quarta-feira, 25 de abril de 2007

Professores rejeitam piso salarial



Governo define vencimento mínimo unificado para educadores de todo o país; mas o valor é considerado baixo



Renato Godoy de Toledo

O governo federal atendeu a uma reivindicação histórica dos educadores brasileiros. No dia 24 de abril, com o lançamento oficial do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), foi instituído o Piso Salarial Nacional Profissional do Magistério Público (PSNP). Porém, todas as entidades representativas do professorado ouvidas pelo Brasil de Fato, em maior ou menor grau, rechaçam o valor, a carga horária estipulada e o método para a aplicação do PSNP.

O projeto de lei para estabelecer o piso, que já tramita no Congresso, sugere que os professores devem receber R$ 850 para uma jornada de 40 horas semanais. Não há diferenciação salarial entre os professores com formação em nível superior e em nível médio.

De acordo com a proposta do governo federal, o vencimento dos professores deve ser aumentado gradualmente, para atingir os R$ 850 em 2010. A União repassaria verbas aos estados e municípios para que estes cumpram o piso. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, cerca de 55% dos docentes do ensino público recebem salários abaixo deste valor.


Substitutivo

Nesta quarta-feira (25), educadores de todo o Brasil realizaram a Marcha Nacional da Educação, em Brasília (DF), impulsionada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com o mote "Pague o piso ou pague o preço".

A entidade elaborou um projeto de lei substitutivo que prevê um piso de R$ 1.050 para os professores com habilitação em nível médio e R$ 1.575 para os professores com nível superior. Esses valores seriam relativos a 30 horas trabalhadas por semana e valeriam a partir de janeiro de 2008.

Na opinião da presidente da CNTE, Juçara Dutra Vieira, a instituição do PSNP, apesar do valor muito aquém das demandas da categoria, é pertinente, já que a discussão do piso está presente desde 1827, quando D. Pedro I formulou a primeira lei nacional de educação.

“A idéia do piso é muito importante, mas não podemos aceitar essa proposta do governo. Além de o valor ser rebaixado, ele só entra em vigor em 2010. Ou seja, até lá o valor estaria mais defasado ainda pois o projeto não fala nada sobre a reposição da inflação”, afirma Juçara.

A CNTE tentou marcar uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar seu projeto substitutivo, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

Outro ponto criticado pela entidade é a equiparação salarial entre os professores formados em nível superior e os de nível médio. “Isso é um desincentivo à valorização do professor e da educação. O profissional com nível médio não tem motivação para se habilitar em nível superior”, explica Juçara.


Realidade nos estados

Atualmente, os professores do ensino básico da rede pública recebem salários e gratificações. Um temor da categoria é que o governo considere essas bonificações como parte do salário, o que “facilitaria” o pagamento do piso.

“O piso tem que ser baseado em salário, não em gratificação. O trabalhador vive de salário, não de gratificação”, afirma Carlos Ramiro, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

Em São Paulo, estado com o maior PIB do país, o piso salarial é R$ 668. Com as gratificações, chega proximo aos R$ 1.000. Ou seja, se esses complementos forem considerados como salário, o professorado paulista nem notará a vigência do PSPN.

Mesmo em estados que possuem PIB menor, alguns setores do magistério não serão beneficiados com a medida. No Sergipe, por exemplo, os professores com formação em ensino médio recebem R$ 393 e os com nível superior R$ 682, para jornada de 40 horas semanais. Em ambos os casos, há uma bonificação mensal, chamada regência de classe, equivalente a 50% do salário.

“Para os trabalhadores com nível médio, a medida pode representar um avanço, mas os de nível superior ficam numa situação delicadíssima: eles já têm um salário acima do piso. Portanto, até 2010 eles podem sofrer uma estagnação salarial”, avalia Joel de Almeida Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe (Sintese).

Fonte:Brasil de Fato


terça-feira, 24 de abril de 2007

Conceitos dinâmicos de propriedade

José Rodrigues


Dos flanelinhas que defendem seus "pontos" nas vias públicas, ao Império Romano, ou dos traficantes, que exploram "bocas" com exclusividade, aos domínios da Microsoft, permeia a propriedade. Os fisiocratas do Século XVIII, com Quesnay e Turgot, afirmavam que toda a riqueza provinha da natureza, enquanto para Adam Smith (1723-1790), da escola liberal, a riqueza resulta do trabalho.

A Revolução Francesa, deflagrada um ano antes da morte do iluminista Adam Smith, viria revolucionar tanto a propriedade quanto o trabalho, transformando-se em inspiração para outras revoluções e, mais tarde, de várias constituições de países.
A tese espírita da propriedade foi anunciada menos de um século depois, de caráter absolutamente universal e talvez por isso venha a manter-se com atualidade, sem tempo para ser esgotada. Sua leitura em O Livro dos Espíritos, mesmo assim, parece ter um fulcro do tempo em que foi exposta, ou seja, a propriedade como algo material, no conceito econômico, infungível. Ocorre que tempos posteriores conheceriam novos entendimentos sobre bens, com mudanças de curta duração.

