As pressões da presidência da Comissão Européia não conseguiram dar um impulso nos transgênicos. Apesar do poder do órgão executivo do bloco, os países da União Européia vão gradualmente desistindo destes cultivos. Isto se deve em grande parte às dificuldades para convencer os agricultores europeus deste modelo impulsionado por grandes multinacionais da indústria agroalimentar, mas também pelos crescentes protestos da sociedade civil. Enquanto isso, aqui no Brasil, o lobby das grandes empresas transnacionais de sementes segue conseguindo liberar o plantio de variedades transgênicas sem estudos prévios de impacto ambiental. Clique AQUI para ler mais.
Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Cresce na Europa número de países que decidiram proibir cultivos transgênicos
As pressões da presidência da Comissão Européia não conseguiram dar um impulso nos transgênicos. Apesar do poder do órgão executivo do bloco, os países da União Européia vão gradualmente desistindo destes cultivos. Isto se deve em grande parte às dificuldades para convencer os agricultores europeus deste modelo impulsionado por grandes multinacionais da indústria agroalimentar, mas também pelos crescentes protestos da sociedade civil. Enquanto isso, aqui no Brasil, o lobby das grandes empresas transnacionais de sementes segue conseguindo liberar o plantio de variedades transgênicas sem estudos prévios de impacto ambiental. Clique AQUI para ler mais.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Cuba - El Son es lo mas sublime @ 320
01. Compay Segundo - Chanchan
02. Septeto Nacional - Suavecito
03. Conjunto Típico Cubano - Nieves
04. Trio Matamoros y Maria Teresa Vera - Lágrimas negras
05. Grupo Changüi de Guantanamo - Arsenio nino y Pachín
06. Septeto Nacional - Échale salsita
07. Compay Segundo - El cuarto de tula
08. Septeto Típico Habanero - Cómo está Miguel
09. Grupo Changüi de Guantanamo - En el barrio hay una mora
10. El Guayabero - Como baila Marieta
11. Conjunto Típico Cubano - Dulce Habanera
12. Septeto Típico Habanero - La loma de Belén
13. Conjunto de Sones Orientales - La mora
14. Miguel Matamoros y su Cuarteto Maisi - Veneración
15. Conjunto de Sones Orientales - Madrina mi pollo
16. Miguel Matamoros y su Cuarteto Maisi - Canto a la sombra
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Parte 1
Parte 2
Ofensivas e defensivas | | | |
Wladimir Pomar | |
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No final do século 19, o desenvolvimento desigual do capitalismo levou ao surgimento de algumas grandes potências industriais e financeiras. Elas passaram a concorrer pelas antigas fontes de matérias-primas, assim como pelas novas fontes de energia (em especial o petróleo), novos materiais (eletrotécnicos e químicos), rotas de transporte marítimo e mercados.
Todas se lançaram numa frenética ofensiva estratégica, seja para consolidar seus antigos territórios coloniais e conquistar novos - como a Grã-Bretanha, França e Rússia -, seja para obter "um lugar ao Sol" - como Estados Unidos, Alemanha, Japão e Itália.
Os choques e guerras localizadas dessas potências contra povos ainda livres, assim como entre si, multiplicaram-se durante todo o final do século 19 e início do século 20. As guerras russo-turca de 1877-78, ítalo-abissínia de 1894-96, hispano-americana de 1898, russo-japonesa de 1904-05 e as sucessivas guerras contra a China são o prelúdio da 1ª. Guerra Mundial, por uma nova repartição econômica e política do mundo.
Paralelamente, esse final e início de séculos também foram marcados por uma extraordinária ascensão da luta de classes, acompanhando as disputas intercapitalistas, que desbordaram em disputas interimperialistas. Na Europa e Estados Unidos surgiram fortes movimentos sindicais, de cunho anarquista, socialista, liberal, cristão e "amarelo", que reivindicavam melhorias salariais e laborais e utilizavam tanto a resistência passiva quanto as greves e os atentados.
As tentativas de consolidação dos interesses e laços mundiais da classe operária, através das I (1864) e II (1889) Internacionais, foram frustradas. A repressão patronal e estatal derrotou a primeira e fugaz experiência de tomada do poder pelos operários, a Comuna de Paris, em 1871. As divisões ideológicas e políticas criaram obstáculos à formação e construção de partidos operários de classe. E a influência dos interesses nacionais burgueses, evidenciados nos momentos que precederam a I Guerra Mundial, levaram muitas correntes operárias a apoiar a guerra imperialista.
