If..., 1968. formato: rmvb audio: inglês legendas: PT-BR tamanho: aproximadamente 400 mb Diretor: Lindsay Anderson Duração: 111 minutos Ano de Lançamento: 1968 País de Origem: Inglaterra links: http://rapidshare.com/files/63335269/If__Lindsay_Anderson__1968__FARRA.part1.rar http://rapidshare.com/files/63410506/If__Lindsay_Anderson__1968__FARRA.part2.rar http://rapidshare.com/files/63432451/If__Lindsay_Anderson__1968__FARRA.part3.rar http://rapidshare.com/files/63456204/If__Lindsay_Anderson__1968__FARRA.part4.rar sinopse: Um homem pode mudar o mundo com uma bala no lugar certo. Mick Travis, em Se... Mick é um adolescente inconformado com as regras claramente estúpidas e conformistas do colégio interno que freqüenta. Junta-se então a um grupo de amigos e forma uma facção anárquica com idéias altamente revolucionárias. Uma vez que tem de lidar com professores incompetentes e uma organização interna baseada na humilhação, o grupo não demora muito para perceber que somente a idéia de destruir tanto o sistema estagnado da educação quanto a crença ultrapassada de que a instituição é mais importante que o indivíduo não é suficiente... fonte da sinopse e do torrent do filme: www.makingoff.org Créditos: RapaduraAzucarada - Renatchka |
Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
sábado, 3 de novembro de 2007
SE...
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Bom, falar de Ravel é falar de Boléro. Mas ele é um compositor que tem muito mais para nos oferecer além desta obra-prima. Vim conhecê-lo por intermédio de minha Mamma, que por sua vez conheceu por intermédio do seu pai. Desde criança que escuto suas obras que me trazem boas lembranças.
Cibourne, cidade natal de Ravel
Ravel nasceu numa pequena cidade da França chamada Ciboure em 7 de março de 1875. Esta cidade, localizada na região de Aquitânia possui pouco mais de 6000 habitantes.
Este pianista faleceu em Paris aos 28 de dezembro de 1937 de causas desconhecidas. Tornou-se um dos maiores compositores do período neo-clássico.
Vamos ao que interessa:
1899 - Pavane pour une infante défunte
Supremo Tribunal Federal ataca direito de greve dos servidores públicos | | | |
| |
O Supremo Tribunal Federal ao julgar Mandado de Injunção, impetrado por sindicatos de servidores do judiciário de alguns estados, restringiu o direito de greve dos servidores públicos ao estender à esses o mesmo tratamento legal destinado aos trabalhadores da iniciativa privada. Ainda, considerou o serviço público de conjunto como essencial. A medida fica valendo até que esse direito no serviço público seja regulamentado pelo Congresso Nacional. Com apenas um voto contrário, os ministros do STF – que são indicados pelo governo federal – desferiram um ataque duríssimo contra os direitos dos trabalhadores do serviço público. Dentre as medidas coercitivas aprovadas no Mandado de Injunção estão: a exigência de quorum mínimo na assembléia, possibilidade de decretação de abusividade e ilegalidade da greve, proibição de piquetes, corte de ponto, contratação de fura-greves, definição automática do conceito de serviços essenciais e manutenção de funcionamento mínimo de 30% das atividades nas instituições atingidas pela greve.
Até então, o direito de greve no setor publico era exercido de acordo com o artigo 37º da Constituição Federal, que apesar de prever regulamentação em lei específica, não impedia sua plena aplicação Ao definir as mesmas regras dos trabalhadores da iniciativa privada para os servidores públicos, o STF não só incorre em um erro institucional, pois são esferas diametralmente diferentes em relação ao regime de trabalho (CLT e RJU), mas também interfere, a favor do governo, no momento em que este prepara um arsenal de restrições aos direitos e garantias dos servidores, inclusive um projeto de regulação do direito de greve, proibindo praticamente esse exercício na esfera do funcionalismo federal. Isso, evidentemente, não significa que sejamos à favor dos elementos institucionais que regem a greve no setor privado, ao contrário, aí também rechaçamos as restrições que são impostas pelo Estado. A medida do STF, contudo, é aplaudida pelo governo Lula, o grande empresariado e o FMI. É a constatação inequívoca dos interesses comuns da classe dominante – os ricos e poderosos – representada nas estruturas do estado burguês e os três poderes, Executivo, Judiciário e Legislativo, à seu serviço.
