sábado, 25 de agosto de 2007

Folha de S.Paulo - 2: Agora, o beijo.

Pelo segundo dia, a capa do jornal dedica-se a tentar criar constrangimento público e privado para o Presidente. Ninguém tem obrigação de gostar do cidadão Lula ou do governo. Mas uma coisa é discordar e atacar políticas. Outra é avacalhar a imagem.

Depois de avacalhar a imagem do Presidente da República no dia de ontem, com a foto dele e de sua esposa aparentemente com algo malcheiroso nas mãos, o capista da Folha de S. Paulo de hoje voltou ao ataque. Desta vez o míssil lançado contra o indesejável ocupante do Palácio do Planalto (aos olhos do capista e do jornal) foi uma foto do Presidente aparentemente de novo beijando a Ministra Nilcéa Freire na boca. A cabeça da legenda dizia: "aquele afago".

Sinceramente, é uma pouca vergonha. Mas não tem jeito: parece que o capista deu-se um senso de missão, de alguma forma dentro da linha editorial do jornal, de por em tela atitudes aparentemente vexatórias do Presidente. A do dia de ontem raiava o absurdo, porque deslocava o sentido da própria foto, em que o Presidente experimentava uma amostra de biodiesel, para aparentar que ele cheirava algo de odor desagradável. Isso numa página em que circundavam a foto manchetes sobre o caso Renan, o suposto mensalão cuja denúncia chegava ao Supremo, e sobre o caso Anac.

Agora nem isso existe: o propósito político simplesmente se resume a publicação de uma foto que evidentemente visa criar constrangimento público e privado para o Presidente. Nem se sabe da origem da foto, se foi coincidência, se o beijo existiu de fato assim como sugerido nela, etc. Com certeza o capista aderiu à nova teoria jornalística de Ali Kamel, da TV Globo, segundo a qual o jornalismo deve "testar hipóteses" ao invés de averiguá-las.

Ninguém tem obrigação de gostar do cidadão Lula, ou das políticas de seu governo. Muito pelo contrário: aqui mesmo na Carta Maior as críticas a políticas de seu governo são constantes, sobretudo na área econômica, nas contemporizações, na histórica lacuna de uma política de comunicação, pelo menos nos anos anteriores, na lentidão quanto à reforma agrária, etc.

Mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Uma coisa é discordar e atacar políticas. Outra é avacalhar a imagem do Presidente. Isso só rima com a idéia de que afinal, esse é o Presidente que "esse povo" (o nosso) merece. Porque afinal, para esse tipo de mentalidade, ele (o nosso povo) não sabe votar. É a mentalidade de quem se achava, até o final de outubro de 2006, uma pedra no lago, para descobrir-se um alfinete num dedal.

HASSE WALLI - Pioneiro do Blues Finlandês


Atualmente podemos considerar Erja Lyytinen e Wentus Blues Band grandes nomes da nova safra de blues na Finlândia. Mas, em um país teoricamente sem tradição no estilo, quem poderia ser considerado um pioneiro ?
Hasse Walli é com certeza o primeiro nome a ser lembrado. Com 59 anos de idade, Hasse ensaiou os primeiros passos na música aos 9, tocando jazz na bateria, hábito que manteve por cerca de 8 anos. A guitarra veio por volta de 1962. Alguns anos depois já se apresentava com a Blues Section, apresentando uma fusão de Clapton e Hendrix em seu estilo de tocar. Algo nada convencional naquela época em seu país. Um duro golpe afastou Hasse dos palcos: ele quebrou o braço esquerdo em um grave acidente de carro. Somente em 1973, após uma segunda cirurgia ele recupera suas habilidades e volta a tocar. Nos anos 70 e 80, permanece na ativa com diversos projetos sempre envolvendo música folclórica finlandesa, rock e blues. Em 1992, completando 40 anos de carreira, vai até Dakar, Senegal, participar de um antigo projeto: "HASSE WALLI & ASAMAAN". No ano seguinte, volta com sua banda na clássica formação de power-trio e desde 2000 vem alternando suas apresentações com trabalhos em estúdio como produtor.
Assista os vídeos e conheça um dos mais importantes pioneiros do blues na Escandinávia. Nas apresentações, Walli é acompanhado por Mikko Vuorela (baixo) e Vesa Aaltonen (bateria).
Copiado de: BluesMaster

