Em 2008 os fabricantes de automóveis foram ajudados pela isenção da Cide-combustíveis, pela redução da alíquota do IOF na compra de motocicletas, motonetas e ciclonetas por pessoas físicas, e pela redução do IPI da indústria automobilística, representando importantes renúncias fiscais. A indústria nunca fabricou tanto e quem perdeu foram os cidadãos no seu direito de mobilidade. A opinião é de Nazareno Stanislau Affonso em artigo na revista do Ipea Desafios/agosto 2009. (Envolverde/Mercado Ético) | |
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Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
A rua é das pessoas e não dos carros
A América Latina estará reagindo??
Neste texto e depois de analisar a situação da América Latina, o Pofessor Ricardo Antunes interroga-se: “não estarão os povos andinos, amazônicos, indígenas, negros, homens e mulheres trabalhadores dos campos e das cidades, a estampar que a América Latina não está mais disposta a suportar a barbárie, a subserviência, a iniqüidade, que em nome da “democracia das elites” assume de fato a postura do império, da autocracia, da truculência, da miséria e da indignidade? Não estaremos presenciando o afloramento de um novo desenho de poder popular, construído pela base, pelos camponeses, indígenas, operários, assalariados urbanos que começam novamente a sonhar com uma sociedade livre, verdadeiramente latinoamericana e emancipada?”. Não estaremos começando tecer, redesenhar e mesmo presenciar as novas vias abertas na América Latina?
Nas últimas décadas do século XX a América Latina vivenciou um verdadeiro desastre social, caracterizado pelos enormes índices de pauperização, expulsão, despossessão, desemprego e empobrecimento no campo e nas cidades e, em contrapartida, aumento desmesurado da concentração da riqueza, ampliação da propriedade da terra, crescimento do agronegócios, avanço dos lucros e dos ganhos do capital.
Foi ainda um período de grande expansão das empresas transnacionais e do capital financeiro, que obtiveram, ambos, altas taxas de lucro, como se pode constatar com os lucros dos bancos no Brasil, tanto nos dois governos FHC como os de Lula, além da implementação de modelos econômicos que seguiram à risca a cartilha do FMI. Isso sem falar na existência de parlamentos degradados e de judiciários em grande medida coniventes com as classes dominantes e seus pólos ativos de corrupção.
Mas o receituário neoliberal e sua pragmática vêm dando mostras de exaustão e os povos da América Latina estão á frente destes novos embates. Os países andinos, por exemplo, experimentam e exercitam novas formas de poder popular. São vários os exemplos de avanço das lutas populares em Nuestra América.
Contra a arquitetura institucional eleitoral das classes dominantes, os povos indígenas, os “campesinos”, os sem-terra, os operários, os assalariados despossuídos, os desempregados, esboçam novas formas de ação e de luta social e política, recusando-se a respaldar governos e grupos que tem sido dominantes há muito tempo.
A história esta sendo redescoberta de outros modos e por outras formas. Nos Andes, responsável por uma cultura indígena secular e mesmo milenar, cujos valores, ideários, sentimentos são muito distintos daqueles estruturados sob o controle e o tempo do capital, ampliam-se as rebeliões, desenham-se novos ciclos de lutas, dando claros sinais de contraposição à ordem que se estrutura desde o início do domínio e espoliação colonial.
Começa a ser desenhada uma nova forma de poder popular, autoconstituinte, moldada pela base. Na Bolívia, por exemplo, os povos indígenas e camponeses vêm rompendo com a conservação e a sujeição. Herdeiros de uma tradição revolucionária, o povo boliviano tem dado mostras de muita força e rebeldia, sinalizando que o avanço popular é cada vez maior, o que vem aguçando a oposição burguesa e imperialista em suas várias tentativas de desestabilizar o governo de Evo Morales.
Na Venezuela, os assalariados pobres dos morros de Caracas avançam na organização popular como uma forma alternativa de poder nas empresas, nos bairros populares, nas comunas, ampliando sua ação, impulsionando o governo Chavez, fazendo acentuar seus traços anticapitalistas e filiando-o na rota das alternativas de inspiração socialista. Avança-se, com a mobilização popular, no esboço do desenho prático e reflexivo dos novos caminhos do socialismo no século XXI.
