sábado, 26 de abril de 2008

O BRASIL DO SÉCULO 21 E O CAPITALISMO DE EXTORSÃO

Luiz Carlos Azenha

WASHINGTON - Entendo muito pouco de política. Não tenho fontes no Planalto, nem na planície. Não tenho delegados federais de bolso, nem me penduro no skype com parlamentares. Será que existe algum deputado ou senador que saiba o que é o skype? Confesso que não sei exatamente o que move o governo Lula, além de uma política de transferência de renda que está ajudando a enriquecer todos aqueles que o desprezam como um "acidente de percurso" pós-FHC e pré-Serra. Sem transferência de renda não teria havido mercado interno e sem mercado interno estaríamos todos suando frio com a retração dos importadores de matéria prima brasileira.

Acho, por puro achismo, que um governo é um ente vivo, que se debate em contradições internas e se refaz de acordo com a conjuntura, as alianças políticas, os interesses mais mesquinhos de seus integrantes e também os mais nobres. Vai ver que foi por pura coincidência, mas lidei com os seguintes assuntos relativos a Brasília nos últimos dias:

-- o ministro Fernando Haddad foi homenageado na Bahia em um fórum promovido por João Doria Junior, o dândi do Cansei, um encontro para discutir Educação abarrotado de empresários mas, significativamente, short de educadores;

-- o senador Tião Vianna foi o atravessador escolhido para assinar o projeto que acomodou a rotina de centenas de milhares de brasileiros às necessidades das emissoras de TV, num episódio que merecia um Dias Gomes mas passou batido, já que apenas enfatizou o desprezo do Sul Maravilha pelo Norte;

-- o Brasil enfrentou no gogó uma onda de críticas internacionais aos biocombustíveis, sem qualquer tentativa séria de demonstrar que pode produzir alimentos e álcool de cana sem devastar o cerrado, poluir ainda mais os rios e acelerar a destruição da Amazônia. Tudo isso está acontecendo enquanto você lê, mas faz de conta que não acontece, já que não aparece no Jornal Nacional, a não ser quando a Globo precisa extrair mais algum favor governamental, além de controlar o Ministério das Comunicações;

-- o governo federal entregou o monopólio da banda larga às empresas de telefonia e deixou um setor essencial da infra-estrutura do século 21 nas mãos de empresas que, com razão, colocarão seus interesses acima dos da comunidade, já que os representantes eleitos pela comunidade simplesmente abdicaram, ou quase, do dever de representá-la;

-- o governo federal promoveu uma fusão obscura no setor da telefonia, com dinheiro público, à revelia do Congresso e do contribuinte, com o objetivo aparente de promover uma conta de chegada entre interesses diversos e sob a capa da defesa de interesses nacionais.

É óbvio que muitas outras coisas se passaram no Brasil nas últimas semanas, além da morte da Isabella e do sumiço do padre. Fomos devidamente distraídos de outras questões essenciais, como a expansão do deserto verde, dos congestionamentos em São Paulo e da dengue no Rio de Janeiro. Tudo isso sob o olhar complacente, quando não cúmplice, tanto de governos quanto da mídia que se diz guardiã do interesse público e nacional - enquanto busca oportunidades de negócio nas esferas municipal, estadual, federal, continental e universal.

Isso aí no Brasil está com cara de republicanos versus democratas, que discutem o pastor de Barack Obama, a lobista amiga de John McCain e o lapso de memória de Hillary Clinton, enquanto o Tesouro transfere a renda nacional para financiar três guerras - uma em nome de Wall Street e duas outras, menos importantes, no Iraque e no Afeganistão.

Eles aqui estão na fase do capitalismo de estado, enquanto nós ainda não saímos do capitalismo de extorsão.

Pode se esgoelar à vontade nos comentários. Eles vão continuar enriquecendo. Com o seu dinheiro.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Jimi Hendrix

Link: Zicofields
Postagem: Johnny F
Olá Johnny, ripei uma raridade de um LP e transformei em mp3.

Detalhe, a gravação ótima, sem chiados, etc.

