sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Pobre PT!!!!!

Grandalhão indolente



Léo Lince


Quando ainda era “pequeno e insolente”, para usar uma expressão do genial Carlito Maia, o Partido dos Trabalhadores fazia congressos mais animados. Mais criativos e sintonizados com o dinamismo que lhe chegava de uma militância presente no dia-a-dia dos movimentos sociais. Hoje, infelizmente, como instrumento de transformação, que politiza o dinamismo dos conflitos, alimenta a grande política e produz projetos de mudança, o PT acabou. É uma página virada.

O partido, que já atiçou a esperança de milhões e agora se acomoda nas práticas da velhíssima política, opera no contraponto de sua identidade original. Uma lástima. Os petistas que ainda cultuam na memória a antiga identidade do partido - por incrível que pareça eles ainda existem - devem estar se perguntando o que ainda fazem neste palco de perdidas ilusões. Todos sabem que a resolução, positiva, pela anulação do leilão da Vale é um papel sem lastro. O governo é contra e a maioria do partido está no governo. Como no caso da propaganda contra as privatizações no segundo turno da eleição presidencial, são palavras ao vento.

A ética na política e a luta pela mudança no modelo econômico excludente, bandeiras que animaram o petismo na sua fase heróica e polarizaram parcela significativa da cidadania brasileira, já não estão mais ao alcance do PT. Nenhuma resolução de crítica ao modelo econômico que o partido nasceu e cresceu combatendo foi aprovada no congresso. Ninguém pediu a cabeça do Meirelles. O famoso “bloco de esquerda”, que animava os debates na bancada federal, não existe mais. A matriz de pensamento do partido, antes ancorada no dinamismo dos movimentos da sociedade, agora está acoitada na máquina do Estado, onde o continuísmo conservador define as bases da diretriz.

Afastado de sua identidade histórica, desvinculado da base social que lhe fornecia vitalidade, ao partido foi reservado o trabalho sujo de uma “governabilidade” atrelada ao intestino grosso da pequena política. Para que o presidente siga limpo como um “santo de bordel”, tudo que é feio e torto é debitado nas contas do partido. Este, sempre passivo, aceitou a condição de almoxarifado de bodes expiatórios. Basta ver a situação atual da vistosa “cadeia de comando” que ocupou na primeira hora o cerne do governo e que ocupa agora, por decisão do Supremo Tribunal Federal, o banco dos réus.

O PT saiu de si mesmo e agora veste o figurino clássico da velha política conservadora. Desfila desajeitado no descompasso de quem perdeu o rumo da trajetória própria. Resolveu aprender com os antigos adversários. E, como cristão novo, precisa praticar com ênfase redobrada aquilo que sempre combateu. Cospe no prato que comeu e come com apetite voraz no prato que cuspiu. Uma tristeza. Assim como as estrelas mortas, ele ainda maneja raios de luz do que não mais existe como pólo ativo. Conserva, portanto, algum poder de iludir, mas já trocou definitivamente de identidade. A galeria dos partidos da ordem, como diria o genial Carlito Maia, ostenta mais um “grandalhão indolente”.

Léo Lince é sociólogo.

Eterno



Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que
se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata!

Fácil é ouvir a música que toca. Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras. Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber. Difícil é estar preparado para escutar esta resposta, ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade. Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria. Fácil é dar um beijo. Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida. Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica. Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar. Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar. Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer "oi" ou “como vai”? Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados. Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado. Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama. Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião. Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá...

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias. Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação. Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado. Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Copiado de:AmigosDoFreud

O dia em que o Brasil foi invadido

Animação de recortes, que mostra a hipotética invasão do Brasil pelos EUA, com o objetivo de tomar posse dos recursos naturais do país. A elite das forças especiais do exército americano irá liderar a invasão. Só um país será o vencedor.

Animação feita como projeto de conclusão de curso das Faculdades Integradas Barros Melo.







quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Qualidade de vida!!!

Documentário em espanhol sobre qualidade de vida e economia sustentável...


Transtorno bipolar infantil explode nos EUA

Diagnósticos do quadro em crianças aumentaram 40 vezes entre 1994 e 2003.
Pesquisadores apontam possíveis exageros em alguns casos.
Benedict Carey


O número de crianças e adolescentes norte-americanos em tratamento para transtorno bipolar aumentou 40 vezes entre 1994 e 2003, como relatam pesquisadores no estudo mais abrangente já feito sobre o controverso diagnóstico.


