domingo, 6 de setembro de 2009

Pela paz, dizem as FARC...

As FARC dirigem-se aos colombianos pela Paz
Alfonso Cano

Há já algum tempo que a FARC-EP e o movimento Colombianos e Colombianas pela Paz, movimento integrado por outros democratas de várias tendências, dialogam publicamente sobre o conflito entre as duas forças beligerantes principais da Colômbia: o Exército regular e as FARC-EP.

A carta aberta do Secretariado do Estado-Maior Central das FARC-EP que hoje publicamos é mais um documento de ajuda a uma melhor compreensão da situação da Colômbia.(www.odiario.info)


Secretariado do Estado-Maior Central das FARC-EP

Compatriotas:

A partir da chegada de Álvaro Uribe Vélez ao governo, surgiu na Colômbia uma NOVA DIREITA, neoliberal e antidemocrática que pretende perpetuar-se no poder, se apresenta sem máscara e esgrime abertamente os seus objectivos de governar para os mais ricos sem esconder as suas intenções antipopulares de desmontar uma a uma todas as conquistas sociais alcançadas pela classe operária e pelos trabalhadores ao longo de históricas jornadas de luta.

Esta nova direita, ultra, que não vacila em recorrer a métodos de gangsters, está representada pelo uribismo e pelas suas diversas facções em competição pela disputa de qual a mais reaccionária, mas todas elas identificadas com o pensamento retrógrado do presidente Álvaro Uribe e do governo exclusivamente a favor da elite do capital financeiro, do novo gamonalismo [caciquismo – N.T.] castrense e paramilitar, dos grandes proprietários, do sector monopolista da produção e do capital estrangeiro, outorgando-lhes toda a espécie de benefícios e favores, à custa de cortar e afectar os direitos e interesses dos trabalhadores, de consolidar a contra-reforma agrária conseguida a sangue e fogo pelo paramilitarismo estatal e mafioso, à custa de centenas de massacres e da deslocação forçada de cerca de 4 milhões de camponeses pobres, de legalizar os dinheiros da mafia e de implantar na Colômbia um regime autoritário perdurável e de cariz fascista.

A presença desta nova direita intolerante e mafiosa alterou o mapa político do país e ameaça o futuro democrático da nação.

As características principais desta nova direita são as seguintes:
- Monopólio mediático manipulador da informação, desmedido militarismo e afã em tornar a Colômbia um Estado policial que registe detalhada e minuciosamente a vida privada dos colombianos, incluindo juízes e magistrados.

- Política neoliberal anti-social e profundamente anti-popular e menosprezo pelas reivindicações e necessidades da gente humilde, baseada na mesma concepção exposta por Mussolini nas suas perorações fascistas: “O povo não precisa de manteiga, mas sim de canhões”.

- Claudicação e rendição sistemática perante os interesses do Império, patente no total alinhamento com os actos de política externa agressiva dos Estados Unidos e na ânsia em desempenhar na América o papel que Israel, como estado terrorista, desempenha na geopolítica do Médio Oriente.

- Desconhecimento dos mais elementares direitos dos opositores, a quem qualifica de “terroristas” ou aliados dos ”terroristas”, uma vez que segundo os serviços de informação oficiais, todos os movimentos sociais estariam infiltrados pela guerrilha.

- Comprovada aliança com os paramilitares e com a mafia a todos os níveis, desconhecimento metódico das regras do jogo e da Constituição que jurou defender, chantagem às Cortes e ao Congresso, utilização do serviço diplomático para pagar favores políticos e proteger delinquentes e paramilitares amigos, assim como marcado autoritarismo, junto com pretensões messiãnicas, vingativas, personalistas e de abuso de poder, são ainda outras características suas.

Não é segredo para ninguém que a democracia “à colombiana” sempre foi mais “restrita” e oligárquica, devido ao presidencialismo rígido e ao bipartidismo exclusivo que ainda a caracterizam.

Nunca houve aqui democracia real, mas antes um arremedo em que foi decisiva a utilização da guerra suja e o peso político da vontade do governo, sendo isto o que em boa parte impediu que tenham aparecido e se tenham consolidado forças políticas alternativas de massas e uma oposição.

Sempre tivemos um regime presidencial que ao longo de todo o séc. XX veio arrastando as suas grilhetas, mas agora a novidade é que parece ter alcançado a sua plenitude e perfeição despóticas neste reinado militarista de Álvaro Uribe que nos querem impor.

Não é um simples acaso que com Uribe tenha chegado à presidência da República a Opus Dei, o sector mais reaccionário da Igreja.

Ninguém poderá desvirtuar a nossa afirmação de que Álvaro Uribe, um especialista em falácias, converteu a presidência da República em catapulta para os seus objectivos pessoais de reeleição. Todos os actos que realiza como mandatário ou que não executa têm o marcado e específico propósito de conquistar votos e de se fazer reeleger.

Este governo converteu o seu mandato num descarado directório político da sua campanha de reeleição e avança para reimplantar no Congresso uma lei de imunidade que assegure a impunidade para ele e todos os seus comparsas.

Sem sequer esperar pela aprovação da lei que permita a sua segunda reeleição, vêmo-lo lançado em campanha por um terceiro mandato, recorrendo a métodos mafiosos de espionagem política dos opositores e utilizando todos os recursos estatais de que dispõe. Não há qualquer dúvida, nas próximas eleições presidenciais, o Estado vai fazer de Grande eleitor.

Junto com isto, é evidente que existe a pretensão e o projecto de formar um partido da ultra direita, já não como a união de diversos retalhos ideológicos, mas antes como uma compacta organização neoliberal na economia, ultramontana na ideologia e antidemocrática na política e no social, como instrumento político da ditadura em amadurecimento.

O projecto do Novo Estado de Uribe pretende estabelecer um tipo de legalidade diferente da antiga legalidade que tem existido e na prática outorgar ao Presidente um novo poder: o de se auto-eleger.

Já se reelegeu uma vez através de métodos ilegítimos. O que pretende agora é poder fazê-lo sempre.

O princípio dos três ramos do poder público com distintas funções e competências pretende ser substituído pelo princípio autoritário da concentração no Executivo do controle de todas as funções estatais.

As contínuas arremetidas contra os Tribunais superiores indicam que existe o objectivo de ter uma Justiça dócil e submetida à vontade do Executivo.

Não esqueçamos que no referendo recusado pelo povo no primeiro governo de Uribe se incluía a eliminação do Tribunal Constitucional e se sugeria uma justiça militar com jurisdição para julgar civis através do Estatuto Anti-terrorista, o qual, apesar de derrogado pela Tribunal Constitucional, se aplica diariamente na Colômbia nas chamadas zonas de ordem pública, onde se realizam domicializações, se desenrolam razias contra a população civil e se recorre ao racionamento de alimentos e medicamentos indispensáveis de modo arbitrário e abertamente anticonstitucional.

Que norma constitucional autoriza o exército a racionar a compra de alimentos e a colocar autocolantes convidando à deserção em todas e cada uma das facturas de remessa das compras dos camponeses, como se todos fossem guerrilheiros?

A pretexto de uma pretensa Segurança Nacional, vão desaparecendo as seculares e já reduzidas liberdades individuais, do mesmo modo que os direitos sociais e até os ecológicos vão desaparecendo, emergindo em seu lugar a razão de Estado, o Estado da «Segurança Democrática». A tendência é para substituir a velha democracia liberal por uma nova democracia autoritária encabeçada por um déspota autoritário: Álvaro Uribe.

Para a sua primeira reeleição e com o cinismo de um sofista, Uribe iludiu milhões de eleitores com a história de que através da sua política de Segurança Nacional a derrota da guerrilha estava ao virar da esquina e até lhe pôs um prazo: 18 meses, depois dos quais a Colômbia seria uma Arcádia de Paz.

Quando os factos mostraram o contrário, pediu mais sacrifícios e um novo mandato, porque segundo ele e os seus acólitos a vitória estava ao virar da esquina e estávamos no «final do final», só precisava de um novo mandato de outros 4 anos para que a Colômbia passasse a ser a «Cidade do Sol».

Agora diz que são precisos mais 4 anos porque «a cobra está viva», e quando a resistência os golpeia os generais garantem que são os «últimos estertores» do terrorismo. Com estultícias como estas, escondem o fracasso da sua política de segurança e assim, de mentira em mentira, vamos fazer 8 anos de um mandato nefasto durante o qual aconteceu de tudo.

No decurso destes anos, o país soube que os escritórios dos serviços de informações do Estado (DAS) foram entregues aos paramilitares. Foi ali que foram feitas listas de sindicalistas, de universitários e de activistas sociais que os sicários deviam assassinar e que efectivamente foram assassinados, chegando a alcançar o triste recorde de ser a Colômbia o país onde mais sindicalistas são assassinados.

