segunda-feira, 11 de maio de 2009

A crise nossa de cada dia

A crise nossa de cada dia

por Raúl Zibechi [*]

'O almoço do trolha', Júlio Pomar, 1947. Entre as pessoas de esquerda e os lutadores anti-sistémicos costuma predominar a ideia de que a crise actual é uma crise "deles", do capital e dos capitalistas, que tem consequências dramáticas sobre o mundo do trabalho. Mais difícil é aceitar que atravessamos, também, uma crise "nossa", dos modos e estratégicas em que vimos compreendendo o modo de dominação e as saídas possíveis num sentido emancipatório.

Se nos apoiarmos numa certa leitura de Marx, podemos concluir que estamos perante uma crise fenomenal de superprodução, uma vez que o capitalismo conseguiu produzir montanhas de mercadorias que não podem ser adquiridas pela população, o que só pode ser resolvido mediante a destruição das mercadorias sobrantes e dos milhões de postos de trabalho que as produzem. Esta análise põe em lugar destacado as leis da economia política, muito em particular a tendência decrescente da taxa de lucro, como centro de gravitação do declínio da acumulação de capital.

Se nos apoiarmos na leitura de Marx, podemos concluir que a crise em curso se deve a uma insuficiente subordinação do trabalho ao capital, o que faz com que este fuja para outros espaços geográficos à procura de novas formas de acumulação, como a que David Harvey baptizou "acumulação por despossessão", que inclui o sobredimensionamento do sistema financeiro e o conjunto de receitas neoliberais que se aplicaram sob o impulso do Consenso de Washington. Esta leitura destaca o papel da luta de classes, tanto na gestação como na resolução das crises, que se considera como chave mestra da ordem (e do caos) social.

Não se trata de optar uma ênfase ou outra. Ambas atravessam de modo contraditório a obra de Marx. Contudo, entre economistas, políticos e militantes costuma predominar o primeiro olhar, positivista digamos, que tende a priorizar a crise como algo essencialmente alheio cujas consequências são pagas pelos de baixo. Diante de nós estão a acumular-se algumas evidências que nos deveriam levar a navegar por aquela definição de Marx que sustenta que "a história de todas as sociedades é a história da luta de classes".

Nas últimas semanas alguns destacados funcionários do governo estado-unidense e directores de multinacionais asseguraram que há sintomas de que a crise chegou ao fundo ou está em vias de ser superada. As bolsas estão a recuperar-se lentamente, o consumo em algumas rubricas mostra sintomas de reactivação e certos sectores da produção estariam novamente a levantar voo. Contudo, as quebras continuam, os défices aprofundam-se e, sobretudo, as taxas de desemprego não param de crescer. Um sector nada desprezível dos de cima mostra-se optimista e apenas esse dado torna-se preocupante, pois revela que o que eles entendem por sair da crise é muito diferente do que sentem e aspiram os de baixo.

A crise actual é uma excelente oportunidade para reforçar a subordinação do trabalho, como a classe dominante tem procurado fazer desde a enorme crise do fordismo e do taylorismo da década de 60.

Neste ponto, e por doloroso que seja, devemos reconhecer que, mais de um ano depois de instalada a crise, não existiram reacções importantes dos trabalhadores. Ainda que seja possível e desejável que isso aconteça, não há indícios fortes a indicar que essa tendência se vá modificar. Sem potentes e contínuos movimentos e levantamentos, o capital poder dormir tranquilo e conduzir a crise de modo a que reforce o ponto central dos seus objectivos de classe: uma maior domesticação do trabalho.

Aqui cabem duas apreciações. Por um lado, a longa experiência sindical não serviu para reforçar as tendências operárias para superar o capitalismo e, pelo contrário, aprofundou a aspiração a integrar-se no sistema do modo mais favorável possível. A impressão dominante é que não se trata sequer de mudar equipes dirigentes, uma vez que é a própria "forma sindicato" que mostra limites consistentes. Neste sentido, a experiência latino-americana, onde nenhuma das já importantes lutas contra o neoliberalismo foi protagonizada pelo movimento sindical, pode servir de orientação. Os trabalhadores levantaram-se sob outras identidades (como moradores, imigrantes, pobres, desempregados...), mas o eixo das suas lutas não se centrou no lugar de trabalho solidamente dominado pelo patronato.

A segunda questão relaciona-se com o Estado e a democracia representativa. O grosso das lutas conduzidas pelas esquerdas centram-se em exigências aos estados ou para ganhar espaços mediante a participação em processos eleitorais, como vem fazendo a esquerda revolucionária francesa com grandes expectativas de acumular votos e cargos públicos para continuar a luta em melhores condições.