No tempo mais recente, os conceitos de propriedade intelectual e sua derivação virtual, ganham importância nas defesas de seus autores. O valor do saber, do conhecimento, surge vantajoso na competição, enquanto as questões ambientais, sequer sonhadas pelos Espíritos dos meados do Século XIX, avolumam-se, com repercussões econômicas indiscutíveis. De fato, qualquer tese que queira ser moderna não pode prescindir de duas componentes: a melhor repartição da riqueza e a sustentabilidade do ambiente.
Por sequência, uma fórmula química, uma partitura, um trabalho de pesquisa, em qualquer campo, são propriedades pessoais ou empresariais, que podem ser disponibilizados a gosto de seus autores, de graça ou a troco de dinheiro.

Mais à frente, o fenômeno Bill Gates, dono da Microsoft, criou valores, com base no campo virtual, que assustam aos proprietários de bens físicos. Essa empresa tem um valor de mercado( US$ 60 bilhões) equivalente a oito vezes seu balanço contábil. Valores de portais na net, alguns recentemente criados por jovens quem não usam paletó ou gravata, assumem grandezas extraordinárias, tudo pelo seu potencial de comunicação, paradoxalmente, sobre algo mutável no essencial, "que não existe", diria, o mundo virtual.

O desafio de legitimar essa "propriedade" é o mesmo aplicado a bens físicos, usuais ao tempo de Kardec (1804-1869). Mas, de certo modo, aquela propriedade só existe se for constantemente mutável, resultado da corrida do saber e da tecnologia. Daí, a rápida obsolescência dos aplicativos e programas de informática, bem como dos respectivos equipamentos. Digamos que nós, consumidores, é quem legitimamos a propriedade em torno do mundo virtual.

As questões ambientais, que tendem a crescer, surgem como novo aditivo em termos de propriedade e sua legitimação. Os Espíritos cravaram que legítima é a propriedade adquirida sem prejuízo para os outros. O ingrediente da sustentabilidade (as ações produtivas devem garantir o bem-estar de gerações futuras) é uma exigência econômica de vulto, tanto que nações como os Estados Unidos se recusam a assinar o Protocolo de Kyoto, regulador de emissões de gás carbônico para a atmosfera. Vale dizer que uma ação econômica que não respeite o ambiente, segundo os padrões agora exigidos, colidirá com a tese dos Espíritos.

Sobre a renda, há uma discussão interessante. O homem tem buscado não só a sobrevivência confortável, como a acumulação de bens, o aumento da riqueza. Para tanto, ele (nós) despendemos esforços, até acima do razoável. Enquanto outra motivação não se impõe, convém conhecer-se o pensamento de Adam Smith a respeito. Em síntese, o economista escocês disse que cada indivíduo procura seu próprio ganho, mas é como se fosse levado por "uma mão invisível" para produzir um resultado que não fazia parte de sua intenção. "Perseguindo seus próprios interesses, frequentemente promove os da sociedade, com mais eficiência do que se realmente tivesse a intenção de fazê-lo".

A tese smithiana é verdadeira, mas à luz da solidariedade, é melancólica. Aí está "primeiro eu" e para os outros, "a sobra". Essa busca, que ainda reflete "o espírito animal" do homem, deve ser um foco de mudanças.

Allan Kardec perguntou se o desejo de possuir é natural. "Sim, mas quando o homem só deseja para si e para sua satisfação pessoal, é egoismo. Há homens insaciáveis...", disseram os Espíritos. É nessas bases, no entanto, que o mundo se apóia em maior medida e as experiências históricas que tentaram apressar a repartição das riquezas, via decreto ou fusil, tiveram que mudar de meios. No contra-ponto está a "mão invisível" de Smith, de natureza expontânea, que ficaria bem melhor com a visão da imortalidade, antecedida da certeza de que levamos para outros planos apenas os valores da experiência e do conhecimento.

José Rodrigues, jornalista e economista, integra o Centro Espírita Allan Kardec, de Santos.
Fonte: PENSE- Pensamento Social Espírita

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E o colorado???

Neste momento é aguardado com expectativa a manifestação oficial da diretoria do Internacional sobre a saída de seu treinador Abel Braga.
É sabido que este treinador já não encontra guarida na diretoria do colorado pelas péssimas atuações da equipe neste ano de 2007.
Soa meio estranho a diretoria estar aguardando que Abel peça demissão. Será que a indenização é tão alta assim? Ou será que tudo já está decidido e a diretoria aguarda apenas a confirmação da contratação de um novo técnico?
De qualquer forma a mudança é inevitável visto que houveram muitos equívocos por parte da diretoria e por parte de Abel Braga, juntamente com erros de avaliação da pré-temporada. Urge sua saída, pois ficou evidente suas péssimas escolhas na montagem da equipe, principalmente nos dois jogos fora de casa pela libertadores contra Nacional do Uruguai e Velez da Argentina.
Está na hora de recomeçar, pois o Brasileiro está aguardando e o colorado necessita se reorganizar.

Trabalhadores tentam resistir a ‘onda de ataque’ a direitos


Facilitar troca de CLT por PJ, restringir benefícios do INSS, limitar direito de greve. No Congresso e governo, planos atacam direitos. Para centrais, trabalhador corre ‘perigo’. Ministro do Trabalho diz que é preciso ‘competência’ para resistir.

BRASÍLIA – A tentativa do ministério do Trabalho e das centrais sindicais de legalizar as entidades para torná-las legítimas representantes jurídicas dos interesses dos trabalhadores ocorre num momento em que a classe vive situação delicada e precisa mesmo de ajuda. Se o confronto entre capital e trabalho fosse uma luta de boxe, não seria exagero imaginar que, no Brasil atual, o segundo está nas cordas, acuado, com dificuldade para evitar os golpes do primeiro e manter-se de pé, sem ir a nocaute.