Truculências, subornos e intriga para se fazer reeleger, massacres e crimes de lesa humanidade disfarçados de «falsos positivos», espionagem política sistemática a magistrados, líderes da oposição, cívicos e sindicais, a juízes, jornalistas e gente comum, que procurou disfarçar, despojamento violento de 6 milhões de hectares de terras a milhões de camponeses através do terror paramilitar e deslocamento forçado que disfarçou de «migração voluntária» e, como em vez de paz o que temos é mais miséria e mais terror oficial, diz agora que «a cobra continua viva» e que precisa outros 4 anos para consolidar o seu regime policial, militarizar cada vez mais o país e perpetuar a sua ditadura.

A Colômbia governada por Uribe é o único país do mundo onde se verifica que 85 deputados oficiais são para-militares e não acontece nada. Reduzem simplesmente o problema a uns processos penais que culminam com penas benignas sem consequências políticas de maior.

Só uma questão não deixa dormir Uribe e a casta dirigente que é a de que, com todos esses congressistas metidos na cadeia, o governo corre o risco de perder as maiorias. Por isso sai aflito a pedir que votem nos seus projectos antes que os metam na prisão. Tamanha imoralidade nunca se viu. Claro que Uribe pretende prolongar o seu mandato, não até 2014, mas até ao ano de 2019!

Para compreender tão louca proposta, há que conhecer os meandros do seu carácter e também o seu ultramontano fanatismo orientado pelo Opus Dei e penetrar a sua enviezada personalidade, alimentada por ódios viscerais e um egoísmo messiânico.

É necessário desmascarar o engano: por detrás da luta contra o chamado «terrorismo», encontra-se escondido o objectivo de montar uma democracia autoritária fechada, à maneira de Fujimori, e a «guerra total contra o terrorismo» não é mais que o caminho para a sua realização. É essa a «prenda» do projecto político do uribismo.

Há muitos, alguns a partir de posições revolucionárias e certamente com sinceridade, que pensam que, se não fosse devido à existência da guerrilha, a Colômbia estaria percorrendo um caminho atapetado rumo à mais «profunda» democracia. Não os desqualificamos, mas convidamo-los a reflectir:

Será esta conclusão objectiva e tirada do estudo da nossa história política?

Não será isso desconhecer o modus operandi da oligarquia colombiana através de toda a vida da República?

Pensam por acaso que a guerrilha na Colômbia surgiu por geração espontânea?

Não conhecemos nós e o povo colombiano os promotores da política de sangue e fogo com que foi inaugurada a violência de onde ainda não saímos e que foi a causa da origem da guerrilha?

Não está demonstrado até à saciedade que o paramilitarismo é uma estratégia da oligarquia para desenvolver a guerra suja contra o povo e esconder a sua mão criminosa?

Ou será que vamos acreditar na história da carochinha do «sociólogo» Álvaro Uribe de que aquí não há conflito armado, mas agressão de uns terroristas contra a «democracia profunda» que ele dirige, dizendo que os revolucionários já não defendem ideais, sendo antes narcotraficantes?

A Colômbia precisa encontrar os caminhos que conduzam ao fim desta guerra entre irmãos, caminhos de reconciliação que nos levem a Acordos de Paz.

Os membros das FARC-EP têm lutado e continuarão a fazê-lo com denodo, com entrega e sacrifício, para alcançar acordos que ajudem a construir uma pátria em que caibamos todos. Jamais proclamámos o princípio da guerra total, nem da guerra pela guerra, já que os nossos objectivos são os de conseguir mudanças profundas na estrutura social da Colômbia que tenham em conta os interesses das maiorias nacionais e dos sectores populares e desmontar um regime político criminoso, oligárquico, vergonhoso, corrupto, exclusivista e injusto, conforme se encontra consignado na nossa Plataforma Bolivariana pela Nova Colômbia.

Com toda a sinceridade que corresponde ao nosso compromisso pela mudança social e com a lealdade que devemos ao nosso povo, garantimos a todos os que querem claudicar que não vamos desistir depois de mais de 40 anos de luta, nem aceitar uma falsa paz de «gato pardo» em que a minoria oligárquica continua açambarcando todas as riquezas, enquanto as grandes maiorias nacionais ficam esmagadas pelo peso da pobreza, pelo terror militarista, pela miséria e pela degradação moral de uma classe dirigente corrupta até ao tutano.

Não atraiçoaremos os sonhos de justiça da Colômbia que clama pela paz com justiça social, nem a memória dos milhares de mortos, nem as vítimas das inumeráveis tragédias provocadas por esta cruel guerra declarada pela oligarquia contra o povo desde há mais de 50 anos. Não temos alma de oportunistas, nem de conciliadores.

O próximo acordo de paz que for alcançado na Colômbia não pode ser como o que foi assinado em São Domingos, que é o melhor exemplo de como não se chega à paz.

Democracia ou autoritarismo?

Uma paz entendida apenas como mera reconciliação dos espíritos, não só é uma fantasia irresponsável e um crime, como é um retrocesso histórico nos anseios do povo colombiano para alcançar a justiça social.

Dentro desse contexto, é pertinente debater o papel das organizações democráticas na solução do conflito social e em eventuais conversações de paz para impedir o enganoso sofisma de que apenas as organizações dos ricos representam a «sociedade civil» e de que a classe operária é representada por Angelino Garzón.

Apelamos a todos os patriotas e democratas da Colômbia para discutirem estes temas, para impedirem o estabelecimento perpétuo de uma ditadura ou governo totalitário e despótico.

Convidamo-vos a trabalhar por um Grande Acordo Nacional de Paz, para construir uma alternativa política que privilegie a paz, convoque o diálogo, ponha em campo uma trégua bilateral e proceda à suspensão imediata da presença de tropas estado-unidenses no nosso território e que, uma vez alcançados os acordos com o protagonismo das organizações sociais e políticas, convoque uma Assembleia Nacional Constituinte para referendar o acordado.

Impeçamos entre todos que na Colômbia o povo perca todas as conquistas alcançadas através das suas justas lutas e que a guerra seja o modus vivendi da nossa sociedade apenas por causa da intransigência oligárquica em impedir a todo o custo que na Colômbia haja mudanças estruturais que beneficiem as maiorias nacionais e em perpetuar um regime político que todos sabemos injusto, imoral e antidemocrático.

Montanhas da Colômbia, Julho de 2009

Esta carta foi divulgada pela agência noticiosa ANNCOL

Tradução: Jorge Vasconcelos

Protesto à la direita.....

Por que chove em SP: o megaprotesto de 15 pessoas contra Chávez

São Paulo fez sua parte na onda de protestos contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez, realizados nesta sexta-feira (4), em cidades latino-americanas, estadunidenses e europeias. Na terra da garoa e do Movimento Cansei, a manifestação antichavista reuniu 15 aguerridas pessoas na Avenida Paulista.

Por André Cintra

É bem verdade que, no mesmo horário, o 15º Grito dos Excluídos reunia, em Porto Alegre, um público cem vezes maior. Mobilizaram-se na capital gaúcha cerca de 1.500 manifestantes, em defesa da valorização da vida, do direito à luta e contra a corrupção generalizada do governo Yeda Crusius (PSDB-RS). Mas não é o caso de fazer comparação.

Quem teve a sorte de ler O Estado de S. Paulo neste sábado (5) já sabe que o ato anti-Chávez atingiu o ápice possível — não tinha condições de ser maior. Afinal, chovia em São Paulo no momento da manifestação. Não era exatamente uma tormenta ou um dilúvio, mas, sim, uma intolerável chuvinha fina — o suficiente para inviabilizar um evento mais massivo.

Como não choveu, por exemplo, em Madri e Barcelona, cada uma dessas metrópoles teve um público ainda maior — cerca de cem pessoas. Os maiores protestos ficaram com a Colômbia, onde o correspondente da BBC Mundo, Hernando Salazar, registrou: os manifestantes “eram, em sua maioria, pessoas da classe média e alta do país”. Como é bom ter uma elite progressista!

Dois presidentes latino-americanos acima de qualquer suspeita reagiram à altura e apoiaram as manifestações. Foi o caso do colombiano Álvaro Uribe (símbolo maior de lealdade e disciplina durante a era Bush) e do hondurenho Roberto Michelleti (grande adepto da legalidade institucional). No Brasil, nem o presidente Lula foi às falas nem o a natureza colaborou.

Que pena que os céus castigaram São Paulo num dia histórico, em que os meios geopolíticos estremeceram e ruas de todo o planeta se encheram de esperança. O texto da repórter Renata Miranda, do Estadão, detalha tudo: “Em São Paulo, a chuva fina que caiu durante a tarde na Avenida Paulista espantou os manifestantes que protestavam contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Por volta das 13h30, quando a reportagem do Estado passou pelo local do protesto, apenas 15 manifestantes estavam reunidos no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp)”.

A repórter também ressalva que “a maioria dos presentes era composta de mulheres estrangeiras”. Leia-se que os brasileiros, lamentavelmente insensíveis aos apelos de jovens playboys colombianos e venezuelanos, não atenderam à convocação “feita por redes sociais, como o Facebook e o Twitter”.

