quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

O Caso Alzheimer - (De Zaak Alzheimer)




Vincke e Verstuyft são dois dos melhores detetives da policia da Antuérpia. Quando se confrontam com o desaparecimento de um oficial de alto escalão e a morte de duas prostitutas, as pistas os levam ao quase aposentado assassino Ângelo Ledda. Desde quando Ledda começou a mostrar sintomas do mal de Alzheimer, ficou cada vez mais difícil para ele cumprir seus contratos. Quando tem que assassinar uma garota de programa de 12 anos, ele recusa e transforma-se em alvo. Enquanto Vincke e Vertuyft o perseguem e contam os corpos, Ledda tem que fugir de seus empregadores.

Gênero: Ação / Policial
Diretor: Erik Van Looy
Duração: 120 minutos
Ano de Lançamento: 2003
País de Origem: Bélgica / Holanda
Idioma do Áudio: Holandês
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0374345/


Qualidade de Vídeo: DVD Rip
Vídeo Codec: XviD MPEG-4
Vídeo Bitrate: 1414 Kbps
Áudio Codec: AC3
Áudio Bitrate: 382
Resolução: 720 x 304
Formato de Tela: Widescreen (16x9)
Frame Rate: 25.000 FPS
Tamanho: 1,35 Mb
Legendas: Em anexo
Créditos: makingOff - mfcorrea

Crítica:
Uma pequena crítica de Sileide de Aquino Santos:

Verdadeiro filme de ação, contando com excelentes atores em cenas vibrantes e bem feitas,advindo de um roteiro perfeito, enquadrando a parte técnica como uma tônica dentro do filme. Tudo muito bem feito, contando com a criatividade de um produtor capaz e inteligente. As referências a outros gradiosos filmes entraram de frente na história. A citação ao mal de alzheimer ( doença que consome uma grande parte de pessoas idosas), foi de um brilhantismo a toda prova. Muito bom esse thriller policial, digno de ser indicado ao Oscar.


Senha: www.warez-bb.org




E a África disse não

Surpresa: numa conferência em Lisboa, o continente excluído rechaça os acordos de "livre" comércio oferecidos pela Europa. Atitude pode sinalizar nova postura africana, que repele "ajustes estruturais" e políticas da humilhação perpétua

Ignacio Ramonet

Para grande prejuízo da arrogante Europa, o inimaginável aconteceu: num arroubo de orgulho e revolta, a África - que alguns acreditavam submetida, porque empobrecida, disse não. Não à camisa-de-força dos “Acordos de Parceria Economia” (APE). Não ao liberalismo selvagem das trocas comerciais. Não a esses últimos elementos do pacto colonial.

Ocorreu em Lisboa, em dezembro último, durante a 2a Conferência de Cúpula União Européia-África,o objetivo principal era forçar os países africanos a assinar novos tratados comerciais (os famosos APE) antes de 31 de dezembro de 2007, em aplicação da Convenção de Cotonu (junho de 2000), que prevê o fim dos acordos de Lomé (1975). Segundo estes, as mercadorias provenientes das ex-colônias da África (e do Caribe e do Pacífico) entram na União Européia quase sem impostos alfandegários - com exceção de produtos sensíveis para os produtores europeus, como açúcar, carne e banana. A Organização Mundial do Comércio (OMC) exigiu o desmantelamento dessas relações preferenciais, ou então sua substituição – único meio, segundo a OMC, de preservar a diferença de tratamento em favor dos países africanos – por acordos comerciais fundados na reciprocidade [1]. Foi essa segunda opção que a União Européia preferiu: o livre-câmbio integral camuflado sob a denominação “Acordos de Parceria Econômica”.

Em outras palavras, o que os 27 países da União Européia exigem dos países da África (e dos do Caribe e do Pacífico [2]) é que aceitem deixar entrar em seus mercados as exportações (mercadorias e serviços) da União Européia, sem taxas alfandegárias.

O presidente do Senegal, Abdulaye Wade, denunciou a coerção e se recusou a assinar. Saiu batendo a porta. O presidente da África do Sul, Thabo M’Beki, o apoiou de imediato. No rebuliço, a Namíbia também tomou a corajosa decisão de não assinar nada, uma vez que um aumento das taxas alfandegárias da União Européia sobre sua carne bovina marcaria o fim de suas exportações.