Para a CONLUTAS, O que mais chama a atenção é a hipocrisia dos senhores ministros desse tribunal; estabelecem que todo o serviço público é essencial, porque é uma necessidade da população. No entanto, a preocupação com a população só vale para proibir as greves. Não vale, por exemplo, para garantir o direito a negociação coletiva dos servidores públicos – contemplada na constituição, mas não cumprida pelos sucessivos governantes do Palácio do Planalto. O conceito de essencial vale para destruir direitos dos servidores, mas não vale para exigir dos governos mais verbas no orçamento para saúde, educação, habitação e para os vários serviços que são necessários ao atendimento das demandas do povo pobre. Não há nenhuma resolução desse tribunal sobre a inconstitucionalidade do salário mínimo, hoje em míseros R$ 380,00, quando, segundo o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, deveria ser de R$ 1.737,16. O STF está preocupado com a greve no serviço público e se esmera em proibi-la, mas se omite de maneira cúmplice frente à corrupção e a entrega do patrimônio público, como no caso da venda da Cia. Vale do Rio Doce, por exemplo. Como sempre, suas decisões têm um caráter claramente político em defesa dos interesses de governos e patrões.
A CONLUTAS repudia essa decisão e chama as organizações dos trabalhadores do serviço público a rechaçarem mais essa medida de ataque aos direitos dos servidores. Entendemos que o verdadeiro exercício da greve não pode ser limitado por nenhum poder; são os trabalhadores, soberanamente, que devem decidir sobre sua ocasião, duração e abrangência. Como sempre foi feito pelas organizações do funcionalismo publico, inclusive no período anterior à Constituição de 1988, quando sequer havia o direito à sindicalização. Em suas greves, os trabalhadores do serviço público sempre se preocuparam com a manutenção de serviços de urgência/emergência em hospitais e postos de saúde e o atendimento mínimo à população de serviços essenciais sempre foram medidas discutidas e adotadas nas assembléias de base e nos Comandos de Greve. Nunca, independente do grau de conflito na greve, esses serviços deixaram de ser prestados à população.
Não cabe ao Estado e seus poderes interferirem em um direito exclusivo da classe trabalhadora. As falsas alegações de “abuso”, “extensão de férias” e “defesa do interesse público” nada mais são que factóides, criados para influenciar a opinião pública e colocá-la contra o funcionalismo. São argumentos falaciosos para desviar a atenção sobre os verdadeiros objetivos dessa política fascista, que objetiva, sobretudo, eliminar resistências no interior do serviço público, especialmente o federal, contra projetos de lei do tipo PLP-01, que leva congelamento salarial ao funcionalismo federal até o ano de 2016, PLP-92, que privatiza instituições públicas, aprofundando a terceirização no setor e levando a precarização total nas relações de trabalho e as reformas da previdência, sindical, trabalhista e universitária.
A CONLUTAS estará ao lado dos servidores públicos na trincheira de combate contra mais esse ataque. Nesse sentido, entendemos como urgente o chamado de uma ampla reunião da Coordenação Nacional das Entidades dos Servidores Federais – CNESF com todos os sindicatos de base e suas federações para discutir o tema e preparar a reação. Os servidores não podem se sujeitar a essa medida reacionária que atenta contra os interesses e direitos de nossa classe e que foram conquistados com muito suor, sangue e dedicação. Fonte; Conlutas
|
Nova presidente, velhas políticas? | | | |
Daniel E. Benadava | |
| |
Em 28 de outubro do presente ano, foi eleita como nova presidente da República Argentina Cristina Fernández de Kirchner, que, durante sua campanha eleitoral, prometeu, no caso de assumir a presidência do mencionado país latino-americano, continuar com a mesma linha político-econômica observada durante a gestão do ainda presidente Nestor Kirchner, seu marido.
Esta promessa mantém muitos em “estado de alerta”, já que o atual presidente argentino implementou, ao longo de seu governo, uma série de políticas econômicas e sociais que, não em poucas ocasiões, podem ser qualificadas de “ambíguas e desconcertantes”.