Este disco sómente foi gravado em LP, e só lançado no Brasil no ano de 1977- trata-se de uma compilação feita pela EMI de musicas ao vivo em versões que nunca sairam em disco antes.

Desconheço se foi lançado em CD. Nunca vi ou ouvi notícia sobre.

[Coisa rara]

O álbum é HENDRIX-LIVE IN CONCERT.


Culau toma chopp com Lair. Delegado diz
que lobista deu R$ 400 mil para casa de Yeda

Por Marco Aurélio Weissheimer - RS Urgente

A madrugada desta sexta-feira foi marcada por dois acontecimentos explosivos envolvendo as investigações sobre a ação de uma quadrilha no Detran gaúcho. O delegado de polícia Luiz Fernando Tubino afirmou, na CPI do Detran, que tem informações da Operação Rodin dando conta que o lobista tucano Lair Ferst (um dos principais acusados de pertencer à quadrilha) pagou R$ 400 mil da casa comprada pela governadora Yeda Crusius (PSDB) no final de 2006, logo após o segundo turno da campanha eleitoral. Segundo Tubino, a casa foi comprada do consultor Eduardo Laranja, dono da Self Engenharia, empresa que seria uma das maiores devedoras do Banrisul.

Ainda conforme Tubino, a casa em estilo inglês de aproximadamente 700 metros quadrados e com quatro pisos chegou a ser anunciada para venda em jornais por R$ 1,5 milhão. Garantindo ter informações relativas às investigações da Operação Rodin, os R$ 400 mil seriam sobras da campanha eleitoral de Yeda, em 2006. O delegado fez uma série de outras denúncias que, segundo ele, já foram encaminhadas ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Especial do Tribunal de Contas.

Segundo ele, há duas torres gêmeas que precisam ser derrubadas na política gaúcha. “O Banrisul e o Detran são duas torres que precisam ser investigadas e derrubadas. Isso vai mudar para melhor a vida política do Rio Grande do Sul”, garantiu. Tubino disse que o Ministério Público já tem informações importantes relacionadas às denúncias feitas pelo vice-governador Paulo Feijó (DEM) sobre irregularidades no Banrisul.

O segundo acontecimento foi o encontro inusitado do secretário de Planejamento do governo Yeda, Ariosto Culau, com Lair Ferst, ontem à noite, no Shopping Total. Os dois foram flagrados por repórteres do jornal Zero Hora ”tomando um chopp e comendo um peixe”, como disse Culau. “É um momento difícil. Lair, quero dizer que sou teu amigo e isso significa que quero te apoiar pessoalmente neste momento pessoalmente”, disse o secretário a Lair, segundo relato da jornalista Marciele Brum.

Algumas horas antes, Culau havia participado de uma coletiva com a governadora Yeda Crusius para anunciar as decisões da “força-tarefa” que ele coordenou para “estudar melhorias na gestão do Detran”. “O governo está adotando todas as medidas para garantir a continuidades dos serviços”, declarou o secretário que, horas depois, iria beber um choppinho com um dos acusados de chefiar a quadrilha que atuava no órgão.

Mantida por aparelhos


Luiz Gonzaga Belluzzo

Ao longo do tumultuado período encravado entre a Primeira Guerra Mundial e a vitória dos Aliados em 1945, a fúria e a desordem dos mercados haviam colocado em risco a ordem social e econômica. Esse intervalo histórico foi marcado por instabilidades monetárias e cambiais devastadoras transmitidas por circuitos financeiros internacionais.

As disputas comerciais e as desvalorizações competitivas promoveram a contração do comércio internacional e os países envolvidos tratavam de despejar o desemprego no território do vizinho. Tudo isso em meio à intensificação dos conflitos sociais. A luta política, cada vez mais radicalizada entre a extrema-esquerda e a ultradireita, foi coroada com os espinhos da experiência nazi-fascista. Neste clima cresceu o convencimento de que o capitalismo, entregue à sua própria lógica, era uma ameaça à vida civilizada.