Portanto, houve uma certa combinação entre a ofensiva estratégica externa dos capitalismos nacionais dominantes e a ofensiva interna dos movimentos operários, suplantada pela guerra mundial. Esta, por um lado, firmou a ofensiva estratégica imperialista, mas deu surgimento a uma contra-ofensiva estratégica, operária e popular em países da periferia do capitalismo, principalmente Rússia e China.
A revolução russa, de 1905, e a derrubada da dinastia Qing, em 1911, foram os primeiros sinais dessa mudança de centro da luta de classes. As revoluções russas de 1917 e as guerras revolucionárias na China, iniciadas em 1924, são marcos de uma retomada da ofensiva estratégica, tanto das camadas populares dos países coloniais quanto dos movimentos operários da Europa e Estados Unidos.
Isso mostra como a luta de classes interfere, historicamente, no desenvolvimento capitalista e como ofensivas e defensivas estratégicas fazem parte dessa luta objetivamente. Isto é, sem que os pensadores e partidos tenham poder para modificá-las por sua própria vontade.
Wladimir Pomar é analista político e escritor.
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Por Mona Alam
Que governo é esse?
Policiais civis do interior do Estado paralisam suas atividades nos próximos dois dias, quarta e quinta-feira. Neste período, só serão registradas ocorrências (inclusive flagrantes) de crimes mais graves. O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm) informa que apresentou as reivindicações ao secretário Edson Goularte, mas não houve, por parte da Secretaria de Segurança Pública, manifestação sobre o atendimento das demandas da categoria.
Segundo o Ugeirm, os policiais gaúchos estão entre os mais mal pagos do país. “Com nível superior para ingresso, o salário inicial bruto é de 1,4 mil reais. Há mais de uma década, os agentes experimentam perda real no poder de compra de seus salários. O governo não negocia política salarial, pois diz estar combatendo o déficit. A governadora teve reajuste de 143% e nós não temos nada. Não existem nem interlocutores autorizados a negociar. A categoria cobra ainda direitos de aposentadoria, conforme previsão constitucional, pagamento de horas-extras, fim do sobreaviso (sem previsão legal) e plano de carreira” afirma o sindicato.
O Ugeirm também denuncia as condições de trabalho dos policiais na Expointer. "Para se ter uma idéia de como Yeda Crusius, em seu vestido de xantung, trata os policiais civis, basta verificar a situação dos colegas do interior que cumprem reforço na Expointer, em Esteio. São cerca de 25 agentes, que deslocaram de diversas partes do Estado", afirma nota da entidade. “Minhas diárias não foram depositadas e também não tem dinheiro para reembolsar a passagem que paguei do meu bolso. A delegacia tem três colchões em péssimo estado, não tem um café para quem está no plantão. Na alimentação, só nos é dado almoço, porque o jantar é a gente que paga mesmo”, relata um policial civil. A Secretaria de Segurança Pública foi procurada para se manifestar sobre a situação dos agentes que cumprem reforço em Esteio. Até às 18 horas desta terça-feira, não tinha dado nenhum retorno.
Nos dias 1º e 2 de outubro, a paralisação será feita na capital e região metropolitana. Nos dias de protesto, serão registrados os crimes de latrocínio, homicídio, lesão corporal grave, estupro, atentado violento ao pudor e todos as ocorrências que tiverem menores e/ou idosos entre as vítimas. “Nós não descartamos uma greve, porque nossa base está muito indignada, imensamente insatisfeita. Yeda cortou 50% das horas-extras em março e, em julho e agosto, não pagou nada”, diz o presidente do sindicato, Isaac Ortiz.
Créditos: Marco Aurélio Weissheimer
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Krzysztof Kieslowski
(Blizna)
Um grande complexo químico está para ser instalado numa pequena cidade polonesa. Depois de muitas discussões e negociações desonestas, é tomada a decisão pelo local da construção.
A pessoa escolhida para tocar a obra é o dirigente Bednarz, que já viveu no local onde sua mulher foi uma ativista política. Ele não tem boas memórias desse tempo e está relutante em voltar à cidade.