No Peru, os indígenas e camponeses estão desencadeando levantes todos os dias, neste mês de junho de 2009, contra o governo conservador e de direita de Alan Garcia, que acumula índices de crescente oposição popular e procura controlar através de brutal repressão. Junto com tantos outros povos andinos, os latinoamericanos aumentam os espaços de resistência e rebelião.
Na Argentina, quando da eclosão dos levantes em dezembro de 2001, vimos a luta dos trabalhadores desempregados, denominados “piqueteros”, que depuseram, junto com as classes médias empobrecidas, vários governos, nos dias que abalaram a Argentina. E que os Kirchner tentam a todo custo controlar e cooptar, usando-se dos novos modos de ser do velho peronismo.
As rebeliões no México, de Chiapas até a experiência da Comuna de Oaxaca em 2005, a resistência prometeica dos cubanos, a luta do MST contra a propriedade da terra, o agronegócios e seus transgênicos, são outros importantes exemplos das lutas sociais e políticas da florescem na América Latina. Isso para não falarmos das lutas operárias urbanas, dos assalariados da indústria e dos serviços mercadorizados, dos trabalhadores imigrantes, que temos freqüentemente destacado nesta nossa coluna.
Termino com a indagação que fiz em outra oportunidade: “não estarão os povos andinos, amazônicos, indígenas, negros, homens e mulheres trabalhadores dos campos e das cidades, a estampar que a América Latina não está mais disposta a suportar a barbárie, a subserviência, a iniqüidade, que em nome da “democracia das elites” assume de fato a postura do império, da autocracia, da truculência, da miséria e da indignidade? Não estaremos presenciando o afloramento de um novo desenho de poder popular, construído pela base, pelos camponeses, indígenas, operários, assalariados urbanos que começam novamente a sonhar com uma sociedade livre, verdadeiramente latinoamericana e emancipada?”.
Não estaremos começando tecer, redesenhar e mesmo presenciar as novas vias abertas na América Latina?
* Professor de Sociologia do IFCH/ UNICAMP e autor, dentre outros, de Os Sentidos do Trabalho (Boitempo), e Adeus ao Trabalho? (Ed. Cortez).
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
FANDO & LIS (1968) de JODOROWSKY...
FANDO & LIS (1968)
GÊNERO: SURREALISTA/DRAMA
ÁUDIO: ESPANHOL
LEGENDA: PORTUGUÊS
TAMANHO: 500MB
FORMATO: RMVB
CREDITOS: CINEMACULTURA
SINOPSE: Um jovem de vinte anos e sua amiga paralítica viajam por um cidade chamada Tar. Desarraigados, infantis e abandonados em seus impulsos e desejos, Fando e Lis trafegam em um mundo de desesperada e impossível comunicação. Jodorowsky com certeza é o maior aprendiz dos surrealistas Luís Buñuel e Salvador Dali. O diretor chileno sempre foi ligado a culturas exóticas: escritor, diretor, roteirista de quadrinhos, palhaço de circo, leitor de tarô, curandeiro. Morou um tempo em Santiago, depois se mudou para o México, mas só foi se encontrar em Paris, onde juntamente com o na época teatrólogo Fernando Arrabal fundou em 1963 o Grupo Pânico. Fernando Arrabal também era um homem de vários dons, sempre se destacou no teatro, mas também se arriscava no cinema, nas telenovelas, na poesia.
O roteiro original do filme Fando y Lis foi baseado em uma peça de teatro de Fernando. Nela, Fando, um garoto extremamente ligado à sua mãe, um verdadeiro Édipo, vê seu pai republicano ser preso e condenado à morte e posteriormente descobre que sua própria mãe denunciou seu progenitor. Após tal descoberta, ele começa a luta para se desvincular de suas origens.
domingo, 6 de setembro de 2009
Pela paz, dizem as FARC...
Há já algum tempo que a FARC-EP e o movimento Colombianos e Colombianas pela Paz, movimento integrado por outros democratas de várias tendências, dialogam publicamente sobre o conflito entre as duas forças beligerantes principais da Colômbia: o Exército regular e as FARC-EP.
A carta aberta do Secretariado do Estado-Maior Central das FARC-EP que hoje publicamos é mais um documento de ajuda a uma melhor compreensão da situação da Colômbia.(www.odiario.info)
Secretariado do Estado-Maior Central das FARC-EP
Compatriotas:
A partir da chegada de Álvaro Uribe Vélez ao governo, surgiu na Colômbia uma NOVA DIREITA, neoliberal e antidemocrática que pretende perpetuar-se no poder, se apresenta sem máscara e esgrime abertamente os seus objectivos de governar para os mais ricos sem esconder as suas intenções antipopulares de desmontar uma a uma todas as conquistas sociais alcançadas pela classe operária e pelos trabalhadores ao longo de históricas jornadas de luta.