Ambas as lógicas, a sindical e a estatista, estão inspiradas na acumulação de forças, um conceito simétrico ao de acumulação de capital, que na história das lutas dos oprimidos mostrou enormes limitações no caminho rumo à emancipação. Poderiam dar-se muitos mais exemplos (o conceito de organização, o papel da tomada do poder estatal, a relação entre local e global, as transições, etc) que ilustram que a famosa crise não é só "deles" e sim nossa também, do conjunto de teses, das formas de compreender a sociedade e das práticas cunhadas desde a revolução francesa.

Não há um caminho traçado para sair deste labirinto, em grande medida porque sabemos que é mais fácil sair do erro que da confusão. A única coisa segura é que só um amplo e multifacético conjunto de levantamentos, rebeliões e insurreições, à escala local e global, pode permitir encontrar caminhos necessariamente novos para fazer da crise uma via de superação do capitalismo. O restante haverá que reapreendê-lo, porque em tempos de confusão sistémica impõe-se criar novas formas de acção.

[*] Jornalista, uruguaio.

O original encontra-se em http://www.jornada.unam.mx/2009/05/08/index.php?section=opinion&article=042a1pol


Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

domingo, 10 de maio de 2009

TUCANOGATE: TODOS OS HOMENS DE YEDA CRUSIUS











Do blog Cloana News

Se você, como nós, está desconfiado das verdadeiras intenções da revista Veja com a reportagem que "compromete" o governo da tucana, é oportuno recapitular as denúncias mais cabeludas que estão no colo de Madame, e que ela, ainda, não explicou nem contestou.

* Para a campanha pelo governo do estado, em 2006, foram entregues 500 mil reais pela Mac Engenharia. Na reunião, estavam presentes Marcelo Cavalcante, Lair Ferst, Chico Alencar (do PSDB, ex-secretário de governo do município de Canoas), Aod Cunha (ex-secretário estadual de Fazenda), Delson Martini (ex-secretário-geral de governo) e Carlos Crusius (marido de Yeda Crusius).

* Fumageiras de Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires entregaram duas parcelas de 200 mil reais à campanha, na presença de Ferst e Aod, que enfatizaram o fato de que não dariam recibo por ordem da então candidata Yeda Crusius.

* O deputado José Otávio Germano (PP-RS) doou 400 mil reais para a campanha a título de "crédito político", na presença de Marcelo Cavalcante, Ferst e da própria candidata.

* Vídeo mostra toda a formatação da compra da casa da governadora eleita, com a entrega de 400 mil reais em dinheiro. Estavam presentes Ferst e um corretor de nome Alberti.

* Já empossada, a governadora não aceita a distribuição do lucro do esquema no Detran, pois considera 100 mil reais mensais muito pouco. A reunião - única citada sem registro em vídeo - contou com Yeda, Ferst, Flávio Vaz Netto (ex-diretor do Detran) e Dorneu Maciel (da executiva estadual do PP e ex-diretor geral da Assembléia Legislativa).

* Delson Martini e Walna Vilarins Menezes, secretária de Yeda, fazem a distribuição de "mensalinhos", na presença de Cavalcante e Ferst.

* Humberto Busnello (vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul) entrega 100 mil reais para Aod Cunha, na presença de Lair Ferst.

* Conversa revela que contas particulares de pessoas ligadas ao governo, inclusive Yeda Crusius, são pagas por agências de publicidade, principalmente a DCS. Ferst e Cavalcante aparecem no vídeo.

* Lair Ferst negocia reforma da casa da governadora com a Magna Engenharia.

sábado, 9 de maio de 2009

E ainda falam mal de Chavez...

Venezuela avança na nacionalização do petróleo



Chávez retoma a posse estatal do transporte de petróleo no lago Maracaibo. Imagem VTVA lei aprovada em Caracas permitiu a expropriação das empresas que dominavam o transporte e os portos da extração de petróleo do lago Maracaibo, após anos de conflitos com os trabalhadores e cobrança de tarifas excessivas, graças ao seu monopólio. Entre as empresas a serem indenizadas pela Venezuela está a Halliburton, ligada ao ex-vice presidente dos EUA Dick Cheeney.

"O petróleo não pode estar ligado ao capricho de nenhum privado", disse Rafael Ramírez, ministro da Energia e Petróleo. Com estas nacionalizações das atividades conexas à extração do petróleo, a empresa estatal PVDSA vai absorver oito mil trabalhadores que eram contratados e subcontratados pelas empresas privadas a operar no Lago Maracaíbo, onde se encontra uma das principais reservas de petróleo do país e que fica numa província onde o poder político está nas mãos da oposição.