Foto: Nina Nordin (2002)



HASSE WALLI - CROSSROADS(Robert Johnson)

Gilberto Gil & Rita Lee - 1978 - Refestança
Gilberto Gil & Rita Lee - Refestança
Copiado de:MateCouro


sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O Alcorão - Em português


O ALCORÃO

Louvado seja Deus, Senhor do Universo, e que a paz e a misericórdia estejam com o Mensageiro e toda a sua estirpe, seus companheiros e seus seguidores!
O Alcorão é a palavra de Deus, revelada a Mohammad, desde a Surata da Abertura até a Surata dos Humanos, constituindo o derradeiro dos livros revelados à humanidade. Ele encerra, em sua totalidade, diversificadas nuanças, tais como: a felicidade, a reforma entre os homens, a concórdia no presente e no futuro; ele foi revelado, versículo por versículo, surata por surata, de acordo com as situações e os acontecimentos, no decorrer dos vente e três últimos anos da vida do Profeta Mohammad. Uma parte foi revelada antes da Hégira, em Makka, e outra depois, em Madina. Os versículos e as suratas revelados em Makka abrangem as normas da crença em Deus, em Seus Anjos, em Seus Livros, em Seus mensageiros e no Dia do Juízo Final. Os versículos e as suratas revelados em Madina dizem respeito aos rituais e à jurisprudência.
Paginas: 2008
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Apostila Windows Vista

Excelente apostila sobre o Windows Vista. Aborda tudo que você pode imaginar que o Vista possua e um pouco mais. Excelente mesmo!

Tamanho: 2,56 Mb

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The Who - Thirty Years of Maximum R&B (1994)
















Diz o ditado que opinião é que nem bunda: todo mundo tem a sua e acha que a do outro fede. Assim, mesmo correndo o risco de vê-la acusada de mau cheiro, apresento aqui a minha opinião: The Who foi a maior banda de rock de todos os tempos. Os motivos para eu achar isso são diversos e alongariam demais este texto. Mas destaco dois.

Primeiro: Surgidos em 1965, estavam, musicalmente, milhas à frente de todos os contemporâneos, em especial a cozinha estupenda formada por Keith Moon e John Entwhistle. E não tinham um "quinto Who" para fazer por eles os arranjos e escalar músicos de estúdio.

Segundo: Pete Townhsend, o cérebro da banda, fugia dos clichês românticos da época e fazia letras sobre o mundo real, a começar pelo manifesto "My Generation". Volta e meia tinha músicas banidas da BBC por mexer com temas que desagradavam o bom gosto do público. Ao mesmo tempo, era, como a esmagadora maioria dos jovens, uma pessoa desgraçadamente comum, feio e desengonçado. Se McCartney pegava na mão da garota e Jagger passava a noite com ela, Townshend, a exemplo de Severus Snape, tocava umazinha olhando as fotos de Lilly.

Hoje, como acontece com tantas bandas, The Who virou paródia de si mesma, mas isso não desmerece em nada seu trabalho.

Para celebrar a banda, aqui está sua coletânea definitiva, uma caixa como quatro CDs que abrange toda a sua carreira – fora um último disco de estúdio lançado ano passado. Vai de canções gravadas quando ainda se chamava The High Numbers a uma cover de Elton John gravada em 1991, passando por clássicos, faixas inéditas, entrevistas e até vinhetas de rádios e esquetes cômicas. Numa delas, o doido e impagável Keith Moon fazia uma resenha literária ao som de "Laguna Sunrise", do Black Sabbath.
Copiado de: CavernaDoSom

