segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Uma Revolução Orgânica

  Para ganhar mercado, é preciso derrubar mitos como o do preço mais alto

Por Luiz Augusto Gollo

A engenheira agrônoma Lúcia Helena Almeida, da Associação de Agricultores Biológicos do Rio de Janeiro (Abio) – uma das instituições certificadoras de produtos orgânicos mais antigas do país e com atuação em vários estados –, afirma que que não existe tradição de organização entre os agricultores fluminenses e que, por isso eles acabam nas mãos de intermediários, o que encarece a produção.

“Mas nem sempre o intermediário é o vilão; muitas vezes é o parceiro que embala e transporta o produto, e até criando sua embalagem – o que o produtor não faz”, ressalva.

Parcela crescente da produção orgânica chega às prateleiras de supermercados graças a um esforço empresarial de sucesso, mas também se presta à manutenção do mito “produto orgânico é caro”. Praticamente todas as pessoas ouvidas pela reportagem da Agência Brasil disseram que é um mito que interessa ao comércio convencional para aumentar o preço de uma mercadoria que não custa necessariamente mais para ele.

“Os produtos orgânicos enfrentam também um problema sério de logística, da saída do produtor até a chegada ao mercado. Como não têm aditivos, agrotóxicos, conservantes e, no caso dos animais, hormônios, não têm nem aquela aparência artificial, nem a resistência, também artificial”, explica o porta-voz da Feira da Glória, Renato Martelleto.

A realidade da produção orgânica do estado do Rio de Janeiro é frágil como a de outros mercados, com exceção de centros mais organizados, como o Paraná. Ainda assim, incentivados pelas instâncias governamentais e instituições privadas, produtores orgânicos buscam uma relação econômica mais adulta e madura. Afinal, segundo estimativas da Fundação Agricultura e Ecologia da Alemanha, o mercado brasileiro movimenta em torno de US$ 200 milhões por ano com orgânicos, também responsáveis pelo ingresso de US$ 30 milhões anuais em exportações.

A expansão desse mercado despertou a atenção das autoridades federais há mais de uma década, e desde então tem havido esforços para o desenvolvimento mais acelerado do setor. Historicamente, a produção de orgânicos no Brasil está concentrada em pequenas propriedades no cinturão verde dos centros de consumo, muitas, de uns tempos para cá, rotuladas como de agricultura familiar, o que facilita o acesso a linhas de créditos e benefícios próprios.

Verduras, legumes, carnes e demais orgânicos produzidos em tais propriedade são comercializados em feiras nas imediações, a preços competitivos com os dos produtos convencionais disponíveis no comércio formal da região, sobretudo hortaliças rapidamente perecíveis. Essa realidade é determinante para a derrubada do mito sustentado tacitamente pelo comércio convencional.

“Não somos um nicho de mercado e, por isso, vamos lutar pela universalização do consumo de orgânicos”, afirma o chefe da Coordenação de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias. Ele faz questão de desfazer o caráter artesanal que a maior parte do público consumidor atribui aos orgânicos: “Agricultura orgânica é muito mais tecnológica do que a convencional.”

Para o leigo, que pode achar estranha ou curiosa a afirmação, o agrônomo lembra que a agricultura convencional emprega agrotóxicos, conservantes, estabilizantes e outras substâncias químicas de baixo custo relativo, enquanto a orgânica requer busca incessante de tecnologias naturais alternativas para livrar seus produtos das pragas, doenças e outros prejuízos.

Segundo Hélder Carvalho, representante de vinhos, azeites e vinagres orgânicos em feiras cariocas, para prevenir e combater insetos que atacam as plantações,os agricultores recorrem a gansos e galinhas d'angola, que se alimentam deles. Ele ressalta que as galinhas d'angola “comem [os insetos] mas não ciscam e, por isso, não desenterram as sementes e plantas das covas”.

“Outros cuidados bem característicos do cultivo de orgânicos são os saquinhos de papel envolvendo as frutas ainda no pé”, acrescenta, citando goiabas e figos como frutas protegidas de pássaros e morcegos. “Isso pode encarecer os produtos, em comparação com os convencionais, mas não chega a ser uma diferença alarmante. Quem procura qualidade e sabor natural, prefere o produto orgânico. Até o café orgânico tem outro gosto.”

Na questão do paladar, uma das maiores defensoras dos produtos orgânicos é Maria Beatriz Dal Ponte, gerente do Centro de Gastronomia do Serviço Nacional da Aprendizagem Comercial (Senac) do Rio de Janeiro. Formada em letras e pós-graduada em administração, ela começou a se interessar pelos orgânicos há nove anos, tendo criado os três filhos com a produção da chácara familiar, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul.