No governo e no Congresso, prontos ou ainda em gestação, diversos planos avançam contra os direitos dos empregados de empresas ou do setor público. Liberar o patrão para demitir funcionário registrado e recontratá-lo como prestador de serviço, sem FGTS e 13º, por exemplo. Dificultar o acesso a benefícios da Previdência. Limitar o direito de greve de funcionários públicos. Usar dinheiro do trabalhador para socorrer fazendeiros endividados cujo currículo de pagadores sugere que a operação seria mais uma doação.

Rivais antigas, as duas maiores centrais concordam que o trabalho está no canto do ringue, no embate contra o capital, e por isso têm deixado velhas divergências de lado para atuar juntas na resistência. “É um dos piores momentos para o conjunto dos trabalhadores”, diz o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Quintino Severo. “Há um ataque quase generalizado aos direitos dos trabalhadores. Estamos em perigo”, afirma o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho.

Até o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, identifica o “ataque”, embora o encare com naturalidade. “É uma pressão natural, temos que ter competência para resistir”, diz.

A união de CUT e Força começou depois do avanço da idéia que deflagrou a onda de ataques a conquistas trabalhistas: a chamada emenda 3. Ela proíbe fiscais de multar empresas que empregam prestador de serviço no lugar de funcionário com carteira assinada. A Justiça teria de autorizar a multa. E como a Justiça é lenta, na prática, a contratação de prestadores de serviço estaria liberada, e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que garante os principais direitos, se tornaria inútil.

“O direito dos trabalhadores historicamente foi implementado em lei para beneficiar os trabalhadores. A relação capital-trabalho é assimétrica a favor do capital. O marco [a lei] é para proteger o trabalhador”, diz o economista da Universidade de Brasília (UnB) Carlos Alberto Ramos, especializado em questões trabalhistas.

A emenda 3 foi vetada pelo presidente Lula, mas o Congresso ameaça derrubar o veto e torná-la regra de vez. Nesta semana, as centrais realizam de novo, em todo o país, atos e manifestações contra a emenda. E enquanto o governo negocia uma solução que salve o veto mas ofereça algo ao patronato, há quem defenda no Congresso uma forma disfarçada de passar por cima da CLT.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) acha que uma empresa deveria poder pagar um valor X ao empregado, e o funcionário que se encarregasse de contribuir com INSS e FGTS. A CUT taxou a proposta de “roubo”. Para a Força Sindical, seria instituir “trabalhador por tarefa”.

Os trabalhadores do setor privado também correm risco de enfrentar mais obstáculos para obter benefícios da Previdência Social. Por interesse do governo, o Senado tenta votar projeto do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) que muda o cálculo do valor do auxílio-doença pago pelo INSS e, na prática, reduz o pagamento. A despesa com o benefício explodiu nos últimos anos, e o ministério da Previdência diz que há distorções. Mas, para as centrais, a pretexto de corrigir distorções, todos os trabalhadores serão prejudicados. Estima-se que o valor do benefício cairia até 80%.

Além disso, está em andamento o Fórum Nacional da Previdência Social, que discute mudanças que fatalmente vão complicar o acesso aos benefícios. As alterações, contudo, devem valer só para o futuro.

Já o funcionalismo público está na mira de proposta em gestação no governo sobre direito de greve da categoria. Pelo que se sabe até agora, pode haver proibição de paralisação em certas atividades e corte de salário por dias parados. O governo decidiu preparar a regulamentação da greve, prevista na Constituição desde 1988, por causa dos problemas com controladores de vôo.

“Parece que se quer limitar o direito de greve, não que ele seja exercido”, diz o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), Magno Antonio Correia de Mello.

Para a CUT, central da maioria dos sindicatos de servidores, a regulamentação só é aceitável se for acompanhada da instituição do mecanismo da negociação coletiva, algo que não existe no Brasil. Sem a negociação coletiva, um princípio da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a greve seria o único instrumento de pressão e de reivindicação.

domingo, 22 de abril de 2007

Pinback - Summer in Abaddon




Se me pedissem para definir o Pinback em duas palavras, eu diria MÚSICA MICROSCÓPICA. Pequenez mesmo. Singeleza. Amarras musicais que são tão tênues e estruturas que, de modo geral são tão delicadas e simples, que você nem se dá conta de que esta é uma impressão superficial, já que, na verdade, as canções são microdetalhadas pra caralho. E tudo se torna ainda menor com a inserção dos vocais, que são dois, quase sempre em tempos diferentes. A sensação de algo ínfimo paira sobre a tua cabeça, como aquelas nuvens negras em personagens de desenhos animados. Na realidade, a projeção das canções é que é pequena e ata as partes com certa impressão de ótica microscópica, o que não poderia enganar menos o ouvinte, já que o som do Pinback resvala no gigantismo, por assim dizer.

Agora, se me pedissem para definir o Pinback numa única palavra, eu diria VIRULÊNCIA. O potencial de aderência mental instantânea, a vírus-musicalidade, de uma canção do Pinback é qualquer coisa de impressionante. O gancho sonoro presente aqui, fosse uma Alien do filme clássico, seria certamente um face-hugger, ou melhor, um brain-hugger, dadas as circunstâncias. Cada partícula de som é uma pequenina agulha pronta para "acumpulturar" teu córtex e até despertar prováveis bons sentimentos, o que não passa de figuração, já que quase sempre as letras são miseravelmente tristes ou enfadonhas ou distantes.

