Simone Harnik, do blog Desabafo Brasil
A manifestação de
professores da rede estadual de São Paulo, concentrada no vão do Masp
(Museu de Arte Moderna de São Paulo) na tarde desta sexta-feira (19),
paralisa, desde às 15h05, o tráfego da avenida Paulista. A assembleia
irá decidir a continuidade da greve dos docentes, que já está no 12º
dia.
De acordo com o tenente coronel Cerqueira, responsável pela operação, é estimado que o movimento tenha 8 mil participantes. Ja a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo) afirma que a manifestação já tem 20 mil docentes.
Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente do sindicato, espera que o protesto tenha mais de 40 mil pessoas até o final. "Até o momento não há abertura de negociações com o Estado", diz ela.
No carro de som, entre as palavras de ordem, dirigentes fazem perguntas tais como: "Que notas damos ao Serra? E ao Paulo Renato?" Os manifestantes respondem: "Zero". "E aos professores?" "Dez". Houve, inclusive, uma performance de docentes maquiados de palhaço, que, segurando um caixão, simbolizavam o sepultamento da "paz financeira" dos docentes.
De acordo com a secretaria de Educação do Estado, a greve atinge menos de 1% dos docentes da rede. Não há previsão de encontro entre a pasta e o sindicato para negociação. O secretário da Educação, Paulo Renato Souza, em entrevista de 16 de março ao jornal O Estado de S. Paulo, disse que o movimento é "eminentemente eleitoral". Ontem (18), o governador José Serra havia afirmado ao jornal que a greve era um "trololó".
O governo do Estado afirmou ter cortado os salários dos servidores em greve e tem minimizado as manifestações.
Reivindicações
De acordo com a Apeoesp, o movimento "busca reforçar a luta da categoria pelo atendimento das reivindicações na defesa da dignidade profissional".
Entre as principais bandeiras dos professores estão: reajuste salarial de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira; garantia de emprego; fim de avaliações para temporários; e realização de concursos públicos para a efetivação dos docentes.
A rede de São Paulo conta com mais de 220 mil professores e 5 milhões de alunos. Segundo a Apeoesp, os professores que compõem o comando de greve estão visitando as escolas para conversar com pais, alunos e professores, explicando o porquê da paralisação.
Ministério Público
Nesta quinta-feira (18), a Justiça negou o pedido do Ministério Público do Estado para proibir o ato dos professores. O MPE alegava que a manifestação causaria transtornos à circulação de pessoas na região, impedindo o direito de ir e vir. Na última sexta (12), a avenida foi fechada durante o protesto de docentes.
De acordo com a decisão do juiz da 20ª Vara Cível, Flávio Abramovici, é obrigação da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da Polícia Militar zelarem para que a circulação de pessoas não vire caos. Segundo a sentença, o MPE tem de adotar as providências cabíveis a fim de que a PM e a CET adotem "os meios necessários (inclusive força) para que a manifestação não cause qualquer transtorno ao trânsito desta capital".
De acordo com o tenente coronel Cerqueira, responsável pela operação, é estimado que o movimento tenha 8 mil participantes. Ja a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo) afirma que a manifestação já tem 20 mil docentes.
Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente do sindicato, espera que o protesto tenha mais de 40 mil pessoas até o final. "Até o momento não há abertura de negociações com o Estado", diz ela.
No carro de som, entre as palavras de ordem, dirigentes fazem perguntas tais como: "Que notas damos ao Serra? E ao Paulo Renato?" Os manifestantes respondem: "Zero". "E aos professores?" "Dez". Houve, inclusive, uma performance de docentes maquiados de palhaço, que, segurando um caixão, simbolizavam o sepultamento da "paz financeira" dos docentes.
De acordo com a secretaria de Educação do Estado, a greve atinge menos de 1% dos docentes da rede. Não há previsão de encontro entre a pasta e o sindicato para negociação. O secretário da Educação, Paulo Renato Souza, em entrevista de 16 de março ao jornal O Estado de S. Paulo, disse que o movimento é "eminentemente eleitoral". Ontem (18), o governador José Serra havia afirmado ao jornal que a greve era um "trololó".
O governo do Estado afirmou ter cortado os salários dos servidores em greve e tem minimizado as manifestações.
Reivindicações
De acordo com a Apeoesp, o movimento "busca reforçar a luta da categoria pelo atendimento das reivindicações na defesa da dignidade profissional".
Entre as principais bandeiras dos professores estão: reajuste salarial de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira; garantia de emprego; fim de avaliações para temporários; e realização de concursos públicos para a efetivação dos docentes.
A rede de São Paulo conta com mais de 220 mil professores e 5 milhões de alunos. Segundo a Apeoesp, os professores que compõem o comando de greve estão visitando as escolas para conversar com pais, alunos e professores, explicando o porquê da paralisação.
Ministério Público
Nesta quinta-feira (18), a Justiça negou o pedido do Ministério Público do Estado para proibir o ato dos professores. O MPE alegava que a manifestação causaria transtornos à circulação de pessoas na região, impedindo o direito de ir e vir. Na última sexta (12), a avenida foi fechada durante o protesto de docentes.
De acordo com a decisão do juiz da 20ª Vara Cível, Flávio Abramovici, é obrigação da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da Polícia Militar zelarem para que a circulação de pessoas não vire caos. Segundo a sentença, o MPE tem de adotar as providências cabíveis a fim de que a PM e a CET adotem "os meios necessários (inclusive força) para que a manifestação não cause qualquer transtorno ao trânsito desta capital".