(Trabalhadores da Foxconn participam de celebração de "valorização da vida", em Longhua, na província de Guangdong)
"É a primeira vez que eu falo com um estrangeiro. Você conhece o Michael Jackson? Tenho todas as músicas dele no meu telefone!”
É meia-noite e meia e estamos diante da entrada de Hongfujin, um braço
da Foxconn dedicado ao iPod. Na umidade noturna de Longhua, na periferia
de Shenzhen Longhua, um grupo de cozinheiros ambulantes, com o
fogareiro a gás soldado na garupa do triciclo, veio concorrer com a
cantina da fábrica. Eles atiçam esses milhares de jovens em jaquetas
rosa ou pretas que deixam o local de trabalho com a barriga vazia.
Alguns estão curiosos e nos abordam de maneira cândida e brincalhona.
Para os clientes sentados em volta do carrinho de Bo Zhang, a porção de
yakisoba sai por 3 yuans.1 Sozinho, Bo prepara ao menos mil
por dia. “Os chefes da Foxconn preferem manter seus empregados perto das
fábricas durante a pausa para a refeição. Então, assim que a gente
chega, esses safados abaixam o preço dos pratos da cantina para 1,50
yuan, em vez dos 4 yuans que custam normalmente!”
Bo Zhang é um ex-operário da Foxconn. Ele trabalhava na oficina de
laminagem das tampas metálicas dos MacBooks, em uma sala malventilada e
barulhenta, de calor sufocante; a poeira de alumínio recobria sua pele e
seus cabelos. Na época, os operários não apenas não tinham nenhum
contato com a hierarquia taiwanesa, mas até mesmo os executivos chineses
evitavam qualquer relação com seus pares taiwaneses, que eram os que
decidiam. Todos os seus pedidos para mudar de área eram recusados. Ele
deixou a fábrica depois de um ano, em maio de 2010. Para voltar melhor.
“Agora, são os operários que me fazem viver”, diverte-se. Em volta do
seu restaurante improvisado não tem guarda: apenas uma multidão de
jovens cansados, que preferem a simpatia de Bo à disciplina estrita que
reina na Foxconn, do outro lado dos portões de segurança. Segundo eles,
as humilhações e as punições dos chefes das oficinas pararam depois do
escândalo dos suicídios em série, durante o primeiro semestre de 2010.2
“Os gerentes são bem mais discretos. Na verdade, não os ouvimos mais.
Se temos a cabeça no lugar, dá para levar. Eu trabalho de pé, mas tenho
uma pausa de dez minutos a cada duas horas”, conta-nos Yang,3
21 anos e muito magro. Seu colega, Cao Di, se lembra das vexações
passadas: “Quando a meta de produção não era atingida, precisávamos
refletir sobre nossos erros ficando de pé, de frente para a parede,
durante seis horas”.
Apesar de tudo, a regra continua severa: “Evidentemente, deixamos
nossos telefones celulares na entrada e não podemos nem ir ao banheiro,
nem falar, nem beber um gole de água durante o trabalho”. É preciso
esperar as pausas. Juntos, os dois jovens embalam 8 mil iPads por dia,
das 8h às 19h. “Desde os da primeira geração, em 2010”, precisa um, com
orgulho.
Foi aqui, em 1988, em Longhua, na periferia de Shenzhen, que o fundador
taiwanês da Foxconn, Terry Tai Ming Gou, construiu sua primeira fábrica
chinesa. Fechados em um galpão de 3 quilômetros quadrados cercado pelos
dormitórios, 350 mil operários fabricam ali, dia e noite, as
impressoras e os cartuchos de tinta Hewlett-Packard (HP), os
computadores Dell ou Acer, os e-Readers Kindle da Amazon, os
Playstations da Sony e todos os produtos da Apple.
Diante da insaciável demanda mundial suscitada pelos produtos da Apple,
a Foxconn construiu duas fábricas suplementares, ainda maiores: uma em
Sichuan para os iPads e a outra em Henan para os iPhones. A produção
começou em 30 de setembro de 2010 na primeira e em agosto de 2011 na
segunda. Cada uma emprega cerca de 200 mil operários.