E no caso de chegar um mané e me pedir para descrever o Pinback de forma mais concreta, diria tratar-se de uma banda de San Diego, cujo núcleo central é composto por dois sujeitos talentosíssimos, Rob Crow e Amistead Smith IV, que se empenham em compor canções intimistas com instrumentação convencional e eventuais pequenas doses de eletrônica. Só pra contextualizar, diria também que seu álbum anterior, Blue Screen Life, de 2002, é não menos que brilhante, até melhor que este novo.

Summer in Abaddon é um reflexo distorcido de melancolia visto num espelho quebrado. Simboliza o desperdício de tempo e vitalidade experimentado pela dupla de compositores através de uma carga de tédio concentrada e de incontáveis obstáculos enfrentados em seu atribulado cotidiano. Estive pensando que se mal-estar e sentimentos controversos fazem o Pinback escrever música assim, estipulo que quero mais é que eles se fodam mesmo, e continuem compondo.

O álbum, o Verão no Inferno, é angústia para a banda e satisfação pra quem ouve. Um apanhado de 10 canções que revelam ser micro-universos de pena, angústia, ironia, desespero. Ouvir o disco inteiro é como se submeter a um tipo de cromoterapia em preto-e-branco, uma controversa experiência entre neurose e equilíbrio. Veja "Non-Photo Blue", por exemplo: uma eternidade de convenções pop subvertidas, esmerilhadas e reunidas no que aparentemente é apenas uma canção pop. Ou antipop. Ou o que seja. Já "Syracuse" é estranheza a ponto de sugerir que o Pinback nunca ouviu nada a não ser suas próprias vozes interiores antes de chegar a esse disco, pirou, e pariu um casulo de melancolia com qualquer coisa que lembre um certo orientalismo. E se "Sender" ou "The Yellow Ones" não redimirem seus malditos pecados, bem, então você está com problemas perceptíveis até por leigos.



BARBAS ESQUISTAS:
A MARCA DA VANGUARDA
Pra terminar, se me pedissem para definir o Pinback em uma única letra, acho que eu diria X, em alusão ao componente enigmático que permeia cada uma das canções da banda. Creio que o Pinback seja o próximo passo na evolução do Singer-songwriter: dois compositores tradicionais de música triste, enlouquecidos pelo tédio e obcecados por uma simplicidade que de simples não tem absolutamente nada. Se você for esperto, ignora estas definições pouco precisas esboçadas por mim e vai atrás de baixar o disco logo. Se for esperto e tiver grana sobrando, vá trás de comprar logo o disco pra ter acesso a arte massa da embalagem digipak, o que sugere algo fútil, mas vale a pena. [E, bom, se você for uma garota linda, com idade superior a 18 anos e intenções libidinosas evidentes, pegue meu contato no GORDURA, que a gente combina e eu te mostro meu Pinback.] E como serviço de utilidade pública, sugiro ao leitor gorduroso uma lista só com canções "velhas" da banda, pra montar uma coletânea de introdução à obra. É importante que as canções sejam gravadas nessa ordem: 1- "Cut"; 2- "Loro"; 3- "Penelope"; 4- "Offline P.K"; 5- "Byzantine"; 6- "Boo"; 7-"Some Voices"; 8- "Trípoli". Pronto. Agora você já pode mergulhar de cara no disco novo. E minha dica foi de graça.

Baixe aqui: badongo
Renato Mazzini

sábado, 21 de abril de 2007

Alimente-se com qualidade!!!

Com o passar dos anos, nosso corpo começa sentir os sintomas da idade e principalmente os sintomas da falta de alimentação adequada. Abaixo, seguem alguns exemplos causados pela deficiência de nutrientes. Leve sempre em conta a qualidade e não a quantidade...


1. DIFICULDADE DE PERDER PESO
O QUE ESTÁ FALTANDO: ácidos graxos essenciais e vitamina A
ONDE OBTER: semente de linhaça, cenoura e salmão - além de suplementos específicos.

2. RETENÇÃO DE LÍQUIDOS
O QUE ESTÁ FALTANDO: na verdade um desequilíbrio entre o potássio, fósforo e sódio.
ONDE OBTER: água de côco, azeitona, pêssego, ameixa, figo, amêndoa, nozes, acelga, coentro e os suplementos.

3. COMPULSÃO A DOCES
O QUE ESTÁ FALTANDO: cromo
ONDE OBTER: cereais integrais, nozes, centeio, banana, espinafre, cenoura + suplementos.

4. CÂIMBRA, DOR DE CABEÇA
O QUE ESTÁ FALTANDO: potássio e magnésio
ONDE OBTER: banana, cevada, milho, manga, pêssego, acerola, laranja e água.

5. DESCONFORTO INTESTINAL, GASES, INCHAÇO ABDOMINAL
O QUE ESTÁ FALTANDO: lactobacilos vivos
ONDE OBTER : coalhada, iogurte, missô, yakult e similares

6. MEMÓRIA RUIM
O QUE ESTÁ FALTANDO: acetil colina, inositol
ONDE OBTER: lecitina de soja, gema de ovo + suplementos.

7. HIPOTIREOIDISMO (PROVOCA GANHO DE PESO SEM CAUSA APARENTE)
O QUE ESTÁ FALTANDO: iodo
ONDE OBTER: algas marinhas, cenoura, óleo, pêra, abacaxi, peixes de água salgada e sal marinho.

