessos "Bat Macumba" (Gil), "Panis et Circensis" e "A Minha Menina" (Jorge Ben Jor. Começava a se firmar uma banda hoje considerada referência em termos de música brasileira de qualidade, com destaque para a extrema criatividade e muito bom humor.
Muito tempo depois, em 2005, "Os Mutantes" foi incluído em uma lista dos 50 discos mais experimentais de todos os tempos, na edição da conceituada revista musical britânica Mojo. Esse álbum também ficou na 12ª posição na lista dos "50 Most Out There Albums of All Time" (algo como os 50 Discos Mais Experimentais de Todos os Tempos), ficando à frente de nomes como Beatles, Pink Floyd, Ennio Morricone e Frank Zappa.

De acordo com a resenha que fala dos Mutantes, a necessidade é mãe da criatividade já que a banda foi influenciada pelos Beatles, mas não dispondo de equipamento do nível, teve que improvisar. "Como viviam, em um país onde pedais (de efeit os) não existiam, os irmãos Baptista, de São Paulo, tiveram que criar seus próprios. O texto fala de sons esquisit os, músicas com tom de desenho animado, louvor à Gengis Khan e insurrieção revolucionária. A revista mostra depois que, apesar de pesquisar bem em música, não vai tão longe assim em história, dizendo que, alguns an os depois da gravação, os integrantes da banda "se separaram e enlouqueceram" . A gente sabe: eles enlouqueceram primeiro. E já começaram muito bem.



"Jazzmatazz, Vol. 2: The New Reality" (1995) - Tracklist:

1. Intro (Light It Up) / Jazzalude I / New Reality Style
2. Lifesaver
3. Living In This World
4. Looking Through Darkness
5. Skit A (Interview) / Watch What You Say
6. Jazzalude II. / Defining Purpose
7. For You
8. Insert A (Mental Relaxation) / Medicine
9. Lost Souls
10. Insert B (The Real Deal)/Nobody Knows
11. Jazzalude III. / Hip Hop As A Way Of Life
12. Respect The Architect
13. Feel The Music
14. Young Ladies
15. The Traveler
16. Jazzalude IV. / Maintaining Focus
17. Count Your Blessings
18. Choice Of Weapons
19. Something In The Past
20. Skit B (Alot On My Mind) / Revelation


ANA CAROLINA



Nascida em Juiz de Fora, a cantora, compositora, arranjadora, violonista e percussionista Ana Carolina começou cantando nos bares de sua cidade e teve seus primeiros espetáculos produzidos pela atriz e cantora Zezé Motta.Sua voz de timbre grave chamou a atenção de Luciana de Moraes, filha de Vinicius, que resolveu apostar em sua carreira. Assim, em 1999, Ana lançou seu primeiro álbum, "Ana Carolina", que teve como destaques a música "Garganta" (feita para ela pelo compositor Totonho Villeroy) e as recriações muito pessoais (entre o tango e o blues) de "Retrato em Branco e Preto" (Tom Jobim e Chico Buarque) e "Alguém Me Disse" (de Evaldo Gouvêia e Jair Amorim).Em 2003, Ana Carolina lança seu terceiro CD, "Estampado". Com esse trabalho a cantora obtém reconhecimento da crítica e aprovação do público. No mesmo ano é lançado o DVD "Estampado", um misto de filme-documento e musical.Além do show no Largo da Carioca, o DVD também apresenta performances de voz e violão da artista.Em 2005, Ana Carolina lança "Ana & Jorge", o álbum que registra um show que a cantora fez em parceria com Seu Jorge em agosto de 2005, em São Paulo.A partir de agosto de 2006, Ana Carolina passou a integrar o corpo de apresentadoras do programa Saia Justa, no canal GNT. A presença da cantora e multi-instrumentista como única representante da área musical deixa o programa ainda mais interessante.Ao longo da carreira, Ana Carolina ganhou muitos prêmios; o mais recente foi o prêmio Multishow 2006, nas categorias Melhor Cantora e Melhor CD (pelo trabalho "Ana e Jorge").No final de 2006, a cantora se revelou bissexual gerando polemica e atraindo uma série de novos fãs do publico GLBTS e lançou seu 6º álbum, 'Dois Quartos', com dois cds, o 1º chamado 'Quarto' e o 2º, 'Quartinho'. Neles, a cantora se supera, em maturidade, criatividade e, no melhor estilo 'Madonna', em ousadia, apresentando entre as faixas, uma em que cita o falo masculino, 'Cantinho', numa letra cheia de desejos proibidos. E, também, a música 'Eu Comi a Madona', em que fala de mulheres provocantes.
Ana Carolina - Ana Carolina - 1999
Uma das mais recentes revelações da música brasileira, a cantora mostra aqui a mistura de ritmos que a projetou no cenário nacional. Além de cantar, Ana Carolina toca violão em algumas faixas. Destaques para as músicas ´Alguém Me Disse´ e ´Nada Pra Mim´.
1. Tô Saindo
2. Alguém me Disse
3. Nada Pra Mim
4. Trancado
5. Armazém
6. Garganta
7. A Canção Tocou na Hora Errada
8. Tudo Bem
9. Agora ou Nunca
10. O Melhor de Mim
11. Retrato em Branco e Preto
12. Perder Tempo com Você
13. O Avesso dos Ponteiros
14. Beatriz
15. Tô Caindo Fora