Em Shenzhen, desde a manhã, homens de terno escuro, imperturbáveis,
jogam baralho em uma sala enfumaçada. Eles administram uma dezena de
dormitórios com fachadas azulejadas, como existem em todo canto em
Shenzhen. Esses gerentes recebem os aluguéis de 12 mil operários
apertados nos 1,5 mil quartos (moças e rapazes separados), em nome de um
rico proprietário.
Por falta de espaço suficiente, a Foxconn abriga apenas 25% da sua mão de obra, num “campuscom
piscina olímpica, salões de ginástica e hospitais”, clamam os
comunicados de imprensa. A imensa maioria do pessoal ocupa então os
dormitórios privados construídos de qualquer jeito, colados uns aos
outros, em terrenos sem nome de rua. Os operários se encontram assim à
mercê dos comerciantes de todo tipo e dos hoteleiros gananciosos sobre
os quais a firma taiwanesa não tem nenhum controle.
De sua pick-up sofisticada, os policiais de Longhua acionam uma câmera
rotativa. Seu medo são as tentativas de manifestação recorrentes na
província; por outro lado, eles parecem muito mais tolerantes com
relação aos incontáveis bordéis camuflados em karaokês ou em salões de
massagem. Enfrentando as denúncias, a Foxconn declara: “Nunca
tentaríamos recorrer ao trabalho de menores. Se casos foram descobertos,
foi porque os trabalhadores utilizaram documentos falsos e pareciam
mais velhos do que sua idade”, já declarou a empresa. Investigações
feitas pela Apple em 2011 mostraram a presença de crianças em cinco dos
seus fornecedores.4
Em Longhua, a ingenuidade da mão de obra só se equipara a seu apetite
consumista. Após a saída das fábricas, os operários nadam em um universo
de tentações abordáveis. Os dormitórios mais próximos das saídas da
fábrica (Norte, Sul, Leste, Oeste) estão repletos de publicidades
luminosas e sonoras de telefones celulares ou bebidas energéticas. Na
rua, os jovens são pescados pelo megafone: pelúcias gigantes, bijuterias
vagabundas... ou até jaquetas Foxconn falsificadas, a 35 yuans cada,
“para o caso de eles terem perdido aquela dada pela direção no dia da
contratação e que eles devem usar obrigatoriamente seis dias por
semana”, diz a vendedora.
Longe do barulho, embaixo de uma loja de cobertores, ressoam os cantos
de uma igreja evangélica que conseguiu escapar do departamento de
assuntos religiosos de Shenzhen. “Deus os chama”, podemos até ler em
letras verdes e vermelhas na janela do primeiro andar. Desde sua
abertura, há cinco anos, operários da Foxconn vêm rezar, chorar e cantar
ali, de dia e de noite. Suas doações já permitiram comprar um pequeno
piano e financiar os deslocamentos de um pastor que mora em Dongguan.
Por enquanto, nada que perturbe as autoridades.
E também, em abril de 2011, um milagre: o metrô finalmente chegou a
Longhua. A cada oito minutos, um trem com ar condicionado para no
terminal de Qinghu, na Avenida Heping, e leva a juventude operária até
Lohuo, o bairro animado de Shenzhen, de frente para Hong Kong. “Cada vez
mais tráfego, tentações e insegurança”, resume Sunny Yang, engenheiro,
voltando de uma noitada de badminton entre amigos. Ele vive em Longhua
com a esposa e a filha de 2 anos e suporta cada vez menos a vida na
cidade-fábrica.
Uma nova população, mais velha, chega à cidade. Esses sexagenários não
se mudaram para o meio das fábricas por prazer, mas porque seus filhos
trabalhadores, empregados da Foxconn, chamaram por eles para cuidar de
sua prole. É o caso de Lei, 23 anos, originária de Hunan e mãe de um
menininho de 2 anos e meio: “Meus pais também foram operários migrantes
na região, e seu hukou rural [passaporte interno] não permitia a
inscrição na escola [os migrantes não têm os mesmos direitos que os
urbanos, principalmente com relação ao acesso aos serviços públicos].