Assim, por exemplo, resta um longo caminho a se transitar para poder supor que na Argentina se encontrou uma “solução eficiente” pra enfrentar os problemas de trabalho que muitos de seus habitantes enfrentam, já que, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censo da República Argentina (INDEC), 42% da população do país encontra-se empregada. Não menos verdadeiro é que, por um lado, nos últimos anos ocorreu uma precarização tanto nas condições de trabalho quanto na renda dos trabalhadores e, por outro lado, segundo a mesma fonte oficial, o desemprego no país é de 8,5% e 10% dos argentinos possuem subempregos.
Além disso, custa crer que na Argentina exista uma “eficaz” política para melhorar a situação dos que nada têm, já que, de acordo com as últimas cifras do INDEC, 23,4% da população argentina se encontra abaixo da linha da pobreza e 8,2% da mesma encontram-se abaixo da linha de indigência. Assim, é certo que nos últimos anos diminuiu a porcentagem de pessoas nessas condições, mas ainda há argentinos que, excluídos da sociedade, vivem em condições subumanas, comendo como animais aquilo que encontram no lixo e sendo tratados como seres “execráveis e marginais”, sobre os quais ninguém parece se preocupar.
Em íntima relação com o exposto no parágrafo anterior, falta também um longo caminho para percorrer para que se possa dizer que, na Argentina, existe uma justa distribuição das riquezas já que, enquanto as reservas do Banco Central da República Argentina superam os US$ 42 bilhões de dólares, toda essa riqueza em nada parece modificar a vida dos mais pobres da citada nação devido ao fato de que, como há décadas, sua existência está destinada a um lastimável esquecimento governamental.
É difícil considerar a Argentina como uma terra em que existe um absoluto respeito pelos direitos humanos, já que, ao mesmo tempo em que Néstor Kirchner realizou numerosos atos de governo que tornaram possível o julgamento de pessoas que, durante a década de 1970, seqüestraram, torturaram e mataram milhares de argentinos, deve-se dizer que alguns destes sinistros personagens seguem livres. Além disso, Julio López até hoje continua privado ilegalmente de sua liberdade, sem que haja indício algum de seu paradeiro.
Por último, não em poucas ocasiões fica difícil definir corretamente qual a ideologia do atual presidente argentino, que por um lado pleiteia ter “afinidade” com Evo Morales, Hugo Chávez e Rafael Correa e coloca em marcha políticas “progressistas” e, por outro, confabula com organismos internacionais e governos do primeiro mundo que recomendaram a implementação das políticas liberais que conduziram a Argentina e a América Latina ao atual estado de empobrecimento econômico e cultural em que se encontram – além disso, Kirchner também implementa políticas econômicas que pouco se diferenciam daquelas que, durante a década de 1990, foram colocadas em prática pelo ex-presidente Carlos Menem.
Pelos motivos expostos, não são poucos os argentinos que supõem que, no caso de Cristina Kirchner acentuar as “ambíguas e desconcertantes” políticas governamentais que o atual mandatário realiza e realizou, a Argentina corre o sério risco de desembocar em uma democracia puramente formal e neo-populista na qual - como definida pelo Conselho Episcopal Latino-americano no artigo 74 do documento recentemente elaborado em Aparecida, no Brasil -, apesar de contar com processos eleitorais transparentes, não há justiça social uma vez que não se respeitam os direitos humanos, não se elaboram políticas que verdadeiramente promovam o desenvolvimento da população – em especial daqueles que menos têm -, não se promove a distribuição das riquezas e não se criam condições dignas para que os trabalhadores desenvolvam suas tarefas dignamente.
Daniel E. Benadava é psicólogo. Copiado de: CorreioDaCidadania
Tradução de Mateus Alves |
Peter Gabriel - Ein Deutsches Album (1980)
01. Eindringling (05:06)
02. Keine Selbstkontrolle (04:05)
03. Frag Mich Nicht Immer (06:08)
04. Schnappschuss (Ein Familienfoto) (04:31)
05. Und Durch Den Draht (04:32)
06. Spiel Ohne Grenzen (04:11)
07. Du Bist Nicht Wie Wir (05:35)
08. Ein Normales Leben (04:25)
09. Biko (08:58)
¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯¯
9 Tracks — 00:47:31
43,47 MB | mp3 | ~128 kbps
John pilger realiza entrevistas exclusivas com oficiais do governo USA, incluindo agentes que revelam, pela primeira vez, como a CIA preparou e se prepara para a guerra na América Latina.
pilger argumenta que a verdaadeira democracia popular se encontra entre os países mais pobres da América Latina, cujos movimentos e avanços são ignorados pelas mídias manipuladoras e subservientes ao capital explorador internacional.
legendas em Espanhol.