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Ana Carolina - Ana Rita Joana Iracema e Carolina - 2001
Este é o segundo disco da cantora e compositora Ana Carolina, que traz, entre outros destaques, o sucesso "Quem de Nós Dois", que está na trilha sonora da novela "Um Anjo Caiu do Céu".
1. O Rio
2. Confesso
3. Ela é Bamba
4. Implicante
5. Quem de Nós Dois
6. Pra Terminar
7. Que Será
8. Joana
9. Violão e Voz
10. Vê Se me Esquece
11. A Câmera que Filma os Dias
12. Dadivosa
13. Que se Danem os Nós
14. Eu Nunca te Amei Idiota
15. Me Sento na Rua

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Ana Carolina - Estampado - 2003
A cantora, compositora e instrumentista Ana Carolina é uma das maiores revelações da música contemporânea brasileira. Confira sua voz grave e melodiosa em músicas como "Elevador (Livro de Esquecimento)" e "Hoje Eu Tô Sozinha", entre outras.
1. Hoje Eu Tô Sozinha
2. Encostar na Tua
3. 2 Bicudos
4. Elevador (livro de Esquecimento)
5. Só Fala em Mim
6. É Hora da Virada
7. Uma Louca Tempestade
8. Pra Rua Me Levar
9. É Mágoa
10. Mais que Isso
11. Vox Populi
12. Vestido Estampado
13. Nua
14. Não Fala Desse Jeito
15. O Beat da Beata

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Ana Carolina - Ana & Jorge Ao Vivo - 2005
Show gravado no Tom Brasil, numa belíssima apresentação de Ana Carolina e Seu Jorge, onde o formato acústico possibilitou ainda mais que os dois mostrassem suas canções de uma forma mais próxima à maneira que foram criadas e ressaltou suas habilidades como multiinstrumentalistas. O repertório traz canções de Ana e Jorge, além da inédita "Unimultiplicidade".
1. São Gonça
2. Problema Social
3. Zé do Caroço
4. Carolina
5. Comparsas / O Pequenez Pit Bull
6. Tanta Saudade
7. É Isso Aí
8. Prá Rua Me Levar
9. Chatterton
10. Beatriz
11. Brasil Corrupção ( Unimultiplicidade )
12. Mais que Isso
13. Garganta
14. Vestido Estampado
15. O Beat da Beata