No pós-guerra, para evitar a repetição do desastre era necessário, antes de tudo, constituir uma ordem econômica internacional capaz de alentar o desenvolvimento. Em primeiro lugar, remover os obstáculos à expansão do comércio entre as nações e conceber regras monetárias aptas a garantir a confiança na moeda-reserva e, ao mesmo tempo, impedir o ajustamento deflacionário do balanço de pagamentos. Tratava-se, portanto, de erigir um ambiente econômico internacional destinado a propiciar um amplo raio de manobra para as políticas nacionais de desenvolvimento, industrialização e progresso social.

As novas instituições e as políticas econômicas do Estado Social estavam comprometidas com a manutenção do pleno emprego, com a atenuação, em nome da igualdade, dos danos causados ao indivíduo pela operação sem peias do “mecanismo econômico”. Eric Alliez escreveu que, durante mais de duas décadas, realizou-se a criação de um mundo fundado sobre o direito ao trabalho, que tinha como objetivo o pleno emprego, o crescimento dos salários reais.

Já nos anos 50, tempo de esplendor e glória do ideário keynesiano, o libertarianismo de Friedrich Hayek e, mais tarde, o monetarismo de Milton Friedman desataram a ofensiva contrária “aos inimigos da liberdade econômica”. Não eram ouvidos nem cheirados.

Os libertários saíram da tumba, ressuscitados pelos miasmas da “estagflação” do fim dos anos 60 e início dos 70. A partir de perspectivas teóricas distintas, os espectros do mercadismo passaram a rondar o chamado “consenso keynesiano”.

Para eles, as proezas da “era dourada” revelaram-se um doloroso engano. Engano que fez prosperar o famigerado populismo econômico, uma forma perversa de politização à outrance da economia. Parafraseando Eric Hobsbawm, a recomendação dos conservadores era dar “adeus a tudo aquilo” e, com urgência, empreender as reformas necessárias para restabelecer o funcionamento dos verdadeiros mecanismos econômicos, os únicos aptos a garantir a liberdade do indivíduo e promover a estabilidade e o crescimento a longo prazo.

Na visão liberal-conservadora, os propósitos de proteger o cidadão contra os azares e as incertezas do mercado terminariam por suscitar efeitos contrários aos pretendidos. A despeito das diferenças analíticas e de método, Hayek e Friedman sustentavam que os “anos gloriosos” estavam fadados inexoravelmente ao fracasso em sua insana tentativa de interferir nos movimentos “naturais” dos mercados. As políticas monetárias acomodatícias, combinadas com pactos “corporativistas” entre as classes sociais e grupos de interesses, levariam inevitavelmente ao baixo dinamismo e à inflação crônica e elevada.

Logo depois, os novo-clássicos, escorados na hipótese das expectativas racionais, reforçaram as tropas do reformismo liberal. Expediram uma sentença condenatória ainda mais dura contra a intervenção do Estado, ao proclamar a ineficácia das políticas fiscal e monetária em sua vã pretensão, assim diziam, de limitar a instabilidade cíclica e promover o crescimento da economia.

Os governos logo haveriam de aprender: os agentes racionais que povoam os mercados sabem exatamente qual é a estrutura da economia e, usando a informação disponível, são capazes de antecipar sua evolução provável. Não se deixam enganar, nem por um momento, pelo velho truque de estimular a atividade econômica com os anabolizantes nominais da política monetária leniente. Caso insistam nessa prática, políticos e burocratas voluntaristas, em vez de mais empregos, conseguirão apenas mais inflação, salvo na hipótese improvável de que possam surpreender e tapear permanentemente os sagazes agentes privados, implacavelmente racionais.

No início dos anos 80, a turma da economia da oferta dizia ainda mais: a sobrecarga de impostos sufocava os mais ricos e desestimulava a poupança, o que comprometia o investimento e, portanto, reduzia a oferta de empregos e a renda dos mais pobres.