Esta nova direita, ultra, que não vacila em recorrer a métodos de gangsters, está representada pelo uribismo e pelas suas diversas facções em competição pela disputa de qual a mais reaccionária, mas todas elas identificadas com o pensamento retrógrado do presidente Álvaro Uribe e do governo exclusivamente a favor da elite do capital financeiro, do novo gamonalismo [caciquismo – N.T.] castrense e paramilitar, dos grandes proprietários, do sector monopolista da produção e do capital estrangeiro, outorgando-lhes toda a espécie de benefícios e favores, à custa de cortar e afectar os direitos e interesses dos trabalhadores, de consolidar a contra-reforma agrária conseguida a sangue e fogo pelo paramilitarismo estatal e mafioso, à custa de centenas de massacres e da deslocação forçada de cerca de 4 milhões de camponeses pobres, de legalizar os dinheiros da mafia e de implantar na Colômbia um regime autoritário perdurável e de cariz fascista.
A presença desta nova direita intolerante e mafiosa alterou o mapa político do país e ameaça o futuro democrático da nação.
As características principais desta nova direita são as seguintes:
- Monopólio mediático manipulador da informação, desmedido militarismo e afã em tornar a Colômbia um Estado policial que registe detalhada e minuciosamente a vida privada dos colombianos, incluindo juízes e magistrados.
- Política neoliberal anti-social e profundamente anti-popular e menosprezo pelas reivindicações e necessidades da gente humilde, baseada na mesma concepção exposta por Mussolini nas suas perorações fascistas: “O povo não precisa de manteiga, mas sim de canhões”.
- Claudicação e rendição sistemática perante os interesses do Império, patente no total alinhamento com os actos de política externa agressiva dos Estados Unidos e na ânsia em desempenhar na América o papel que Israel, como estado terrorista, desempenha na geopolítica do Médio Oriente.
- Desconhecimento dos mais elementares direitos dos opositores, a quem qualifica de “terroristas” ou aliados dos ”terroristas”, uma vez que segundo os serviços de informação oficiais, todos os movimentos sociais estariam infiltrados pela guerrilha.
- Comprovada aliança com os paramilitares e com a mafia a todos os níveis, desconhecimento metódico das regras do jogo e da Constituição que jurou defender, chantagem às Cortes e ao Congresso, utilização do serviço diplomático para pagar favores políticos e proteger delinquentes e paramilitares amigos, assim como marcado autoritarismo, junto com pretensões messiãnicas, vingativas, personalistas e de abuso de poder, são ainda outras características suas.
Não é segredo para ninguém que a democracia “à colombiana” sempre foi mais “restrita” e oligárquica, devido ao presidencialismo rígido e ao bipartidismo exclusivo que ainda a caracterizam.
Nunca houve aqui democracia real, mas antes um arremedo em que foi decisiva a utilização da guerra suja e o peso político da vontade do governo, sendo isto o que em boa parte impediu que tenham aparecido e se tenham consolidado forças políticas alternativas de massas e uma oposição.
Sempre tivemos um regime presidencial que ao longo de todo o séc. XX veio arrastando as suas grilhetas, mas agora a novidade é que parece ter alcançado a sua plenitude e perfeição despóticas neste reinado militarista de Álvaro Uribe que nos querem impor.
Não é um simples acaso que com Uribe tenha chegado à presidência da República a Opus Dei, o sector mais reaccionário da Igreja.
Ninguém poderá desvirtuar a nossa afirmação de que Álvaro Uribe, um especialista em falácias, converteu a presidência da República em catapulta para os seus objectivos pessoais de reeleição. Todos os actos que realiza como mandatário ou que não executa têm o marcado e específico propósito de conquistar votos e de se fazer reeleger.
Este governo converteu o seu mandato num descarado directório político da sua campanha de reeleição e avança para reimplantar no Congresso uma lei de imunidade que assegure a impunidade para ele e todos os seus comparsas.