Até mesmo o presidente francês Nicolas Sarkozy, que pronunciara palavras muito infelizes em Dacar em julho de 2007 [3], trouxe seu apoio aos países mais refratários a esses acordos leoninos: “Sou a favor da globalização, a favor da liberdade”, declarou, “mas não sou a favor da espoliação de países que, aliás, já não têm nada” [4].

Ampla onda de inquietação popular estimula governos a resistir

Essa revolta contra os APE – que suscitam, ao sul do Saara, uma imensa onda de inquietação popular e uma intensa mobilização dos movimentos sociais e das organizações sindicais – deu certo. A Conferência de Lisboa terminou com uma constatação de fracasso. José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Européia, foi obrigado a ceder e a aceitar a reivindicação dos países africanos de prosseguir o debate. Ele se comprometeu a retomar as negociações em fevereiro de 2008.

Essa importante vitória da África é um sinal suplementar do momento favorável que o continente atravessa. Nos últimos anos, os conflitos mais sanguinários terminaram (só permanecem Darfur, a Somália e o leste do Congo) e os avanços democráticos se consolidaram. As economias continuam a prosperar e são pilotadas – apesar das desigualdades sociais permanentes – por uma nova geração de jovens dirigentes.

Enfim, mais um trunfo: a presença da China, que está a ponto de suplantar a União Européia na condição de maior investidor do continente africano; e que poderá se tornar, já em 2010, seu primeiro cliente, na frente dos Estados Unidos. Já vai longe o tempo em que a Europa podia impor desastrosos programas de ajuste estrutural. A África agora os repele. E isso é muito bom.



[1] Alternatives économiques, Paris, dezembro 2007.

[2] Os países do Caribe aceitaram, em 16 de dezembro de 2007, assinar um acordo econômico com a União Européia.

[3] Em seu discurso na Universidade de Dacar, em 26 de julho de 2007, Sarkozy declarou: “O drama da África é que o homem africano não entrou suficientemente na história”.

[4] Le Monde, 15 de dezembro de 2007.

Encontro com a guerrilha curda

Um repórter do Diplô visita, na fronteira da Turquia com o Iraque, um acampamento do PKK – um dos grupos que luta por um país independente para os curdos. Conhecidos há 5 mil anos, mas dispersos desde a I Guerra entre quatro países, eles são 30 milhões – o maior povo sem pátria do planeta

Olivier Piot

Um alpendre de madeira escondido pelas redes de camuflagem. Fuzis Kalachnikov pendurados ao acaso. Sob esse dossel improvisado, uma mesa acaba de ser posta. Carnes, verduras, frutas e chá. Uma recepção bem-vinda depois das dez horas de estrada que acabamos de enfrentar desde Erbil, a capital da região administrada pelo governo curdo do Iraque. Um dia inteiro de viagem, sob o calor do verão escaldante. Um labirinto de pistas caóticas para chegar a esta zona árida e montanhosa situada no extremo norte do país, ao longo das fronteiras turca e iraniana. No caminho, bem depois de Rewandiz, houve um ponto em que desapareceram as barreiras de soldados do governo curdo iraquiano. Entramos, então, na zona - tampão de 350 quilômetros de extensão, sobre a linha da fronteira com a Turquia. Os uniformes diferentes indicavam que o controle cabia, agora, às forças armadas do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Este refúgio estratégico dos combatentes da resistência curda (peshmergas) não é de hoje. Desde 1984, quando os separatistas do PKK deflagraram a luta armada contra o Estado turco, militantes passaram a ser enviados para a área como força de reserva. Os acampamentos foram instalados nas montanhas e os dirigentes do partido, muitos dos quais formados entre os palestinos do sul do Líbano, ajudaram a organizar essas bases de retaguarda. Mas a guerrilha se desenrolava então principalmente do outro lado da fronteira, nas regiões curdas do sudeste da Turquia. Durante os anos 80 e 90, só os militantes mais expostos se retiravam para o Iraque. Pois a zona tinha outra vocação: formar militar e politicamente os quadros destinados a voltar à Turquia para pleitear, pelas armas, a independência do Curdistão anatólio.