8. CABELOS QUEBRADIÇOS E UNHAS FRACAS
O QUE ESTÁ FALTANDO: colágeno
ONDE OBTER: peixes, ovos, carnes magras, gelatina + suplementos

9. FRAQUEZA, INDISPOSIÇÃO, MAL ESTAR
O QUE ESTÁ FALTANDO: vitaminas A, C, e E e ferro
ONDE OBTER: verduras, frutas, carnes magras e suplementos.

10. COLESTEROL E TRIGLICERÍDEOS ALTOS
O QUE ESTÁ FALTANDO: Ômega 3 e 6
ONDE OBTER: sardinha, salmão, abacate, azeite de oliva.

Dica super legal enviada por Mônica de Castro de Catalão-GO.

Participação dos espíritas na Sociedade

Marcelo Henrique

Diz-se, em sociologia política, que política é a “arte de [bem] governar”. Idealmente, claro. E, não são poucas as vezes que, em conversas, reportagens ou palestras, ouvimos dizer que “cada povo tem o governo que merece”. Será mesmo? Vamos ver...

Em linhas iniciais, os sistemas políticos de nosso tempo consagram como balizas a democracia (participação popular), o direito ao voto (escolha de representantes) e a representatividade (membros dos poderes executivo e legislativo). Assim, fica flagrante a vinculação entre governo-governantes e o povo, de vez que somos nós, a cada dois anos (levando em conta as eleições municipais, num pleito, e as estaduais e federais, noutro), quem elegemos aqueles que serão os nossos representantes políticos. Logo, em sentido ideal, com base nas escolhas que fazemos (plantio), temos os políticos que merecemos (colheita).

Mas não vamos só criticar, porque partilhamos do conceito de que as coisas são neutras, em sua essência original e o homem - ser inteligente - as aproveita como melhor lhe convier. Por isso, as instituições, as organizações, as funções, cargos e, também, os mandatos políticos são necessárias para a vida social e alguém tem que representar o povo.

Então, muito há, ainda, o que evoluir em termos de consciência cívica e cidadania, para alcançar um estágio ideal onde todos sejam suficientemente lúcidos, informados e interessados para votarem em pessoas que se alinhem ideologicamente com o seu perfil individual, além de cogitarem, no ato da escolha, da possibilidade de atendimento às reais necessidades coletivas. Em outras palavras, uma Sociedade efetiva-mente politizada não se deixa levar pela “aparência” do candidato, seu rosto, sua imagem, sua fala, mas, opostamente, valoriza seus feitos, sua história política e social e o presságio do atendimento (materialização) das propostas que, na época de propaganda eleitoral e difusão de idéias foram apresentadas. Isto porque, em muitos casos, há que se atentar para a viabilidade (estrutural ou conjuntural) para que determinados projetos ou plataformas políticas se efetivem em nossa Sociedade.

Endereçando o viés para o público espírita, seria necessário, inicialmente, apresentar qual é a efetiva proposta da filosofia espírita para o mundo em que vivemos. Se o Espiritismo compreende os ideais de re-novação da humanidade, com informações espirituais àqueles que tiverem “ouvidos para ouvir e olhos para ver”, estima-se que os ideais espíritas deixem de ser “mera filosofia” para agregarem-se às práticas cotidianas das pessoas, de modo que as máximas, os preceitos e os conceitos espíritas possam estar consolidados nas ações humanas. Por isso, convenciona-se dizer, nos últimos tempos, que não se faz Espiritismo apenas e tão-somente no interior das Casas (ou Instituições) Espíritas. Para tornar-se crença comum (não no sentido religioso – o ufanismo do “futuro das religiões”, a “religião do futuro”, o “ecumenismo” – mas, do contrário, a noção comum, com base no entendimento da maioria das criaturas aqui encarnadas, como afiançado pela Falange da Verdade a Kardec), a Doutrina precisa ganhar as ruas, não pela simples pregação e doutrinação, mas pela presença (ativa) de seus adeptos e divulgadores nos diversos cenários da vida humana, como agentes transformadores. Participando, efetivamente, e não se esquivando, com a desculpa de que tudo evoluirá, um dia, e que os Mentores Espirituais, os grandes encarregados por tarefas e missões, neste planeta, conduzirão, no tempo certo, o mundo para o estágio regenerativo.

Muitos espíritas, paciente-mente, ficam esperando... Enquanto este dia não vem, adeptos de outras ideologias e correntes filosóficas ou religiosas ocupam espaços, defendem suas formas (restritas e, quase sempre, a nosso ver, incorretas) de ver o mundo, a vida, os homens. Ficamos lamentando que as organizações sociais são materialistas... Bradamos contra a existência de tantos feriados “católicos”, num país laico, sem derivação religiosa qualquer. A visão espírita precisa, então, pelo menos, ser apresentada, ex-posta, defendida, contraposta aos padrões ideológicos vigentes ou conhecidos.