As práticas neocorporativistas, diziam eles, criavam sérias deformações “microeconômicas” ao promover, deliberadamente, intervenções no sistema de preços, nas taxas de câmbio, nos juros e nas tarifas. Com o objetivo de induzir a expansão de setores escolhidos ou de proteger segmentos empresariais ameaçados pela concorrência, os governos distorciam o sistema de preços e, assim, bloqueavam os mercados em sua nobre e insubstituível função de produzir informações para os agentes econômicos.

Tais violações das regras de ouro dos mercados competitivos culminavam na disseminação da ineficiência e na multiplicação dos grupos “predadores de renda”, que se encastelavam nos espaços criados pela prodigalidade financeira do Estado.

Para acrescentar ofensa à injúria, os mercados de trabalho, castigados pela rigidez nominal dos salários e por regras políticas hostis ao seu bom funcionamento – como a do salário mínimo –, não podem mais exprimir o preço de equilíbrio desse fator de produção, por meio da interação desembaraçada das forças da oferta e da demanda.

Em matéria financeira, a teoria dos “mercados eficientes” pretendia ensinar que todas as informações relevantes sobre os “fundamentais” da economia estão disponíveis em cada momento para todos os participantes dos mercados que avaliam os títulos de dívida e os direitos de propriedade.

A ação racional dos agentes, diante das informações existentes, seria capaz de orientar a melhor distribuição possível dos recursos entre os diferentes ativos. Essa teoria procurava afirmar que, em condições competitivas, não podem existir estratégias “ganhadoras” capazes de propiciar resultados acima da média.

Na última semana, em meio a mais uma hemoptise dos mercados infectados, o consultor Rod Arnott arengava para uma platéia de 200 acadêmicos, gente da área financeira. Perguntou aos ouvintes se acreditavam na Hipótese dos Mercados Eficientes. Ninguém levantou o braço. Em seguida, indagou qual deles utilizava a desditosa hipótese em seus artigos, assumindo que ela seja verdadeira. Quase todos levantaram as mãos.

Nos idos de 1994, Matt Ridley, conhecido zoólogo e economista diletante, autor de vários ensaios científicos, proclamou, em uma de suas inúmeras catilinárias contra o Estado: “A pouco conhecida Nona Lei da Termodinâmica ensina que quanto mais um grupo se apropria do dinheiro do contribuinte, mais ele demanda e mais ele reclama”. Bravo!

Sucessor do pai como presidente do Northern Rock, Ridley foi dispensado da função em outubro de 2007, quando o banco declarou-se insolvente, afogado em empréstimos podres. O governo inglês injetou 16 bilhões de libras nos cofres do Northern e, logo depois, viu-se obrigado a estatizar o falecido.

A revista The Economist rezou o epitáfio do ex-banqueiro Ridley: “Ele seguiu um modelo agressivo de negócios, cruzou os dedos e apostou que a liquidez estaria sempre ali”.

Quando o negócio foi à garra, seu colega de estudos na universidade, o celebrado George Monbiot, não deixou barato: “O libertário foi obrigado a recorrer ao abominável Estado”. Fontes bem informadas atestam que Ridley passou a concentrar suas energias no estudo de animais mais previsíveis do que os enigmáticos mercados superalavancados das “securities” e dos derivativos.

Tal como a Hipótese dos Mercados Eficientes, a ideologia neoliberal estrebucha, alvejada por sua própria fuzilaria. Os tiros ricocheteiam na realidade da finança desregulada. Conservadores e progressistas clamam pela imposição de regras para conter os desvarios dos mercados. As crises financeiras multiplicam-se desde os anos 80. Se a freqüência dos episódios compromete o prestígio dos curandeiros dos mercados desimpedidos, ainda não abalroou o poder dos patrões da finança e de seus aliados nos bancos centrais. É cedo para programar as exéquias do neoliberalismo.

original em: CartaCapital




Pixinguinha - Donga - J Cascata -Waldemar - Almirante - Alfredinho -Rubem - Lentine - João da Bahiana - Bide - Mirinho