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Ana Carolina Dois Quartos - 2006
Ana Carolina separou o que tinha em "Dois Quartos": "Quarto" apresenta uma artista mais pop, mais conhecida. Já "Quartinho" traz composições harmonicamente mais sofisticadas, com arranjos densos. No repertório, músicas como "Nada te Faltará", que fala dos tempos em que vivemos, religião, direitos humanos, e a atual "Notícias Populares", entre outras.
Quarto
1. Nada Te Faltará
2. Tolerância
3. Ruas de Outono
4. Aqui
5. Rosas
6. Um Edifício no Meio do Mundo
7. Vai
8. O Cristo de Madeira
9. Eu Comi a Madonna
10. 1.100,00 (Nega Marrenta)
11. Chevette
12. Notícias Populares
Quartinho
1. La Critique
2. Então Vá Se Perder
3. Carvão
4. Manhã
5. Homens e Mulheres
6. Corredores
7. Sen. Ti. Mentos
8. Cantinho
9. Eu Não Paro
10. Claridade
11. Milhares de Sambas
12. Eu Comi a Madona (Remix)

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Ana Carolina Perfil - 2005

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Governo da Alemanha dividido sobre apoio ao Brasil

Desejo de Lula de investir em Angra 3 e retomar programa nuclear desagrada a boa parte do governo Merkel. Às vésperas de visitar o Brasil para discutir biocombustíveis, líder do PV alemão diz que país parece querer 'voltar ao passado'

RIO DE JANEIRO – O desejo do governo Lula de investir na energia nuclear e retomar a construção da usina atômica de Angra 3 está causando rebuliço político na Alemanha, país que desde 1975 é parceiro do Brasil num programa nuclear que até hoje pouco saiu do papel. O atual governo alemão, fruto de uma ampla coalizão onde coexistem partidos de direita, centro e esquerda, mantém até agora uma posição dúbia sobre o assunto.

Legendas como o Partido Verde (PV) e o Partido Social-Democrata (SPD, que comanda o Ministério do Meio Ambiente) são contra a construção da usina e preferem que a Alemanha ajude o Brasil a investir em fontes de energia renováveis. Por sua vez, o Ministério da Economia, comandado pelo UDC da chanceler Angela Merkel, já manifestou sua simpatia pela retomada do acordo “nos mesmos moldes” de três décadas atrás.

Foi em 2000, durante o governo da coalizão “Verde-Vermelho” liderada por Gerhard Schroeder (SPD), que a Alemanha decidiu não mais construir usinas atômicas, além de fechar as existentes em seu território. A decisão atendeu a uma bandeira histórica do PV, segundo partido mais importante na sustentação do então premier. As 17 usinas que ainda restam em solo alemão serão fechadas até 2021, num cronograma que vem sendo obedecido à risca, mesmo com a mudança de governo.

Manter o perigo atômico longe da Alemanha parece consenso no governo Merkel. O mesmo, no entanto, não se pode dizer quando o assunto é exportar a tecnologia “acumulada” que o país tem no setor. Essa postura dúbia tem merecido críticas de algumas das mais importantes figuras da política alemã, como o comunista Oskar Lafontaine, presidente do partido A Esquerda: “Seria um anacronismo inaceitável para o povo alemão se o governo fechasse suas usinas em casa e quisesse continuar vendendo a tecnologia nuclear para os países em desenvolvimento”, disse.

O próprio ministro do Meio Ambiente, Sigmar Gabriel, já manifestou claramente sua opinião: “Queremos acordos com o Brasil, sim, mas eles são na área das energias renováveis e da competência energética”, disse. As posições contrárias à retomada do acordo nuclear com o Brasil no seio do governo alemão são tantas que impediram a realização do grupo de trabalho bilateral sobre o tema que estava prevista para junho em Berlim. Nova reunião ainda não tem data marcada para acontecer.