“As pessoas se equivocam na leitura da realidade. É preciso respeitar o ciclo da natureza. A produção e o consumo de orgânicos são o resgate de uma prática antiga da história da humanidade. E hoje os orgânicos são usados pelos chefs no mundo inteiro, o que mostra a tendência de ver a questão como de saúde, e não como coisa de alguma seita”, enfatiza Beatriz. Ela destaca ainda o mito da difícil aceitação, com a autoridade de quem abriu uma escola de gastronomia no Sul com a chancela do Instituto de Culinária Italiana para Estrangeiros.

Psicóloga e educadora, Míriam Langenbach, pratica desde 2001, no Rio de Janeiro e em algumas cidades vizinhas, o associativismo para a compra de produtos orgânicos. Na rede ecológica dirigida em colegiado por cerca de 30 pessoas, há 200 consumidores inscritos para receber em seu bairro produtos encomendados semanal ou quinzenalmente, dependendo do tamanho do grupo.

“É uma maneira prática e fácil de manter a alimentação sem precisar pesquisar e procurar aqui e ali. Nós fazemos as compras e entregamos em espaços públicos nos bairros, em dia e hora combinados. Pode ser por semana, ou por quinzena. Atendemos de Santa Teresa [bairro da capital fluminense] a Seropédica e Niterói [municípios do estado do Rio] ”, disse Míriam, que mantém na rede um nível básico de profissionalismo para encomendas, entregas e administração financeira. “Na base do voluntariado só, não dá.”

Em outra vertente, Fábio Seixas Guimarães também defende a produção orgânica e mais ainda: o aproveitamento integral dos alimentos. Na organização não governamental (ONG) Comendo de Tudo... um Pouco, ele propõe receitas que incluem cascas de ovos e de banana, talos de couve, folhas de couve-flor e de brócolis e outras habitualmente desprezadas pela culinária convencional.

“É preciso fazer a junção do orgânico com o aproveitamento integral. Afinal, não podemos defender o uso culinário da casca de banana cultivada com agrotóxico, não é mesmo?”, pergunta Fábio, cuja ONG distribui kits sobre aproveitamento integral em escolas, associações, clubes e outros lugares do Rio.


O império estremece.....

SUCRE – Outra estocada no dólar

Hedelberto López Blanch
Grão a grão, multiplicam-se os sinais da irreversível decadência do centro do império.

Hedelberto López, num curto texto, fala-nos de como o início do percurso de uma nova moeda a criar pelos países da ALBA se soma às decisões que constroem a derrocada do dólar como moeda-padrão internacional





Hedelberto López Blanch* - www.odiario.info


Os Chefes de Estado e de Governo participantes na VII Cimeira da Aliança Bolivariana para os povos da Nossa América (ALBA) tomaram a decisão de implementar o Sistema Único de Compensação Regional (SUCRE) para o intercâmbio comercial entre os seus países, que entrará em vigor no princípio de 2010.

A futura integração monetária que contará com reservas no Banco da ALBA permitirá a protecção contra as crises económicas dos nove Estados membros, e transformam os seus países em territórios sem dependências das agressivas políticas implementadas por organismos financeiros como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM), além de os afastar da hegemonia do dólar.

Pertencem à ALBA a Venezuela e Cuba (fundadores), a Bolívia, a Nicarágua,a Dominica, as Honduras, o Equador, S. Vicente e as Granadinas, Antigua e Barbudas, mas esta nova iniciativa está aberta a outros Estados membros da América Latina e do Caribe.

Os retoques finais para a entrada em vigor do SUCRE foram tomados numa reunião ainda em Novembro., quando os seus membros analisaram e puseram em marcha as suas quatro estruturas: o Conselho Monetário Regional, uma Unidade Monetária Comum que funcionará como moeda virtual com a perspectiva de se converter em moeda física; uma Câmara Central de Compensação e um Fundo de Reserva e Compensação Regional.

O SUCRE regulará as compras e vendas entre os Estados, e prevê-se para um futuro próximo que circule como moeda real, tal como fez o euro.Na reunião de Novembro definiu-se, entre outros aspectos, até onve vai a sua aplicação em todo o comércio entre as nações e a quanto equivale o SUCRE na moeda de cada país.

O sistema de pagamentos será principalmente aplicado através do Tratado de Comércio entre os Povos (TCP) que os países aprovaram na Aliança, e o apoio a essa unidade será através dos depósitos em dinheiro e nas suas moedas que os países farão no Banco da ALBA.

A utilização do SUCRE nas grandes transacções dos seus membros, limitará a utilização do dólar nas operações, o que permitirá promover ainda mais o comércio na região e gerará um crescimento económico importante nos países da ALBA.

Depois da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos converteu-se em potência global e com o acordos assinados em Bretton Woods, em 1944, conseguiu que o dólar se estabelecesse como divisa de reserva na orbe, com o valor garantido pelas suas grandes acumulações de ouro.

Apesar disso, na década de 1970, Washington conseguiu um acordo com a OPEP para que as vendas de petróleo fossem em dólares, e nessa altura desligou o valor do dólar das suas reservas de ouro. Dessa forma, começou a imprimir moeda e inundou o mundo com os seus papéis, sem que estes tenha um valor real com as riquezas do país emissor.