A situação mudou em 1993, com a morte do presidente turco Turgut Ozal, favorável à legalização do PKK. Desmoronou, então, a esperança de uma solução negociada com o governo de Ancara. Um ano depois, os deputados eleitos pela chapa do primeiro partido pró-curdo, o Partido do Trabalho do Povo (HEP), tiveram sua imunidade parlamentar retirada. Em fevereiro de 1999, o presidente do PKK, Abdullah Ocalan, foi detido e aprisionado na ilha turca de Imrali [1]. Desde o primeiro mês de sua prisão, ele lançou um apelo pelo fim da luta armada. Seu objetivo: privilegiar a “transformação democrática” da Turquia, negociando a solução da “questão curda” com as autoridades de Ancara.

Os militantes do PKK foram chamados a se reunir, com suas armas, nas montanhas iraquianas. Em 2002, o partido mudou de nome para Congresso pela Liberdade e Democracia no Curdistão (Kadek). As referências ao marxismo-leninismo e à luta de classes foram abandonadas [2]. Sinal dessa evolução legalista, o Partido da Turquia Democrática (DTP), pró-curdo, criado em 2005, que se recusava a qualificar o PKK como “organização terrorista”, conquistou, em julho de 2007, vinte cadeiras no parlamento de Ancara. Em contrapartida, cerca 3.500 peshmergas do PKK foram afastados da ação imediata e são mantidos na reserva nas bases de retaguarda do norte do Iraque. Em solo turco, 2 mil combatentes permanecem na clandestinidade.

Até 2007, sinais de trégua. Então, as eleições acendem o patriotismo do exército turco

Agosto de 2007. Em meio à dezena de combatentes da resistência que nos recebem nos montes Zagros, um homem se destaca. Cinqüentão, rosto macilento, cabelos castanhos claros, ele exibe a atitude marcial de um militante de primeira hora, mas não se apresenta. “O que você acha da Argélia? Dos independentistas da Córsega? De Che Guevara?” Uma chuva de perguntas. Meu interlocutor confessa ter passado 25 anos nas prisões turcas. Ali, leu muito. Libertado junto com outros no início desta década, logo se uniu à resistência. Falamos de Balzac, de Lenin e, é claro, de Ocalan, “o presidente dos curdos”. De repente, ele se levanta. Um carro vem em nossa direção. Cinco homens armados descem. Um deles é mais velho. Trata-se de Murat Karayilan, presidente do Congresso do Povo do Curdistão (KCK), a instância colegiada dirigente do partido.

Sua presença aqui é perigosa. Ninguém ignora. Mas como os bombardeios iranianos são freqüentes [3], o alto dirigente tem de se deslocar sempre que possível. Nossas baterias de telefone são retiradas, o computador é momentaneamente confiscado. A entrevista ocorre num cômodo bem arrumado. Tapete no chão, janelas obstruídas. Nas paredes, retratos de mártires do partido e, é claro, de Ocalan. Quando Karayilan se prepara para responder as minhas perguntas, a ele se junta meu interlocutor de há pouco, especialista em literatura francesa e marxismo. Chamemo-lo Bozan, pois ele não diz seu nome. Tendo se apresentado inicialmente como um militante de base do PKK, agora revela ser o vice-presidente do KCK.

Uma tempestade que se armará sobre a zona que os homens do PKK controlam: acordo entre Ancara e Bagdá para erradicação das “forças terroristas” [4] da guerrilha; elevação de tom no discurso belicoso das autoridades turcas; voto do parlamento de Ancara autorizando a intervenção do exército no norte do Iraque. No mês de agosto, as cartas já haviam sido lançadas. “Desde fevereiro, os turcos têm deslocado milhares de soldados para a fronteira, e a queda-de-braço para as eleições legislativas na Turquia [julho de 2007] levou o exército a fazer a propaganda nacionalista”, explica Karayilan. “Fomos informados das tratativas entre Ancara, Bagdá e Washington. Espero simplesmente que o AKP [Partido da Justiça e do Desenvolvimento, no poder em Ancara] do primeiro-ministro turco Erdogan saiba aproveitar a chance que nossos novos deputados lhe oferecem para encontrar uma solução democrática e negociada para o problema curdo.”