Sem sequer esperar pela aprovação da lei que permita a sua segunda reeleição, vêmo-lo lançado em campanha por um terceiro mandato, recorrendo a métodos mafiosos de espionagem política dos opositores e utilizando todos os recursos estatais de que dispõe. Não há qualquer dúvida, nas próximas eleições presidenciais, o Estado vai fazer de Grande eleitor.
Junto com isto, é evidente que existe a pretensão e o projecto de formar um partido da ultra direita, já não como a união de diversos retalhos ideológicos, mas antes como uma compacta organização neoliberal na economia, ultramontana na ideologia e antidemocrática na política e no social, como instrumento político da ditadura em amadurecimento.
O projecto do Novo Estado de Uribe pretende estabelecer um tipo de legalidade diferente da antiga legalidade que tem existido e na prática outorgar ao Presidente um novo poder: o de se auto-eleger.
Já se reelegeu uma vez através de métodos ilegítimos. O que pretende agora é poder fazê-lo sempre.
O princípio dos três ramos do poder público com distintas funções e competências pretende ser substituído pelo princípio autoritário da concentração no Executivo do controle de todas as funções estatais.
As contínuas arremetidas contra os Tribunais superiores indicam que existe o objectivo de ter uma Justiça dócil e submetida à vontade do Executivo.
Não esqueçamos que no referendo recusado pelo povo no primeiro governo de Uribe se incluía a eliminação do Tribunal Constitucional e se sugeria uma justiça militar com jurisdição para julgar civis através do Estatuto Anti-terrorista, o qual, apesar de derrogado pela Tribunal Constitucional, se aplica diariamente na Colômbia nas chamadas zonas de ordem pública, onde se realizam domicializações, se desenrolam razias contra a população civil e se recorre ao racionamento de alimentos e medicamentos indispensáveis de modo arbitrário e abertamente anticonstitucional.
Que norma constitucional autoriza o exército a racionar a compra de alimentos e a colocar autocolantes convidando à deserção em todas e cada uma das facturas de remessa das compras dos camponeses, como se todos fossem guerrilheiros?
A pretexto de uma pretensa Segurança Nacional, vão desaparecendo as seculares e já reduzidas liberdades individuais, do mesmo modo que os direitos sociais e até os ecológicos vão desaparecendo, emergindo em seu lugar a razão de Estado, o Estado da «Segurança Democrática». A tendência é para substituir a velha democracia liberal por uma nova democracia autoritária encabeçada por um déspota autoritário: Álvaro Uribe.
Para a sua primeira reeleição e com o cinismo de um sofista, Uribe iludiu milhões de eleitores com a história de que através da sua política de Segurança Nacional a derrota da guerrilha estava ao virar da esquina e até lhe pôs um prazo: 18 meses, depois dos quais a Colômbia seria uma Arcádia de Paz.
Quando os factos mostraram o contrário, pediu mais sacrifícios e um novo mandato, porque segundo ele e os seus acólitos a vitória estava ao virar da esquina e estávamos no «final do final», só precisava de um novo mandato de outros 4 anos para que a Colômbia passasse a ser a «Cidade do Sol».
Agora diz que são precisos mais 4 anos porque «a cobra está viva», e quando a resistência os golpeia os generais garantem que são os «últimos estertores» do terrorismo. Com estultícias como estas, escondem o fracasso da sua política de segurança e assim, de mentira em mentira, vamos fazer 8 anos de um mandato nefasto durante o qual aconteceu de tudo.
No decurso destes anos, o país soube que os escritórios dos serviços de informações do Estado (DAS) foram entregues aos paramilitares. Foi ali que foram feitas listas de sindicalistas, de universitários e de activistas sociais que os sicários deviam assassinar e que efectivamente foram assassinados, chegando a alcançar o triste recorde de ser a Colômbia o país onde mais sindicalistas são assassinados.
Truculências, subornos e intriga para se fazer reeleger, massacres e crimes de lesa humanidade disfarçados de «falsos positivos», espionagem política sistemática a magistrados, líderes da oposição, cívicos e sindicais, a juízes, jornalistas e gente comum, que procurou disfarçar, despojamento violento de 6 milhões de hectares de terras a milhões de camponeses através do terror paramilitar e deslocamento forçado que disfarçou de «migração voluntária» e, como em vez de paz o que temos é mais miséria e mais terror oficial, diz agora que «a cobra continua viva» e que precisa outros 4 anos para consolidar o seu regime policial, militarizar cada vez mais o país e perpetuar a sua ditadura.