É possível que uma convocatória convencional tivesse agregado mais pessoas à multidão da Avenida Paulista. No primeiro capítulo de suas Memórias Póstumas, Brás Cubas lembra que apenas 11 pessoas — “Onze amigos!” — o enterraram. E se justifica: “Verdade é que não houve cartas nem anúncios”. Ou talvez a forma de convocação seja mesmo irrelevante. “Acresce que chovia — peneirava uma chuvinha miúda, triste e constante”, registra o “defunto autor” criado por Machado de Assis.

Ah, a chuva de novo. Um “bom e fiel amigo”, a quem Brás Cubas deixara 20 apólices, não pensou duas vezes: “Vós, que o conhecestes, meus senhores vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado."

Sobre o megaprotesto de 15 combativos democratas contra Chávez, só faltou ao Estadão dizer que os céus de São Paulo choraram em solidariedade aos manifestantes. Nada como uma matéria jornalística realmente precisa e confiável, sem ironias.

Está em www.vermelho.org.br

sábado, 5 de setembro de 2009

Isso se chama "demo-cracia"....

Vinte bases militares dos EUA para cercar a Venezuela

por Manuel Alexis Rodríguez
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Um total de 13 (treze) bases militares estadunidenses, localizadas estrategicamente em países aliados de Washington, cercam atualmente a Venezuela. Com o acordo em matéria de "cooperação e assistência técnica em defesa e segurança", que a Colômbia assinará com os EUA nas próximas semanas e permitirá à tropa estadunidense utilizar sete novas bases militares naquele país, este número será aumentado para 20 (vinte).
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Os Estados Unidos cercaram militarmente a Venezuela. A Norte – o Mar Caribe – tem bases em Cuba, Porto Rico, Aruba e Curaçao. A Noroeste – América Central – tem bases em El Salvador, Honduras e Costa Rica, além da Escola das Américas no Panamá.
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A Oeste tem três bases aliadas na Colômbia – Arauca, Larandia e Três Esquinas – e dentro em breve serão dez instalações militares. A Sul, os EUA manejam duas instalações no Peru e outra no Paraguai.
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O único motivo pelo qual os Estados Unidos não construíram bases militares a Leste da Venezuela é porque desse lado o país limita-se praticamente só com o Oceano Atlântico.
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América Central
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Na República de El Salvador encontra-se a Base Militar Comalapa, um posto de Operações Avançadas (FOL, na sigla em inglês) utilizado para a monitoragem por satélite da região e para apoio a outras bases. O seu pessoal tem acesso a portos, espaço aéreo e instalações governamentais.
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Na República de Honduras está a Base Soto Cano, em Palmerola. É utilizada para práticas de radar e como estação, proporcionar apoio para treino e missões em helicóptero que controlam os céus e as águas região, cruciais em operações militares. Ali se gerou o golpe de Estado contra o presidente constitucional Manuel Zelaya.
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Na Costa Rica possui a Base Militar Libéria que, como se localiza na parte continental da América Central, funciona como centro de operações durante negociações preliminares e confidenciais.
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Quanto ao Panamá, ainda que não possua nenhuma base militar, funciona ali a Escola das Américas, atualmente denominada "Instituto de Cooperação para a Segurança Hemisférica", onde são treinados os mercenários estadunidenses.
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América do Sul
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Na Colômbia, os norte-americanos contam com três bases militares. A primeira é a Base Militar de Arauca, concebida para "combater" o narcotráfico naquele país mas utilizada realmente como ponto estratégico para o controle da zona petrolífera, especialmente a da Venezuela.
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Outra instalação é a Base Militar de Larandia, que serve como base de helicópteros dos EUA. Possui uma pista de aterragem para bombardeiros B-51, uma capacidade operativa que ultrapassa o território colombiano e permite uma cobertura para ataques a quase todo o Sul do continente.
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A terceira base na Colômbia é a Base Militar Três Esquinas, que serve para operações terrestres, heli-táticas e fluviais, além de se haver convertido num ponto estratégico para ataques contra a guerrilha. Esta instalação é receptora permanente de armamento, logística e serve para o treino de tropas de combate.
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A República do Peru tem duas bases militares estadunidenses no seu território: Iquitos e Nanay. O governo diz que estas bases pertencem às forças armadas peruanas, mas foram construídas e são utilizadas por soldados estadunidenses que operam na zona fluvial Nanay, na Amazônia peruana.
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Na República do Paraguai encontra-se a Base Marechal Estigarribia, desde Maio de 2005 quando o governo dos EUA firmou um tratado com a administração paraguaia junto à cidade de Marechal Estigarribia, província de Boquerón, no chamado Chaco Paraguaio.
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O Caribe
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A principal e também a mais antiga é a Base Naval de Guantánamo, localizada próximo a Santiago de Cuba, a segunda cidade mais importante do país. Foi construída em 1903 e abrange uma área de 117,6 quilômetros quadrados, entre terra firme, mar, água e pântano, ainda que delimite uma linha costeira de 17,5 km.
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Em Porto Rico, estado associado aos EUA, localiza-se a Base de Vieques, uma ilha adjacente de 35 km de comprimento. A base ocupa 70% do território da ilha. Anteriormente operava ali o Comando Sul, agora localizado em Miami. Vieques é agora utilizada para operações especiais e como quartel regional do exército, da marinha e das forças especiais.
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Além disso, há outras duas instalações dos EUA: a Base Militar Rainha Beatriz em Aruba e a Base Militar Hatos em Curaçao. São utilizadas para a monitoragem por satélite e como apoio para o controle de vigilância no Mar Caribe.
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Mais sete bases
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A decisão do Pentágono, o Ministério da Guerra dos Estados Unidos, de instalar novas bases em solo colombiano surgiu no mesmo momento em que o presidente do Equador, Rafael Correa, ordenou a expulsão e desocupação da Base Militar e Aeronaval de Manta.
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Esta instalação era o principal centro de espionagem eletrônica do Pentágono na América do Sul, através de satélites. Era utilizada como plataforma logística de inteligência militar para executar as operações que se coordenam a partir do Comando Sul.
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A nova administração Obama considerou que a prioridade era procurar outra localidade que tivesse as mesmas características de Manta, para assim poder manter a cobertura aérea da região.
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O Ministério da Defesa colombiano enumera as bases:
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- as aéreas serão Malambo, no departamento Atlântico; Palanquero, em Cundinamarca e Apiay, no Meta;
- as do exército serão Tolemaida, em Cundinamarca e Larandia, em Caquetá;
- as navais serão as de Cartagena e Baía Málaga, no departamento de Valle del Cauca.
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Do mesmo modo, os Estados Unidos têm pretensões a instalar no futuro quatro bases adicionais: uma em Alcântara, no Brasil; outra na zona de Chapare, na Bolívia, uma mais em Tolhin, na província da Terra do Fogo, na Argentina; e a última na zona conhecida como a tríplice fronteira, localizada na fronteira do Brasil, Argentina e Paraguai.
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Alegam os Estados Unidos que todas estas bases militares são centros de operações tácticas destinados a apoiar o que eles chamam de "segurança hemisférica", expressão relacionada com a velha Doutrina de Segurança Nacional de primeiro isolar e a seguir acabar com qualquer governo oposto aos interesses de Washington e do Pentágono. Como, por exemplo, o Governo Bolivariano da Venezuela.
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O original encontra-se em abn
Publicado em resistir.info

MST e as ações criminosas da revista Veja


Por Altamiro Borges

Os editores da revista Veja são de um cinismo depravado. Na edição desta semana, este panfleto da direita colonizada estampou mais uma capa com ataques ao MST. A manchete provocadora: “Abrimos o cofre do M$T”. A foto montagem: um boné da organização com dólares e reais. A chamada: “Como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra desvia dinheiro público e verbas estrangeiras para cometer seus crimes”. Na “reporcagem” interna, nenhuma entrevista com lideranças dos sem-terra e nenhuma visita às escolas e assentamentos produtivos do MST.

Como arapongas ilegais, ela se jacta de que “teve acesso às movimentações bancárias de quatro entidades ligadas aos sem-terra. Elas revelam como o governo e organizações internacionais acabam financiando as atividades criminosas do movimento”. As quatro entidades – Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca), Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária (Concrab), Centro de Formação e Pesquisas Contestado (Cepatec) e Instituto Técnico de Estudos Agrários e Cooperativismo (Itac) – “receberam 43 milhões de reais em convênios com o governo entre 2003 e 2007”, resmunga a revista da Editora Abril, que sempre saqueou os cofres públicos.

Uma “reporcagem” interesseira

O novo ataque ao MST não é gratuito. Ele ocorre poucos dias após a jornada nacional de luta por mais verbas para a reforma agrária e pela atualização dos índices de produtividade, usados como parâmetros legais para a desapropriação de terras. Diante da sinalização do governo Lula de que atenderia as justas reivindicações, a revista Veja resolveu sair em defesa dos latifundiários e dos barões do agronegócio. Não há nenhuma investigação jornalística sobre as premiadas iniciativas educativas e sociais do MST. Apenas opiniões preconceituosas para criminalizar o movimento. Seu objetivo é asfixiar financeiramente o MST, fragilizando a heróica luta pela reforma agrária.