«Ao suspender a conversão, o dólar passou a ser uma divisa que podia ser impressa põe decisão do governo estadunidense, sem o apoio de um valor constante», afirmou numa recente reflexão o líder cubano Fidel Castro.

Esta foi a principal motivação para que os credores estrangeiros procurem alternativas à dívida estadunidense que compraram e na qual têm as suas reservas.

Nessa corrida para se desfazerem dos dólares sem que este se desvalorize abruptamente antes que se tenham desfeito deles, têm estado envolvidos vários países.

Em 2003, a Síria começou a trocar as suas reservas por euros; o Banco Central dos Emiratos Árabes Unidos converteu em euros 10% das suas reservas em solares; A Venezuela seguiu o mesmo caminho e procurou moedas mais seguras como euros e yuans chineses; a Suécia diminuiu as suas reservas em dólares em mais de 20% e elevou para 50% as acumuladas em euros; o Banco Central da Rússia já tem a maior parte das suas reservas em euros.

O Irão abriu em 2005 uma bolsa de venda de petróleo em euros na ilha de Kish, no Golfo Pérsico, que foi um dos primeiros golpes no dólar, o que provocou um aumento do ódio dos Estados Unidos para com aquela nação.

Nesse mesmo sentido, a China e o Brasil subscreveram um acordo para utilizar o real e o yuan nas suas transacções, que este ano atingiram o montante de 40.000 milhões de dólares.

A China e a Argentina fizeram o mesmo em trocas que atingem os 20.000 milhões de dólares. Pequim assinou acordos idênticos com a Coreia do Sul, a Malásia, a Bielo-Rússia e a Indonésia.

A Organização de Cooperação de Xangai (OVS) – China, Rússia, Uzbequistão, Kyrgistão, Tajiquistão, Kazaquistão está a pressionar os seus países-membros a fazerem o comércio nas suas moedas nacionais ou com uma futura divisa supranacional e prescindirem do dólar.

Enquanto o poderoso grupo de economias emergentes conhecido como BRIC ( Brasil, Rússia, Índia e China) declararam num encontro recente que se torna «muito necessário ter um sistema internacional de divisas estável e diversificado».

Os paíse da ASEAN (Brunei, Birmânia, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietname) poderão no futuro realizar acordos em yuansem vez de dólares, segundo um programa piloto ensaiado primeiro por Pequim primeiramente com Hong-Kong e Indonésia.

A hegemonia do dólar, como dono e senhor das transacções comerciais internacionais está a perder importância e dentro de pouco tempo deixará de ser a principal moeda de reserva mundial. Nesta inegável realidade, o SUCRE também pôs o seu grãozinho de areia na engrenagem.

* Jornalista cubano especializado em assuntos internacionais.

Este texto foi originalmente publicado em:
www.alternativabolivariana.org

domingo, 3 de janeiro de 2010

A Revolução Verde no Irã...

Irã: A Verdade e a Histeria





 
 
 
A Revolução Verde falhou na República Islâmica do Irã. Por uma razão muito boa: ela foi coordenada a partir do exterior, por dissidentes iranianos de famílias abastadas, e concentrada nas classes abastadas nos bairros abastados nas principais cidades. O povo está maciçamente em torno do Presidente Ahmadi-Nejad. Como , então, separar a verdade e a histeria?
 
Protestos no domingo. Mir Hussein Mousavi, o sobrinho. Assassinato pelas forças de segurança. Repressão. Estas são as manchetes de inúmeras fontes ocidentais da mídia depois dos protestos de domingo. As fontes? "Um proeminente defensor". "Um cineasta". "Um porta-voz da oposição (sem nome)".
 
Eufemismos tão profissionais...ou seja, material do e sgoto. Lixo . Tolice. Mentiras… do tipo escritos por jornalistas estagiários enviados para investigar um cano de esgoto bloqueado em um parque de estacionamento subterrâneo, e depois produzem "Alien Lixa Parque". Inglesmente falando, isso é…
 
No caso dos protestos de domingo em Teerão, enquanto a mídia ocidental está usando “alguém ouviu dizer que o padeiro disse” como fonte, o quê estão citando as autoridades?
 
Quem está dizendo que as autoridades iranianas estão admitindo o que aconteceu e que estão realizando uma investigação? Uma investigação aprofundada. E, enquanto alguns estão afirmando que o sobrinho do "Lider" da Oposição Mir Hossein Mousavi (Seyed Ali Mousavi) foi ameaçado por "agentes da polícia secreta" dizendo que ele seria morto dia antes dos protestos, no domingo, há outras versões.
 
Uma versão das notícias, oficiais no Irão mas não fora, é de que as autoridades iranianas alegam que, se um "agente da polícia secreta" queria matar o sobrinho de Mosavi, certamente não teria passado dias fazendo chamadas ameaçadoras… e, por outro lado, a morte está sendo investigada. Porque é suspeita.
 