Às vésperas de embarcar para o Brasil, onde tomará parte numa delegação do PV alemão que vem discutir os biocombustíveis com políticos, empresários e ativistas sociais, o deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente Jürgen Trittin afirma que o governo de seu país dificilmente se definirá pelo apoio à proposta do governo brasileiro: “Parto do princípio que uma proposta dessas não terá apoio na Alemanha. Há algumas semanas, debatemos no Congresso um acordo verde, e ficou claro que o governo está completamente rachado quanto ao prolongamento do acordo nuclear com o Brasil. Não acredito que haverá algum auxílio estatal para a construção de Angra 3”, diz.

“Volta ao passado”


Trittin afirma que “ao invés de voltar sua política energética para o futuro, o Brasil parece querer voltar ao passado”. O deputado critica o acordo nuclear Brasil-Alemanha de 1975 e lamenta que o governo Schoroeder não tenha conseguido substituí-lo, como desejou: “Este acordo deveria ter sido substituído por um acordo energético bilateral em 2004, no qual deveriam ser prioridades as energias renováveis, o melhoramento da eficiencia energética, a redução do consumo e a redução das emissões de poluentes”, diz.

O dirigente do PV enumera os motivos que levaram a Alemanha a descartar a opção nuclear: “Energia atômica é prejudicial ao clima, extremamente antieconômica e dependente de incentivos, além de apresentar grande risco. Da fusão nuclear até a questão insolúvel do lixo atômico, passando pela reprodução de material para fabricação de armamento atômico, a lista de riscos à segurança é enorme’, diz.

Opção em desuso


O Brasil, garante Trittin, está indo na contramão do mundo: “Internacionalmente, a energia atômica está retrocedendo. Nos EUA, desde os anos 1970 não foi construída nenhuma nova usina. Na União Européia, apenas na Finlândia. A Europa produz hoje muito menos energia atômica do que há 10 anos. A energia atômica não tem como atender à demanda mundial de energia, sem falar que não é possivel usá-la na calefação, no carro ou nos aviões”.

O caminho, sugere o alemão, é outro: “No atendimento à demanda primária mundial de energia em 2003, a energia atômica foi responsável somente por 6,5%, com tendência de queda. As energias renováveis são responsáveis pelo dobro, 13,3%, e têm grandes chances de crescimento no mercado internacional. Com sua insistência na cooperação atômica, o Brasil perde a oportunidade de construir uma estratégia moderna de parceria energética no campo não atômico, no espírito da defesa climática e de uma política energética sustentável”, lamenta.

* Colaborou Verena Glass

Fonte:AgenciaCartaMaior

sexta-feira, 6 de julho de 2007

A Lenda do Chimarrão


Uma tribo de índios guaranis vivia do seu trabalho na lavoura: derrubava um pedaço de mata, plantava mandioca e milho, mas depois de quatro ou cinco anos a terra se cansava, parava de produzir e a tribo precisava emigrar para outras paragens.
Cansado de tais andanças um velho índio um dia recusou-se a seguir adiante e preferiu ficar sozinho na tapera. A mais jovem de suas filhas, a bela Jary, ficou numa situação difícil: ou seguia adiante com os jovens da tribo, ou ficava na solidão, prestando arrimo ao ancião até que a morte o levasse para a paz do Yvi-Marai. Apesar dos pedidos dos moços ela permaneceu junto ao velho pai.
Essa atitude de amor mereceu uma recompensa. Um dia chegou um pajé desconhecido e perguntou a Jary o que ela queria para se sentir feliz. A moça nada pediu, mas o velho pai sim: “- Dai-me renovadas forças para poder seguir adiante e levar Jary ao encontro da tribo que lá se foi”.

Amargo doce que eu sorvo
Num beijo em lábios de prata
Tens o perfume da mata
Molhada pelo sereno,
E a cuia, seio moreno
Que passa de mão em mão
Traduz no meu Chimarrão
Em sua simplicidade,
A velha hospitalidade
Da gente do meu rincão.