1 - QUE PERIGO - Chôro
(Pixinguinha)
2- PATRÃO PRENDA SEU GADO - Partido Alto
(João da Bahiana - Pixinguinha - Donga)
3 - CORALINA - Chôro
(arranjo de Pixinguinha)
4 - NOSSO RANCHINHO - Samba
(Donga - J. Cascata)
5 - HONÓRIA - Chôro
(Gualdino Barreto - arranjo Pixinguinha)
6 - ESSA NEGA QUE ME DÁ - Samba
(Caninha)
* ME LEVA , ME LEVA SEU RAPHAEL - Samba
(Caninha)
7 - FLOR DO ABACATE - Chôro
(Alvaro Sandi - arranjo de Pixinguinha)

Créditos: CápsulaDaCultura

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DET SJUNDE INSEGLET (O Sétimo Selo) – Ingmar Bergman, 1957

DET SJUNDE INSEGLET (O Sétimo Selo) – Ingmar Bergman, 1957




Formato: rmvb
Áudio: Sueco / Latim
Legendas: Português/BR
Duração: 1:36 h
Tamanho: 365 MB
Servidor: Rapidshare

créditos:F.A.R.R.A - lusinha

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Sinopse:
“Det Sjunde Inseglet (“O Sétimo Selo” em português) é um filme sueco dirigido por Ingmar Bergman.
O filme ambienta-se em um dos mais obscuros e apocalípticos períodos da Idade Média européia. O título é uma remissão ao livro bíblico denominado Apocalipse ou Revelação, especificamente aos capítulos oitavo, nono e décimo do referido livro. No desenrolar do enredo torna-se clara a preocupação do diretor em buscar, no passado, um período que traga à tona questões ainda presentes no mundo contemporâneo.
O filme foi lançado em 1957, período em que os traumas da Segunda Guerra Mundial e da bomba atômica ainda marcavam a vida dos europeus. As décadas de 50 e 60 encerram o período de maior temor pela derrocada de uma guerra nuclear que destruísse o mundo em instantes. Acresce-se a isto que os traumas do holocausto e da mortandade desencadeados na guerra não haviam sido esquecidos, mas, pelo contrário, as pessoas pressentiam que tudo fora um presságio de que o homem seria o grande responsável pelo apocalipse final.”


Detalhes:
Director: Ingmar Bergman
Argumento: Ingmar Bergman
Data: 1957
Género: Drama


Elenco:
Gunnar Björnstrand
Bengt Ekerot
Nils Poppe
Max von Sydow
Bibi Andersson
Inga Gill


Screen Shots:






"O cofre nunca lhe caiu nos pés"


Imaginem a seguinte situação. Final de 1998. Olívio Dutra é eleito governador do Estado. Em dezembro do mesmo ano, decide sair do pequeno apartamento onde mora na Avenida Assis Brasil, zona norte de Porto Alegre e desembolsa R$ 750 mil por uma casa de dois pisos em uma área nobre da capital. Tudo isso logo depois da campanha eleitoral.

Prossigamos nosso exercício imaginativo. Olívio assume em 1999 e, após dez meses de governo, um de seus coordenadores de campanha (que ajudou na arrecadação de fundos) é preso pela Polícia Federal, acusado de liderar um esquema de desvio de dinheiro público no Detran. Acaba indiciado pela PF sob as acusações de formação de quadrilha e prática de crime organizado. Outros importantes aliados do governo são presos e indiciados no mesmo caso.

Na Assembléia Legislativa é criada uma CPI para investigar o caso. Durante uma das sessões, um deputado pergunta a um depoente, citando o depoimento de um delegado de polícia, se ele tinha conhecimento da compra de uma casa no final da campanha eleitoral com sobras de campanha. O que estaria acontecendo com Olívio Dutra agora, se tudo isso tivesse acontecido?

Fim do exercício imaginativo. Voltemos à realidade.