Daí a “reporcagem” esbravejar, num tom fascistóide, que “o MST é movido por dinheiro, muito dinheiro, captado basicamente dos cofres públicos e junto às entidades internacionais. Ao ocupar ministérios, invadir fazendas, patrocinar um confronto com a polícia, o MST o faz com dinheiro de impostos pagos pelos brasileiros e com o auxílio de estrangeiros que não deveriam se imiscuir em assuntos do país”. A matéria também serve de palanque para o tucano José Serra. “Aliados históricos do PT, os sem-terra encontraram no governo Lula uma fonte inesgotável de recursos para subsidiar suas atividades”. E ainda estimula intrigas. “O governo Lula agora experimenta o gosto da chantagem de uma organização bandida que cresceu sob seus auspícios”.

Resposta corajosa do MST

O MST já respondeu com altivez às provocações. “Não há nenhuma novidade na postura política e ideológica desses veículos, que fazem parte da classe dominante e defendem os interesses do capital financeiro, dos bancos, do agronegócio e do latifúndio, virando de costas para os problemas estruturais da sociedade e para as dificuldades do povo brasileiro. Desesperados, tentam requentar velhas teses de que o movimento vive à custa de dinheiro público. Aliás, esses ataques vêm justamente de empresas que vivem de propaganda e de recursos públicos ou que são suspeitas de benefícios em licitações do governo de São Paulo, como a Editora Abril”.

Quanto aos ataques, a nota é elucidativa. “Em relação às entidades que atuam nos assentamentos de reforma agrária, que são centenas trabalhando em todo o país, defendemos a legitimidade dos convênios com os governos federal e estaduais e acreditamos na lisura do trabalho realizado. Essas entidades estão devidamente habilitadas nos órgãos públicos, são fiscalizadas e, inclusive, sofrem perseguições políticas do TCU (Tribunal de Contas da União), controlado atualmente por filiados do PSDB e DEM. Elas desenvolvem projetos de assistência técnica, alfabetização de adultos, capacitação, educação e saúde em assentamentos rurais, que são um direito dos assentados e um dever do Estado, de acordo com a Constituição”.

Um negócio de 719 milhões de reais

Em mais este ataque colérico, a revista Veja prova que é imoral e cínica. Tudo que publica serve a objetivos políticos precisos, mas embalados na manipulação jornalística. De fato, muita coisa precisa ser investigada no país. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a mídia tornou-se uma urgência. No caso da Editora Abril, que condena o “auxílio de estrangeiros que se imiscuem em assuntos do país”, seria útil averiguar sua própria origem, quando o empresário estadunidense Victor Civita se mudou para São Paulo, em 1949, trazendo na bagagem um sinistro acordo com a Disney. Não é para menos que muitos o acusaram de “agente do império” e de servidor da CIA.

Quanto aos recursos públicos, seria necessário apurar as compras milionárias do governo tucano de José Serra das publicações da Abril. O Ministério Público Federal inclusive já abriu processo para investigar o caso suspeito. No embalo, poderia averiguar as recentes denúncias do jornalista Carlos Lopes, editor do jornal Hora do Povo. No artigo intitulado “O assalto do grupo Abril aos cofres públicos na venda de livros do MEC”, com base em dados do Portal da Transparência, ele mostra que “nos últimos cinco anos, o Ministério da Educação repassou ao grupo Abril a quantia de R$ 719.630.139,55 para compra de livros didáticos. Foi o maior repasse de recursos públicos destinados a livros didáticos dentre todos os grupos editoriais do país”.

A urgência da CPI da mídia

“Nenhum outro recebeu, nesse período, tanto dinheiro do MEC. Desde 2004, o grupo da Veja ficou com mais de um quinto dos recursos (22,45%) do MEC para compra de livros didáticos... O espantoso é que até 2004 o grupo Civita não atuava no setor de livros didáticos. Neste ano, o grupo adquiriu duas editoras – a Ática e a Scipione. Por que essa súbita decisão de passar a explorar os cofres públicos com uma inundação de livros didáticos? Evidentemente, porque existe muito dinheiro nos cofres públicos... O MEC, infelizmente, está adotando uma política de fornecer dinheiro público para que o Civita sustente o seu panfleto – a revista Veja”.

“Exatamente essa malta, cínica e pendurada no dinheiro público, acusa o MST de ter recebido, de 2003 a 2007, R$ 47 milhões em alguns convênios com o governo federal... Já o Civita recebeu só do MEC, entre 2004 e 2008, R$ 719 milhões, isto é, 17 vezes mais do que o MST – e não foi para trabalhar, mas para empurrar livros didáticos duvidosos, e a preço de ouro”, critica Carlos Lopes. Como se observa, uma CPI da mídia é urgente.

Privatização da educação não funciona...