Para Hugo Chávez, este é o início de "uma batalha naval libertadora", com o Estado a tomar posse de mais de 300 lanchas, 39 terminais e portos, dezenas de rebocadores e 5 diques. Nos planos do presidente venezuelano, esta nacionalização permitirá reduzir em 20% os custos de produção, já que nas suas contas os privados arrecadavam 50% de lucro na produção de cada barril. Mas a maior vantagem para o governo será sem dúvida deixar de ficar refém dos bloqueios por parte das empresas privadas que podiam paralisar por completo a produção de petróleo.

O ministro do petróleo diz que todos os trabalhadores agora absorvidos ficarão protegidos ao abrigo da convenção coletiva de trabalho petrolífero e nota que "desde 2005, a PVDSA absorveu 21 mil trabalhadores que antes estavam subcontratados a entidades externas e deu-lhes o estatuto de contratados permanentes. A velha PVDSA fugia das suas responsabilidades sociais com os trabalhadores e nós assumimo-las em pleno.

Sobre as poupanças que a nacionalização permite, Rafael Ramírez diz que "já no princípio do ano denunciámos que havia uma sobretaxa nas tarifas cobradas pelos serviços, e como era um monopólio não tínhamos outra opção. Não podemos extrair o petróleo se não temos o controle das lanchas, dos terminais; passava-se o mesmo com a extracção de gás, no norte de Monagas 500 mil barris diários dependiam de uma injecção que estava nas mãos de uma transnacional norte-americana".

As empresas nacionalizadas receberão as indenizações em títulos da dívida pública e os conflitos com o Estado serão dirimidos em tribunais venezuelanos. No entanto a lei prevê que o Estado possa tomar posse das empresas enquanto os processos decorrem nos tribunais, nacionais ou internacionais, como é o caso desde 2007 da ação interposta contra a PVDSA pela multinacional Exxon Mobil.

O Sétimo Selo, de Bergman...

Det Sjunde Inseglet, Ingmar Bergman



Formato: RMVB
Áudio: Sueco
Legendas: Português-BR
Duração: 1:36
Tamanho: 504MB (05 partes)
Servidor: Rapidshare


Créditos: F.A.R.R.A.-Welck



http://rapidshare.com/users/18K8ZY


Senha para descompactar:

http://farra.clickforuns.net



Sinopse:

Suécia, Idade Média. De volta das Cruzadas, o cavaleiro Antonius Block (Max Von Sydow, de O Exorcista) encontra sua terra devastada pela peste e pela inquisição. Quando ele mesmo se depara com a personificação da morte, aceita-a como um visitante aguardado, mas propõe-lhe uma aposta, e numa das seqüências mais inesquecíveis da história do cinema, desafia a morte para uma disputa de xadrez, esperando ganhar tempo para indagar sobre o sentido da vida e, conseqüentemente, o sentido da morte.

Dirigido por Ingmar Bergman, o filme ambienta-se em um dos mais obscuros e apocalípticos períodos da Idade Média européia. O título é uma remissão ao livro bíblico denominado Apocalipse ou Revelação, especificamente aos capítulos oitavo, nono e décimo. No desenrolar do enredo torna-se clara a preocupação do diretor em buscar, no passado, um período que traga à tona questões ainda presentes no mundo contemporâneo.

O filme foi lançado em 1957, período em que os traumas da Segunda Guerra Mundial e da bomba atômica ainda marcavam a vida dos europeus. As décadas de 50 e 60 encerram o período de maior temor pela derrocada de uma guerra nuclear que destruísse o mundo em instantes. Acresce-se a isto que os traumas do holocausto e da mortandade desencadeados na guerra não haviam sido esquecidos, mas, pelo contrário, as pessoas pressentiam que tudo fora um presságio de que o homem seria o grande responsável pelo apocalipse final.






Elenco:

Max von Sydow - Antonius Block
Gunnar Björnstrand - Jöns
Bengt Ekerot - Morte
Nils Poppe - Jof
Bibi Andersson - Mia
Inga Gill - Lisa
Maud Hansson - Bruxa
Inga Landgré - Karin


Detalhes Técnicos:

Direção: Ingmar Bergman
Roteiro: Ingmar Bergman
Gênero: Drama/Fantasia
País: Suécia
Duração: 96 minutos

Boa alimentação....

Acordando os Intestinos



Conceição Trucom

Quando o alimento é ingerido, o processo digestivo se inicia na mastigação/salivação, passa pelo estômago onde acontece a etapa principal de quebra (digestão) do alimento até suas partes menores (macro e micronutrientes), chega ao intestino delgado para selecionar (o intestino delgado é um centro de inteligência) o que será assimilado e passa para a corrente sanguínea, ou passa para o intestino grosso para ser excretado.