Reza a sabedoria romana que à mulher de César não basta ser honesta, ela também tem que parecer honesta. Por enquanto não há provas que a governadora Yeda Crusius comprou uma casa com sobras de campanha. No entanto, os eventos que cercam o caso - e que serviram de inspiração para o exercício acima – tornam razoável exigir maiores informações sobre o caso. Agora, a governadora resolve partir para o ataque e ameaça processar o presidente da CPI do Detran, deputado Fabiano Pereira (PT), por este levantar suspeitas sobre a compra da casa.

Yeda aposta que o cordão sanitário que vem sendo construído em torno de sua figura evitará qualquer investigação sobre o caso. As declarações do delegado de polícia (aliás, ex-chefe de Polícia que teve uma participação decisiva na CPI da Segurança, em 2001) são minimizadas pela imprensa. A governadora mostra-se indignada. No seu governo, prega austeridade. Não hesita em demitir servidores, fechar escolas e corais infantis em nome dessa austeridade. E chama isso de coragem.

Na vida privada, comporta-se como qualquer novo rico que, ao ascender na vida, troca de casa, de carro, compra uma lancha, coisas do tipo. A coragem e a austeridade que cultua só se aplicam quando é o caso de fechar algum serviço público que atende à população mais pobre do Estado. A generosidade, ela guarda para as grandes empresas e para si mesma.

Em tempo: Olívio Dutra continua morando em seu pequeno apartamento na Avenida Assis Brasil, que comprou com os salários que recebeu como funcionário do Banrisul. Como disse Adão Oliveira, em um artigo publicado no Jornal do Comércio (17/08/2005), “o cofre nunca lhe caiu nos pés”.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Terror e Escuridão - José Mercader




O Papa Está Muito Equivocado
Que lastimável o silêncio da Igreja!

Por Robert Reyes.

Segui com atenção a visita pastoral do Papa Bento XVI aos Estados Unidos, especialmente sua mensagem à Organização das Nações Unidas. Devo começar por dizer que o Papa está muito equivocado em seu conceito do que é o governo norte-americano, parece-me uma grande insolência que tenha celebrado seu aniversário ao lado do maior terrorista, culpado de milhões de mortes e o principal obstáculo para que América Latina seja inundada pelo desenvolvimento social, médico, cultural, e todas aquelas coisas da globalização.

O mais alarmante da Mensagem à ONU foi omitir o genocídio do povo iraquiano. Em todos seus discursos o Papa esqueceu de exigir em nome do Deus da vida que – diz ele representar- que se pare esse massacre. Que inocência calar diante o culpado! Que lastimável o silêncio da Igreja! Parece que hoje se repete a triste cena dos silêncios, assim como no holocausto nazista, quando milhares de inocentes morreram nos campos de concentração.

É alarmante que no terceiro milênio do cristianismo ainda Roma escolha Papas que se vendem ao melhor preço. Porque o silêncio mantido por Bento XVI na ONU e na Casa Branca não foi de graça nem diplomático, foi uma bofetada à fé, ao evangelho e a Cristo Redentor.

Todo Estado tem o dever primário de proteger a própria população de violações graves e contínuas dos direitos humanos, como também das conseqüências das crises humanitárias, já sejam provocadas pela natureza ou pelo homem, disse ontem o Papa alemão. Pergunto-me como cristão: por acaso o estado norte-americano protege? Por acaso este respeita os direitos humanos? Quem provoca crises humanitárias e... até naturais? Então, como a resposta é muito óbvia ( os Estados Unidos), por que não aproveitar aquela tribuna para exigir que se pare o extermínio iraquiano. Porque aquela não é uma guerra preventiva, é o extermínio de um povo inteiro.

Afirma o Pontífice que sua presença nesta Assembléia é uma mostra de estima pelas Nações Unidas e é considerada como expressão da esperança em que a Organização sirva cada vez mais como signo de unidade entre os Estados e como instrumento ao serviço de toda a família humana.” Como se atreve a dizer este senhor que ele é esperança para a ONU, essa instituição deixou de funcionar quando os Estados Unidos dominaram sua voz e submeteram sua legalidade em favor dos interesses nefastos do criminoso George Bush e seus afãs de guerra e violação dos Direitos Humanos.