E porque é suspeita? Porque os elementos terroristas, mais uma vez, vêm operando em território iraniano. Na verdade, o Presidente Ahmadi-nejad, que é conhecido por sua abordagem franca e honesta na gestão política, declarou recentemente que há provas de que toda a campanha está sendo planejada por interesses ocidentais. "A mascarada nauseabunda" é como ele descreveu os comícios de domingo, em que sete/oito pessoas perderam suas vidas.
 
Para começar, as autoridades iranianas têm admitido que os comícios foram apoiados por "dezenas de milhares" de manifestantes. Eles também admitiram que "sete ou oito pessoas morreram”. No entanto, a República Islâmica do Irã não é Mousavi e não é a classe elitista que apoiaram o Xá e hoje providencia o apoio da oposição.
 
Abbas Ja'fari Dolatabadi, Procurador Público de Teerão, admitiu hoje que "Sete pessoas foram mortas nos tumultos no domingo", enquanto um outro relato de assassinato está sendo investigado, devido ao fato de que o inquérito policial revela que não houve tiroteios. Os mortos "foram atingidos com objetos duros ou por um tipo de bala que a polícia não têm as autoridades".
 
As autoridades iranianas continuam a avançar com uma investigação adequada de modo que "os culpados por trás desses crimes sejam punidos".
Então, onde está a verdade e onde reside a histeria?

Mais um CANALHA do PiG desmascarado...

Boris Casoy é “uma vergonha” 
Blog do Miro, por ele mesmo

Primeiro vídeo: ao encerrar o Jornal da Band da noite de 31 de dezembro de 2009, dois garis de São Paulo aparecem desejando feliz ano novo ao povo brasileiro. Na sequência, sem perceber o vazamento de áudio, o fascistóide Boris Casoy, âncora da TV Bandeirantes, faz um comentário asqueroso: “Que merda... Dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras... Dois lixeiros... O mais baixo da escala do trabalho”. Segundo vídeo: na noite seguinte, o jornalista preconceituoso pede desculpas meio a contragosto: “Ontem durante o programa eu disse uma frase infeliz que ofendeu os garis. Eu peço profundas desculpas aos garis e a todos os telespectadores”. Numa entrevista à Folha, porém, Boris Casoy mostra que não se arrependeu da frase e do seu pensamento elitista, mas sim do vazamento. “Foi um erro. Vazou, era intervalo e supostamente os microfones estavam desligados”. Do CCC à assessoria dos golpistas Este fato lastimável, que lembra a antena parabólica do ex-ministro de FHC, Rubens Ricupero – outras centenas de comentários de colunistas elitistas da mídia hegemônica infelizmente nunca vieram ao ar –, revela como a imprensa brasileira “é uma vergonha”, para citar o bordão de Boris Casoy, com seu biquinho e seus cacoetes. O episódio também serve para desmascarar de vez este repugnante apresentador, que gosta de posar de jornalista crítico e independente. A história de Boris Casoy é das mais sombrias. Ele sempre esteve vinculado a grupos de direita e manteve relações com políticos reacionários. Segundo artigo bombástico da revista Cruzeiro, em 1968, o então estudante do Mackenzie teria sido membro do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), o grupo fascista que promoveu inúmeros atos terroristas durante a ditadura militar. Casoy nega a sua militância, mas vários historiadores e personagens do período confirmam a denúncia. Âncora da oposição de direita Ainda de 1968, o direitista foi nomeado secretário de imprensa de Herbert Levy, então secretário de Agricultura do governo biônico de Abreu Sodré – em plena ditadura. Também foi assessor do ministro da Agricultura do general Garrastazu Médici na fase mais dura das torturas e mortes do regime militar. Em 1974, Casoy ingressou na Folha de S.Paulo e, numa ascensão meteórica, foi promovido a editor-chefe do jornal de Octávio Frias, outro partidário do setor “linha dura” dos generais golpistas. Como âncora de televisão, a sua carreira teve início no SBT, em 1988. Na seqüência, Casoy foi apresentador do Jornal da Record durante oito anos, até ser demitido em dezembro de 2005. Ressentido, ele declarou à revista IstoÉ que “o governo pressionou a Record [para me demitir]... Foram várias pressões e a final foi do Zé Dirceu”. Na prática, a emissora não teve como sustentar seu discurso raivoso, que transformou o telejornal em palanque da oposição de direita, bombardeando sem piedade o presidente Lula no chamado “escândalo do mensalão”. Nos bastidores da TV Bandeirantes Em 2008, Casoy foi contratado pela TV Bandeirantes e manteve suas posições direitistas. Ele é um inimigo declarado dos movimentos grevistas e detesta o MST. Não esconde sua visão elitista contra as políticas sociais do governo Lula e alinha-se sempre com as posições imperialistas dos EUA nas questões da política externa. O vazamento do vídeo em que ofende os garis confirma seu arraigado preconceito contra os trabalhadores e tumultuou os bastidores da TV Bandeirantes. Entidades sindicais e populares já analisam a possibilidade de ingressar com representação junto à Procuradoria Geral da República. Como ironiza Beto Almeida, presidente da TV Cidade Livre de Brasília, seria saudável o “Boris prestar serviços comunitários por um tempo, varrendo ruas, para ter a oportunidade de fazer algo de útil aos seus semelhantes”. Também é possível acionar o Ministério Público Federal, que tem a função de defender os direitos constitucionais do cidadão junto “aos concessionários e permissionários de serviço público” – como é o caso das TVs. Na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, realizada em dezembro, Walter Ceneviva, Antonio Teles e Frederico Nogueira, entre outros dirigentes da Rede Bandeirantes, participaram de forma democrática dos debates. Bem diferente da postura autoritária das emissoras afiliadas à Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), teleguiadas pela Rede Globo. Apesar das divergências, essa participação foi saudada pelos outros setores sociais presentes ao evento. Um dos pontos polêmicos foi sobre a chamada “liberdade de expressão”. A pergunta que fica é se a deprimente declaração de Boris Casoy faz parte deste “direito absoluto”, quase divino.