Disco: 1
1. Pete Dialogue (Live)
2. I'm The Face (The High Numbers)
3. Here 'Tis (The High Numbers)
4. Zoot Suit (The High Numbers)
5. Leaving Here (The High Numbers)
6. I Can't Explain
7. Anyway, Anyhow, Anywhere
8. Daddy Rolling Stone
9. My Generation
10. The Kids Are Alright
11. The Ox
12. A Legal Matter
13. Pete Dialogue
14. Substitute (Live)
15. I'm A Boy
16. Disguises
17. Happy Jack Jingle
18. Happy Jack
19. Boris The Spider
20. So Sad About Us
21. A Quick One, While He's Away
22. Pictures Of Lily
23. Early Morning Cold Taxi
24. Coke 2
25. (This Could Be) The Last Time
26. I Can't Reach You
27. Girl's Eyes
28. Bag O'Nails
29. Call Me Lightning

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Disco: 2
1. Rotosound Strings
2. I Can See For Miles
3. Mary Anne With The Shaky Hand
4. Armenia City In The Sky
5. Tattoo
6. Our Love Was
7. Rael 1
8. Rael 2
9. Track Records/Premier Drums
10. Sunrise
11. Russell Harty Dialogue
12. Jaguar
13. Melancholia
14. Fortune Teller
15. Magic Bus
16. Little Billy
17. Dogs
18. Overture
19. Acid Queen
20. Abbie Hoffman Incident (Live)
21. Underture (Live)
22. Pinball Wizard
23. I'm Free
24. See Me Feel Me (Live)
25. Heaven & Hell
26. Pete Dialogue (Live)
27. Young Man Blues
28. Summertime Blues

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Disco: 3
1. Shakin' All Over
2. Baba O'Riley
3. Bargain (Live)
4. Pure & Easy
5. Song Is Over
6. Studio Dialogue
7. Behind Blue Eyes
8. Won't Get Fooled Again
9. The Seeker (Edited Version)
10. Bony Moronie (Live)
11. Let's See Action
12. Join Together
13. Relay
14. The Real Me
15. 5.15 (Single Version)
16. Bell Boy
17. Love Reign O'er Me

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Disco: 4
1. Long Live Rock
2. Life With The Moons
3. Naked Eye (Live)
4. University Challenge
5. Slip Kid
6. Poetry Cornered
7. Dreaming From The Waist (Live)
8. Blue Red & Grey
9. Life With The Moons 2
10. Squeeze Box
11. My Wife (Live)
12. Who Are You (Single Version)
13. Music Must Change
14. Sister Disco
15. Guitar & Pen
16. You Better You Bet
17. Eminence Front
18. Twist And Shout (Live)
19. I'm A Man (Live)
20. Pete Dialogue (Live)
21. Saturday Night's Alright (For Fighting)

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quinta-feira, 23 de agosto de 2007

office professional 2007




O novo Office 2007 oferece inovações para aumentar a produtividade. As melhorias começam pela interface dos aplicativos tradicionais como Word, Excel, PowerPoint, Access e Outlook. Tudo está muito mais fácil de achar através da interação das ferramentas pelas abas. Operações de edição e formatação demoram muito menos tempo para serem realizadas, assim você não gasta tempo com tarefas mais simples.

Gerencie seu trabalho com e-mails, tarefas e compromissos utilizando a nova barra. Crie planilhas de dados compreensíveis como nunca em um piscar de olhos. Novos recursos de visualização enriquecem seus dados.




Estilo: Aplicativos
Fabricante: Microsoft
Tamanho: 38 MB (partes)
Formato: Rar
Idioma: Português
Copiado de: BaúDownloads
Serial Lista

GOMPLAYER VIDEO


TAÍ UM PLAYER DE RESPEITO E LEVA COM LOUVOR O CARIMBO DA BAÚ ,SE NÃO QUISER TER MAIS PROBLEMAS COM CODECS ,FORMATOS E LEGENDAS ENTÃO VOCE PRECISA INSTALAR O GOMPLAYER,REPRODUZ PRATICAMENTE TUDO ,COM UMA RESOLUÇÃO EXCELENTE, É FACILIMO DE SE OPERAR, ELE VEM CONQUISTANDO SEU ESPAÇO COMO UM DOS PLAYERS MAIS COMPLETOS , ESQUEÇA O WMP E OUTRAS TRANQUEIRAS QUE EXISTEM POR AI,INSTALE HOJE MESMO O GOMPLAYER.