Assim, o intestino grosso, ou cólon, representa a última parte do aparelho digestivo. Trata-se de um tubo mole de aproximadamente 1,50 m de comprimento e de 3 a 8 cm de diâmetro, pleno de reentrâncias e vilosidades internas. Ele apresenta como principais funções:

  • · Promover a eliminação das fezes;
  • · Reabsorver parte da água e alguns nutrientes;
  • · Contribuir para com o fortalecimento do sistema imunológico; afinal cerca de 80% do potencial imunológico encontra-se nesta etapa do processo digestivo;
  • · Hospedar a flora microbiana intestinal (lactobacilos acidóphilus, bifidobacterias, etc.) que exerce várias funções importantes, como sintetizar vitaminas do complexo B e K, destruir micróbios e bactérias patogênicas, proteger a integridade dos tecidos, etc.

Obviamente, ao longo desta viagem o corpo deve ser nutrido com todas as substâncias que necessita e os dejetos deste processo devem ser excretados no menor tempo possível.

Como nos alimentamos em média 3 vezes ao dia, deveríamos evacuar de 2 a 3 vezes ao dia, de preferência após cada refeição como fazem os bebês, que evacuam logo após que mamam, devido ao reflexo gastro-cólico.

Entretanto, a absorção/assimilação dos nutrientes (considerando uma alimentação saudável) e novos registros para a vida (aprendizados) podem ser inibidos se as paredes do intestino grosso estiverem obstruídas com placas de depósitos destes detritos alimentares que não foram devidamente eliminados.

Estes resíduos endurecidos podem estar retidos há dias, meses e até anos, resultantes de um ou mais fatores relacionados com maus hábitos alimentares e outros.

Assim, os detritos que deveriam ser eliminados permanecem no intestino grosso durante muito tempo e acabam sendo fermentados ou entram em putrefação. Neste processo, produz-se material tóxico que será reabsorvido pelo organismo, produzindo uma "auto-intoxicação". Isto ocorre devido ao aumento da permeabilidade intestinal, ou seja, a mucosa do intestino é continuamente agredida e vai tornando-se mais permeável porque as células perdem o seu natural poder de coesão.

Este acúmulo de toxinas no intestino grosso pode ser a causa de numerosas dificuldades de saúde, produtividade e qualidade de vida. As toxinas produzidas pelas putrefações intestinais alcançam pela via sangüínea os órgãos vizinhos, intoxicando-os e degenerando-os, contribuindo para o surgimento de problemas como: baixa das funções imunológicas, fadiga, enxaqueca, celulite, alergias, problemas de pele e unhas, cólicas, obesidade entre outros. Existe também uma correlação muito significativa entre a freqüência crescente dos cânceres do cólon nos países industriais e a alimentação pobre em alimentos frescos, crus e ricos em fibras, vitaminas, sais minerais, água, etc.

Uma alimentação inadequada ou pobre em nutrientes e fibras (carnes e alimentos refinados), além de ambientes por demais poluídos, atividades diárias com demasiado estresse físico ou emocional, como também sedentárias e a impossibilidade de realizar atividades físicas freqüentes, provocam problemas gastrointestinais, dificultando o processo natural de digestão, absorção e eliminação dos alimentos, causando prisão de ventre, constipações, cólicas, gases, etc.

A Alimentação Desintoxicante tem o papel de reverter todo este quadro, pois através de sucos, chás, lanches e sopas desintoxicantes, ajuda o corpo, com seus “banhos internos DIÁRIOS”, a provocar uma dissolução contínua e diária destas placas e padrões que favorecem o “status quo” de intoxicação e doença.

A filosofia da Alimentação Desintoxicante, além de incentivar o uso diário do enorme benefício dos sucos desintoxicantes, também esclarece sobre a importância de mudar certos hábitos como a prática freqüente de exercícios físicos que mobilizam a energia e estimulam o pleno funcionamento dos intestinos, rins, fígado, sudorese e pulmões.

Receita Uso Externo
Óleo de Massagem Desintoxicante – para acordar os Intestinos:
2 colheres de sopa de óleo de linhaça prensado a frio + 6 gotas de óleo essencial de limão + 3 gotas de óleo essencial de erva-doce + 3 gotas de óleo essencial de capim limão. Colocar tudo em um frasco de vidro escuro misturar e manter em local fresco. Massagear por 5 minutos (mínimo) todo o ventre, com movimentos vigorosos (como se estivesse despertando todos os seus órgãos internos) desenhando um círculo no sentido horário. Realizar este procedimento diariamente pela manhã antes de levantar e à noite após deitar.