Então eles deixaram o vilarejo. Durante toda a minha infância eu só os
via uma vez por ano, durante o Ano-Novo chinês. Eu não quero que meu
filho conheça a mesma solidão. Quero que ele tenha uma escolaridade
aqui, mesmo se eu tiver de pagar o preço”, reivindica essa jovem, que
nos fez visitar sua modesta morada.
Por enquanto, a família vive a três em um quarto de 9 metros quadrados,
por 350 yuans ao mês. Grande o suficiente para caber o colchão, a
televisão e o carrinho do bebê. O marido de Lei monta telefones fixos
Cisco, doze horas por dia, seis dias por semana. Ele ganha bem a vida:
até 4 mil yuans por mês. Lei parou de trabalhar quando o filho nasceu.
Ela está grávida de cinco meses. Quando o segundo filho nascer, ela vai
trazer seus pais aposentados e voltará ao trabalho, para dobrar o
salário da família.
Em Longhua, muitas mães e futuras mães irritam seus superiores
hierárquicos na fábrica. “Quando descobri que estava grávida, meu chefe
de seção me fez esperar dez dias antes de me isentar da passagem pelo
detector de metais. E quando pedi para mudar de seção, ele recusou. Tive
de convencer seu superior”, revela essa jovem. Grávida de oito meses,
Jun Hao trabalha agora na etiquetagem de caixas de computador. “Eu colo
adesivos por 3 mil yuans ao mês. É justo, não?” Depois do parto, ela
deve receber uma licença-maternidade de três meses: “Minha mãe não
acredita nem um pouco nisso, mas consta claramente no contrato”.
No centro ginecológico Huaai de Longhua, as operárias vão com o
companheiro recolher todo tipo de informações ligadas à maternidade ou à
contracepção. Apesar da decoração rosa-bebê, esse estabelecimento de
saúde se beneficia de uma parceria com o Exército Popular de Libertação
(EPL). A maioria dos seus médicos são oficiais militares. Ficamos sem
palavras diante dos cartazes ilustrados de educação sexual fixados ao
longo das calçadas, que um guarda nos proíbe terminantemente de
fotografar. “A homossexualidade é um fenômeno cultural como o
sadomasoquismo. Ele ainda não atingiu sua maturidade na China”, podemos
ler – modo de dizer que a sociedade chinesa não estaria completamente
pronta para aceitar a homossexualidade.
Para conservar sua mão de obra, a Foxconn deve agora disputar com os
patrões de pequenas fábricas que não hesitam mais em colar suas ofertas
de emprego até nas portas dos dormitórios nem a se alinhar com os
salários em vigor em Longhua. Eles aproveitam o ambiente high-tech da
zona industrial para vir fabricar seus próprios telefones, destinados
aos mercados modestos das pequenas cidades ou zonas rurais chinesas. “O
que perdemos em custo de mão de obra recuperamos na nossa margem, pois
vendemos diretamente nosso produto aos consumidores”, explica um homem
de negócios. De fato, os telefones KPT, inspirados nos Blackberry, ou os
Ying Haifu, parecidos com os Nokia, são também fabricados em Longhua.
Com essa concorrência e o ânimo de consumo dos jovens, a firma
taiwanesa escolheu continuar seu desenvolvimento em outro lugar, mais
para o interior do país, em províncias distantes dos portos comerciais,
onde é possível repensar um complexo industrial de A a Z e onde os
responsáveis locais lhe estendem o tapete vermelho. Como em Pixian, na
periferia de Chengdu, província de Sichuan, onde a Danone engarrafa sua
água Robust e a Intel fabrica seus processadores.
No dia 16 de outubro de 2009, ou seja, até mesmo antes da onda de
suicídios do primeiro semestre de 2010, uma promessa de investimento
conjunto foi assinada com as autoridades de Sichuan. O canteiro de obras
teve início em 25 de julho de 2010; a produção começou em 30 de
setembro. Mas uma explosão mortal aconteceu sete meses depois, causada
por um defeito estrutural de ventilação, como estabeleceu uma
investigação do New York Times detalhando as condições de trabalho dos operários de Chengdu.5
Hoje, a Foxconn fabrica ali 12 milhões de iPads por trimestre, ou seja,
dois terços de sua produção total, divididos em oito fábricas e
cinquenta linhas de produção superpostas em um perímetro de 4
quilômetros quadrados.