E, para “introduzir” a filosofia espírita na “ordem do dia”, além das reportagens, seriados, filmes, novelas e entrevistas, os espíritas precisam participar, concorrer, disponibilizarem-se. Tanto na atuação parlamentar como na atividade executiva, é necessária a presença de criaturas comprometidas com a filosofia espírita para disseminarem (novas) idéias naqueles meios. Inicialmente, de forma minoritária; depois, generalizando conceitos e exemplificando.

Os homens, agentes trans-formadores da Sociedade, não se distinguem dos animais somente pela presença de um elemento chamado consciência, mas, e principalmente, porque eles mesmos produzem as condições de sua existência (material e espiritual). Neste cenário, conjugando os mais diferentes matizes ideológicos (numa perspectiva de pluralismo e multi ou interdisciplinaridade – palavras tão em moda, atualmente), a simples convivência (pacífica) entre filosofias e crenças poderá desembocar, de futuro, em resultados melhores, para todos.

Quanto mais próximos estivermos de uma análise (imparcial) da realidade – passado e presente – tal irá configurar o precioso estímulo e o impulso à construção do futuro, gerando projetos sociais de trans-formação e mudança (a Sociedade que deve ser). Para tal, resta necessária uma ferramenta fundamental, a ética, este aguilhão necessário ao cidadão de hoje, a fim de salvaguardar os direitos individuais e coletivos, fazendo florescer a Sociedade graças às virtudes dos cidadãos probos, no alcance do bem comum. Urge defender os valores essenciais da vida de uma nação civilizada e ética, com fulcro na harmonia e no bom senso em todas as relações pessoais e institucionais, e baseada no sentimento humano universal de justiça, que é um valor intrínseco, peculiar aos seres humanos, mas que se aperfeiçoa, naturalmente, quando combinado com os elementos fáticos – a conduta ética.

A base teórica para a devida inserção do espírita na vida social está nos quesitos 766 e 768, de O livro dos espíritos, fundada na idéia de que a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação devem ser colocadas em exercício na convi-vência em Sociedade, porque, do contrário, se isolando ou se afastando da convivência, em distintos ambientes e níveis, o homem se embruteceria e definharia.

Quando nos debruçamos sobre a análise da atual conjuntura social, na atmosfera da falta de ética e da corrupção, devemos pensar em uma reformulação das práticas e dos sistemas. Se necessário for, pensemos, inclusive, na introdução de uma política “nova”, capaz de modificar tanto e tão profundamente nossas instituições, sacudindo os alicerces, e que provocará, por certo, diante das atuais castas e autoridades aristocráticas, políticas, e religiosas (poder institucionalizado), uma reação, um combate, no sentido de que muitos não irão querer perder sua hegemonia, poder e benefícios (alguns, até, escusos).

Construir uma nova Sociedade, então, é um processo que principia pela disseminação de idéias e práticas condizentes ao nível de desenvolvimento moral (item 793, da obra pioneira), a completude da civilização, que se distingue do patamar de povos meramente evoluídos. Ou, como propriamente asseveram os Instrutores da Codificação, “[...] não tereis verdadeiramente o direito de dizer-vos civilizados senão quando de vossa sociedade houverdes banido os vícios que a desonrem e quando viverdes como irmãos, praticando a caridade cristã”. (Veja-se, ainda, em O evangelho segundo o espiritismo, Capítulo XVII, item 10, “O homem no mundo”, informações oportunas e complementares que evidenciam sermos agentes da nossa história. Por isto, devemos fugir da (mera) atitude contemplativa e alienada, típica daqueles que acham que as coisas se resolvem por obra da graça divina, arregaçando mangas, e fazendo a parte que nos cabe.)

A propósito do real papel do espírita neste contexto, o professor Herculano Pires, inspirado por Miguel Vives, assim se pronunciou: “Pode o espírita ficar alheio ao problema de administração, de governo das cidades, ou do país? Não, o Espiritismo é uma política superior e o espírita é político, no bom e exato sentido da palavra, construindo sua ação política sobre bases de amor, compreensão, fraternidade e luz, e não por meio de intrigas, de golpes, de negaças, ou de manobras, tão comuns e visíveis em nosso tempo."

Atuar politicamente consiste efetivamente no compromisso e na ação das pessoas de bom senso, que se conscientizam da necessidade de participar e contribuir para a melhoria das condições sociais, com os meios de que dispõem: o voto, o engajamento cívico, o alistamento partidário, a candidatura, o exercício do mandato, entre outros. Espiritismo (e sua ética), política e cidadania, destarte, podem ser considerados alicerces ou componentes da base da nova Sociedade dos Homens de Bem.

Quem sabe, então, num outro pleito, municipal, em 2008, possamos, pelo menos, ter a oportunidade de escolher um (ou mais) candidato(s) espírita(s), bem-intencionados, interessados e capazes de assumir a tarefa de reformulação social. Ou, você não acredita nisso?

fonte:RevistaHarmonia

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Irã: a ameaça de uma guerra nuclear





Escrito por Gen. Leonid Ivashov
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Os EUA e os seus aliados iniciaram a preparação psicológica da opinião pública mundial para a possibilidade de usar armas nucleares táticas na solução do "problema iraniano". A máquina de propaganda dos EUA está trabalhando a todo o vapor no sentido de criar a idéia de que é possível usar armas nucleares com "precisão cirúrgica", limitando as consequências. Porém, desde os ataques nucleares dos EUA em 1945 sobre Hiroshima e Nagasaki, sabemos serem falsas tais afirmações.