Bednarz é um homem forte, firme e honesto. Ele está convencido de que sua energia e determinação serão suficientes para dirigir o projeto sem compromissos, e com a certeza de que aquele será um lugar onde as possas poderão viver e trabalhar com felicidade.
Entretanto, as coisas não evoluem como o diretor gostaria. Os habitantes da cidade não estão de acordo com as suas decisões. Eles só se preocupam com os fatos da vida cotidiana, sem a visão do futuro.
Estamos no ano de 1970. Bednarz acaba se demitindo. Tudo sai ao contrário do que havia planejado. De fato, ele não se sente culpado, mas tem a convicção de não ter executado o seu plano até o fim. E um pensamento o atormenta: será que é possível avançar no campo social sem ceder às pressões dos vários interesses envolvidos, sem trair sua própria consciência e sem se comprometer com facções indesejadas?
E será que é possível viver com a visão do futuro quando se está cercado pela cruel realidade cotidiana?
Informações sobre o filme e o release:
Gênero: Drama
Diretor: Krzysztof Kieslowski
Duração: 112 minutos
Ano de Lançamento: 1976
País de Origem: Polônia
Idioma do Áudio: Polonês
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0074220/
Qualidade de Vídeo: DVD Rip
Vídeo Codec: XviD MPEG-4 QPel: No
Vídeo Bitrate: 1708 Kbps
Áudio Codec: mp3 CBR
Áudio Bitrate: 128
Resolução: 640 x 400
Formato de Tela: Tela Cheia (4x3)
Frame Rate: 23.976 FPS
Tamanho: 1,29 Gb
Legendas: Em anexo
Crítica:
Primeira experiência de Krzysztof Kieslowski no longa-metragem, depois de uma série grande de filmes curtos para a televisão e para o cinema. O nexo entre falta de sentido e o ambiente político da Polônia naquele momento é flagrante, e a secura do filme garante seu interesse. Kieslowski na Polônia e Kieslowski na França são como duas pessoas diferentes fazendo obras diferentes. Na França, a sensibilidade de KK assume ares de uma banalidade pseudo-existencialista que na realidade é exasperantemente de sacristia.
De: Contracampo
Downloads:
Krzysztof_Kieslowski___Blizna__The_Scar___1976_.4372420.TPB.torrent
Blizna.rar ( legendas)
Capitalismo predador...
Lucio Vaz - Correio Braziliense
— Em operação no Espírito Santo há cerca de 40 anos, a Aracruz Celulose construiu um império empresarial que a colocou como a maior produtora mundial de celulose de eucalipto. A empresa tem ligação estreita com o mundo político. Nas três últimas eleições, investiu R$ 6,5 milhões em candidatos do estado. Com receita líquida anual de R$ 2,8 bilhões, a Aracruz mantém 12 mil empregos diretos e indiretos e paga cerca de R$ 200 milhões em impostos. Mas a atividade também gera forte impacto ambiental. Parte de suas florestas foi implantada em Mata Atlântica ou em terras de índios e quilombolas. A empresa represou seis rios e inverteu o curso de outro para abastecer a sua fábrica. Em várias localidades, há lagoas, rios e riachos secos entre as florestas.
O Correio registrou esse impacto percorrendo cerca de dois mil quilômetros no Espírito Santo e no Sul da Bahia, onde a Aracruz instalou uma segunda fábrica, no município de Eunápolis, em sociedade com a finlandesa Stora Enso. O trabalho complementa uma série de reportagens feitas no Rio Grande do Sul, onde a Aracruz, a Stora Enso e a Votorantim (sócia da Aracruz) estão expandindo plantações de eucaliptos e implantando novas fábricas de celulose. Os erros e acertos vividos no Espírito Santo podem servir como ensinamento para a atividade em outros estados.
As conseqüências danosas da operação da fábrica de Barra do Riacho nos recursos hídricos do município de Aracruz (ES) são apontadas em estudo feito pela Associação de Geógrafos Brasileiros, seção Espírito Santo. Para a construção das duas primeiras unidades da fábrica, foi criado um sistema integrado de represas no Rio Santa Joana e nos córregos Santa Joana, Águas Claras, Arroz, Alvorada, Piabas e Constantino. “As nascentes e grande parte do curso desses rios passaram a ser de uso exclusivo da Aracruz Celulose”, diz o estudo.