Qual seria o objeto dessa negociação? O PKK ainda se apega à sua antiga reivindicação de um único Estado para as populações curdas da Turquia, do Iraque, do Irã e da Síria? “É um objetivo que permanece em nosso programa, mas é longínquo”, responde o dirigente. “Na realidade, e os turcos sabem disso, estamos dispostos a negociar uma autonomia regional semelhante à da Catalunha, no contexto das fronteiras da Turquia. É uma mão estendida.”

Os militantes são jovens. Vêem da Turquia, Iraque, Irã e Síria...

O Curdistão iraquiano, onde estão refugiados os combatentes do PKK, é administrado pelo Partido Democrático (PDK) e pela União Patriótica (UPK), duas organizações que assinaram um acordo em 2002. A região dispõe de uma grande autonomia dentro do Iraque e os dois partidos são aliados dos Estados Unidos. Karayilan conhece todos esses parâmetros do cenário regional. A começar pelas escolhas políticas dos “irmãos” curdos iraquianos. “O governo de Erbil já participou de duas guerras - sanduíche contra nós, com os turcos, nos anos 1990. Espero que não cometa o mesmo erro. Mas o passado nos ensinou a contar somente com nós mesmos”, comenta. “Ocorre que a questão curda é um ponto central do processo democrático da região. No Iraque, os norte-americanos fizeram a escolha certa ao apoiar, desde 1991, a vontade de autonomia dos curdos. Se quiserem avançar, sobretudo na democratização da sociedade turca, serão obrigados a olhar para além do Iraque.” Fitando o dirigente do KCK, acredito perceber uma dúvida em seus olhos. E se, no fundo, ninguém precisasse do PKK?

Visita a um acampamento de mulheres

Durante vários dias, visitamos “postos” de peshmergas na montanha. Como o acampamento de mulheres, membros da Yjastar (seção feminina do exército de libertação), que representa 40% das forças combatentes. A mais de 2 mil metros de altitude, camuflada entre as árvores e os rochedos, sua base está ao pé do maciço que assinala a fronteira turca. As militantes são jovens; muitas vêm da Turquia, mas outras nasceram no Iraque, no Irã ou na Síria. Oriunda de uma aldeia ao sul de Esmirna, na Turquia, Aské, 21 anos, luta desde os catorze. “Meus pais eram muito engajados no partido”, confidencia. “Abracei a causa já no colégio. Com a convicção de que a libertação do povo curdo passa também por uma luta contra as relações feudais impostas às mulheres.”

Para produzir alimento, todas as combatentes desta zona cultivam a horta comunitária. Uma nascente jorra a dois passos. Uma vez por semana, o serviço logístico – cuja estrutura permanecerá “confidencial” – lhes fornece arroz, carne, cigarros, pilhas etc. E também jornais e as declarações do presidente Ocalan, transmitidas por escrito por intermédio de seu advogado, uma das raríssimas pessoas autorizadas a vê-lo em sua ilha-prisão. Para o noticiário recente, um pequeno aparelho de rádio permite que o grupo fique conectado ao mundo exterior, graças à BBC. Regularmente, as guerrilheiras debatem temas políticos e sociais. “É a maneira de continuarmos a nos instruir mutuamente”, declara a chefe de seção, 35 anos, a decana do acampamento.

A seu lado está Horin, vinda de Alepo, na Síria, para participar da guerrilha: “Também no território sírio a pressão sobre a população curda é muito forte. Por isso, quando a seção local do PKK me propôs que viesse me formar aqui, aceitei imediatamente”. Seu desejo: voltar à Síria para “conduzir a luta política”. E se o PKK conseguir negociar uma autonomia na Turquia? “Será bom, como no Iraque. Mas a luta deverá continuar até que obtenhamos o grande Curdistão, tal como nos foi prometido pelos Aliados em 1920.” [5]

Milhares de aldeias destruídas, centenas de milhares de pessoas deslocadas à força

Regresso ao acampamento-base, onde passamos a noite. Ao pé dos rochedos, cujas formas imponentes se delineiam por trás da tenda principal, os militantes olham, fascinados, para a tela de uma improvável televisão. A alguns metros, o disco esbranquiçado de uma parabólica esclarece o enigma: Os Visitantes 2, em versão turca! Os rostos dos guerrilheiros se vislumbram à luz bruxuleante das imagens que desfilam, freqüentemente interrompidas pelos “soluços” de uma transmissão aleatória. Perto das mesas de madeira usadas para as refeições, um retrato em preto-e-branco: o rosto imortalizado de um dos fundadores do PKK.