Após o primeiro ataque nuclear, será completamente impossível impedir o uso de todos os meios de destruição maciça que estejam disponíveis. Numa situação de extermínio total das suas nações, os oponentes recorrerão sem limitações a todos os meios que possuírem. Então, não serão apenas os arsenais nucleares de vários países, incluindo daqueles cujo estatuto nuclear não é oficialmente reconhecido, que entrarão em jogo. Sem duvida que, em tais circunstâncias, será usada a guerra química e biológica (e, de uma forma geral, qualquer substância venenosa), que para ser alimentada requer poucos recursos industriais e econômicos.


Atualmente, pode-se afirmar que a paz e a espécie humana correm um enorme perigo.


Consideremos os aspectos técnico-militares da situação. Na realidade, o objetivo da operação declarado pelos EUA – destruir cerca de 1.500 alvos no território do Irã – já não pode ser realizado pelas forças adstritas à missão. Este objetivo só será possível atingir se forem usadas munições nucleares táticas.


Um exame do aspecto político-militar deste assunto revela fatos ainda mais significativos. O ataque ao Irã não está planejado para incluir uma ofensiva terrestre. Os ataques a instalações militares e industriais selecionadas podem causar uma severa destruição ao potencial de defesa iraniano e à sua economia. As baixas serão provavelmente enormes mas não catastróficas do ponto de vista militar. Ao mesmo tempo, não é possível obter o controle de um território tão imenso como o do Irã sem uma operação terrestre. A ofensiva planejada não só requererá uma consolidação de forças no Irã, como noutros países muçulmanos e um pouco por todo o mundo. O apoio ao país agredido desencadeado pelo seu sofrimento e motivado pela agressão americano-israelense será enorme. Certamente Washington não está à espera de que o resultado dessa operação seja o fortalecimento, mas sim a perda da posição política dos EUA no mundo. Por conseguinte, o objetivo do ataque dos EUA ao Irã terá de ser analisado numa outra vertente. A ofensiva nuclear deverá impulsionar o uso da chantagem nuclear nas políticas globais pelo EUA, mas fundamentalmente servirá para transformar a ordem mundial.


Existem ainda mais evidências da radicalização dos objetivos dos EUA e dos seus aliados. As fugas de informação nos inícios de 2007, que desmascararam os planos de Israel de usar três bombas nucleares contra o Irã, são bastante perigosas para um país rodeado por um ambiente hostil, mas houve certamente uma intenção deliberada nessas fugas. Eles quiseram dar a conhecer que a decisão de Israel, acerca da forma como iria atuar num tal conflito, já tinha sido tomada, e tudo o que resta fazer seria influenciar adequadamente a opinião pública.


O pretexto para a operação contra o Irã não parece ser sério. Avaliando do ponto de vista técnico e político, não existe qualquer possibilidade por parte do Irã de desenvolver armas nucleares num futuro próximo.


Não nos devemos esquecer das alegações feitas pelos EUA, de que o Iraque possuía armas de destruição maciça, serviram como pretexto para a guerra contra aquele país. Em resultado disso o Iraque foi devastado, e o número de mortes civis atingiu as centenas de milhares sem que qualquer evidência que sustentasse tais alegações tenha sido descoberta.


A questão realmente importante a colocar é a de saber se o Irã tem capacidade para fabricar armas nucleares. A única função dos pequenos arsenais nucleares, que não sejam enquadrados por estruturas que os suportem, é precisamente a da dissuasão. A ameaça de desferir um ataque de retaliação pode deter qualquer agressor. Da mesma forma que atacar outros países e vencer uma guerra nuclear, numa situação de conflito com uma coligação constituída pelas principais potências, requereria igualmente um potencial que o Irã não tem nem está na situação de vir a ter num futuro previsível. As alegações de que o Irã pode tornar-se num agressor nuclear são absurdas. Qualquer um que disponha do mínimo de conhecimentos teóricos de assuntos militares consegue entender isto.


Qual então a principal razão que levou os EUA a preparar este conflito militar?


As atividades, tendo consequências de proporções globais, só podem ser destinadas a tratar de um problema global. Não há qualquer segredo quanto a este problema – é a possibilidade de um crash do sistema financeiro global baseado no dólar norte-americano. Atualmente a massa da divisa americana excede o valor total dos ativos dos EUA numa proporção superior a dez. Tudo nos EUA – a indústria, os edifícios, a alta tecnologia, e assim por diante – foi hipotecado mais de dez vezes ao resto do mundo. Uma dívida de tais proporções nunca será reembolsada – só pode ser aliviada.


A quantidade total de dólares em contas de indivíduos, organizações e tesourarias estatais são uma realidade virtual. Estes valores não são garantidos por produtos, por objetos de valor ou por qualquer coisa que exista na realidade.


A anulação deste endividamento dos EUA ao resto do mundo tornaria a maioria da população mundial em depositantes enganados. Seria o fim da regra bem-estabelecida do bezerro dourado. O significado dos próximos eventos será verdadeiramente épico, e isto porque o agressor ignorará as consequências catastróficas globais de sua ofensiva. Os "banqueiros globais" em bancarrota precisam de um evento forte e de proporções globais para escaparem à situação em que se encontram.