Receitas Uso Interno - Sucos Desintoxicantes - tomar em JEJUM
Suco de maçã - rico em pectina e antioxidantes. Preparado com 1 xícara de chá de folhas verdes (hortelã, alface ou couve), 1 limão (ideal que seja inteiro), suco de 1 cenoura (ou beterraba), suco de 2-3 maçãs e 1 colher de sopa de semente de linhaça (crua e inteira) deixada de molho em água durante toda a noite. Passar tudo pela centrífuga e servir imediatamente.

Suco de uva - alcalinizante, mineralizante, depurativo e antioxidante. Preparado com ½ xícara de suco de uva, suco de 1 limão, 1 inhame cru e água de coco a gosto. Bater tudo no liquidificador e servir imediatamente.

Suco de abacaxi - digestivo e adstringente. Preparado com 1 xícara de chá de abacaxi em cubos, rodelas de gengibre a gosto, suco de 1 limão, 2 colheres de sopa de semente de girassol (crua com casca) deixada de molho em água durante toda a noite e folhas de hortelã a gosto. Bater tudo no liquidificador, coar e servir imediatamente.

Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para a alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida.


Recomenda-se a leitura na íntegra do livro Alimentação Desintoxicante - editora Alaúde, o que possibilitará a prática desta filosofia de vida com consciência e responsabilidade.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

porque a midia de esgoto não divulga????

O nome real da gripe é Smithfield Foods



Artigo enviado por: Elisa Graça


Gripe suína? Esta é uma doença originada do agronegócio internacional.

O nome que se dá às coisas, objetos, projetos, episódios e até doenças é muito importante. Porque o nome verdadeiro coloca os fatos e responsabilidades no seu lugar.

Vejam o caso dessa epidemia mundial de gripe viral.

Estão chamando-a, de forma imprópria, de gripe suína. Nada mais acobertador da verdade.

O vírus dessa gripe se originou da combinação de múltiplos pedaços de DNA humanos, aviários e suínos. O resultado é um vírus oportunista que acomete animais imunodeprimidos, preferencialmente porcos criados comercialmente em situações inadequadas, não-naturais, intensivas, massivas, fruto de cruzamentos clonados e que se alimentam de rações de origem transgênica, vítimas de cargas extraordinárias de antibióticos, drogas do crescimento e bombas químicas visando a precocidade e o anabolismo animal.

Especulações científicas indicam que o vírus dessa gripe teve origem nas Granjas Carroll, no Estado mexicano de Vera Cruz. A granja de suínos pertence ao poderoso grupo norte-americano Smithfield Foods, cuja sede mundial fica no Estado de Virgínia (EUA).

A Smithfield Foods detém as marcas de alimentos industriais como Butterball, Farmland, John Morrell, Armour (que já teve frigorífico no RS e na Argentina), e Patrick Cudahy. Trata-se da maior empresa de clonagem e criação de suínos do mundo, com filiais em toda a América do Norte, na Europa e China.

Deste jeito, pode-se ver que não é possível continuar chamando a gripe de “suína”, pois trata-se de um vírus oportunista que apenas valeu-se de condições biológicas ótimas – propiciadas pela grande indústria de fármacos, de engenharia biogenética, dos oligopólios de alimentos e seus satélites de grãos e sementes. Todos esses setores contribuiram com uma parcela para criar essa pandemia mundial de gripe viral.

O nome da gripe, portanto, não é “suína”. O nome da gripe é: “gripe do agronegócio internacional”, que precisa responder judicialmente o quanto antes – urgentemente – pela sua ganância e irresponsabilidade com a saúde pública mundial.

Leia o dossiê sobre a transnacional Smithfield Foods aqui (em inglês).

Onde se concentra nosso lixo tóxico?

Do sitio www.docelimao.com.br



Caso você tenha curiosidade em saber, as fezes saudáveis contêm aproximadamente 70% de água. Até dois terços de seu peso seco consistem em bactérias do intestino. Depois, há a bile e, obviamente, as fibras - cobertas por uma camada de muco do revestimento do cólon. Há também algumas substâncias que são tóxicas. Entre elas, as produzidas por determinadas bactérias intestinais e moléculas dos alimentos que não puderam ser absorvidos na longa jornada pelo sistema digestivo.

A milenar Medicina Tradicional Chinesa tem como primeiro questionamento ao paciente: como funciona seu intestino? Muito tempo depois, no século XIX, os ocidentais começam a acreditar que as toxinas são absorvidas pelo organismo quando elas ainda estão no cólon. Creditava-se às fezes muitas das doenças, senão todas.