Cinco horas da manhã. O grupo já está reunido diante do chefe. Dez pessoas devem ir buscar lenha. Uma escalada exaustiva de uma hora numa encosta íngreme. Tudo para alimentar diariamente o fogo do chá tradicional. Café-da-manhã. O chefe junta-se a nós. É um rapaz com cerca de trinta anos, de cara fechada, dura, e uma perna que arrasta atrás de si ao se deslocar. “Fui ferido num confronto com o exército turco”, confidencia de imediato. Nascido em Dyarbakir, a capital histórica do “Curdistão norte”, Ahmed se juntou ao PKK aos catorze anos de idade. “Na minha região, a repressão turca foi muito dura: milhares de aldeias destruídas, centenas de milhares de pessoas transferidas à força. Foi nos anos 1990. Estou aqui há dois anos. É uma escolha que exige caráter firme e muitos sacrifícios. Os foguetes turcos, os mísseis iranianos, todos os dias a morte passa perto. Mas se não lutarmos pelo povo curdo, quem lutará?”

Em setembro-outubro, a situação ficou mais tensa no Curdistão. Vários choques confrontaram o exército turco e combatentes do PKK. Volto a pensar nas palavras de Karayilan: “Há anos interrompemos as incursões na Turquia e nossa guerrilha local se limita a responder às provocações dos soldados turcos. Mas se amanhã a Turquia escolher a guerra aberta, saberemos reagir. E todo o povo curdo se erguerá ao nosso lado”.



[1] Michel Verrier, “En Turquie, procès au peuple kurde”, Le Monde Diplomatique, junho de 1999.

[2] Michel Verrier, “Paisagens antes da guerra”, Le Monde Diplomatique Brasil, outubro de 2002.

[3] Combatentes curdos iranianos também estão refugiados nesta zona.

[4] O PKK está inscrito desde 1997 na lista das “organizações terroristas” estabelecida pelos Estados Unidos. Classificação que a União Européia, por sua vez, passou a adotar em 2002.

[5] Com a vitória ao final da Primeira Guerra Mundial, os Aliados previram a criação de um Estado curdo por ocasião do tratado de Sèvres (1920). Três anos depois, o tratado de Lausanne (1923) dividiu a região do Curdistão entre quatro Estados: Turquia, Irã, Iraque e Síria.

Mulheres e Luzes - (luci del Varietá)

Trupe de saltimbancos que percorre a Itália no início dos anos 1950 é liderada pelo carismático Checco. Certo dia, Liliana, uma bela jovem do interior que sonha em ser atriz de sucesso, começa a fazer de tudo para entrar na companhia, chegando a seduzir Checco. Com isso, ela provoca ciúmes em Melina Amour e discórdia no resto do grupo. Estréia de Fellini na direção. A brasileira Vanja Orico (de ''O Cangaceiro'') participa do elenco.
Screenshots

Gênero: Drama
Diretor: Federico Fellini
Duração: 93 minutos
Ano de Lançamento: 1950
País de Origem: Itália
Idioma do Áudio: Italiano
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0042692/
Qualidade de Vídeo: DVD Rip
Vídeo Codec: XviD 1.1.0 Beta 2
Vídeo Bitrate: 1062 Kbps
Áudio Codec: 0x2000 (Dolby AC3) AC3
Áudio Bitrate: 48000 Hz Kbps
Frame Rate: 23.976 FPS
Tamanho: 944 Mb
Legendas: Anexas

Créditos: makingOff - Silenzio

ELENCO:

Peppino De Filippo ... Checco Dal Monte
Carla Del Poggio ... Liliana 'Lily' Antonelli
Giulietta Masina ... Melina Amour
John Kitzmiller ... Trumpet player Johnny
Dante Maggio ... Remo
Checco Durante ... Theater Owner
Gina Mascetti ... Valeria del Sole
Giulio Calì ... Magician Edison Will
Silvio Bagolini ... Bruno Antonini
Giacomo Furia ... Duke
Mario De Angelis ... Maestro
Vanja Orico ... Gypsy Singer
Enrico Piergentili ... Melina's Father
Renato Malavasi ... Hotelkeeper
Joseph Falletta ... Pistolero Bill (as Joe Falletta)