A solução já está estabelecida nos planos. Os EUA não têm nada para oferecer ao resto do mundo que compense o declínio do dólar, exceto operações militares como as da Iugoslávia, do Afeganistão e do Iraque. Mas mesmo estes conflitos locais só têm efeitos a curto prazo. Será necessário algo muito maior, e a necessidade é urgente. Está cada vez mais próximo o momento em que a crise financeira global fará com que o mundo entenda que os ativos dos EUA, isto é, toda a sua indústria, a sua tecnologia, e outras potencialidades, de fato não pertencem legalmente ao país. Então tudo deve ser confiscado para compensar as vítimas, e os direitos de propriedade sobre tudo o que foi adquirido com dólares no mundo todo – retirado da riqueza das várias nações – terão de ser revistos.


Qual poderá provocar o grande acontecimento na escala requerida? Tudo parece indicar que Israel será sacrificado. O seu envolvimento na guerra contra o Irã – especialmente numa guerra nuclear – está destinado a desencadear uma catástrofe global. Os fundamentos de Israel e do Irã assentam nas religiões oficiais dos respectivos países. Um conflito militar entre Israel e Irã evoluirá imediatamente para um conflito religioso, um conflito entre o judaísmo e o Islã. Devido à presença de numerosas populações judaicas e muçulmanas nos países desenvolvidos, tornaria inevitável o banho de sangue global. Todas as forças ativas da maioria dos países do mundo acabariam por lutar entre si, sem espaço para a neutralidade. A julgar pelas aquisições, cada vez maiores, de habitação por parte de cidadãos israelenses especialmente na Rússia e na Ucrânia, muitas pessoas já têm uma idéia do que nos pode trazer o futuro. Porém, é difícil imaginar um lugar tranqüilo onde alguém se possa refugiar de tamanha destruição. Previsões da distribuição territorial do combate, das quantidades e da eficiência dos armamentos envolvidos, do caráter profundo das raízes subjacentes do conflito, e da gravidade da briga religiosa não nos deixam dúvidas que este confronto será, em todos os aspectos, muito mais apavorante do que a Segunda Guerra Mundial.


Até agora, a resposta dos principais atores políticos mundiais a estes desenvolvimentos não causa otimismo. As inconseqüentes resoluções da ONU referentes ao Irã, as tentativas de apaziguar o agressor que já não disfarça as suas intenções, lembram o Pacto de Munique nas vésperas da Segunda Guerra Mundial. O intenso vai-e-vem diplomático focalizando todo o tipo de problemas internacionais, exceto o principal discutido acima, é também um indicador da gravidade do problema. Isto é uma prática usual em vésperas de uma guerra, destinando-se a arranjar alianças com países terceiros, ou assegurar a sua neutralidade. Tais políticas procuram evitar ou minorar os resultados dos primeiros ataques, que seriam os mais súbitos e devastadores.


É possível prevenir a matança?


O único argumento eficaz que poderia travar os agressores é a ameaça do seu total isolamento global por instigar uma guerra nuclear. A implementação do cenário descrito acima pode ser tornado impossível através de uma completa ausência de aliados para o duo americano-israelense, combinado com protestos públicos ruidosos por todos os países. Portanto, nestes dias, uma definida e firme posicionamento de líderes de países, governos, políticos, figuras públicas, líderes religiosos, cientistas e artistas em relação à agressão nuclear preparada seria um serviço inestimável para a humanidade.


As atividades públicas coordenadas devem ser organizadas com a prontidão adequada ao tempo de preparação da guerra. As forças de agressão têm vindo a ser acumuladas e concentradas nas posições de ataque, num estado de plena prontidão para o combate. Os responsáveis militares dos EUA não fazem segredo de que pode ser tudo uma questão de semanas ou mesmo de dias. Há indicações indiretas de que os EUA lançarão um ataque nuclear ao Irã já em abril de 2007. Após a primeira explosão nuclear, a espécie humana encontrar-se-á num mundo inteiramente novo, um mundo absolutamente desumano. As possibilidades de impedir este desenlace devem ser completamente utilizadas.



Gen. Leonid Ivashov é vice-presidente da Academia de Assuntos Geopolíticos. Foi chefe do departamento de Assuntos Gerais no Ministério de Defesa da União Soviética, secretário do conselho de ministros da Defesa da Comunidade de Estados Independentes (CEI), chefe do departamento de Cooperação Militar do Ministério de Defesa da Federação Russa e chefe de Junta de Pessoal dos exércitos russos.

Publicado originalmente pelo Global Research (www.globalresearch.ca).

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Grande Jogo!!!!

Foi maravilhos. Ver aquels vermelhos se desdobrarem em campo. Amassarem o adversário. tentarem chegar ao gol, infelismente impedidos pelo goleiro e pela sorte. Baira esforço.valeu gurizada.Vocês jogaram como campeões do mundo. Infelismente não deu. Fallta de sorte? falta de planejamento? escalação errada? não importa. Vocês demosntraram que aquele time que ganhou a Libertadores e o mundial-FIFA-2006, ainda existe. valeu pelo esforço e pela dedicação. DALE!DALE!INTER!!!! vamos nos organizar novamente e ganhar o que resta....gostei do que vi...um time valente, chutando, marcando...só faltou alguns detalhes.....mas foi bom....vamos continuar com esse time, com alguns reforços evidentemente, e voltaremos ao topo, logo, logo....GRANDE INTER!!!!