Obviamente, quanto mais tempo as fezes ficam no cólon, mais toxinas serão absorvidas, o que supostamente explica por que as pessoas se sentem nauseadas quando constipadas.

Uma alimentação rica em fibras mantém a regularidade intestinal - a constipação praticamente não existe nos povos que consomem grande quantidade de frutas e hortaliças. Formando bolo fecal, as fibras provocam maior número de evacuações, o que, desde que apresentando consistência adequada, certamente é um benefício.

Assim, na década de 1930, médicos pesquisadores começaram a sugerir que uma alimentação rica em fibras poderia ajudar a prevenir doenças que acometem o cólon.

Na década de 1960, um médico irlandês chamado Denis Burkitt propôs uma teoria revolucionária. Ele estava trabalhando em Uganda (África), onde as pessoas comiam muitas fibras e tinham o intestino regular, e pouquíssimas pessoas sofriam de câncer de intestino. No Ocidente, a incidência de câncer de intestino estava aumentando e havia pouquíssimas fibras na alimentação.

O Dr. Burkitt sugeriu que determinadas substâncias nos alimentos estariam causando câncer. Em Uganda, onde as dietas ricas em fibras significavam que nada ficava muito tempo no intestino, isso não seria um grande problema. No entanto, na dieta pobre em fibras do Ocidente, as substâncias causadoras de câncer (carcinógenos) ficavam mais tempo no intestino e seriam responsáveis pela maior incidência da doença. Além disso, como absorvem água no cólon, as fibras solúveis diluiriam as substâncias carcinogênicas, tornando-as menos potentes. Mais uma vez, isso se aplicaria aos ocidentais com dietas pobres em fibras.

Desde o estudo do Dr. Burkitt os cientistas descobriram vários possíveis candidatos a substâncias carcinogênicas. Sabe-se que alguns compostos presentes na bile, por exemplo, são carcinógenos. Existem, por exemplo, carcinógenos na carne e no peixe torrados. Em laboratórios, quando administrados a camundongos, esses compostos causaram câncer de intestino. E essas mesmas substâncias foram encontradas no intestino humano.

O câncer de intestino é chamado também de câncer de cólon. Começa quando as células do revestimento do cólon se multiplicam rápido demais e não morrem. Isso forma um pólipo, que pode vir a se transformar em um tumor canceroso. O tumor pode bloquear a passagem das fezes ou fazer com que surja sangue nas fezes. Este tipo de câncer se toma mais perigoso, entretanto, quando se espalha para outras partes do corpo (metásteses).

O câncer de intestino é causado pelo rápido crescimento das células, normalmente no revestimento do cólon.

Na imagem ao lado, as células cancerosas, ou pólipos, aparecem em rosa. Elas estão se transformando em tumor, que se espalha sobre a parede do cólon, em marrom.

A cada ano, são identificados quase um milhão de novos casos de câncer de intestino no mundo inteiro. No Reino Unido, a doença ceifa 16 mil vidas/ano; nos Estados Unidos, são 50 mil.

O exame de colonoscopia, que é indicado pelos médicos (especialistas em gastroenterologia, deve ser realizado em pessoas com mais de 50 anos, quando pode reduzir estes números. E mais, se detectado precocemente, aumenta em 80% a taxa de sobrevivência à doença.

Dos vários estudos científicos fica a certeza de que diversos processos podem dar o pontapé inicial no câncer de cólon e; as fibras, de alguma maneira, o retardam ou previnem. É possível que uma substância química chamada butirato faça a diferença. Sabe-se que esta substância possui propriedades anticancerígenas e que é produzida durante a fermentação das fibras solúveis no cólon.

Obviamente, os efeitos anticancerígenos associados a uma alimentação rica em frutas e hortaliças, também ricas em antioxidantes e outras substâncias nutracêuticas, comprovadamente reduzem várias ameaças à saúde humana.

Assista: Vídeo - A saúde depende do estado do intestino

Leia também: O que são PREBIÓTICOS?
O que são PROBIÓTICOS?
Teste científico: as fibras regulam o trânsito intestinal?