Privatização fracassa na educação

do site Pátria Latina

César Fonseca
As estatísticas divulgadas pelo Ministério da Educação , nessa quinta feira, 03, demonstram o fracasso da privatização da educação no Brasil. A avaliação da qualidade dos cursos universitários em 149 amostras acompanhadas pelos técnicos do MEC concluiu que entre a nota mínima , 1, e a nota máxima, 5, a média está entre 2 e 3. Fracasso total da educação privatizada. A educação pública não está nada boa das pernas, por falta de recursos orçamentários, na era em que a prioridade constitucional é cumprir com o pagamento dos juros da dívida externa, mas a nota média dela está entre 3 e 4.
A educação, na era neoliberal, a partir dos anos de 1980, virou puro mercado financeiro. Arapuca especulativa. O empresário, nesse período, lança capital na circulação para comprar professores e instalações e joga propaganda para pegar alunos, cobrando caro. Com a renda, aplica nos títulos do governo – a taxa selic, na Era FHC, chegou a 49%! – , triplicando o faturamento. As escolas particulares, sob neoliberalismo, viraram grandes negócios, para investidores em alta escala.
A finalidade das empresas educacionais, salvo honrosas exceçõe, não é a educação, mas o lucro. Distorceu-se o objetivo, que é o de conferir educação de qualidade como finalidade número um. Algo semelhante ocorreu, igualmente, na política de comunicação governamental, em que a finalidade constituicional voltada para a educação e a cultura deu lugar à lucratividade como objetivo maior. Na onda especulativa, as empresas de educação triplicaram seus faturamentos. Empresários competentes criaram redes de educação, como rede de supermercados, de lojas de tintas, de material de construção etc, sinalizando crescente oligopólio.
O capital norte-americano sentiu o faro. Empresários ameicanos do setor educacional estão chegando com seus dólares em desvalorização crescente, para tentarem comprar redes de educação, como destacou, no Dia do Soldado, em solenidade na Câmara, parlamentar do PDT do Paraná, Wilson Picler. Empresário no setor educacional, confessou, da tribuna, que está insistentemente sendo assediado por investidores externos.
Ressaltou que o investidor que dispuser de 20 bilhões de dólares – muitos desse porte dispõem desse montante de recurso, frisou – disporá da cabeça da juventudade brasileira para fazer dela o que quiser, dominando 70% da oferta de ensino no país, onde comercializará conhecimento com alta lucratividade e baixa qualidade.
Ou seja, o objetivo é o lucro, em primeiro lugar, para ser multiplicado na especulação; em segundo lugar, ou terceiro, a educação.
Os números do MEC demonstram a gravidade do assunto qualidade educacional do país e demonstra que, embora as universidades públicas estejam sendo sucateadas, graças à carência, visto que pagar juro é prioridade absoluta, conforme determina o artigo 166, parágrafo terceiro, ítem II, letra b da Constituição, são elas que, ainda, apresentam os melhores resultados.
Talvez esse resultado positivo seja decorrente, justamente, das limitações das autoridades educacionais públicas de disporem do dinheiro transferido pelo governo com a filosofia do setor privado. Muitas universidades públicas tentaram e, ainda, tentam, criar organismos internos universitários, que se capitalizam por meio de instrumentos legais, relativamente, flexíveis, mas, como aconteceu com reitor da UnB, que desviou-se das finalidades, para atender suas vaidades, os riscos são grandes e o tombo desmoraliza geral.
A lógica estatal e a lógica privada
Seria essa a salvação da universidade pública, de estar livre das negociatas financeiras que dominaram o cenário da educação como negócio na era neoliberal neorepublicana governada pelo Consendo de Washington, depois da grande crise mon etária dos anos de 1980. Em 1979, o governo americana elevara os juros , a prime-rate, de 5% para 17% , em nome do combate à inflação. Havia excesso de dólares, eurodólares, nipodólares e petrodólares acumulados na praça global, desde o pós-segunda guerra mundial. O excesso de moeda americana e suas derivativas levaram à sua desvalorização. Imperialmente, o presidente do BC americano, Paul Volcker, puxou o cust do dinheiro. Os países ricos se arranjaram entre si. Já os pobres e esmolambados da América do Sul se lascaram. Tiveram , por disporem de elevadas dívidas em dólares, que entrar na UTI financeira do FMI, sob supervisão do Consenso de Wahington, para preservarem a poupança dos banqueiros internacionais, emprestadores para o Brasil e americanos do sul em geral, totalmente, falidos. Nesse período, avançou a privatização, sendo a da educação uma de maior destaque.
As notas do MEC demonstram, agora, que essa estratégia neoliberal, de conter os gastos públicos, para pagar juros, em prejuízo dos investimentos em educação, saúde, infra-estrutura etc, indutores da formação da consciência nacional, fracassou. O modelo educacional neoliberal, especulativo, cujo resultado são notas ruins de avaliação, que condenam o empreeendimento lucrativo em prejuízo do educativo, faliu.
A ação estatal , sob pressão social ente a se ampliar, consequentemente, em nome do interesse público contra os estragos contra o interesse da sociedade em forma de oferta insuficiente de educação em termos qualitativos.
O modelo econômico que vigorou durante a Nova República sucateou a qualidade da educação em nome da quantidade das escolas sem condições qualitativas, para funcionar, visto que sua finalidade deixou de ser a educação, para ser a especulação.
As redes de educação privada se reproduziram , nos anos de 1980, reproduzindo filosofia educacional alienante, quando a economia brasileira estava sob o domínio do FMI e da orientação ideológico-monetarista do Consenso de Washington, jogando na cabeça da sociedade que o Brasil não tinha condições de crescer mais do que 3% ao ano, A partir dessa limitação, tentar superá-la seria condenar-e à inflação eterna, contra a qual, claro, o Consenso de Washigton recomendava juros altos para segurar as pressões inflacionárias. Balela.
A orientação da economia política lulista de colocar em cena programas sociais para gerar consumo despertou o potencial do mercado interno. Mais consumo interno transformou-se na verdade que os conceitos externos ideologicamente construídos em laboratorio tentavam negar.
Nesse contexto, o sistema educacional não poderia estar a serviço do despertar da consciência nacional em termos de auto-estima, como representava a pregação democrática social de Paulo Freire, Anísio Teixeira, Darci Ribeiro, Cristovam Buarque etc.
Por isso, a cultura foi invadida pela liberação geral, enquanto as produções culturais e educacionais sofriam crescentes restrições orçamentárias em nome do aumento do superavit primário destinado a pagar em dia a conta de juros, bombada pelos juros mais altos do mundo, atrativos aos especuladores com a educação.
As produções educacionais e culturais em geral passaram a obedecer Washington, incultindo na cabeça do povo brasileiro o conceito de tolerância diante do destino construído matematicamente, sem perceber o que disse Hegel, de que a matemática é ciência que se realiza no exterior da realidade, não podendo, pois, determiná-la.
A educação neoliberal neorepublica brasileira nos anos de 1980 em diante cuidou da forma e não do conteúdo, para transformar os alunos em objetos e não em sujeitos, a fim de suportarem as agruras de uma oferta educacion al deficiente como preço a ser pago pelos juros altos.
Se o país, de acordo com a econometria do FMI e do Consenso de Wahington , só pode dispor de um PIB que cresce, apenas, 3%, porque se passar daí a inflação acelera, tal verdade somente pode ser disseminado por sociedade cujo sistema educacional cria acomodação e não conscientização.
A massa de recursos orçamentários, em vez de ir para um fundo de investimento educacional, foi para um fundo de riqueza bancária. Nas duas eras políticas, a Era FHC e a Era Lula, o orçamento público foi um pai para os bancos e um padrastro para os estudantes e pais preocupados com a educação de seus filhos em meio a uma economia adormecida por conceitos fictícios.
Em dezessete anos, como destaca o vice-presidente da República, José Alencar Gomes da Silva, o país pagou de juros R$ 1 trilhão. Desse total, a educação e a cultura não levaram mais que 3%. A prioridade constitucional conferida ao pagamento de juros limitou recursos investidos em educação na casa dos 5,2% do PIB, algo em torno de 11 bilhões de reais, enquanto, só de juros, a sociedade paga 200 bilhões de reais.
Vácuo de investimento público
Sem investimentos públicos na educação e na cultura, avançou o capital privado, focando, principalmente, cursos de custos baixos, como são os de humanidade, e lançando pouco dinheiro nas ciências e tecnologias, para formação do pensamento lógico-dedutivo da socidade, para ocupação das atividades intermediárias em geral. Como o governo ainda não investiu para valer em escolas técnicas, somente despertando, agora, para o assunto, ainda de forma lenta, aos empresários privados sobraram trabalhar essa oferta deficiente, como complemento do ensino técnico, igualmente, insatisfatório.
As notas do Ministério da Educação demonstram que os investimentos privados não estão sendo úteis, do ponto de vista do interesse nacional, na formação de produtos humanos indispensáveis ao próprio capitalismo nacional. Trabalha-se a educação no Brasil na contramão do que rola na Europa e na Ásia, por exemplo, em que os investimentos estimulados pelo governo se voltam para atender 70% da formação técnica nacional de elevada qualidade, enquanto se estreitou o filtro universitário.
No Brasil, alargou-se o filtro universitário privado sem qualidade, nas águas da alienação educaiconal neoliberal, anti-nacional, enquanto estreitou-se a base, que , pela lógica, deve ser alargada pela oferta de formação educacional básica de elevada qualidade, como fator de equilibrio para não ter sustentação a parte superior da pirâmide. Inversão de fatores em nome da exploração educacional lucrativa e não educativa.
A situação da qualidade das escolas privadas, no ambiente da crise financeira internacional, que disseminou prejuízos e instabilidades globais, cujos efeitos estão ocultos e latentes, em processo de auto-destruição em marcha, tende a se agravar.
Há excesso de oferta de educação de baixa qualidade e de elevado preço cuja lucratividade estava sendo mantida pela especulação financeira. Como os empresários do setor educacional não disporão mais da renda marginal especulativa que favorecia seus balanços, como são, igualmente, os casos das empresas em geral, que buscam, prioritariamente, o lucro, terão que disputar o mercado ofertando melhor qualidade e menores preços, se quiserem sobreviver.
É nessa hora que está chegando o capital externo na educação brasileira. Os grandes grupos cheios de dólares candidados às desvalorizações em face da instabilidade global, afetada pelos deficits dos Estados Unidos, desejam comprar esses ativos valiosos e dar um rítmo de oligopólio ao negócio empresarial educacional brasileiro.
A Universidade Paulista(UNIP), por exemplo, do empresário João Carlos Di Gênio, empreendedor brilhante, tipo Daniel Dantas, ligado aos poderosos, desde a ditadura, matemático, mas, que, no plano educacional em matéria de qualidade, está deixando a desejar, conforme as notas do MEC, que a coloca, no DF, com nota 1, ou seja, a pior, pode muito bem ser alvo de investidor externo ou , mesmo interno, que deseje qualificar o negócio na base do domínio oligopolista.
A lógica do oligopólio, cuja função é manter constante e em ascensão a taxa de lucro do negócio, toma conta do cenário educacional brasileiro. As disputas pelos mercados, na crise financeira, acirram-se , extraordinariamente, colocando em cena a mesma lei capitalista que está promovendo a concentração oligopóligica no setor financeiro, alimentício, mineral, petrolífero etc.
Obediente às mesmas leis do capital que visa a sobreacumulação para sustentar ascendente lucratividade, o oligopólio educacional vai se formando , para eliminar a concorrência que se elevou, de forma incontrolável, nos anos especulativos neoliberais. Assim como as empresas arrebanhavam alunos para fazer dinheiro e especular no mercado financeiro, os aplicadores individuais asseguravam renda disponível para o consumo na educação privada via aplicações nos fundos financeiros bancários.
Como, no ambiente da grande crise global, a moeda fictícia, sobre a qual a renda especulativa estava sendo gerada, entrou em estresse, a mamata acabou, restando a disputa competitiva pelo mercado. Para manter a qualidade e os investimentos, os empresários, que estavam especulando com a educação, terão que ir aos bancos pedir dinheiro para novos investimentos, em meio a um mercado cada vez mais disputado. Se estiveram endividados, poderão abrir mão de ações aos credores em nome da salvação financeira.
Oligopólios público e privado em confronto
O risco educacional para o investidor privado, na crise, aumenta. Consequentemente, quem paga o pato é a qualidade. Com a qualidade piorando, a questão que entra em cena é a do interesse público.
O governo, como agente público, tem, sob pressão social, que agir em nome do interesse público, quando o MEC divulga que a privatização da educação no Brasil fracassou, simplesmente, porque não está atendendo os objetivos estratégicos do Brasil no médio e longo prazo. Tal lógica, em face dos maus resultados apresentados pela escola privada, obriga o Estado brasileiro a agir relativamente à educação como agiu, no auge da crise fin anceira, detonada em outubro de 2008, em relação aos setores produtivos, a fim de estabilizar a produção e o consumo, a fim de evitar bancarrota nacional.
Maior volume de recursos para o ensino público, que, mesmo dispondo de recursos escassos, oferece qualidade educacional superior à oferecida pelo setor privado, vai se tornando exigência social, que cairá no Congressso em forma de pressão popular em nome do interesse público.
O oligopólio empresarial educacional que emerge como resultado da bancarrota neoliberal, cuja ação passou a ferir interesse público, como demonstram as notas do MEC, terá que, dialeticamente, enfrentar, a partir de agora, para firmar posição segura no médio e longo prazo, de enfrentar seu polo oposto, isto é, oligopólio educacional estatal. Este avança em nome da preservação do interesse público sob pressão política.
A tese da privatização educacional oligopolizada produz a antítese estatização educacional oligopólica, da mesma forma que começa a ocorrer em relação ao sistema financeiro, com o oligopólio bancário privado estimulando a oligopolização financeira estatal em disputa pelo aplicador brasileiro, para emprestrar a juro mais baixo, em nome da estabilização econômica, que, fundamentalmente, é de interesse público.
Texto: Cesar Fonseca

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Beatles, de 1970 a 1981....