A Colômbia governada por Uribe é o único país do mundo onde se verifica que 85 deputados oficiais são para-militares e não acontece nada. Reduzem simplesmente o problema a uns processos penais que culminam com penas benignas sem consequências políticas de maior.
Só uma questão não deixa dormir Uribe e a casta dirigente que é a de que, com todos esses congressistas metidos na cadeia, o governo corre o risco de perder as maiorias. Por isso sai aflito a pedir que votem nos seus projectos antes que os metam na prisão. Tamanha imoralidade nunca se viu. Claro que Uribe pretende prolongar o seu mandato, não até 2014, mas até ao ano de 2019!
Para compreender tão louca proposta, há que conhecer os meandros do seu carácter e também o seu ultramontano fanatismo orientado pelo Opus Dei e penetrar a sua enviezada personalidade, alimentada por ódios viscerais e um egoísmo messiânico.
É necessário desmascarar o engano: por detrás da luta contra o chamado «terrorismo», encontra-se escondido o objectivo de montar uma democracia autoritária fechada, à maneira de Fujimori, e a «guerra total contra o terrorismo» não é mais que o caminho para a sua realização. É essa a «prenda» do projecto político do uribismo.
Há muitos, alguns a partir de posições revolucionárias e certamente com sinceridade, que pensam que, se não fosse devido à existência da guerrilha, a Colômbia estaria percorrendo um caminho atapetado rumo à mais «profunda» democracia. Não os desqualificamos, mas convidamo-los a reflectir:
Será esta conclusão objectiva e tirada do estudo da nossa história política?
Não será isso desconhecer o modus operandi da oligarquia colombiana através de toda a vida da República?
Pensam por acaso que a guerrilha na Colômbia surgiu por geração espontânea?
Não conhecemos nós e o povo colombiano os promotores da política de sangue e fogo com que foi inaugurada a violência de onde ainda não saímos e que foi a causa da origem da guerrilha?
Não está demonstrado até à saciedade que o paramilitarismo é uma estratégia da oligarquia para desenvolver a guerra suja contra o povo e esconder a sua mão criminosa?
Ou será que vamos acreditar na história da carochinha do «sociólogo» Álvaro Uribe de que aquí não há conflito armado, mas agressão de uns terroristas contra a «democracia profunda» que ele dirige, dizendo que os revolucionários já não defendem ideais, sendo antes narcotraficantes?
A Colômbia precisa encontrar os caminhos que conduzam ao fim desta guerra entre irmãos, caminhos de reconciliação que nos levem a Acordos de Paz.
Os membros das FARC-EP têm lutado e continuarão a fazê-lo com denodo, com entrega e sacrifício, para alcançar acordos que ajudem a construir uma pátria em que caibamos todos. Jamais proclamámos o princípio da guerra total, nem da guerra pela guerra, já que os nossos objectivos são os de conseguir mudanças profundas na estrutura social da Colômbia que tenham em conta os interesses das maiorias nacionais e dos sectores populares e desmontar um regime político criminoso, oligárquico, vergonhoso, corrupto, exclusivista e injusto, conforme se encontra consignado na nossa Plataforma Bolivariana pela Nova Colômbia.
Com toda a sinceridade que corresponde ao nosso compromisso pela mudança social e com a lealdade que devemos ao nosso povo, garantimos a todos os que querem claudicar que não vamos desistir depois de mais de 40 anos de luta, nem aceitar uma falsa paz de «gato pardo» em que a minoria oligárquica continua açambarcando todas as riquezas, enquanto as grandes maiorias nacionais ficam esmagadas pelo peso da pobreza, pelo terror militarista, pela miséria e pela degradação moral de uma classe dirigente corrupta até ao tutano.
Não atraiçoaremos os sonhos de justiça da Colômbia que clama pela paz com justiça social, nem a memória dos milhares de mortos, nem as vítimas das inumeráveis tragédias provocadas por esta cruel guerra declarada pela oligarquia contra o povo desde há mais de 50 anos. Não temos alma de oportunistas, nem de conciliadores.
O próximo acordo de paz que for alcançado na Colômbia não pode ser como o que foi assinado em São Domingos, que é o melhor exemplo de como não se chega à paz.
Democracia ou autoritarismo?
Uma paz entendida apenas como mera reconciliação dos espíritos, não só é uma fantasia irresponsável e um crime, como é um retrocesso histórico nos anseios do povo colombiano para alcançar a justiça social.