Texto extraído e adaptado por Conceição Trucom do livro A verdade sobre a comida - Jill Fullerton-Smith - editora Intrínseca

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Fabinho Costa - Performance (2007)


"Performance" é o primeiro trabalho solo e independente desse competente trompetista recifense, que com muita sofisticação e simplicidade, vem conquistando espaço no cenário de música instrumental do Brasil e do mundo.
Fabinho Costa já tocou e gravou com grandes músicos brasileiros e internacionais, tais como Sivuca, João Donato, Paulo Moura, Di Stéffano, Kenny Brown, Andrew Scott Potter entre outros, é já participou de inúmeros festivais, com destaque para o Montreux Jazz Festival de 2007 na Suíça.
Com esse delicioso álbum, que vai do jazz-funk ao blues, sem perder a brasilidade, ele se coloca de vez entre os melhores trompetistas do país. Dono de um talento nato, e com um toque muito refinado, cheio de suingue, esse jovem e promissor trompetista não poderia ter uma estreia melhor, e com uma banda de primeira, com direito a participações especiais do grande baixista Arthur Maia e do Maestro Edson Rodrigues no Sax Alto.
Fabinho abre o disco com um trompete nervoso e técnico, depois cai num jazz-funk gostoso, e tudo isso apenas na primeira faixa do disco, "Funk Davis", numa clara homenagem ao grande Miles Davis. Destaque também para a lírica "Vida Maria", e para as sensacionais "Spião", com o baixão de Arthur Maia arrepiando, e "Mister Tony" com o sax de Edson Rodrigues.

Confira: http://rapidshare.com/files/221309280/Performance.rar
Site Oficial: http://www.fabinhocosta.com.br/

Os neoescravocratas





Osvaldo Russo - Correio da Cidadania

Segundo artigo disponibilizado no site da União da Indústria de Cana-de-açúcar (ÚNICA), "o maior grau de informalidade no mercado de trabalho temporário agrícola torna mais fácil que os fiscais do trabalho encontrem situações que, muitas vezes, são completamente exageradas em seu significado e rapidamente enquadradas como ‘trabalho escravo’ ou ‘condições análogas ao trabalho escravo’", e que "o agricultor brasileiro tem estado muito sujeito à acusação de prática de ‘trabalho escravo’, o que se tornou mais frequente a partir de 2003, quando se intensificaram as fiscalizações trabalhistas na agricultura, especialmente nas Regiões Norte e Centro-Oeste".

Em pleno século 21, é espantoso achar normal o trabalho escravo ou análogo e que, no seu combate, o governo exorbita de suas funções, o Ministério Público excede de suas prerrogativas e o Judiciário promove uma justiça de classe com sinal trocado no tempo, como se todos combinassem uma perseguição institucional conjunta aos "coitadinhos" dos fazendeiros que fazem o "favor" de "empregar" trabalhadores rurais "desocupados".

As denúncias sobre casos de trabalho escravo contemporâneo atingem um recorde histórico no Brasil, de acordo com o relatório "Conflitos no Campo Brasil 2008", elaborado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), que registra 280 ocorrências no ano passado. Ao todo, os casos relatados pela CPT envolveram sete mil trabalhadores, 86 deles crianças e adolescentes, tendo havido 5,2 mil libertações.

O estado do Pará continua apresentando o maior número de denúncias (106). Em segundo lugar está o Mato Grosso (33), seguido de perto pelo Maranhão (27). A maioria dos casos denunciados está vinculada à pecuária (134). Em segundo lugar aparece o ramo de carvão (47). Houve ainda sete casos compilados que uniram trabalho escravo e desmatamento - seis deles foram fiscalizados, com 83 trabalhadores libertados. Em 2008, a Amazônia Legal teve 68% dos registros de trabalho escravo, 48% dos trabalhadores envolvidos e 32% das pessoas resgatadas.

O recorde observado nas denúncias foi acompanhado da intensificação da ação fiscalizadora do governo Lula, que declarou a erradicação e a repressão ao trabalho escravo contemporâneo como prioridades do Estado brasileiro, estabelecendo estratégias de atuação operacional integrada em relação às ações preventivas e repressivas dos órgãos do Executivo, do Judiciário, do Ministério Público e da sociedade civil. O Plano também prevê a aprovação da PEC que altera o art. 243 da Constituição Federal, dispondo sobre a expropriação de terras – sem indenização - onde forem encontrados trabalhadores submetidos a condições análogas à escravidão e que, em muitas situações, tentam fugir da fazenda e são impedidos pelo fazendeiro.

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, de 1995 a 2002, a Fiscalização do Trabalho do ministério realizou 177 operações em 816 fazendas, lavrando-se 6.085 autos de infração. Já no período de 2003 a 2008, foram realizadas 607 operações, envolvendo 1.369 fazendas fiscalizadas, onde foram lavrados 16.981 autos de infração, o que significa um incremento anual de 272,1% em relação ao período anterior.