Judaismo é diferente do sionismo?????

sábado, 2 de janeiro de 2010

Para começar bem o ano, uma otima musica nativa...


Bruna Caram respira musica desde sempre, nascida em Avaré (SP), começou estudando piano aos sete anos e aos nove ingressou nos Trovadores Urbanos, aos quinze anos foi para a divisao principal do Trovadores Urbanos, onde ganhou experiencia e tato com a musica e publico.
Se formando agora em Educação Musical pela UNESP, lança agora seu segundo trabalho, Feriado Pessoal, (o primeiro se chama Essa Menina de 2006, que tambem esta disponivel aqui no blog).
Como Maria Gadú e Tiê, Bruna é mais uma promessa da nova safra da MPB, que realmente estava caindo na mesmice, trago entao a voces mais este lindo trabalho de jovens que querem fazer a diferença, fica aqui entao minha parte na historia que é o de lhes mostrar as novidades, por isso, Deleitem-se!!!
Saravá!!!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz 2010.....


AMIGO(A)S, FREQUENTADORES DESSE BLOG  E  CAMARADAS DE LUTA, UM FELIZ 2010 A TODOS E FIQUEM COM A MENSAGEM DE "PEPE" MUJICA, PRESIDENTE RECEM ELEITO DO URUGUAI...

“Que seria deste mundo sem militantes? Como seria a condição humana se não houvesse militantes? Não porque os militantes sejam perfeitos, porque tenham sempre a razão, porque sejam super homens e não se equivoquem. Não é isso. É que os militantes não vem para buscar o seu, vem entregar a alma por um punhado de sonhos. Ao fim e ao cabo, o progresso da condição humana depende fundamentalmente que exista gente que se sinta feliz em gastar sua vida ao serviço do progresso humano. Ser militante não é carregar uma cruz de sacrifício. É viver a glória interior de lutar pela liberdade em seu sentido transcendente”.




السلام عليكم
As-Salamu Alaykum
(Que a paz esteja contigo).

VA - Sax Colossuses: Jazz Inflections

UM FELIZ 2010 PARA TODOS  AQUELES QUE AINDA LUTAM EM PROL DE UMA SOCIEDADE MENOS DESIGUAL, ONDE A MAIORIA EXCLUIDA POSSA TER ACESSO AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DOS SERES HUMANOS!


http://img167.imageshack.us/img167/8160/saxcooi3.jpg


01. Gene Ammons - A Stranger In Town (Torme) 6'02"
02. Benny Carter - Malibu (Carter) 4'31"
03. Tina Brooks - Everything Happens To Me (Dennis-Adair) 6'12"
04. Ben Webster - How Long This Has Been Going On (Gershwin) 8'08"
05. Willis Jackson - Home (Clarkson-Van Steeden) 5'15"
06. Coleman Hawkins - Self Portrait (of the Bean) (Ellington) 3'57"
07. Oliver Nelson - Time After Time (Styne-Cahn) 7'28"
08. Harold Land - Wrap Your Troubles in Dreams (Moll-Koehler-Barris) 9'25"
09. Lee Konitz & Art Pepper - The Shadows of Your Smile (Mandel) 5'40"
10. Gene Ammons - Goodbye (Jenkins) 4'34"

Downloads abaixo:
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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Uma batalha quase esquecida...



A Batalha de Kursk

e a falsificação da História 




Salvo raríssimas excepções, os historiadores militares da burguesia omitem qualquer referência à batalha de Kursk, “ a maior batalha da História, de importância decisiva para o desfecho da II Guerra Mundial. “A omissão não resulta de ignorância. Tornar pública a verdade sobre Kursk pulverizaria os mitos forjados por Hollywood sobre a participação dos EUA na II Guerra e arrancaria a máscara à moderna historiografia norte-americana, tirando-lhe credibilidade”.