Entre 1970 e 1975, foi construída uma eclusa no entroncamento dos rios Riacho e Gimuhuna. Com o interrupção do curso dos rios naquele ponto, a água que desce pelo Riacho sobe pelo Gimuhuna, invertendo o curso desse rio. Bombas instaladas ao lado da represa da Aracruz provocam a retroação do rio. Em vez de descer em direção à foz, ele agora sobe em direção às máquinas da fábrica. Na época, não havia exigência de Estudo de Impacto Ambiental (Eia-Rima). Somente no ano passado, o sistema de abastecimento de água foi inserido na licença de operação para a fabricação de celulose pela empresa.
Para a ampliação da produção, com a implantação da terceira fase da fábrica, foi necessário mobilizar uma quantidade ainda maior de água. Como os recursos hídricos já estavam escassos na região, em 1998, a empresa aproveitou uma transposição de águas do Rio Doce, de domínio federal. Com o aproveitamento de antigos canais de drenagem, as águas chegaram até os rios Comboios e Riacho, passando por áreas indígenas. Essa obra foi feita apenas com Declaração de Impacto Ambiental. As águas do rio Doce passam pelo rio Riacho e chegam até a fábrica com a ajuda da eclusa.
Financiamento
A Aracruz mantém boa relação com os políticos desde a sua criação, no final da década de 1960, ainda no regime militar. Nas três últimas eleições, fez doações de R$ 6,5 milhões a candidatos do Espírito Santo. O governador Paulo Hartung (PMDB) recebeu R$ 700 mil nas duas últimas eleições. A empresa fez contribuições para 11 dos 26 deputados estaduais eleitos e sete dos 10 integrantes da bancada federal, além dos senadores eleitos.
Nas últimas eleições municipais, a Aracruz investiu R$ 1,2 milhão em candidatos a prefeito e vereador. O dinheiro foi muito bem distribuído. Candidatos de 33 dos 58 municípios do estado foram contemplados. Os candidatos de Aracruz levaram R$ 160 mil. Os do Sul da Bahia não foram esquecidos. Eles receberam R$ 3,2 milhões nas últimas eleições. Nas municipais, candidatos de 15 cidades daquela região ganharam R$ 717 mil em contribuições de campanha da empresa.
César Musso, representante do Fórum das Entidades Ambientalistas no Conselho Estadual do Meio Ambiente, comenta o entrosamento entre a Aracruz e os políticos do estado: “Isso já é tudo uma coisa só. Não se pode mais chamar de governo. A atividade empresarial tem o controle absoluto do Executivo. Quem está no governo sabe que é melhor ficar bem com o setor produtivo. Se não ficar, não vai ter dinheiro para a campanha”.
Programa
Com o tempo, a Aracruz descobriu que também poderia ter aliados entre os ambientalistas. Durante 10 anos, o biólogo André Ruschi travou uma luta contra a disseminação da cultura do eucalipto no estado, com distribuição de mudas sem nenhum controle. Hoje, a empresa mantém 105 mil hectares de plantio no Espírito Santo e 98 mil na Bahia. O programa Produtor Florestal da empresa possui um total de 92,7 mil hectares contratados no Espírito Santo, Bahia, Rio e Minas, sendo que 86,9 mil hectares já foram plantados.
Coordenador da Associação Capixaba de Proteção ao Meio Ambiente (Acapema), Ruschi entrou com ação civil pública contra a Aracruz, o governo do estado e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) em 1989. “O estado não tinha uma política florestal. Estava à mercê das empresas que plantavam no estado”, lembra. Em 1997, houve um acordo entre todas as partes. Em 2000, o biólogo foi contratado pela Aracruz. “Ajudo a avaliar peças de campanha, faço palestras para escolas”, explicou. Questionado se recebe salário ou ganha por contratos, respondeu: “São convênios em cima de projetos. Não é uma venda comercial, é cooperação técnica. Temos objetivos comuns”. Ele afirma que a Acapema “não faz críticas porque a Aracruz é multinacional, capitalista. É sensata, ajuizada”.