Segundo especialistas, é quase certo que o número tenha aumentado desde 2003.
Muitos especialistas defendem a tese de que a elevação seria reflexo de uma situação em que os médicos estariam aplicando o diagnóstico às crianças de modo mais incisivo e não acham que a ocorrência do transtorno tenha aumentado.


Contudo, a magnitude do aumento surpreendeu muitos psiquiatras. Segundo eles, é provável que isso intensifique a discussão sobre a validade do diagnóstico, que sacudiu a psiquiatra infantil.


O transtorno bipolar se caracteriza por oscilações extremas de humor. Até relativamente pouco tempo, achava-se que ele surgia quase exclusivamente na fase adulta. No entanto, na década de 90, os psiquiatras começaram a procurar com mais atenção pelos sintomas em pacientes mais jovens.


Alguns especialistas afirmam que a maior conscientização, comprovada no aumento do número de diagnósticos, permite que as crianças portadoras do transtorno obtenham o devido tratamento.


Outros dizem que o transtorno bipolar é falso positivo, ou seja, incorretamente diagnosticado quando não está presente. O termo bipolar, como afirmam os críticos, tornou-se o diagnóstico da ordem do dia, um conceito vago aplicado a quase toda criança de personalidade explosiva e agressiva.


Após a classificação das crianças, acrescentam os especialistas, elas são medicadas com remédios psiquiátricos fortes com poucos benefícios comprovados em crianças e com possíveis efeitos colaterais graves como ganho rápido de peso.


No estudo, pesquisadores de Nova York, Maryland e Madri analisaram uma pesquisa do Centro Nacional de Estatísticas em Saúde referente às consultas no consultório, focada em médicos em práticas particulares ou em grupo. Os pesquisadores calcularam a quantidade de consultas em que os médicos registraram o diagnóstico de transtorno bipolar e descobriram que eles aumentaram, de 20.000 em 1994 para 800.000 em 2003, cerca de 1%.


A difusão do diagnóstico representa prosperidade para os fabricantes de remédios, ressaltam alguns psiquiatras, porque os tratamentos, em geral, incluem remédios que podem ser de três a cinco vezes mais caros do que os receitados para outras doenças como depressão ou ansiedade.


"Acho que o aumento demonstra que a área está amadurecendo em se tratando da identificação do transtorno bipolar em crianças, mas a enorme polêmica reflete o fato de que não amadurecemos o suficiente", declarou John March, diretor de psiquiatria infantil e adolescente da faculdade de medicina da Universidade de Duke, que não participou da pesquisa.


"Do ponto de vista do desenvolvimento", explicou March, "simplesmente não sabemos com qual precisão podemos diagnosticar o transtorno bipolar ou se aqueles que são diagnosticados aos 5, 6 ou 7 anos serão adultos portadores da doença. Esse rótulo pode ou não refletir a realidade."


A maioria das crianças enquadradas no diagnóstico não desenvolve as características clássicas do transtorno bipolar em adultos como a mania, como descobriram os pesquisadores. Elas têm muito mais probabilidade de se tornarem depressivas.


O aumento torna o transtorno mais comum entre as crianças do que a depressão clínica, segundo os autores. Os psiquiatras fizeram quase 90% dos diagnósticos, e dois terços dos pacientes mais novos eram meninos, como mostra o estudo, publicado na edição de setembro do Archives of General Psychiatry. Cerca de metade dos pacientes foi identificada como portadora de outras complicações mentais, com mais freqüência o transtorno do déficit de atenção.


Os tratamentos para crianças quase sempre incluem remédios. Cerca de metade recebeu medicamentos antipsicóticos como o Risperdal da Janssen ou o Seroquel da AstraZeneca, ambos desenvolvidos para o tratamento da esquizofrenia. Um terço foi receitado com os chamados estabilizadores de humor, com mais freqüência o remédio para epilepsia Depakote. Antidepressivos e estimulantes também eram comuns. A maioria das crianças tomou uma combinação de dois ou mais remédios e quatro em cada 10 foram tratadas com psicoterapia.

Aditivo de bebida deixa crianças hiperativas

Teste feito no Reino Unido mostrou elo entre conservantes e corantes e o problema.
Crianças já hiperativas pioraram e outras mostraram sintomas.