Miguel Urbano Rodrigues - - Odiario.info


As comemorações do desembarque anglo–americano na Normandia, em Junho de 44, serviram mais uma vez de pretexto para uma campanha de falsificação da História de dimensão planetária. Este ano, pela primeira vez, até a Alemanha, o país vencido, se fez representar através da chanceler Angela Merkel.

De Obama a Brown, com passagem por Sarkozy, os líderes do Ocidente repetiram que a batalha da Normandia foi não só decisiva para a vitória sobre o nazismo como o maior acontecimento militar da história. Todos estavam conscientes de que mentiam.

Da contribuição da URSS para o esmagamento do III Reich não se falou praticamente.

É significativo que os historiadores militares norte–americanos e britânicos, com raríssimas excepções, desconheçam nas suas obras a batalha de Kursk ou se limitem a breves referências.

A omissão não resulta de ignorância. Tornar pública a verdade sobre Kursk pulverizaria os mitos forjados por Hollywood sobre a participação dos EUA na II Guerra e arrancaria a máscara à moderna historiografia norte-americana, tirando-lhe credibilidade.

Kursk foi pelos efectivos e armamentos nela empenhados a maior batalha da História. Nela participaram 4.155.000 soviéticos e alemães. A fase defensiva e a ofensiva somadas duraram escassas semanas (Stalinegrado prolongou-se por sete meses). Mas os meios utilizados – 69.000 canhões, 13.200 tanques e canhões de propulsão e 11.950 aviões – superam de longe o total dos equipamentos bélicos terrestres e aéreos mobilizados por americanos e japoneses durante os quase quatro anos da Guerra no Pacifico [1].

A batalha de Kursk mudou o rumo da guerra. O Exército Vermelho retomou ali a iniciativa e passou à ofensiva para a manter até a tomada do Reichstag, em Berlim, em Maio de 45, que ficou a assinalar a capitulação incondicional da Alemanha nazi.

Julgo útil esboçar para o povo português muito resumidamente o quadro em que ocorreu a gigantesco confronto de Kursk e alguns factos e situações que os historiadores ocidentais – incluindo os da Alemanha Federal – têm omitido nas suas obras.

Em Fevereiro e Março de 1943, quando o Exército Vermelho deteve o movimento ofensivo iniciado após o aniquilamento e capitulação em Stalinegrado do VI Exército Alemão de Von Paulus, a Wehrmacht desencadeou uma contra-ofensiva que lhe permitiu reocupar na Região Centro–Sul, entre outras, as cidades de Karkhov, Orel e Bielgorod.

Formou-se assim naquela área, quando a Frente se estabilizou no início da Primavera, aquilo a que se chamou o Saliente de Kursk, um território quase quadrado, com uma dimensão equivalente à da Bélgica, que entrava como uma cunha pelas linhas alemãs.

Consciente da importância estratégica do Saliente, o Estado-Maior General Soviético (EMGS) começou a acumular na retaguarda poderosas forças com a intenção de desencadear uma grande ofensiva no início do Verão. Durante o Inverno a indústria de guerra soviética ultrapassara pela primeira vez na produção de tanques e aviões a do bloco nazi. A força de combate do Exército Vermelho era também já largamente superior à da Whermacht e satélites (italianos, romenos, húngaros entre outros).

No início de Abril, O EMGS, que tinha decifrado os códigos utilizados pelos alemães, tomou conhecimento de que Hitler decidira retomar a ofensiva no Verão para vingar a humilhante derrota de Stalinegrado que destruíra o mito da invencibilidade alemã. Por informações posteriores de pilotos e oficiais capturados soube-se que «Citadel» seria o nome da grande operação em estudo.

O plano, elaborado pelo marechal Von Manstein, previa o ataque simultâneo a partir do Sul e no Norte, a meio do Saliente, com o objectivo de cercar as forças soviéticas ali concentradas, cortando-lhes a retirada. Para o efeito, os alemães mobilizaram 950.000 homens, 10.800 canhões, 3.000 tanques (16 divisões Panzer) e três mil aviões, entre os quais os Focke–Wulf 190 e bombardeiros Henschel-129. Entre as novas armas a utilizar figuravam os tanques pesados Tigre e Pantera. A operação seria desencadeada entre 3 e 6 de Julho. Na sua ordem de serviço Hitler afirmou que ela deveria transformar o inimigo numa tocha que iluminaria o mundo.



Em Nuremberga, o marechal Keitel reconheceu que o Estado-Maior alemão subestimara o poder do Exército Vermelho e ignorava que ele conhecia em pormenor o Citadel.