Aqui, nada de bordéis barulhentos e karaokês brilhantes nem anúncios
luminosos, fábricas de telefones falsificados e igrejas evangélicas: os
operários evoluem obedientemente em uma cidade-fábrica nova em folha,
higienizada, com arquitetura neostalinista. Rodovias com três pistas de
cada lado ligam as fábricas maciças A, B e C às portas dos dormitórios
1, 2 ou 3. São os ônibus articulados da cidade de Chengdu que garantem o
translado, tanto de dia como à noite – devagar, para escapar dos
radares eletrônicos. Além das betoneiras, os caminhões de mercadorias e
os carros de polícia são os únicos veículos que vemos circular em
Pixian.
Esse novo conjunto industrial, edificado em um tempo recorde – 75 dias –
por Jiangong, uma empresa controlada pela cidade de Chengdu, se situa
em uma nova zona franca; por isso, ele está isento de imposto.
A instalação da Foxconn é descrita na imprensa local como “o projeto
número 1 do governo de Sichuan”. Para agradar a Terry Gou, as
autoridades construíram seis novas estradas, duas pontes e 1,12 milhão
de metros quadrados de superfície habitável para os operários. Eles
gastaram 2,2 bilhões de yuans em indenizações de expropriações para 10
mil famílias, cujos catorze povoados foram dizimados a partir de agosto
de 2010.6
As novas fábricas da Foxconn não são nada além de austeras construções
brancas cheias de milhares de pequenas janelas pintadas. Elas se
espalham ao longo de duas avenidas retilíneas com nomes evocativos: Tian
Sheng Lu (“Céu Vitória”) e Tian Run Lu (“Céu Lucro”). Nenhuma rede
antissuicídio foi colocada em volta das fábricas, como é o caso em
Longhua. A mão de obra, mais jovem, é com certeza a mais mal paga – o
salário de base é de 1.550 yuans, contra 1.800 em Shenzhen –, mas ela é
da região e pode visitar a família mais facilmente. “Culturalmente,
Chengdu não tem nada a ver com Shenzhen, que é uma cidade composta
exclusivamente de migrantes. Nossa usina de Longhua conta, por exemplo,
com 20% de jovens de Henan e 10% de Sichuan”.
Segundo os testemunhos recolhidos por lá, as próprias autoridades
locais se encarregaram do recrutamento – prova de que Chengdu leva esse
projeto muito a sério. Cada vilarejo da província de Sichuan viu, assim,
impostas cotas de trabalhadores a fornecer à Foxconn. “Eu aceitei a
oferta do chefe de partido do vilarejo em troca de uma ajuda
administrativa: ele acelerou meus trâmites de casamento com minha
companheira, originária de uma província vizinha. Mas não se trata de
trabalho forçado. Eu posso me demitir quando quiser, e nosso vilarejo
pode continuar recebendo suas subvenções do governo da província”, diz
Yang, que trabalha nos estoques. Até mesmo os estudantes de informática
foram mobilizados para fazer ali seus estágios. “Esses métodos são
provisórios e correspondem a uma fase inicial de desenvolvimento. Os
operários não nos conhecem, eles não vêm por conta própria fazer fila no
centro de recrutamento. É preciso, então, ir buscá-los”, comentam na
Foxconn.
Vinte e quatro mil operários (7% da mão de obra) são demitidos e contratados todos os meses em Shenzhen Longhua, segundo o Daily Telegraph.7
Talvez sejam muitos mais em Chengdu: “Quando uns amigos quiseram
partir, um diretor de recursos humanos pediu a eles que esperassem. Ele
já tinha 40 mil cartas de demissão para cuidar”, conta-nos um
assalariado.