Dentro desse contexto, é pertinente debater o papel das organizações democráticas na solução do conflito social e em eventuais conversações de paz para impedir o enganoso sofisma de que apenas as organizações dos ricos representam a «sociedade civil» e de que a classe operária é representada por Angelino Garzón.
Apelamos a todos os patriotas e democratas da Colômbia para discutirem estes temas, para impedirem o estabelecimento perpétuo de uma ditadura ou governo totalitário e despótico.
Convidamo-vos a trabalhar por um Grande Acordo Nacional de Paz, para construir uma alternativa política que privilegie a paz, convoque o diálogo, ponha em campo uma trégua bilateral e proceda à suspensão imediata da presença de tropas estado-unidenses no nosso território e que, uma vez alcançados os acordos com o protagonismo das organizações sociais e políticas, convoque uma Assembleia Nacional Constituinte para referendar o acordado.
Impeçamos entre todos que na Colômbia o povo perca todas as conquistas alcançadas através das suas justas lutas e que a guerra seja o modus vivendi da nossa sociedade apenas por causa da intransigência oligárquica em impedir a todo o custo que na Colômbia haja mudanças estruturais que beneficiem as maiorias nacionais e em perpetuar um regime político que todos sabemos injusto, imoral e antidemocrático.
Montanhas da Colômbia, Julho de 2009
Esta carta foi divulgada pela agência noticiosa ANNCOL
Tradução: Jorge Vasconcelos
Protesto à la direita.....
Por que chove em SP: o megaprotesto de 15 pessoas contra Chávez
São Paulo fez sua parte na onda de protestos contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez, realizados nesta sexta-feira (4), em cidades latino-americanas, estadunidenses e europeias. Na terra da garoa e do Movimento Cansei, a manifestação antichavista reuniu 15 aguerridas pessoas na Avenida Paulista.
Por André Cintra
É bem verdade que, no mesmo horário, o 15º Grito dos Excluídos reunia, em Porto Alegre, um público cem vezes maior. Mobilizaram-se na capital gaúcha cerca de 1.500 manifestantes, em defesa da valorização da vida, do direito à luta e contra a corrupção generalizada do governo Yeda Crusius (PSDB-RS). Mas não é o caso de fazer comparação.
Quem teve a sorte de ler O Estado de S. Paulo neste sábado (5) já sabe que o ato anti-Chávez atingiu o ápice possível — não tinha condições de ser maior. Afinal, chovia em São Paulo no momento da manifestação. Não era exatamente uma tormenta ou um dilúvio, mas, sim, uma intolerável chuvinha fina — o suficiente para inviabilizar um evento mais massivo.
Como não choveu, por exemplo, em Madri e Barcelona, cada uma dessas metrópoles teve um público ainda maior — cerca de cem pessoas. Os maiores protestos ficaram com a Colômbia, onde o correspondente da BBC Mundo, Hernando Salazar, registrou: os manifestantes “eram, em sua maioria, pessoas da classe média e alta do país”. Como é bom ter uma elite progressista!
Dois presidentes latino-americanos acima de qualquer suspeita reagiram à altura e apoiaram as manifestações. Foi o caso do colombiano Álvaro Uribe (símbolo maior de lealdade e disciplina durante a era Bush) e do hondurenho Roberto Michelleti (grande adepto da legalidade institucional). No Brasil, nem o presidente Lula foi às falas nem o a natureza colaborou.
Que pena que os céus castigaram São Paulo num dia histórico, em que os meios geopolíticos estremeceram e ruas de todo o planeta se encheram de esperança. O texto da repórter Renata Miranda, do Estadão, detalha tudo: “Em São Paulo, a chuva fina que caiu durante a tarde na Avenida Paulista espantou os manifestantes que protestavam contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Por volta das 13h30, quando a reportagem do Estado passou pelo local do protesto, apenas 15 manifestantes estavam reunidos no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp)”.
A repórter também ressalva que “a maioria dos presentes era composta de mulheres estrangeiras”. Leia-se que os brasileiros, lamentavelmente insensíveis aos apelos de jovens playboys colombianos e venezuelanos, não atenderam à convocação “feita por redes sociais, como o Facebook e o Twitter”.