Dowload via Torrent:
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terça-feira, 15 de janeiro de 2008

La Città delle Donne(Cidade das Mulheres)


Cidade das Mulheres é um dos trabalhos mais oníricos da fase final do mestre Federico Fellini. Este DVD apresenta o filme em versão restaurada no formato widescreen, com muitos extras, incluindo um especial sobre a produção. Durante uma viagem de trem, Snàporaz (Marcello Mastroianni como o alter ego de Fellini) é seduzido por uma bela mulher. Seguindo-a, ele acaba vivendo uma fantasia, metade sonho, metade pesadelo; na cidade das mulheres, um lugar, onde por ser o único homem, é ao mesmo tempo reverenciado e julgado. Idealizado a partir de uma famosa cena de Fellini 8 ½, Cidade das Mulheres é uma fábula fascinante que merece ser redescoberta.

Gênero:
Drama/Comédia
Diretor: Federico Fellini
Duração: 133 minutos
Ano de Lançamento: 1980
País de Origem: Itália
Idioma do Áudio: Italiano
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0080539/
Qualidade de Vídeo: DVD Rip
Vídeo Codec: XviD ISO MPEG-4
Vídeo Bitrate: 502 Kbps
Áudio Codec: 0x2000 (Dolby AC3) AC3
Áudio Bitrate: 48000 Hz Kbps
Resolução: 576x320
Tamanho: 734
Legendas: Anexas
Créditos:MakingOff - Silenzio

Critica:
Talvez seja mesmo A cidade das mulheres (La città delle donne; 1980) o filme mais irregular, mais desajustado, mais nervosamente filmado do cineasta italiano Federico Fellini. Uma certa má educação tipicamente italiana, uma forma grossa de se expressar está tanto na armação desorientada dos planos quanto na colagem arbitrária e alucinada dum plano no outro, bem como nas situações encenadas, todas elas exasperantes e exasperadas.

É impossível, mais uma vez, que o espectador domine a estrutura fílmica e as intenções do realizador. Fellini mistura tudo, com intenso barroquismo e sem grande rigor analítico ou método cerebral; a invasão sensorial de luzes e cores sobrepaira naquilo que seria a mensagem do diretor. Novamente um alucinante espetáculo de variedades cinematográficas para jogar no observador um clima de absoluto ilusionismo.

Fellini sempre foi muito afeiçoado ao erotismo e ao filme musical, sem praticar diretamente os gêneros, antes adaptando a atmosfera destas duas espécies à loucura grotesca de suas realizações. Em Os boas-vidas (1953), quando os noivos chegam de volta à cidadezinha e reencontram os amigos, há uma tocante cena de dança na rua. Todo o delírio barroco de A doce vida (1960) se inspira em transgressões eróticas. A cidade das mulheres tem muito de erotismo, com seu universo de mulheres que zombam do macho Snaporaz; e algumas danças.

Fellini também é um crítico da massificação cinematográfica. Em Roma de Fellini (1972), durante uma sessão de cinema, os espectadores movem coletivamente a cabeça meio para dentro da tela; em A cidade das mulheres há uma seqüência de masturbação diante duma exibição cinematográfica.

Há igualmente uma citação a Fred Astaire, como em Roma, antecipando Ginger e Fred (1985).

No início da fita, quando Mastroianni/Snaporaz cochila no trem, Fellini mostra em alguns planos intercalados um grupo de crianças que pula na parte de fora do vagão. Do ponto de vista da narrativa, estas inserções são absurdas e gratuitas; mas sabe-se que o movimento do trem é falso, cria-se a ilusão a partir dos saltos freqüentes das crianças. Ilusionismo e metalinguagem.

Imagens que se colocam rapidamente na tela, para em seguida dar lugar a outras. Vozerio estridente, todo o mundo fala ao mesmo tempo. Federico Fellini é um visionário das confusões dos tempos contemporâneos. (Eron Fagundes)
Coopere, deixe semeando ao menos duas vezes o tamanho do arquivo que baixar.