Albert King & Stevie Ray Vaughan - In Session (1999)
1. Call It Stormy Monday
2. Old Times
3. Pride And Joy
4. Ask Me No Questions
5. Pep Talk
6. Blues At Sunrise
7. Turn It Over
8. Overall Junction
9. Match Box Blues
10. Who Is Stevie?
11. Don't Lie To Me
Créditos: Looloblog
França diz não aos transgênicos! E aponta para um futuro mais verde
Sarkozy deu três motivos para sua decisão: há dúvidas sobre a segurança dos transgênicos, sobre sua utilidade e preocupações sobre a falta de controle em relação à contaminação de outras plantações. O presidente francês não deu prazo para o fim da suspensão.
"O Greenpeace está feliz por ver que o governo francês levou em conta os argumentos ambientais e baniu o cultivo de organismos geneticamente modificados. O anúncio do presidente Sarkozy é uma vitória para os consumidores e agricultores franceses, bem como para o meio ambiente do país. O Greenpeace espera que todos os governos sigam a iniciativa da França e protejam seus cidadãos e seu meio ambiente das ameaças dos transgênicos", afirmou Arnaud Apoteker, da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace França.
A suspensão dos transgênicos na França deve ocorrer depois da época de plantio de 2008, mas a FNSEA, principal organização de agricultores do país, pede para que isso ocorra antes da temporada.
A proibição de plantio e colheita de transgênicos na França afetará notadamente o milho MON810, da Monsanto, única variedade geneticamente modificada autorizada para cultivo na Europa. Áustria, Alemanha, Grécia, Hungria e Polônia já aboliram essas plantações e outros países da União Européia estão prestes a seguir o mesmo caminho.
Milhos transgênicos na berlinda
As boas novas não se resumem à França. A Comissão Ambiental da União Européia (UE) está, pela primeira vez em sua história, propondo o banimento de dois tipos de milho transgênico (Bt 11, da Syngenta, e o 1507 da Pioneer/Dow) devido aos riscos que oferecem ao meio ambiente. O milho Bt 11 é uma das variedades geneticamente modificadas aprovadas recentemente pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) no Brasil - a liberação foi suspensa por ordem da Justiça, ver texto abaixo).
O Bt11 e o 1507 foram modificados para produzir uma toxina venenosa para alguns tipos de insetos. No entanto, estudos científicos mostram que esse milho transgênico é tóxico também a algumas espécies de borboletas e pode afetar também outros tipos de insetos, além de ter efeitos nocivos a longo prazo para o solo.
A proposta da Comissão Ambiental da UE está aparentemente baseada em evidências científicas que mostram que o cultivo dessas duas variedades de milho transgênico têm o potencial da causar danos ambientais.
Vários cientistas publicaram recentemente estudos mostrando que os efeitos do milho Bt não são previsíveis e que o risco potencial é maior que o imaginado. Esses estudos demonstraram que os procedimentos atuais da UE não são capazes de avaliar os riscos oferecidos por plantações do milho Bt.
Justiça dá dura na CTNBio
Na sexta-feira passada (dia 19 de outubro), a Justiça Federal do Paraná decidiu que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) não pode liberar nenhuma variedade transgênica de milho no Brasil enquanto não elaborar medidas que garantam a coexistência com variedades orgânicas, convencionais e ecológicas. Isso vale para o milho da Monsanto (MON810), Bayer (Liberty Link) e Syngenta (Bt11). Caso a decisão da juíza Pepita Durski Tramontini Mazini não seja respeitada, a CTNBio está sujeita a multa diária.
Copiado de:Greenpeace
Eduardo Galeano (*)
Esta carnificina de civis começou a partir do seqüestro de um soldado. Até quando o seqüestro de um soldado israelense poderá justificar o seqüestro da soberania palestina?
Até quando o seqüestro de dois soldados israelenses poderá justificar o seqüestro de todo o Líbano?