É possível que uma convocatória convencional tivesse agregado mais pessoas à multidão da Avenida Paulista. No primeiro capítulo de suas Memórias Póstumas, Brás Cubas lembra que apenas 11 pessoas — “Onze amigos!” — o enterraram. E se justifica: “Verdade é que não houve cartas nem anúncios”. Ou talvez a forma de convocação seja mesmo irrelevante. “Acresce que chovia — peneirava uma chuvinha miúda, triste e constante”, registra o “defunto autor” criado por Machado de Assis.
Ah, a chuva de novo. Um “bom e fiel amigo”, a quem Brás Cubas deixara 20 apólices, não pensou duas vezes: “Vós, que o conhecestes, meus senhores vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado."
Sobre o megaprotesto de 15 combativos democratas contra Chávez, só faltou ao Estadão dizer que os céus de São Paulo choraram em solidariedade aos manifestantes. Nada como uma matéria jornalística realmente precisa e confiável, sem ironias.
Está em www.vermelho.org.br
sábado, 5 de setembro de 2009
Isso se chama "demo-cracia"....
Vinte bases militares dos EUA para cercar a Venezuela
Um total de 13 (treze) bases militares estadunidenses, localizadas estrategicamente em países aliados de Washington, cercam atualmente a Venezuela. Com o acordo em matéria de "cooperação e assistência técnica em defesa e segurança", que a Colômbia assinará com os EUA nas próximas semanas e permitirá à tropa estadunidense utilizar sete novas bases militares naquele país, este número será aumentado para 20 (vinte).
- as aéreas serão Malambo, no departamento Atlântico; Palanquero, em Cundinamarca e Apiay, no Meta;
- as do exército serão Tolemaida, em Cundinamarca e Larandia, em Caquetá;
- as navais serão as de Cartagena e Baía Málaga, no departamento de Valle del Cauca.
Do mesmo modo, os Estados Unidos têm pretensões a instalar no futuro quatro bases adicionais: uma em Alcântara, no Brasil; outra na zona de Chapare, na Bolívia, uma mais em Tolhin, na província da Terra do Fogo, na Argentina; e a última na zona conhecida como a tríplice fronteira, localizada na fronteira do Brasil, Argentina e Paraguai.
MST e as ações criminosas da revista Veja
Por Altamiro Borges
Como arapongas ilegais, ela se jacta de que “teve acesso às movimentações bancárias de quatro entidades ligadas aos sem-terra. Elas revelam como o governo e organizações internacionais acabam financiando as atividades criminosas do movimento”. As quatro entidades – Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca), Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária (Concrab), Centro de Formação e Pesquisas Contestado (Cepatec) e Instituto Técnico de Estudos Agrários e Cooperativismo (Itac) – “receberam 43 milhões de reais em convênios com o governo entre 2003 e 2007”, resmunga a revista da Editora Abril, que sempre saqueou os cofres públicos.
Uma “reporcagem” interesseira
O novo ataque ao MST não é gratuito. Ele ocorre poucos dias após a jornada nacional de luta por mais verbas para a reforma agrária e pela atualização dos índices de produtividade, usados como parâmetros legais para a desapropriação de terras. Diante da sinalização do governo Lula de que atenderia as justas reivindicações, a revista Veja resolveu sair em defesa dos latifundiários e dos barões do agronegócio. Não há nenhuma investigação jornalística sobre as premiadas iniciativas educativas e sociais do MST. Apenas opiniões preconceituosas para criminalizar o movimento. Seu objetivo é asfixiar financeiramente o MST, fragilizando a heróica luta pela reforma agrária.
Daí a “reporcagem” esbravejar, num tom fascistóide, que “o MST é movido por dinheiro, muito dinheiro, captado basicamente dos cofres públicos e junto às entidades internacionais. Ao ocupar ministérios, invadir fazendas, patrocinar um confronto com a polícia, o MST o faz com dinheiro de impostos pagos pelos brasileiros e com o auxílio de estrangeiros que não deveriam se imiscuir em assuntos do país”. A matéria também serve de palanque para o tucano José Serra. “Aliados históricos do PT, os sem-terra encontraram no governo Lula uma fonte inesgotável de recursos para subsidiar suas atividades”. E ainda estimula intrigas. “O governo Lula agora experimenta o gosto da chantagem de uma organização bandida que cresceu sob seus auspícios”.