Moleskinsoft Clone Remover v.2.5


O Moleskinsoft Clone Remover permite encontrar arquivos duplicados em diferentes pastas ou drives de seu computador. Com ele você pode selecionar os locais a serem pesquisados e pode filtrar sua busca por tipos de arquivo. O programa detecta arquivos duplicados mesmo que estes possuam nomes diferentes mas não possui nenhum controle sobre os critérios de comparação. O resultado da pesquisa por duplicatas é exibido na tela para verificação e após a verificação a interface do programa permite mover, copiar ou deletar os arquivos apontados.




Mundo - O verdadeiro choque de civilizações

Leonardo Boff * Adital -

A expressão "choque de civilizações" como formato das futuras guerras da humanidade foi cunhada pelo fracassado estrategista da Guerra do Vietnã Samuel P. Huntington. Para Mike Davis, um dos criativos pesquisadores norte-americanos sobre temas atuais como "holocaustos coloniais" ou "a ameaça global da gripe aviária", a guerra de civilizações se daria entre a cidade organizada e a multidão de favelas do mundo. Seu recente livro "Planeta Favela" (2006) apresenta uma pesquisa minuciosa (apesar da bibliografia ser quase toda em inglês) sobre a favelização que está ocorrendo aceleradamente por todas as partes. A humanidade sempre se organizou de um jeito que grupos fortes se apropriassem da Terra e de seus recursos, deixando grande parte da população excluída. Com a introdução do neoliberalismo a partir de 1980 este processo ganhou livre curso: houve uma privatização de quase tudo, uma acumulação de bens e serviços em poucas mãos de tal monta que desestabilizou socialmente os paises periféricos e lançou miilhões e milhões de pessoas na pura informalidade. Para o sistema eles são "óleo queimado", "zeros econômicos", "massa supérflua" que sequer merece entrar no exército de reserva do capital. Essa exclusão se expressa pela favelização que ocorre no planeta inteiro na proporção de 25 milhões de pessoas por ano. Segundo Davis 78,2% das populações dos paises pobres é de favelados (p.34). Dados da CIA de 2002 dava o espantoso número de 1 bilhão de pessoas desempregadas ou subempregadas favelizadas.

Junto com a favela vem toda a corte de perversidades, como o exército de milhares de crianças exploradas e escravizadas, como em Varanasi (Benares) na Índia na fabricação de tapetes, ou as "fazendas de rins" e outros órgãos comercializados em Madras ou no Cairo e formas inimagináveis de degradação, onde pessoas "vivem literalmente na m" (p.142).

Ao Império norte-americano não passaram desapercebidas as conseqüências geopolíticas de um "planeta de favelas". Temem "a urbanização da revolta" ou a articulação dos favelados em vista de lutas políticas. Organizaram um aparato MOUT (Military Operations on Urbanized Terrain: operações militares em terreno urbanizado) com o objetivo de se treinarem soldados para lutas em ruas labirínticas, nos esgoto, nas favelas, em qualquer parte do mundo onde os interesses imperiais estejam ameaçados. Será a luta entre a cidade organizada e amedrontada e a favela enfurecida. Um dos estrategistas diz friamente: "as cidades fracassadas e ferozes do Terceiro Mundo, principalmente seus arredores favelados, serão o campo de batalha que distinguirá o século XXI; a doutrina do Pentágono está sendo reconfigurada nessa linha para sustentar uma guerra mundial de baixa intensidade e de duração ilimitada contra segmentos criminalizados dos pobres urbanos. Esse é o verdadeiro choque de civilizações"(p.205).

Será que os métodos usados recentemente no Rio de Janeiro com a militarização do combate aos traficantes nas favelas, com verdadeiras execuções, já não obedece a esta estratégia, inspirada pelo Império? Estamos entre os paises mais favelizados do mundo, efeito perverso provocado por aqueles que sempre negaram a reforma agrária e a inclusão social das grandes maiorias, pois lhes convinha deixá-las empobrecidas, doentes e analfabetas. Enquanto não se fizerem as mudanças de inclusão necessária, continuará o medo e o risco real de uma guerra sem fim.


* Teólogo. Membro da Comissão da Carta da Terra