Por isso minha réplica ao “Santo Padre” que novamente se equivocou em terra americana. Desejo poder mandar ao Papa todos os inumeráveis e intermináveis arquivos das gravíssimas violações de Direitos Humanos que acontecem na América Latina e cujo único responsável tem sido o estado norte-americano. Novamente um Judas Iscariotes tem assomado seu nariz onde não deve, creio que tem sido muito triste e vergonhoso o espetáculo do Papa naquele país. E mais vergonhoso seu insolente silêncio. É que não me cabe na cabeça que este indivíduo não tenha pedido o fim da invasão no Iraque e, que não tenha exortado os norte-americanos a saberem escolher seu caminho porque as atuais circunstâscias nos demonstram que esse país caminha para sua própria autodestruição.

Também disse o elemento romano que As Nações Unidas seguem sendo um lugar privilegiado em que a Igreja está comprometida a levar sua própria experiência “em humanidade”, desenvolvida ao longo dos séculos entre povos de toda raça e cultura, e a pô-la à disposição de todos os membros da comunidade internacional. Isso é mentira, é uma ofensa a nossos povos. Quantas vezes essa instituição falhou em contra de nossos irmãos países latino-americanos e se tornou em mais uma organização inquisidora que num lugar privilegiado. É que é muito descaro dizer que a Igreja tem experiência de humanidade, porque com suas exceções, demonstrou ao longo dos séculos ser uma religião contrária ao Evangelho, aos direitos fundamentais dos povos e dos homens. Sim, é a mais intransigente e imoral de todas.

Quem não acredite em mim dê uma olhada na nefasta hierarquia que perambula em nosso país, camuflada com mitras e cajados, com aparência fúnebre e carregada de ódios, de frustrações e de exclusão.

Olhem esta estupidez, o Papa ao delinqüente do Bush:

Os estadunidenses o sabem por experiência: quase todas as cidades deste País têm monumentos em homenagem aos que têm sacrificado sua vida em defesa da liberdade, tanto em sua própria terra como em outros lugares... Os Estados Unidos têm se mostrado sempre generosos em ir ao encontro das necessidades humanas imediatas, promovendo o desenvolvimento e oferecendo alívio às vitimas das catástrofes naturais. Tenho a confiança de que esta preocupação pela grande família humana seguirá manifestando-se com o apoio aos esforços pacientes da diplomacia internacional orientados a solucionar os conflitos e a promover o progresso.

E agora o delinqüente ao Papa:

Foi um momento especial poder conversar com o Santo Padre no Salão Oval. É um humilde servidor de Deus. É um professor brilhante. É uma alma cálida e generosa...

Juntos, durante quase sete anos e meio nos temos esforçado por respeitar a dignidade da vida humana. Durante os últimos anos, meu governo interrompeu o financiamento de grupos estrangeiros que realizam ou promovem o aborto usando dinheiro dos contribuintes estadunidenses. Temos trabalhado juntos para proteger da violência as vitimas não nascidas e para acabar com a bárbara prática do aborto de nascimento parcial. Temos-nos mantidos firmes em nossa crença de que os avanços médicos prometedores podem coexistir com as práticas médicas éticas. Uma das vantagens de ser Presidente é que posso ver com meus próprios olhos a forma em que as verdades fundamentais expressadas pelo Santo Padre motivam as pessoas. Os tenho visto viver o Evangelho em inumeráveis atos de compaixão e valentia. Tenho-me unido a vocês ao tratar de cumprir o nobre clamor das Escrituras: ver a imagem de Deus em toda a humanidade e respeitar a dignidade de cada ser humano na Terra.

Que ironia, não? A visita do Papa tem sido uma asquerosa injúria, uma blasfêmia, um ato de circo muito barato.

O único que diria ao Papa respeito a esta visita são duas coisas:

1.Equivocou-se de história.