Foi precisamente o conhecimento do plano alemão que levou o marechal Zhukov em relatório enviado ao Estado-Maior General Soviético em 8 de Abril a sugerir uma alteração da estratégia prevista. Propôs que em vez da ofensiva em preparação, o Exército Vermelho aguardasse o ataque da Wehrmacht em linhas fortificadas a construir e, após uma curta batalha defensiva em que seriam infligidas enormes perdas aos alemães, passasse imediatamente à ofensiva. Stalin, após alguma hesitação, aprovou o projecto de Zhukov que contou com o apoio de Vassilevsky.

Os marechais Manstein e Kluge estavam convictos de que na sua fulminante ofensiva iriam enfrentar apenas os Exércitos soviéticos das Frentes Central e de Voronej, no interior do Saliente. Esperavam uma vitória tão rápida que descuraram o problema das reservas.

Na realidade intervieram na batalha os Exércitos Soviéticos de mais quatro Frentes – a Ocidental e a de Briansk, a Norte, e a da Estepe e a do Sudoeste, do lado Sul.

O dispositivo defensivo, montado em menos de três meses, foi considerado inultrapassável pelo Estado-Maior General Soviético. Contra o que é habitual, na batalha defensiva, a superioridade soviética era considerável. Dispunham de 1.632.000 homens, 27.000 canhões e morteiros, 5.000 tanques, entre os quais o T-34, considerado pelos especialistas o melhor veículo couraçado da II Guerra – e 3.000 aviões de combate.

A Frente da Estepe foi concebida para funcionar na prática como um conjunto de exércitos de reserva.

Na madrugada do dia 5, os alemães, surpreendidos por um bombardeamento inesperado da artilharia soviética, desencadearam a ofensiva. A Luftwaffe despejou milhares de toneladas de bombas sobre as linhas soviéticas e as divisões Panzer ao arrancarem foram apoiadas por uma barragem ininterrupta de artilharia.

A extraordinária concentração de meios numa área de extensão reduzidíssima permitiu aos alemães avançarem alguns quilómetros nos dias 6, 7 e 8: 10 a 12 a Norte e um máximo de 30 a 35 a Sul. Mas foram incapazes de romper as linhas soviéticas. Longe iam os dias da blietzkrieg, a guerra relâmpago.

No segundo dia da batalha a Força Aérea soviética conquistou o domínio definitivo do ar e uma semana depois a Luftwaffe foi praticamente varrida dos céus de Kursk.

Consciente de que Citadel estava a evoluir mal e de que a esperança de fechar as tenazes em torno do inimigo, cercando-o, eram remotas, Manstein lançou os seus Panzer contra Prokovohka, uma pequena cidade, a sudeste do Saliente, na charneira das Frentes Central e da Estepe.

Nessa planura travou-se durante quase três dias a maior batalha de tanques da História. Nela participaram de ambos lados 1.200 carros. As perdas foram elevadíssimas nos dois campos, quase metade dos tanques empenhados. Mas no dia 12 o ímpeto germânico esgotara-se. Os alemães careciam de reservas e as soviéticas afluíam maciçamente da retaguarda.

No dia 12, um fortíssimo contra-ataque soviético assinalou o fim da fase defensiva da batalha. As tropas das Frentes Ocidental e de Briansk atacaram nesse mesmo dia a Noroeste do Saliente. No dia 15 Koniev e Rokossovsky contra-atacaram e os alemães iniciaram a retirada. Hitler foi informado de que Citadel fracassara. No dia 3 de Agosto as Frentes da Estepe (marechal Zakharov) e do Sudoeste passaram também à ofensiva.

A 5 de Agosto troaram os canhões em Moscovo para festejar a libertação de Orel e Bielgrod; no dia 23, as tropas soviéticas expulsaram os últimos alemães de Karkhov.

A ausência de reservas aumentou muito as dificuldades da ininterrupta retirada alemã. A Wehermacht perdera em Kursk, numa semana, definitivamente, a sua capacidade ofensiva.

Roosevelt e Churchill em mensagens a Stalin felicitaram-no com entusiasmo pela a grande e decisiva vitória alcançada pela União Soviética. Roosevelt escreveu então que «o mundo nunca viu tão grande devoção, determinação e capacidade de sacrifício como as do povo russo e dos seus exércitos». Mas, anos depois, quando principiou a Guerra-Fria, a batalha de Kursk desapareceu da historiografia anglo-americana.

Na Alemanha, o próprio marechal Manstein dedica-lhe poucas páginas nas suas Memórias e em «Vitórias Perdidas» (Bonn, 1955). A falsificação da História, montada com perversidade por iniciativa dos governos de Washington e Londres, foi levada tão longe que um conceituado académico estadunidense, Hanson Baldwin, num livro dedicado às «Onze maiores batalhas» da II Guerra apenas inclui Stalinegrado na Frente Leste. Kursk não é sequer citada, mas da lista constam Corregidor (uma humilhante derrota americana nas Filipinas) e Tarawa, uma desconhecida ilhota do Pacifico onde 10.000 americanos enfrentaram outros tantos japoneses...