Os corantes e aditivos artificiais utilizados normalmente em produtos alimentícios infantis exacerbam a hiperatividade nas crianças, inclusive naquelas que não sofrem do transtorno, segundo um artigo publicado hoje na revista médica "The Lancet".

Um grupo de cientistas da Universidade de Southampton (sul da Inglaterra) estudou os efeitos dos aditivos nas alterações do comportamento infantil em um grupo de quase 300 crianças -- 153 delas de 3 anos e outras 144 de 8 e 9 anos. As crianças receberam em alguns casos duas misturas de bebidas diferentes, que incluíam diferentes aditivos e em outros, um placebo.

Entre as substâncias estão o conservante benzoato de sódio (E211), utilizado em refrigerantes como Pepsi Max, Fanta e Sprite, e os corantes artificiais E110, E102, E122, E124, E129 e E104, presentes em muitas balas e doces consumidos diariamente pelas crianças britânicas. O E110, por exemplo, é utilizado no salgadinho Doritos e o E122 na Fanta.

Essa não foi a primeira pesquisa a estabelecer ligação entre os aditivos e a hiperatividade nas crianças, mas desta vez foram estudados maiores de três anos e nem todos sofriam com o transtorno de conduta. Os especialistas detectaram indícios de hiperatividade nas crianças que tinham consumido as bebidas que incluíam aditivos, como um comportamento inquieto, perda de concentração, incapacidade para brincar com só um brinquedo ou completar uma tarefa.

A mistura A, que incluía maiores níveis de aditivos, causou "significativos efeitos adversos" em todas as crianças de três anos, que, no entanto, reagiram de forma mais variável à mistura B, que continha a média diária de aditivos consumidos pelas crianças britânicas. As crianças mais velhas mostraram um significativo efeito adverso quando tomavam uma ou outra combinação.

A Agência de Controle Alimentício britânica (FSA, na sigla em inglês) rejeitou os apelos para proibir esses aditivos, mas fez uma advertência aos pais sobre os riscos desses ingredientes se seus filhos mostrarem indícios de hiperatividade. A FSA assegura que cabe às autoridades da União Européia legislar sobre os aditivos.

Na apresentação dos resultados do relatório, o diretor da pesquisa, Jim Stevenson, considerou que poderiam ser tomadas medidas rápidas contra os corantes artificiais, mas que levaria mais tempo para eliminar o uso do benzoato de sódio como conservante. O negócio mundial de aditivos está avaliado em mais de US$ 25 bilhões anuais, segundo o jornal britânico "The Guardian".

Fonte:G1

Os super-revolucionários


Fidel Castro Ruz

(Traduzido pela Equipe de Serviços de Tradutores e Intérpretes do Conselho de Estado — ESTI)

LEIO cuidadosamente todos os dias as opiniões sobre Cuba de agências tradicionais de imprensa, incluídas as dos povos que fizeram parte da URSS, as da República Popular China e outras. Chegam-me notícias de órgãos de imprensa escrita da América Latina, Espanha e do resto da Europa.

O quadro é cada vez mais incerto perante o temor de uma recessão prolongada como a dos anos posteriores a 1930. O governo dos Estados Unidos recebeu no dia 22 de julho de 1944 os privilégios outorgados em Bretton Woods à potência militar mais poderosa, emitir o dólar como moeda internacional de câmbio. A economia desse país estava intacta depois da guerra, em 1945, e dispunha de quase 70 por cento das reservas em ouro do mundo. Nixon decidiu unilateralmente, em 15 de agosto de 1971, suspender a garantia em ouro por cada dólar emitido. Com isso, financiou a matança de Vietnã numa guerra que custou mais de 20 vezes o valor real das reservas em ouro que ainda lhe restavam. Desde essa altura a economia dos Estados Unidos baseia-se à custa dos recursos naturais e das poupanças do resto do mundo.

A teoria do crescimento continuo do investimento e do consumo, aplicada pelos mais desenvolvidos aos países onde a esmagadora maioria é pobre, rodeada por luxos e esbanjamentos de uma exígua minoria de ricos não é apenas humilhante senão também destrutiva. Esse saque e suas desastrosas conseqüências é a causa da rebeldia crescente dos povos, embora uns poucos conheçam a história dos fatos.

As inteligências mais dotadas e cultas se incluem na lista de recursos naturais e estão tarifadas no mercado mundial de bens e serviços.