2.Como diz a canção de Ali: “Eu venho de onde o Senhor não tem ido”...ah. E claro uma mais direita: Sr. Papa “basta de mentes hipócritas”...aqui ainda seguem matando cristãos por defender uma cruz. Mas a cruz que nos impôs historicamente o imperialismo ianque começa a ser suave em nossos homens, porque aqui onde o Senhor não tem vindo há REVOLUÇÃO, é o mais belo processo baseado na igualdade, na justiça, na liberdade, no amor.


Versão em português: Allisson Gabrielle de América Latina Palavra Viva.




Stroszek

Bruno Stroszek é o personagem principal deste filme, realizado por Werner Herzog em 1977. Bruno sofre de atrasos psico-intelectuais e é liberto de uma cadeia, onde tinha sido encarcerado devido às zaragatas que frequentemente arranjava, dado o seu estado mental. Nesse momento conhece Eva, uma prostituta, por quem imediatamente se apaixona, e Scheitz um velho delirante e castiço, seu vizinho. Bruno é, de certa forma, uma personagem carente e sensível. É músico nas horas vagas e toca deambolando pelas ruas. Não tem noção das coisas mais elementares, é nayf e deixa-se enganar com uma facilidade tremenda por quem quer que seja. Bruno, Scheitz e Eva viajam para os Estados Unidos em busca do sonho Americano e não tardam a encontrar uma realidade bem diferente da que esperavam. Encontram a América real, fria, desumanizada. Fonte


Gênero: Drama
Diretor: Werner Herzog
Duração: 115 minutos
Ano de Lançamento: 1977
País de Origem: Alemanha
Idioma do Áudio: Alemão / Inglês
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0075276

Qualidade de Vídeo:
DVD Rip
Vídeo Codec: XviD
Vídeo Bitrate: 811 Kbps
Áudio Codec: Divx (wma)
Áudio Bitrate: 128
Resolução: 640x384
Formato de Tela: Widescreen
Frame Rate: 25.000 FPS
Tamanho: 697 Mb
Legendas: Em anexo


Bruno S. (Der Bruno Stroszek)
Eva Mattes (Eva)
Clemens Scheitz (Scheitz)
Wilhelm von Homburg (Cafetão)
Burkhard Driest (Cafetão)
Clayton Szalpinski (Mecânico)
Ely Rodriguez (Mecânico)
Alfred Edel (Dretor da Prisão)
Scott McKain (Scott)
Mais detalhes

- O filme foi escrito em quatro dias e especificamente para o ator Bruno S., sendo filmado em Berlim e em duas cidades no estado norte-americano de Wisconsin.
- Muitos dos personagens, com exceção dos três principais: Bruno Stroszek (Bruno S.), Eva (Eva Mattes) e Scheitz (Clemens Scheitz), foram encenados por não-atores.
- Foi o último filme que Ian Curtis, vocalista do Joy Division, viu antes de se suicidar

Vejo Stroszek como um filme, de certa maneira, neo-realista. Com efeito, Herzog capta a realidade no seu estado mais miserável e crú. Bruno Stroszek está para Herzog como Edmund para Rosselini ou Antonio para De Sica. Este filme é uma crítica ao mundo dos números, ao mundo em que o dinheiro se torna necessário e o bom coração um peso. Uma crítica à América do sonho sonhado, que a realidade destrói e torna pretérito. Estamos habituados a ver os grandes realizadores fazerem enormes exigências aos actores. Veja-se, a título exemplificativo, Polanski e Adrien Brody, ou Von Trier e Bjork. Pega-se num argumento com o cunho pessoal do "auteur" e o actor tem que se enquadrar na personagem previamente delineada. Aliás, é isso que vulgarmente distingue um actor de um amador, a capacidade de ser muitos eu's, de representar, de fingir, de ser o que não se é. Fonte

não esqueça de fazer o registro no makingoff antes de baixar o filme, é gratuito.

Download abaixo:

Arquivo anexado Stroszek.1977.Werner.Herzog.DVDRip.XviD.ENG.freakyflicks.torrent filme
Arquivo anexado Stroszek.1977.Werner.Herzog.DVDRip.XviD.ENG.freakyflicks.sub.rar legendas