ESTRATEGIA E TÀCTICAS INOVADORAS


A Historiografia soviética dedicou milhares e páginas à Batalha de Kursk, mas somente algumas dessas obras foram traduzidas para idiomas estrangeiros.

A atenção preferencial dedicada pelos historiadores militares a essa batalha resulta não tanto por ela ter mudado o rumo da guerra mas sobretudo por ter assinalado uma viragem inovadora naquilo que definem como «a arte militar soviética».

A maioria coincide na conclusão de que Kursk não deve ser considerado um «modelo» para outras batalhas porque nunca mais foi possível utilizar tantos meios humanos e materiais numa área tão reduzida. Os marechais Zhukov, Vassilevsky e Zakharov reflectem sobre o tema nas suas obras. Uma síntese especialmente esclarecedora figura num ensaio do coronel Vasily Morozov, professor de História no Instituto de História Militar do Ministério da Defesa da URSS.

O autor nesse estudo alerta para os aspectos mais inovadores do grande choque.

O primeiro deles foi a súbita inversão de estratégia. Kursk foi concebida para ser uma batalha ofensiva. Dai as enormes reservas acumuladas na retaguarda, das quais os alemães tinham um conhecimento superficial. Pela primeira vez na História – salienta Morosov – as forças que defendiam eram muito superiores às do atacante em efectivos e na qualidade e quantidade do armamento.

A opção pela defensiva inicial baseou-se na certeza de que essa superioridade impediria a ruptura da frente pelo inimigo. As defesas, em toda extensão do Saliente, desdobravam-se em três escalões todos protegidos por obstáculos anti-tanques, campos de minas e uma densidade de artilharia por quilómetro inédita.

As forças alemãs, como já foi sublinhado, não conseguiram romper a frente em qualquer dos sectores da mesma.

O facto de a contra-ofensiva soviética ter partido com diferença de poucos dias de seis frentes diferentes surpreendeu e desorientou o Alto Comando da Wehermacht e desmoralizou os exércitos alemães forçados a passar da ofensiva a uma defensiva caótica.

Outra inovação em Kursk foi o emprego pela primeira vez de exércitos de tanques autónomos. Até então as forças blindadas estavam ligadas a exércitos ou grupos de exércitos de infantaria de cujo comando dependiam.

A coordenação das acções dos exércitos de tanques, da força aérea, da infantaria, e da intervenção das reservas obedeceu também esquemas inovadores.

Informações sobre a localização exacta dos aeródromos alemães recebidas dos guerrilheiros que combatiam na retaguarda dos nazis permitiram bombardeamentos de precisão que destruíram ou danificaram muitos aviões da Luftwaffe.

A engenharia militar construiu no Saliente uns 6.000 quilómetros de trincheiras, dezenas de pontes, centenas de quilómetros de estradas e ramais ferroviários, 78 hospitais (alguns com instalações subterrâneas), campos de aviação.

A logística preparada para a batalha excedeu tudo o que no género se fizera desde o início da invasão. As redes de abastecimento de alimentos e combustíveis e de comunicações telefónicas e telegráficas desempenharam um papel importantíssimo durante a batalha, assegurando comunicações seguras entre as Frentes, as unidades da vanguarda e da retaguarda e Moscovo.

Os generais Pavel Doronin e Konstantin Krainyukov publicaram importantes estudos sobre a participação do PCUS em todas as fases da batalha. O trabalho político desenvolvido pelos representantes do Partido das trincheiras à retaguarda contribuiu muito para o elevado moral das tropas No auge da luta foram realizados concertos e espectáculos teatrais com a presença de destacados artistas nacionais.

Não há falsificações dos escritores e académicos da burguesia que possam apagar o significado histórico da batalha de Kursk.

Acontecimento estratégico de viragem, o seu desfecho não teria sido possível se os homens que ali quebraram a coluna vertebral da Wehrmach não contassem com o apoio total do seu povo, agredido pelas hordas hitlerianas.

Kursk não foi uma excepção. Inseriu-se numa saga de sobrevivência nacional.

Os seus combatentes, como os de Moscovo, de Stalinegrado, do Cáucaso, da Bielorrússia e de outras batalhas vitoriosas pertenciam a uma geração que deu continuidade ao espírito revolucionário dos heróis de Outubro de 17. Nas circunstâncias mais difíceis, os soldados da União Soviética bateram-se com a convicção inabalável de que assumiam não somente a defesa do seu povo como a causa da humanidade ameaçada pela barbárie fascista.






(1) Os números citados neste artigo foram extraídos do Livro “The Battle of Kursk”, Ed.Progresso, Moscovo, 1974, que reúne ensaios e depoimentos de 25 altas personalidades soviéticas, entre as quais o marechal Georgi Zhukov, comandante supremo, do marechal Alexander Vassilevsky, chefe do Estado Maior General e os marechais Rokossovsky e Koniev, comandantes de duas das seis Frentes que participaram na batalha.


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