Batizado de “Juventude Alegre”, mas repleto de guardas, os dormitórios
de Pixian têm até dezoito andares, moças e rapazes separados. Eles são
divididos entre os bairros de Deyuan, Shunjiang e Qingjiang. Cada
conjunto de três edifícios tem cantina, supermercado sem álcool,
cibercafé, caixas eletrônicos, mesas de pingue-pongue e terrenos de
badminton. Cada apartamento abriga seis a oito pessoas – por um aluguel
mensal de 110 yuans por leito – e dispõe de um banheiro com vaso
sanitário e ducha. Para economizar tempo e energia dos trabalhadores,
sua roupa é lavada por uma empresa de limpeza.
O cibercafé, aprovado pela juventude operária de Pixian, oferece
decoração cuidadosa, ar-condicionado e grandes poltronas. Os
computadores trazem o logotipo da Foxconn estampado no fundo de tela. O
preço da conexão dobra quando passa de uma hora, incitando os operários a
não gastar muito tempo.
“Quando saímos do quarto ou da fábrica, a vida é muito cara”, lamenta
Cheng, cujo dia é regulado como uma partitura. “Eu me levanto às 6h,
pego o ônibus às 6h40 e começo o dia na fábrica às 7h30. Como trabalho
até as 20h30, chego em casa às 21h10. Isso me deixa uma hora para
aproveitar antes que apaguem as luzes.”
É essa mesma paisagem que acabam de construir na periferia de
Chongqing, a 300 quilômetros de Chengdu. A Foxconn mudou para o local
uma parte da sua fábrica das impressoras HP, antes produzidas em
Shenzhen. A produção está apenas começando, ônibus universitários de
Chongqing levam montes de estudantes requisitados para um estágio
obrigatório na fábrica. Eles vão se unir aos 10 mil operários da fábrica
HP de Shenzhen que já aceitaram voltar para sua província natal. Para
Pan Fang, de 22 anos, e seus amigos, seu novo quarto conta com oito
camas numeradas e oito banquinhos. Sua primeira impressão é positiva:
“Aqui o ar é menos poluído, e a Foxconn instalou para nós água quente,
ar-condicionado e até mesmo uma televisão”. Eles já sabem que seu
trabalho será idêntico: eles vão montar, cada um, seiscentas impressoras
por dia. E esperam que seu salário seja o mesmo também...
BOX:
O império Foxconn
Wuhan, Chengdu, Zhengzhou,Chongqing, Xangai, Ningbo ou ainda Tianjin:
no total, a Foxconn possui umas vinte fábricas chinesas de todos os
tamanhos. De consoles de videogame a Smartphones 4G − 40% dos produtos
eletrônicos de grande público mundial são fabricados na China pela
empresa taiwanesa, que emprega mais de 1 milhão de operários, em sua
maioria com menos de 25 anos e pagos com até R$ 1.117 por mês.Mas a
Foxconn também se apresenta fora da China: ela tem uma fábrica de
montagem de televisores Sony na Eslováquia. E começa agora uma produção
na Índia, na Malásia e no Brasil. Com 61 anos, Terry Tai Ming Gou, seu
fundador, detém 30% das ações e figura em 179º lugar na classificação
das grandes fortunas mundiais da revista Forbes.
Jordan Pouille
Jornalista - correspondente em Pequim, China
Ilustração: Bobby Yip / Reuters
1 1 yuan = R$ 0,32.
2 Entre janeiro e maio de 2010, treze jovens operários tentaram pôr um
fim a seus dias; dez conseguiram. Ler Isabelle Thireau, “Cahiers de
doléances du peuple chinois” [Cadernos de pêsames do povo chinês], Le
Monde Diplomatique, set. 2010.
3 Algumas pessoas encontradas não revelaram o nome, frequentemente por medo de represálias.
4 “Apple Supplier Responsibility Report – 2012 Progress Report”, Apple.com.
5 The New York Times, 26 jan. 2012. Essa investigação levou a Apple a aderir à ONG Fair Labor.
6 Nanfang Zhoumo, Canton, 10 dez. 2010.
7 “Mass suicide protest at Apple manufacturer Foxconn company”
[Protesto com suicídio em massa na fabricante da Apple Foxconn], The
Daily Telegraph, Londres, 11 jan. 2012.
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