1970 GIVE PEACE A CHANCE

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LADO A
1 Give Peace A Chance (Lennon, 1969)
2 Isn't It A Pity (Harrison, 1966)
3 Maybe I'm Amazed (Mccartney, 1970)
4 Mother (Lennon, 1970)
5 Not Guilty (Harrison, 1968)
6 Man We Was Lonely (Mccartney, 1970)
7 God (Lennon, 1970)

LADO B
8 It Don't Come Easy (Starkey-Harrison, 1970)
9 Love (Lennon, 1970)
10 All Things Must Pass (Harrison, 1970)
11 Cold Turkey (Lennon, 1969)
12 Teddy Boy (Mccartney, 1970)
13 Instant Karma (Lennon, 1970)
14 My Sweet Lord (Harrison-Williams, 1969)

1971 APPLE SCRUFF

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LADO A
1 Another Day (Mccartney, 1971)
2 Imagine (Lennon, 1971)
3 Try Some Buy Some (Harrison, 1971)
4 Gimme Some Truth (Lennon, 1971)
5 Bye Bye Blackbird (Dixon-Henderson, 1970)
6 Oh My Love (Lennon-Ono, 1971)
7 Uncle Albert, Admiral Halsey (Mccartney, 1971)

LADO B
8 Happy Xmas (Lennon-Ono, 1971)
9 Monkberry Moon Delight (Mccartney, 1971)
10 Beware Of Darkness (Harrison, 1970)
11 Working Class Hero, Power To The People (Lennon, 1970)
12 Too Many People (Mccartney, 1971)
13 How Do You Sleep (Shortened Version) (Lennon, 1971)
14 Apple Scruffs (Harrison, 1970)

1972 HEART OF THE COUNTRY

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LADO A
1 Woman Is The Nigger Of The World (Lennon-Ono, 1972)
2 I'd Have You Anytime (Harrison, 1970)
3 Give Ireland Back To The Irish (Mccartney, 1971)
4 Angela (Lennon-Ono, 1972)
5 Early 1970 (Starkey, 1970)
6 Dear Boy (Mccartney, 1971)
7 Bangla Desh (Harrison, 1971)

LADO B
8 Heart Of The Country (Mccartney, 1971)
9 What Is Life (Harrison, 1970)
10 Country Dreamer (Mccartney, 1972)
11 Jealous Guy (Lennon, 1971)
12 Tomorrow (Mccartney, 1971)
13 Remember (Lennon, 1970)
14 Hear Me Lord (Harrison, 1969)

1973 GIVE ME LOVE

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LADO A
1 Photograph (Starkey-Harrison, 1973)
2 Mind Games (Lennon, 1973)
3 Bluebird (Mccartney, 1973)
4 Don't Let Me Wait Too Long (Harrison, 1973)
5 Little Woman Love (Mccartney, 1971)
6 Behing That Locked Door (Harrison, 1970)
7 Hi, Hi, Hi (Mccartney, 1972)

LADO B
8 Give Me Love (Give Me Peace On Earth) (Harrison, 1973)
9 C'moon (Mccartney, 1973)
10 Attica State (Lennon, 1972)
11 Oh My My (Poncia-Starkey, 1973)
12 The Luck Of The Irish (Lennon-Ono, 1972)
13 My Love (Mccartney, 1973)
14 Linving In The Material World (Harrison, 1973)

1974 STEEL AND GLASS

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LADO A
1 Steel And Glass (Lennon, 1974)
2 Mrs Vanderbilt (McCartney, 1973)
3 No No Song (Axton, 1974)
4 Live And Let Die (Mccartney, 1973)
5 Dark Horse (Harrison, 1974)
6 Jet (Mccartney, 1973)
7 Sunday Bloody Sunday (Lennon-Ono, 1972)

LADO B
8 Nr 9 Dream (Lennon, 1974)
9 So Sad (Harrison, 1973)
10 When The Night (Mccartney, 1973)
11 Ding Dong Ding Dong (Harrison, 1974)
12 Helen Wheels (Mccartney, 1973)
13 Simple Shady (Harrison, 1974)
14 Band On The Run (Mccartney, 1973)

1975 YOU

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LADO A
01 Stand By Me (King-Leiber-Stoller, 1975)
02 Listen To What The Man Said (Mccartney, 1975)
03 It Is He (Jai Sri Krishna) (Harrison, 1974)
04 John Sinclair (Lennon, 1972)
05 One More Kiss (Mccartney, 1973)
06 You're Sixteen (Sherman, 1973)
07 Junior's Farm (Mccartney, 1974)

LADO B
08 I'm The Greatest (Lennon, 1973)
09 No Words (Mccartney-Laine, 1973)
10 The Light That Has Lighted The World (Harrison, 1973)
12 Six O'clock (Mccartney, 1973)
13 Miss O'dell (Harrison, 1973)
13 You Gave Me The Answer (Mccartney, 1975)
14 You (Harrison, 1975)

1976 LOVE SONGS

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LADO A
01 Bless You (Lennon, 1974)
02 Silly Love Songs (Mccartney, 1976)
03 Dear One (Harrison, 1976)
04 Only You (Ram-Rand, 1974)
05 Love In Song, I Am your Singer (Mccartney, 1975)
06 Pure Smokey (Harrison, 1976)
07 Nobody Loves You (When You're Down And Out) (Lennon, 1974)

LADO B
08 San Ferry Anne (Mccartney, 1976)
09 Maya Love (Harrison, 1974)
10 Treat Her Gently, Lonely Old People (Mccartney, 1975)
11 Bye Bye Love (Bryant, 1974)
12 Warm And Beautiful (Mccartney, 1976)
13 Hey Baby (Channel-Cobb, 1976)
14 Beware My Love (Mccartney, 1976)

1977 ROCK SHOW

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LADO A
01 A Dose Of Rock'n'roll (Groszman, 1976)
02 Tight As (Lennon, 1973)
03 Magneto And Titanium Man (Mccartney, 1975)
04 Crackerbox Palace (Harrison, 1976)
05 Let Me Roll It (Mccartney, 1973)
06 Slidin’ And Slidin’ (Bocage-Collins-Penniman-Smith, 1975)
07 Venus And Mars & Rock Show (Mccartney, 1975)

LADO B
08 Scared (Lennon, 1974)
09 Nineteen Hundred And Eighty Five (Mccartney, 1973)
10 Meat City (Lennon, 1973)
11 This Song (Harrison, 1976)
12 Whatever Gets You Throu The Night (Lennon, 1974)
13 Letting Go (Mccartney, 1975)
14 Goodnight Vienna (Lennon, 1974)

1978 THE BEATLES ("BLACK ALBUM")

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DISCO 1 – LADO A
1 Cofee On The Left Bank (Mccartney, 1978)
2 Mamunia (McCartney, 1973)
3 Surprise Surprise (Lennon, 1974)
4 Famous Grupies (Mccartney, 1978)
5 Call Me (Starkey, 1974)
6 This Guitar (Can't Keep From Crying) (Harrison, 1975)
7 Mull Of Kintyre (Mccartney, 1977)

DISCO 1 – LADO B
8 With A Little Luck (Mccartney, 1978)
9 Old Dirt Road (Lennon-Nilsson, 1974)
10 Don't Let It Bring You Down (Mccartney, 1978)
11 Tired Of Midnight Blues (Harrison, 1975)
12 Junk (McCartney, 1970)
13 Drowning In The Sea Of Love (Gamble-Huff, 1977)
14 Free As A Bird (Lennon, 1977)

DISCO 2 – LADO A
1 Name And Address (Mccartney, 1978)
2 Going Down On Love (Lennon, 1974)
3 I'm Carrying (Mccartney, 1978)
4 Cookin (Lennon, 1976)
5 Let 'em In (Mccartney, 1976)
6 Morse Moose And The Grey Goose (Mccartney-Laine, 1978)
7 Learning How To Love You (Harrison, 1976)

DISCO 2 – LADO B
8 Hari's On Tour (Harrison, 1974)
9 London Town (Mccartney, 1978)
10 True Love (Porter, 1976)
11 Pure Gold (Mccartney, 1976)
12 Beautiful Girl (Harrison, 1970)
13 The Note You Never Wrote (McCartney, 1976)
14 Gave It All Up (Poncia-Starkey, 1977)