Glaucus Saraiva

Entregou-lhe o pajé uma planta muito verde, perfumada de bondade, e ensinou que a plantasse, colhesse as folhas, secasse-as ao fogo, triturasse, colocasse os pedacinhos num porongo (fruto também conhecido como cabaça e com o qual, depois de seco, se faz a cuia), acrescentasse água quente ou fria e bebesse essa infusão: “-Terás nessa nova bebida uma nova companhia saudável mesmo nas horas tristonhas da mais cruel solidão”. Deu a receita e partiu.
Foi assim que nasceu e cresceu uma planta chamada caá-mini. Dela resultou a bebida caá-y, que os brancos mais tarde chamaram de chimarrão.
Sorvendo aquela verde seiva o ancião recuperou-se, ganhou força e pode empreender a longa viajem até o reencontro com os seus. Ao chegarem, foram recebidos com a maior alegria e a tribo toda adotou o costume de beber a infusão da erva verde, amarguinha e gostosa, que dava força, coragem e confortava mesmo nas horas tristonhas ou da mais total solidão.
Evolução Histórica
O uso desta planta como bebida tônica e estimulante já era conhecido pelos indígenas de toda a América. Em túmulos pré-colombianos de Ancon, perto de Lima, no Peru, foram encontradas folhas de erva mate ao lado de alimentos e objetos, demonstrando o seu uso pelos incas.
Desde os primórdios da ocupação castelhana no Paraguai, indicado por Don Hernando Arios de Saavedra (governante de 1592-1594), observou-se a utilização da erva mate pelos indígenas.
Os primeiros jesuítas estabelecidos no Paraguai, fundaram várias feitorias, nas quais o uso das folhas de erva mate já era difundido entre os índios guaranis, habitantes da região.
Posteriormente observou-se que os indígenas brasileiros, que habitavam as margens do rio Paraná, também se utilizavam dessa planta. Outras tribos localizadas em regiões onde não havia ocorrência natural da essência, possuíam o hábito de consumí-la, obtendo-a através de permuta. Essas tribos localizadas no Peru, Chile e Bolívia, transportavam o produto por milhares de quilômetros.
Orientados pelos jesuítas, instalados num território chamado Companhia de Jesus do Paraguai (denominação dada no século XVII aos territórios das províncias do Paraguai, Buenos Aires e Tucuman), os indígenas iniciaram as plantações de erva mate.
Junto com a implantação dos ervais, os jesuítas aprofundaram-se no estudo do sistema vegetativo da planta, visto que as sementes caídas das erveiras não germinavam naturalmente. Os jesuítas definiram a melhor época de colheita de sementes e um padrão de preparo e cultivo da erva mate.
Por mais de 1 século e meio (de 1610 a 1768, quando se deu a saída forçada da Companhia de Jesus), os jesuítas exploraram o comércio e a exportação do mate. O Padre Nicolós Durain observou que os índios tomavam o mate em água quente, não podendo passar sem ele no trabalho, pois era, muitas vezes, o único sustento.
As bandeiras paulistas, que de 1628 a 1632 percorreram as regiões de Guairá, regressaram trazendo índios guaranis prisioneiros, e com eles o hábito de beber chimarrão.

Churrasco, Cerveja e Cinzas
Um churrasqueiro de renome foi convidado para “queimar uma carne”. Como é de praxe, o anfitrião molhou a garganta do cozinheiro com um “breja”, bem gelada. Durante os preparativos do churrasco a cervejinha foi consumida.
Nessa altura, o fogo também estava nas alturas e precisava ser acalmado para que a carne pudesse ser colocada. Dito e feito, a garrafa de cerveja, a única disponível, virou a vasilha de água usada para controlar o fogo. Essa é a origem de se jogar cerveja nas brasas... Estraga a cerveja e em nada muda o sabor do churrasco...
O melhor mesmo é seguir os ensinamentos de quem conhece: guarde as cinzas do churrasco, devidamente peneiradas. Use-as para controlar o fogo, jogando um pouco sobre as labaredas sempre que ocorrerem chamas. Você economiza carvão, não faz fumaça, não diminui a temperatura do fogo e o melhor, não enferruja a churrasqueira.
Copiado de: ManualDoChurrasco