Arquivo(s) anexado(s)
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Eladio Reinón Latin Jazz Octet & Bebo Valdés - Acere

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Eladio Reinón Latin Jazz Octet & Bebo Valdés - Acere @ 320

01. Acere
02. Guajira para los pollos
03. The Big B
04. Mercedes
05. Montuno
06. Danza nº 2
07. La 2º Referencia

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segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Henrique Cazes - Choro: Do Quintal Ao Municipal (1998)




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A Carne é Fraca
(A Carne é Fraca)

Este é um documentário feito por vegetarianos. Exibe imagens fortes e apresenta informações consistentes sobre o uso de animais na alimentação. Mostra abatedouros, granjas, chiqueiros, com imagens que chocam até mesmo carnívoros bem resolvidos. Traz também entrevistas com personalidades do mundo ambiental, como o jornalista Washington Novaes.

Aborda as consequencias do uso da carne na alimentação por vários ângulos. Destaco a impactante análise dos danos ambientais que as criações de animais geram em nosso planeta.

Assistam e tirem suas próprias conclusões.
Screenshots

Informações sobre o filme:

Gênero:
Documentário
Diretor: Denise Gonçalves
Duração: 54 minutos
Ano de Lançamento: 2004
País de Origem: Brasil
Idioma do Áudio: Português
Qualidade de Vídeo: DVD Rip
Tamanho: 636 Mb
Legendas: Sem Legenda

Créditos: MakingOff - João das Couves

Crítica:


Vídeo "A Carne é Fraca"
mostra realidade de abatedouros

O Instituto Nina Rosa - Projetos por Amor à Vida - lançou no dia 12 de novembro, durante o 36º Congresso Vegetariano Mundial - que aconteceu entre os dias 8 e 14 deste mês, no Costão do Santinho, em Florianópolis (SC) - o documentário “A Carne é Fraca".

Feito em quatro idiomas - português, francês, inglês e espanhol - o vídeo, que será distribuído para 400 organizações em todo o mundo, conta toda a "trajetória de um bife", desde o nascimento de bezerros e frangos até o abatedouro. “Muitas pessoas contribuem com a indústria da crueldade, que implica em danos sérios à saúde humana e ao meio ambiente, sem ter conhecimento disso. Nossa intenção é informar para que o cidadão possa fazer escolhas conscientes", explica Nina Jacob, presidente do Instituto.
Ao longo de 54 minutos, sob a direção de Denise Gonçalves, o documentário mostra aspectos da indústria da carne de aves e gado que normalmente não são divulgados. Além disso, também conta com depoimentos de técnicos ambientais, médicos, pediatras, de jornalistas como Washington Novaes, Dagomir Marquezi e Flávia Lippi; da socióloga Marly Winckler, presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira e da veterinária Rita de Cássia Garcia.
Um dos destaques do trabalho é o impacto ambiental. Segundo este documentário, a região amazônica tem sido seriamente prejudicada pela pecuária, que ocupa uma extensão de terra, cada vez maior acarretando desmatamento e poluição de recursos hídricos.
Foram oito meses de pesquisa e filmagens em abatedouros considerados "modelos" nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Quem assistir ao vídeo verá que os animais são criados em pequenos espaços para que não gastem energia e, assim, apressar a engorda do boi, antecipando o abate. E também vai conhecer o processo de produção do “baby beef", em que os bezerros são separados das mães logo ao nascer.
Na análise de Nina Jacob, este trabalho será um divisor de águas para o consumidor brasileiro. "As pessoas ainda acreditam que o gado, por exemplo, é criado livre nos pastos, sem causar danos ambientais. Este trabalho é um direito do consumidor", finaliza.

(Retirado do site www.veganpride.com)


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Chávez e a imprensa refém

O irrefreável desejo de ridicularizar a operação internacional, montada pelo presidente venezuelano, para obter a libertação de reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) marcou o viés político presente em editoriais e notícias de quase todos os grandes jornais brasileiros.

O “mico" é um dos jogos infantis mais conhecidos. Recortado o baralho e distribuídas as cartas, vence quem completar seus pares e não ficar com o simpático macaquinho, o único solteiro do jogo. É uma brincadeira simples e agradável que, respeitadas as especificidades, pode ser aplicada à análise da cobertura jornalística em determinadas circunstâncias. Em alguns casos, como nas recentes negociações entre Chávez e a guerrilha colombiana, é legítimo indagar: quem ficou com o mico?