E os 700 soldados libaneses que, desde que Israel foi expulso do Líbano em 2000, foram levados prisioneiros para Israel? Porque Israel nunca aceitou trocar prisioneiros de guerra?
A caça aos judeus foi, durante séculos, o esporte preferido dos europeus. Em Auschwitz desembocou um antigo rio de espantos, que havia atravessado toda a Europa. Até quando palestinos e outros árabes continuarão pagando por crimes que não cometeram?
O Hezbollah não existia quando Israel arrasou o Líbano em suas invasões anteriores. Até quando continuaremos acreditando no conto do agressor agredido, que pratica o terrorismo profissional de Estado porque tem direito de se defender do "terrorismo" civil amador?
Iraque, Afeganistão, Palestina, Líbano...
Até quando se poderá continuar exterminando países impunemente?
As torturas de Abu Ghraib, que despertaram certo mal-estar universal, nada têm de novo para nós, os latino-americanos. Nossos militares aprenderam essas técnicas de interrogatório na Escola das Américas, que agora perdeu o nome, mas não as manhas.
Até quando continuaremos aceitando que a tortura continue legitimando, como fez o Supremo Tribunal de Israel, em nome da legítima defesa da pátria?
Israel deixou de ouvir 46 recomendações da Assembléia Geral e de outros organismos das Nações Unidas.
Até quando o governo israelense continuará exercendo o privilégio de ser surdo?
As Nações Unidas recomendam, mas não decidem. Quando decidem, a Casa Branca impede que decidam, porque tem direito de veto. A Casa Branca vetou, no Conselho de Segurança, 40 resoluções que condenavam Israel.
Até quando as Nações Unidas continuarão atuando como se fossem outro nome dos Estados Unidos?
Desde que os palestinos foram desalojados de suas casas e despojados de suas terras, muito sangue correu.
Até quando continuará correndo sangue para que a força justifique o que o direito nega?
A história se repete, dia após dia, ano após ano, e um israelense morre para cada 10 árabes que morrem.
Até quando a vida de cada israelense continuará valendo 10 vezes mais?
Em proporção à população, os 50 mil civis, em sua maioria mulheres e crianças, mortos no Iraque equivalem a 800 mil norte-americanos.
Até quando continuaremos aceitando, como se fosse costume, a matança de iraquianos, em uma guerra cega que esqueceu seus pretextos?
Até quando continuará sendo normal que os vivos e os mortos sejam de primeira, segunda, terceira ou quarta categoria?
O Irã está desenvolvendo a energia nuclear? Bem, se está, é um direito seu, como de qualquer país que deseje acesso à modernidade científica. Argentina, Brasil, México e mais 60 países, no mínimo, estão tentando isso - sob boicote da meia dúzia de potências que não aceitam perder esse monopólio.
O Irã está também tentando desenvolver energia nuclear para uso militar, como fizeram há mais de meio século os EUA, Inglaterra, França, Rússia, China, Índia, Paquistão e Israel? Ninguém sabe ao certo, pairam no ar somente acusações veiculadas pelos EUA, nenhuma prova, ao menos até agora.
Mas até quando continuaremos acreditando que isso basta para provar que um país é um perigo para a humanidade? Pois a chamada comunidade internacional não se angustia em nada com o fato, reconhecido unanimente por todos os institutos ocidentais de estratégia militar, de que Israel já produziu e tem estocadas 250 bombas atômicas, embora seja um país que vive à beira de um ataque de nervos.
Quem maneja o perigosímetro universal? Terá sido o Irã o país que lançou as bombas atômicas em Hiroxima e Nagasaki?
Na era da globalização, o direito de pressão pode mais do que o direito de expressão.
Para justificar a ocupação ilegal de terras palestinas, a guerra se chama paz. Os israelenses são patriotas e os palestinos são terroristas, e os terroristas semeiam o alarme universal.
Até quando os meios de comunicação continuarão sendo medos de comunicação?
Esta matança de agora, que não é a primeira nem será - temo - a última, ocorre em silêncio? O mundo está mudo, está surdo?
Até quando seguirão soando em sinos de madeira as vozes da indignação?
Até quanto nos conformaremos com essa linguagem infame da grande mídia que, simulando "objetividade" jornalística, nos informa sobre um combate nesta linguagem: tantos "terroristas" do Hisbollah foram aniquilados pelas forças "de defesa" de Israel.