O que acontece com os superrevolucionários da chamada extrema esquerda? Alguns o são por falta de realismo e pelo agradável prazer de sonhar coisas doces. Outros não têm nada de sonhadores, são peritos na matéria, sabem o que dizem e para que o dizem. É uma armadilha bem armada na qual não se deve cair. Reconhecem os nossos avanços como quem concede esmolas. Carecem realmente de informação? Não é assim. Posso-lhes assegurar que estão absolutamente informados. Em determinados casos, a suposta amizade com Cuba lhes permite participar em numerosas reuniões internacionais e conversar com quantas pessoas do exterior o do país desejem fazê-lo, sem nenhum impedimento de nosso vizinho imperial a só 90 milhas das costas cubanas.

O que aconselham à Revolução? Veneno puro. As fórmulas mais típicas do neoliberalismo.

O bloqueio não existe, pareceria uma invenção cubana. Subestimam a mais colossal tarefa da Revolução, a sua obra educacional, o cultivo maciço das inteligências. Sustentam a necessidade de pessoas capazes de viver realizando trabalhos simples e rudes. Subestimam os resultados e exageram os gastos em investimentos científicos. Ou algo pior: ignora-se o valor dos serviços de saúde que Cuba oferece ao mundo, onde na verdade com modestos recursos, a Revolução despia o sistema imposto pelo imperialismo, que carece de pessoal humano para realizá-lo. Aconselham-se investimentos que são ruinosos, e tais serviços como o alugel, são praticamente de graça. De não ter-se detido oportunamente os investimentos estrangeiros nas moradias, construiriam dezenas de milhares sem mais recursos do que a venda prévia das mesmas aos estrangeiros residentes em Cuba ou no exterior. Além disso, eram empresas mistas regidas por outra legislação criada para empresas produtivas. Não existiam limites para as faculdades dos compradores como proprietários. O país forneceria os serviços a esses residentes ou usuários, para o qual não se requerem os conhecimentos de um cientista ou de um especialista em informática. Muitos desses alojamentos podiam ser adquiridos pelos órgãos de inteligência inimigos e os seus aliados.

Não se pode prescindir de algumas empresas mistas, porque controlam mercados que são imprescindíveis. Mas, também não se pode inundar com dinheiro o país sem vender soberania.

Os superrevolucionários que receitam tais medicamentos ignoram de forma deliberada outros recursos verdadeiramente decisivos para a economia como é a produção crescente de gás, que já purificado se transforma numa fonte inestimável de eletricidade sem afetar o meio ambiente o que produz centenas de milhões de dólares anuais. Da Revolução Energética promovida por Cuba, de vital e decisiva importância para o mundo, não se diz uma palavra. Chegam ainda mais longe: vêem na produção canavieira uma cultura que se manteve em Cuba com mão-de-obra semi-escrava, uma vantagem energética para a ilha, capaz de contrarrestar os elevados preços do diesel que esbanjam sem limites os automóveis dos Estados Unidos, da Europa Ocidental e de outros países desenvolvidos. Estimula-se o instinto egoísta dos seres humanos, enquanto os preços dos alimentos duplicam-se ou triplicam-se.

Ninguém foi mais crítico do que eu da nossa própria obra revolucionária, mas nunca me verão esperando favores ou perdões do pior dos impérios.



Led Zeppelin - The Last Show at Berlin (1980)


Disc 1:
Final Touch
01 Train Kept A Rolling
02 Nobody's Fault But Mine
03 Black Dog
04 In The Evening
05 The Rain Song
06 Hot Dog
07 All My Love
08 Stairway To Heaven - Rotterdam June 21 198
09 Heartbreaker - Rotterdam June 21 1980
Disc 2:
Last Stand
01 Trampled Underfoot
02 Since I've Been Loving You
03 White Summer / Black Mountain Side
04 Kashmir
05 Stairway To Heaven
06 Rock & Roll

Pic_nic@Valdapozzo - Picchio Dal Pozzo (2004)


Picchio Dal Pozzo é mais uma banda Italiana, mas ao contrário da grande maioria, a banda segue o estilo Canterbury Scene, tantas vezes já falado aqui, uma mistura de jazz/rock/psicodelia/improvisação, etc...

Com mais de 20 anos sem gravar nada, os integrantes se reuniram na fazenda Valdapozzo, localizada em Alessandra - Itália, e gravaram esse espetacular álbum que é Pic_nic@Valdapozzo.