O irrefreável desejo de ridicularizar a operação internacional, montada pelo presidente venezuelano, para obter a libertação de reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) marcou o viés político presente em editoriais e notícias de quase todos os grandes jornais brasileiros. Podemos falar em torcida pelo fracasso, sem incorrer em exagero. Basta passar os olhos sobre o que escreveram conhecidos articulistas e donos de colunas.

Quando, no último dia de 2007, Hugo Chávez leu, na rede de televisão estatal venezuelana, um comunicado da guerrilha alegando que a intensa atividade do exército colombiano na região impediu que a operação se efetivasse, as oficinas de consenso festejaram mais uma " profecia que se auto-realizava".

Em ritmo frenético, muito se discorreu sobre "a farsa montada às vésperas do Natal para enganar a opinião pública mundial”. Os "narcoterroristas", enfim, admitiam ter mentido sobre o refém Emmanuel, filho de Clara Rojas, uma das 750 pessoas mantidas em cativeiro na Amazônia Colombiana. Com esse reconhecimento duas coisas ficavam patentes: a justeza da intransigência de Uribe e o " fato de Chávez não ter envergadura política, moral e psicológica para tomar para si o papel de negociador". Melhor, impossível, senhores editores. O mico estava com o líder bolivariano.

Estamos diante de algo que vai além de preferências pessoais. A produção jornalística só pode ser compreendida como lugar e objeto de articulações hegemônicas, espaço de representações simbólicas. A motivação da imprensa deitava raízes na desconstrução de lideranças latino-americanas e os significados de seus êxitos e fracassos. Havia dois reféns: Chávez e Uribe. O sucesso de um deles significaria o cativeiro político do outro. E cremos ser ocioso dizer por quem dobram os sinos da velha mídia.

A libertação de Consuelo Gonzáles de Perdomo e Clara Rojas provocou um terremoto no campo jornalístico. Não foi apenas a imagem de Álvaro Uribe que saiu enfraquecida no cenário internacional, mas toda uma estrutura narrativa. O êxito da segunda tentativa de libertação remete a questões que ultrapassam o fato em si.

Como destaca o professor Gilberto Dupas, coordenador-geral do Grupo de Conjuntura Internacional da USP e Presidente do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais, “estamos falando de imagem com relação à América Latina, talvez. Em linhas gerais, eu diria que Uribe dá sinais de fraqueza. E, portanto, pode ser que isso apresse uma coisa positiva, que é uma aproximação do Uribe - e portanto da Colômbia - com uma aliança sul-americana, o que seria altamente desejável. Esse é um aspecto regional que tem peso. Por outro lado, você pode ver que os Estados Unidos estão muito quietos nessa história, não sabem bem como se posicionar, porque se ficar o bicho come, se correr o bicho pega" Com quem está o mico?

Sentencioso, o editorial da Folha de S.Paulo (12/01) insiste na tecla batida de forma orquestrada: "A libertação de Clara Rojas e Consuelo González tornara-se imperiosa para as Farc depois que se descobriu a farsa do menino Emmanuel - o filho de Rojas que a guerrilha colombiana prometera libertar, mas que não estava no cativeiro. Era a única maneira de amenizar um pouco a desmoralização dos seqüestradores flagrados na mentira, que respingou no patrocinador político da operação, o presidente Hugo Chávez". Melancólico, se espera mais de um editor. Que, ao menos, sofisme com mais requinte.

O desmentido cabal está na matéria de capa do diário argentino Página 12. Nela, Consuelo Gonzáles relata com precisão:

"No dia 21 de dezembro começamos a caminhar até o lugar onde iriam nos libertar, caminhamos quase 20 dias. Neste período, tivemos que correr várias vezes porque os militares estavam muito próximos, relatou. González inclusive denunciou que no dia em que Alvaro Uribe deu por suspensa a entrega, as Forças Armadas colombianas lançaram o pior ataque à zona em que se encontravam. "No dia 31 soubemos que iria ocorrer uma mobilização muito grande e no momento em que estávamos para sair, houve um bombardeio muito forte e nós tivemos que nos deslocar rapidamente para outra área".

Em outras palavras, a ex-refém confirma o que disseram Chávez e o comunicado das Farc. É fácil saber quem ficou com o mico. Com uma imprensa que, para cumprir o papel de porta-voz das oligarquias, ignora os próprios pressupostos que lhe conferem sentido.

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