Teremos todos nós nos transformados em estúpidos, a ponto de não percebermos que a forma da linguagem determina o conteúdo da "notícia”?
Estes bombardeios matam crianças: mais de um terço das vítimas, não menos da metade. Os que se atrevem a denunciar isto são acusados de anti-semitismo.
Até quando continuarão sendo anti-semitas os críticos dos crimes do terrorismo de Estado?
Até quando aceitaremos esta extorsão?
São anti-semitas os judeus horrorizados pelo que se faz em seu nome?
São anti-semitas os árabes, tão semitas como os judeus? Por acaso não há vozes árabes que defendem a pátria palestina e repudiam o manicômio fundamentalista?
Todos agem em nome de Deus, seja o Deus cristão, o Alá muçulmano ou o vingativo e momentaneamente triunfante Jeová judeu.
Como radical humanista que sou, nada quero com qualquer desses deuses nacionalistas e odiosos. O que não me impede de discernir que, em cada momento há um "deus" dos oprimidos e outro dos opressores.
Somos a única espécie animal especializada no extermínio mútuo. Destinamos US$ 2,5 bilhões, a cada dia, para os gastos militares, uma atividade econômica extremamente lucrativa aos capitalistas que a ela se dedicam.
A miséria e a guerra são filhas do mesmo pai: como todos os deuses cruéis, come os vivos e os mortos.
Até quanto continuaremos aceitando que este mundo enamorado da morte é nosso único mundo possível?
Até quando prolongaremos nossa postura cínica de "neutralidade", de não "tomar partido" ?
É o oprimido, malgrado seja um idiota fundamentalista religioso, igual ao fundamentalista opressor? São moralmente o mesmo? Que se matem entre si, é isso? Não temos mesmo de tomar partido?
(*) Eduardo Galeano, escritor e jornalista uruguaio, autor de As veias abertas da América Latina e Memórias do Fogo.
Patrícia Benvenuti - Chasque
Porto Alegre (RS) - O grupo de Teatro Popular Oi Nóis Aqui Traveiz, da Terreira da Tribo, manifestou nesta quarta-feira (31) seu apoio aos trabalhadores informais em Porto Alegre. Vestidos de piratas, os integrantes do grupo realizaram uma manifestação artística no centro da cidade para protestar contra a retirada dos vendedores ambulantes das áreas centrais.
A integrante Carla Moura conta que o objetivo da manifestação é denunciar a injustiça cometida contra os trabalhadores. Para ela, os camelôs representam uma classe de trabalhadores que buscam alternativa em uma sociedade que não oferece condições dignas de emprego e assistência.
“As pessoas vêm batalhando pela sobrevivência, criando não só condições de alimentar sua própria família mas criando mercado para as pessoas que têm trabalho, mas com salários de fome que não conseguem consumir em loja. Então a questão do camelô, do produto pirata, é uma questão que precisa ser debatida mais profundamente. Por que, na verdade, é uma questão social que precisa ser resolvida urgentemente”, diz.
Carla também critica os abusos de violência cometidos pela Brigada Militar. Segundo ela, a repressão policial reflete os interesses de quem não deseja os camelôs no centro da cidade.
“A gente sabe que tipo de pressão existe nesse exato momento, até em função das vendas de natal e tudo mais, que está colocando a polícia em cima do trabalhador, criando uma situação de colocar o trabalhador como um bandido. O trabalhador tem que ser respeitado. E isso não é caso de polícia, isso é caso de política pública. E precisa ser visto urgentemente”, avalia.
A integrante do Oi Nóis Aqui Traveiz afirma ainda que a intenção do grupo é motivar uma discussão entre os próprios trabalhadores. De acordo com Carla, é preciso que eles se organizem para fazer suas reivindicações e lutar por seus direitos.
Essa foi a segunda intervenção que o grupo apresentou no centro. A primeira ocorreu há mais de uma semana, no momento em que os camelôs eram abordados pela polícia.
Há cerca de duas semanas, a Secretaria da Produção Indústria e Comércio (Smic) firmou uma parceria com a Brigada Militar contra a pirataria no cento de Porto Alegre. Até agora, cerca de 300 vendedores ambulantes já foram retirados das principais vias da capital.