1979 BLOW AWAY

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LADO A
1 Bring On The Lucie (Lennon, 1973)
2 Getting Closer (Mccartney, 1979)
3 Your Love Is Forever (Harrison-Wright, 1979)
4 Backwards Traveller (McCartney, 1979)
5 It's No Secret (Poncia-Starkey, 1977)
6 To You (Mccartney, 1979)
7 Blow Away (Harrison, 1979)

LADO B
08 Wonderful Christmas Time (McCartney, 1979)
09 Wings (Poncia-Starkey, 1977)
10 If You Believe (Harrison, 1979)
11 To Know Her Is To Love Her (Spector, 1975)
12 I'l Still Love You (Harrison, 1976)
13 Spin It On (McCartney, 1979)
14 Real Love (Lennon, 1979)

1980 STARTING OVER

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LADO A
01 We're Open Tonight (Mccartney, 1979)
02 (Just Like) Starting Over (Lennon, 1980)
03 Soft Hearted Hana (Harrison, 1979)
04 I'm Loosing You. (Lennon, 1980)
05 Daytime Nightime Suffering (Mccartney, 1979)
06 Heart On My Sleeve (Gallagher-Lyle, 1978)
07 Faster (Harrison, 1979)

LADO B
08 I'm Loosing You (Hard Version) (Lennon, 1980)
09 Waterfalls (Mccartney, 1980)
10 Oo-Wee (Poncia-Starkey, 1974)
11 So Glad To See You (Mccartney, 1979)
12 Cleanup Time (Lennon, 1980)
13 Dark Sweet Lady (Harrison, 1979)
14 Watching The Wheels (Lennon, 1980)

1981 ALL THOSE YEARS AGO

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LADO A
1 I'm Stepping Out (Lennon, 1980)
2 Summer's Day Song (Mccartney, 1980)
3 Old Time Relovin (Poncia-Starkey, 1978)
4 Nobody Told Me (Lennon, 1980)
5 Coming Up (Mccartney, 1980)
6 Life Itself (Harrison, 1981)
7 Girlfriend (Mccartney, 1979)

LADO B
8 Love Comes To Everyone (Harrison, 1979)
9 (Forgive Me) My Little Flower Princess (Lennon, 1980)
10 Winter Rose, Love Awake (Mccartney, 1979)
11 Here Comes The Moon (Harrison, 1979)
12 Woman (Lennon, 1980)
13 After The Ball, Million Miles (Mccartney, 1979)
14 All Those Years Ago, Here Today (Harrison-McCartney, 1981)

Créditos: KABONG - Beatles7081

Uma das falhas do governo Lula....

‘Lula não fez reforma agrária’




Escrito por Rodrigo Mendes e Valéria Nader

No dia 20 de agosto último, o trabalhador sem terra e membro do MST Elton Brum da Silva, de 44 anos e pai de dois filhos, foi assassinado pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul, em uma ação de despejo na Fazenda Southall, em São Gabriel, RS. Testemunhas e a posterior divulgação de fotos do corpo de Elton comprovam que ele foi vítima de diversos disparos de calibre 12, todos pelas costas.

A ação da PM gaúcha resultou ainda em diversos homens, mulheres e crianças feridos, vítimas de estilhaços, golpes de espada e mordidas de cachorros. Para o MST, o uso de armas de fogo e de tal grau de truculência demonstra que há, por parte do Estado, uma política de criminalização dos movimentos sociais.

Essa forma de tratamento aos movimentos "não é uma exceção, e sim a regra", segundo nota do MST divulgada no dia seguinte à morte de Elton. Na mesma nota, o movimento condena o Poder Judiciário, por ter barrado a emissão de posse da Fazenda Antoniasi, onde o trabalhador rural Elton Brum seria assentado. Ou seja, pelos trâmites legais, Elton poderia estar trabalhando e produzindo.

Mas esse assassinato é apenas o capítulo mais recente de uma longa história de violência e marginalização sofrida pelos movimentos sociais. O mesmo MST teve outro membro assassinado no Paraná, por seguranças contratados pela transnacional Syngenta. O coronel Mario Pantoja, comandante na ocasião do massacre de Eldorado do Carajás, apesar de condenado a 228 anos de prisão, ainda responde ao processo em liberdade, mais de 13 anos depois do acontecido.

O assassinato de Elton faz parte ainda de um contexto em que a reforma agrária foi abandonada pelo governo Lula, conforme relatou em entrevista ao Correio da Cidadania a coordenadora nacional do MST Marina dos Santos.

Correio da Cidadania: Como o assassinato do trabalhador Elton Brum cai sobre o movimento no atual contexto das lutas?

Marina dos Santos: Para nós é uma situação muito difícil, os latifundiários, a polícia e o governo do Rio Grande de Sul estão usando métodos muito truculentos, em especial o Estado, para massacrar a população pobre do campo. Há uso de tortura, de cães, bala, até choque elétrico. Até espadas, de cima dos cavalos, os soldados usaram. Nesse momento, no Rio Grande do Sul, há uma criminalização muito grande dos movimentos sociais.

CC: A reforma agrária é uma prioridade do governo Lula? Anos se passaram sem a atualização dos índices de produtividade da terra (agora, finalmente, minimamente modificados), ainda há pouco se assinou a MP 458, batizada de "MP da Grilagem" etc. etc. Não tem ficado cada dia mais claro que há uma postura evidente de comprometimento com o agronegócio?

MS: Temos clareza de que a reforma agrária, no governo Lula, ficou para trás atropelada pelo agronegócio, e nós percebemos isso por uma série de coisas, começando pelo avanço nos últimos anos das transnacionais no país. Elas não se apropriam só da terra, tomam conta de toda a linha de produção do campo, da terra, mas também das sementes, da água, toda a cadeia produtiva do campo. Sem contar os investimentos que essas empresas e os fazendeiros mais atrasados, do latifúndio, têm recebido do governo federal, através do BNDES e de vários programas nos últimos anos. O agronegócio produz 120 bilhões de reais, mas o governo injeta 97 bilhões para isso, em especial pelo BNDES. Então, o que o agronegócio produz para a sociedade?

Além disso, o agronegócio usa agrotóxicos, venenos e ainda faz propaganda disso, como se fosse algo bom. Hoje o Brasil é campeão de consumo de veneno no mundo, essa indústria movimenta 7 bilhões de reais por ano. Não há preocupação ambiental, com as derrubadas das florestas, com a apropriação da biodiversidade, e isso tudo durante o governo Lula.

Há também os transgênicos, estão trabalhando pra empurrá-los. E é uma política patrocinada pelo governo. Então, não há espaço para a reforma agrária.

Lula tem falado que fez a maior reforma agrária, mas o que ele fez foi regulamentação fundiária - que tem que ser feita também, mas não se trata de reforma agrária, porque não descentraliza a terra, não mexe na estrutura fundiária. Essa política de reforma agrária é só para evitar os conflitos. O governo federal quer fazer reforma agrária sem conflito, mas isso não existe, uma política de reforma agrária no Brasil, país que mais concentra terra no mundo, tem que ter ofensiva, tem que ter disputa pela terra. Isso que o governo faz é política paliativa, assistencialista, que não destrói o latifúndio, não democratiza, não descentraliza.

CC: Os dirigentes e militantes do movimento sempre afirmam a sua autonomia frente aos governos, o que tem ficado evidente ao longo de sua atuação. Mas não acredita que, no atual momento, o movimento deva aprofundar seu enfrentamento com o atual governo em vista da postura que ele vem mantendo relativamente ao MST e à reforma agrária?

MS: O MST sempre adotou a linha da autonomia, é um movimento social de caráter político, social, organizativo e até sindical. Durante o governo Lula, nós continuamos desempenhando nosso papel, hoje são quase 15 milhões de sem terra no Brasil. Então, além de organizar as famílias, de fazer a ação reivindicativa, o MST nunca fez tanta luta quanto nos últimos anos, pressionamos governos estaduais e federal, ocupamos o ministério da Fazenda. Nós trabalhamos na perspectiva da luta, da reivindicação e da negociação com o Estado. Então, achamos que temos que continuar com essa linha, pois, independente do governo, seja de esquerda, de centro, de direita, o capital é que determina a ação.

CC: Que balanço o movimento faz das jornadas recém empreendidas nos estados? Qual é a efetividade das ocupações nos dias de hoje, quando se sabe que os latifúndios têm por trás de si exatamente o grande capital, como a Cargil, suscitando a necessidade de crítica e mudança do próprio modelo econômico, que privilegia o agronegócio?