O álbum traz uma grande surpresa, vocais de Demetrio Stratos. Na verdade são somentes gravações vocálicas de Demetrio, já que ele havia falecido em 1979, então, a banda resolveu por bem usar essas gravações.

O disco, bem contemporâneo, traz uma fusão de jazz, experimentalismo, efeitos eletrônicos e vocais dispersos, o que causa um 'clima' bem tenebroso, e ao mesmo tempo, viajante.

Excelente!

2004 - Pic_nic@Valdapozzo

1. Adriatico
2. Fetakyma
3. Pugni Chiusi
4. Boccasedrio
5. Epitaffio
6. Valdapozzo: Laboratory
7. Valdapozzo: Kitchen
8. Valdapozzo: Upstairs Room
9. Valdapozzo: Entrance

Copiado de: Tarkus

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A agonia da direita neoliberal



Altamiro Borges


Desde a eleição de Hugo Chávez na Venezuela, no final de 1998, a América Latina vive uma situação inédita na sua história, com a vitória de vários governantes progressistas, alguns deles oriundos do movimento social – como o operário Lula e o camponês Evo Morales. Essa mudança no tabuleiro político, encarada por Washington como um perigoso processo de esquerdização do continente – conforme o rótulo de um documento escrito por FHC para o governo Bush –, só não vingou nas eleições presidenciais da Colômbia, México e Peru. Nelas a maré mudancista foi contida, com a vitória de candidatos vinculados à direita neoliberal e alinhados com os EUA.

A vida destes políticos de direita, porém, não tem sido nada fácil. No México, Felipe Calderón, um tecnocrata ligado à seita fascista Opus Dei, ganhou as eleições em julho do ano passado num tapetão grotesco. A fraude eleitoral, denunciada por inúmeras entidades internacionais, até hoje é motivo de controvérsia no Judiciário. A oposição, liderada pelo PRD, tem realizado constantes e gigantescas passeatas na capital exigindo a anulação do pleito e a posse de Lopes Obrador, um político de centro-esquerda. O processo de `desobediência civil`, com protestos e greves, tem se espalhado pelo país, o que paralisa o governo de direita e coloca em dúvida a sua continuidade.

Já na Colômbia, que hoje se parece com uma base militar dos EUA (há mais de 800 consultores ianques no país e o governo Bush banca bilhões de dólares na luta contra as guerrilhas rurais), o presidente reeleito Álvaro Uribe também está na berlinda. Seus vínculos com os paramilitares e os narcotraficantes, antes denunciados pelas entidades de direitos humanos, foram confirmados. Uma ministra e vários comandantes das Forças Armadas já caíram e as denúncias evidenciam que Uribe – cujo pai foi detido por tráfico de drogas e que já advogou para as máfias da cocaína – foi eleito graças ao dinheiro do narcotráfico e ao apoio de mercenários, além da ajuda de Bush.

Por último, no Peru, novamente presidido por Alan Garcia, que nos anos 90 havia sido deposto devido às denúncias de corrupção, o quadro político se agrava rapidamente. Uma paralisação de professores, iniciada em junho, contagiou o país e ganhou contornos de uma greve geral, com o apoio da maior central sindical, a CGTP. Como resposta, o presidente tirou de vez a máscara de democrata e mandou reprimir violentamente os protestos, causando em várias mortes. Pesquisas confirmam a vertiginosa queda de popularidade de Alan Garcia e crescem as especulações sobre um novo impeachment. Já Olanta Humala, militar nacionalista que quase venceu as eleições do ano passado, ressurge com uma alternativa viável de centro-esquerda para o país.

Como se nota, a direita neoliberal está agonizando e não consegue mais seduzir os povos desta sofrida região. No Brasil, por exemplo, o PFL muda de nome para esconder sua opção liberal e vira DEM (ou Demo); já o PSDB não consegue reunir numa mesma sala os tucanos José Serra e Aécio Neves. Isto, porém, não significa que a direita neoliberal, representante dos interesses do capital financeiro e das grandes corporações, esteja morta. Bafejada pela mídia hegemônica, que hoje é, de fato, o autêntico partido do capital, ela ainda conspira contra os anseios de mudanças do povo. Ela não vacila em `ensaiar` vaias no PAN ou em agir como urubu na tragédia da TAM.

Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e autor do livro “As encruzilhadas do sindicalismo” (Editora Anita Garibaldi).


Copiado de:CorreioDaCidadania