O artigo citado, na contramão disso, tenta explicar ideologicamente o injustificável, chegando a afirmar que "o principal objetivo desse trabalhador em eventual fuga da fazenda e posterior retorno trazendo a fiscalização trabalhista não seria apenas evitar o pagamento da dívida contraída com o empreiteiro, mas, talvez muito mais importante, receber a ‘multa’ de vários milhares de reais, comumente imposta pelo fiscal ao agricultor e em favor do trabalhador, sob a acusação de prática de ‘trabalho escravo’ por parte do fazendeiro. Além disso, os trabalhadores ‘libertados’ passam a receber seguro desemprego, sendo possível que, depois, passem a receber também Bolsa Família".

Após mais de século da assinatura da Lei Áurea, o Brasil ainda convive com as marcas deixadas pelo regime colonial-escravista e por disparates escritos por seus neoideólogos. Conforme apresentação do Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, de 2003, assinada pelos então ministros Nilmário Miranda (Direitos Humanos) e Jacques Wagner (Trabalho e Emprego), "a escravidão contemporânea manifesta-se na clandestinidade e é marcada pelo autoritarismo, corrupção, segregação social, racismo, clientelismo e desrespeito aos direitos humanos".

Osvaldo Russo é estatístico e coordenador do Núcleo Agrário Nacional do PT.


Filme de historia...

A Caminho de Kandahar

Nafas (Niloufar Pazira) é uma jovem afegã que fugiu de seu país em meio à guerra civil dos Talibãs e hoje trabalha como jornalista no Canadá. Até que sua irmã mais nova, que ficou no Afeganistão, lhe envia uma carta avisando que irá se suicidar antes da chegada do próximo eclipse solar. Nafas resolve então retornar ao Afeganistão a fim de tentar salvar sua irmã.

Este é o enredo resumido de A Caminho de Kandaha ("Safar É Gandehar"), filme iraniano de 2001. Mas a história de Nafas representa muito mais. o filme de Mohsen Makhmalbaf (de Moment of Innocence, The Silence e Testing Democracy) dá uma idéia do que ocorre no momento no Afeganistão. A guerra atual, dos Estados Unidos contra o terrorismo do Taleban, provocou ainda mais danos num país já destruído.A Caminho de Kandahar mostra um momento anterior, mas a devastação já é total no Afeganistão. Não há comida, escolas, saúde, liberdade.

O filme termina em aberto. O espectador não fica sabendo se Nafas conseguiu ou não entrar em Kandahar ou se evitou o suicídio da irmã. Mas fica sabendo muito mais sobre as mentes perturbadas dos talibãs e da fúria insana que domina todos aqueles que participam de uma guerra.

Ganhou o Prêmio do Júri, no Festival de Cannes.

Crítica:


Celso Sabadin

Não parece um filme feito no planeta Terra. A Caminho de Kandahar remonta à alguma cena perdida de Guerra nas Estrelas, como se fosse ambientado num daqueles mundos desérticos imaginados por George Lucas. A paisagem é extremamente árida e os seres, cobertos dos pés à cabeça, sequer parecem humanos.

Porém, A Caminho de Kandahar é, sim, tristemente humano. Conta a história de Nafas (Niloufar Pazira), uma jornalista afegã que mora no Canadá, que se vê obrigada a tentar retornar à sua terra. Motivo: sua irmã está disposta a cometer suicídio durante o último eclipse do século 20. Nafas tem poucos dias para cruzar a fronteira Irã/Afeganistão e chegar até Kandahar, onde mora a aflita irmã. A jornada é de terror. O país está devastado pela miséria e uma simples boneca de pano pode trazer a morte escondida sob a forma de minas explosivas.

Este verdadeiro road-movie fundamentalista recebe a direção sempre crua, minimalista e eficiente do iraniano Mohsen Makhmalbaf, o mesmo de Gabbeh e O Silêncio. E o próprio tema do filme não poderia ser mais árido. Numa linguagem que mistura documentário com ficção, Makhmalbaf expõe a ignorância pseudamente religiosa de todo um povo, a opressão das mulheres que não podem ser vistas pelos homens nem durante uma consulta médica, a educação radical das crianças, enfim, todo um país mergulhado no mais profundo obscurantismo. Uma cena, porém, é especialmente marcante: um grupo de mutilados corre em direção a um helicóptero que joga pequenos volumes atados a pára-quedas. O espectador demora alguns segundo para perceber o conteúdo da encomenda. São dezenas de próteses de pernas que a Cruz Vermelha despeja para as vítimas das minas. Uma cena real e impressionante.

Baseado em caso verídico, A Caminho de Kandahar certamente não seria um filme tão comentado não fosse pela notoriedade que o Afeganistão ganhou após os atentados de 11 de setembro. Estreando em momento propício, ele é uma denúncia que chama a atenção de todos os que se interessem por este momento tão delicado que o mundo inteiro vive.

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Créditos: CafeHistoria