MS: O nosso balanço é positivo, por diversos aspectos. Seja pelos internos, por conta do avanço da organização, seja por termos conseguido pautar o governo, com uma pauta antiga nossa, com três pontos. O primeiro é a atualização dos índices de produtividade de terra, que era um compromisso do governo e nunca havia sido cumprido. O segundo é a liberação dos quase 50% de recursos contingenciados no INCRA, para suplementar 90 mil famílias acampadas no país. E o terceiro é o desenvolvimento dos assentamentos, pois havia um compromisso do governo de qualificar os assentamentos, mas, hoje, 40 mil famílias assentadas ainda vivem em condições de acampadas, não receberam linhas de crédito, nenhuma infra-estrutura.

O governo se comprometeu a descontingenciar o orçamento, o que vai dar para assentar 15 mil famílias. Quanto à mudança dos índices de produtividade da terra, houve uma ação raivosa dos latifundiários e ruralistas [a questão ainda não havia sido definida no fechamento desta matéria], e o governo assumiu o compromisso de construir 280 escolas nos assentamentos. No geral, a jornada foi positiva, teve conquistas, por isso é que é necessário ter organização, mobilização e pressão.

CC: Acredita que, por se sentir segura com a política para o campo, a elite rural tem aumentado sua violência?

MS: Mais do que isso, os ruralistas têm tomado atitudes imorais, não têm agido só de maneira violenta, têm avançado muito nessa política de destruição ambiental, com a MP 458. Pelos dados do ministério do Trabalho, 2008 foi o ano no qual mais se encontrou trabalho escravo no Brasil, o que é uma vergonha. Com crise internacional e aqui os proprietários de terra têm todo esse poder e uma ação que é destrutiva pro conjunto da sociedade, não só para os trabalhadores. Eles [os ruralistas] se sentem mesmo muito à vontade.

Por exemplo, vemos nos dados da CPT [Comissão Pastoral da Terra] que os conflitos têm aumentado, a pobreza no campo tem aumentado, e não há política contundente que de fato enfrente esse tipo de ação do latifúndio.

CC: A postura de criminalização do Estado brasileiro (ao menos em algumas partes, como se viu no RS) assusta o MST em relação ao futuro?

MS: Se o Brasil não começar uma política séria de enfrentamento, não tiver política de punição, não só o MST deve ter medo, toda a sociedade vai sofrer. A violência no campo leva ao êxodo rural, desencadeia todo tipo de problema.

CC: Que cenários o movimento vislumbra a partir da próxima eleição presidencial?

MS: Esse é um tema que ainda não discutimos, mas hoje vemos a realidade do Brasil, o Lula que seria uma alternativa deu nisso. Teve avanços, mas tem um legado negativo. Então, qualquer cenário eleitoral tende a piorar a correlação de forças no próximo período.

Rodrigo Mendes é jornalista; Valéria Nader, economista, é editora do Correio da Cidadania.

Máfias farmacéuticas





Ignacio Ramonet *

Tradução: ADITAL

Poucos meios de comunicação comentaram o fato. A opinião pública não foi alertada. E, no entanto, as preocupantes conclusões do Informe Final (1), publicado pela Comissão Europeia no passado dia 8 de julho sobre os abusos em matéria de competição no setor farmacêutico merecem ser conhecidas pelos cidadãos e amplamente difundidas.

O que diz o Informe? Em síntese: que no comércio dos medicamentos, a competição não está funcionando e que os grandes grupos farmacêuticos recorrem a todo tipo de jogos sujos para impedir a chegada ao mercado de remédios mais eficazes e, sobretudo, para desqualificar os medicamentos genéricos, muito mais baratos. Consequência: a falta de acesso do consumidor aos genéricos se traduz em importantes perdas financeiras não somente para os pacientes, mas também para a Seguridade Social a cargo do Estado (ou seja, dos contribuintes). Isso oferece argumentos aos defensores da privatização dos Sistemas Públicos de saúde, acusados de ser fossos de déficits no orçamento dos Estados.

Os genéricos são medicamentos idênticos quanto aos princípios ativos, dosificação, forma farmacêutica, segurança e eficácia aos medicamentos originais produzidos com exclusividade pelos grandes monopólios farmacêuticos. O período de exclusividade, que se inicia a partir do momento em que o produto é posto à venda, vence aos dez anos; porém, a proteção da patente do fármaco original dura vinte anos. Então, é quando outros fabricantes têm direito a produzir os genéricos, que custam uns 40% a menos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a maioria dos governos recomendam o uso de genéricos porque, devido ao seu menor custo, favorecem o acesso equitativo à saúde das populações expostas a enfermidades evitáveis (2).

O objetivo das grandes marcas farmacêuticas consiste, por conseguinte, em atrasar por todos os meios possíveis a data de vencimento do período de proteção da patente; e se esforçam para patentear agregados supérfluos do produto (um polimorfo, uma forma em gel etc.) e estender dessa maneira, artificialmente, a duração de seu controle sobre o medicamento. O mercado mundial dos medicamentos representa uns 70 bilhões de euros (3); e uma dezena de empresas gigantes, entre elas as chamadas "Big Pharma" -Bayer, GlaxoSmithKline (GSK), Merk, Novartis, Pfizer, Roche, Sanofi-Aventis-, controlam a metade desse mercado.

Seus benefícios são superiores aos obtidos pelos poderosos grupos do complexo militar-industrial. Por cada euro investido na fabricação de um medicamento de marca, os monopólios ganham mil no mercado (4). E três dessas firmas -GSK, Novartis e Sanofi- se dispõem a ganhar milhares de milhões de euros a mais nos próximos meses graças às vendas massivas da vacina contra o vírus A(H1N1), da nova gripe (5).

Essas gigantescas massas de dinheiro outorgam ás "Big Pharma" uma potência financeira absolutamente colossal, utilizadas, em particular, para arruinar, mediante múltiplos julgamentos milionários ante os tribunais, aos modestos fabricantes de genéricos. Seus inúmeros lobbies acossam também permanentemente a Oficina Europeia de Patentes (OEP), cuja sede se encontra em Munique, para atrasar a concessão de autorizações de entrada dos genéricos no mercado. E lançam campanhas enganosas sobre esses fármacos bioequivalentes e assustam aos pacientes. O resultado é que, segundo o recente Informe publicado pela Comissão Europeia, os cidadãos têm que esperar em média sete meses mais do que o normal para aceder aos genéricos, o qual tem sido traduzido nos últimos cinco anos em um incremento desnecessário de aproximadamente 3 bilhões de euros para os consumidores e em uns 20% de aumento para os Sistemas Públicos de Saúde.

A ofensiva dos monopólios farmacêutico-industriais não tem fronteiras. Também estariam implicados no recente golpe de Estado contra o presidente Manuel Zelaya, em Honduras, país que importa todas as suas medicinas, produzidas fundamentalmente pelas "Big Pharma". Desde que Honduras ingressou na Alba (Aliança Bolivariana dos Povos da América), em agosto de 2008, Manuel Zelaya negociava um acordo comercial com Havana (Cuba) para importar genéricos cubanos, com o propósito de reduzir os gastos de funcionamento dos hospitais públicos hondurenhos. Além disso, na Cúpula do dia 24 de junho passado, os presidentes da Alba se comprometeram a "revisar a doutrina sobre a propriedade industrial", ou seja, que ameaçavam diretamente seus interesses, impulsionaram aos grupos farmacêuticos transnacionais a apoiar com força o movimento golpista que derrocaria a Zelaya, no dia 28 de junho último (6).

Da mesma forma, Barack Obama, desejoso de reformar o sistema de saúde nos Estados Unidos, que deixa sem cobertura médica a 47 milhões de cidadãos, está afrontando as iras do complexo farmacêutico-industrial. Aqui, as somas em jogo são gigantescas (os gastos com saúde representam o equivalente a 18% do PIB) e são controladas por um vigoroso lobby de interesses privados que reúne, além das "Big Pharma", as grandes companhias de seguros e a todo o setor das clínicas e dos hospitais privados. Nenhum desses atores quer perder seus opulentos privilégios. Por isso, apoiando-se nos grandes meios de comunicação mais conservadores e no Partido Republicano, estão gastando dezenas de milhões de dólares em campanhas de desinformação e de calúnias contra a necessária reforma do sistema de saúde.

É uma batalha crucial. E seria dramático que as máfias farmacêuticas a ganhassem, porque redobrariam os esforços para atacar, na Europa e no resto do mundo, o desenvolvimento dos medicamentos genéricos e a esperança de sistemas de saúde menos custosos e mais solidários.


Notas:

(1) http://ec.europa.eu/comm/competition/sectors/ pharmaceuticals/inquiry/index.html
(2) 90% dos gastos da grande indústria farmacêutica para o desenvolvimento de novos fármacos estão destinados para enfermidades padecidas por somente 10% da população mundial.
(3) Intercontinental Marketing Services (IMS) Health, 19 de março de 2009.
(4) Carlos Machado, "La mafia farmacéutica. Peor el remedio que la enfermedad", 5 de março de 2007 (www.ecoportal.net/content/view/full/67184).
(5) Leia-se, Ignacio Ramonet, "Los culpables de la gripe porcina", Le Monde diplomatique en español , junho de 2009.
(6) Observatorio Social Centroamericano, 29 de junho de 2009.


* Le Monde Diplomatique