Resposta corajosa do MST
O MST já respondeu com altivez às provocações. “Não há nenhuma novidade na postura política e ideológica desses veículos, que fazem parte da classe dominante e defendem os interesses do capital financeiro, dos bancos, do agronegócio e do latifúndio, virando de costas para os problemas estruturais da sociedade e para as dificuldades do povo brasileiro. Desesperados, tentam requentar velhas teses de que o movimento vive à custa de dinheiro público. Aliás, esses ataques vêm justamente de empresas que vivem de propaganda e de recursos públicos ou que são suspeitas de benefícios em licitações do governo de São Paulo, como a Editora Abril”.
Quanto aos ataques, a nota é elucidativa. “Em relação às entidades que atuam nos assentamentos de reforma agrária, que são centenas trabalhando em todo o país, defendemos a legitimidade dos convênios com os governos federal e estaduais e acreditamos na lisura do trabalho realizado. Essas entidades estão devidamente habilitadas nos órgãos públicos, são fiscalizadas e, inclusive, sofrem perseguições políticas do TCU (Tribunal de Contas da União), controlado atualmente por filiados do PSDB e DEM. Elas desenvolvem projetos de assistência técnica, alfabetização de adultos, capacitação, educação e saúde em assentamentos rurais, que são um direito dos assentados e um dever do Estado, de acordo com a Constituição”.
Um negócio de 719 milhões de reais
Em mais este ataque colérico, a revista Veja prova que é imoral e cínica. Tudo que publica serve a objetivos políticos precisos, mas embalados na manipulação jornalística. De fato, muita coisa precisa ser investigada no país. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a mídia tornou-se uma urgência. No caso da Editora Abril, que condena o “auxílio de estrangeiros que se imiscuem em assuntos do país”, seria útil averiguar sua própria origem, quando o empresário estadunidense Victor Civita se mudou para São Paulo, em 1949, trazendo na bagagem um sinistro acordo com a Disney. Não é para menos que muitos o acusaram de “agente do império” e de servidor da CIA.
Quanto aos recursos públicos, seria necessário apurar as compras milionárias do governo tucano de José Serra das publicações da Abril. O Ministério Público Federal inclusive já abriu processo para investigar o caso suspeito. No embalo, poderia averiguar as recentes denúncias do jornalista Carlos Lopes, editor do jornal Hora do Povo. No artigo intitulado “O assalto do grupo Abril aos cofres públicos na venda de livros do MEC”, com base em dados do Portal da Transparência, ele mostra que “nos últimos cinco anos, o Ministério da Educação repassou ao grupo Abril a quantia de R$ 719.630.139,55 para compra de livros didáticos. Foi o maior repasse de recursos públicos destinados a livros didáticos dentre todos os grupos editoriais do país”.
A urgência da CPI da mídia
“Nenhum outro recebeu, nesse período, tanto dinheiro do MEC. Desde 2004, o grupo da Veja ficou com mais de um quinto dos recursos (22,45%) do MEC para compra de livros didáticos... O espantoso é que até 2004 o grupo Civita não atuava no setor de livros didáticos. Neste ano, o grupo adquiriu duas editoras – a Ática e a Scipione. Por que essa súbita decisão de passar a explorar os cofres públicos com uma inundação de livros didáticos? Evidentemente, porque existe muito dinheiro nos cofres públicos... O MEC, infelizmente, está adotando uma política de fornecer dinheiro público para que o Civita sustente o seu panfleto – a revista Veja”.
“Exatamente essa malta, cínica e pendurada no dinheiro público, acusa o MST de ter recebido, de 2003 a 2007, R$ 47 milhões em alguns convênios com o governo federal... Já o Civita recebeu só do MEC, entre 2004 e 2008, R$ 719 milhões, isto é, 17 vezes mais do que o MST – e não foi para trabalhar, mas para empurrar livros didáticos duvidosos, e a preço de ouro”, critica Carlos Lopes. Como se observa, uma CPI da mídia é urgente.
Privatização da educação não funciona...
Privatização fracassa na educação
do site Pátria Latina
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sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Beatles, de 1970 a 1981....
1970 GIVE PEACE A CHANCE
1970 Give Peace A Chance.rar(Download)LADO A
1 Give Peace A Chance (Lennon, 1969)
2 Isn't It A Pity (Harrison, 1966)
3 Maybe I'm Amazed (Mccartney, 1970)
4 Mother (Lennon, 1970)
5 Not Guilty (Harrison, 1968)
6 Man We Was Lonely (Mccartney, 1970)
7 God (Lennon, 1970)
LADO B
8 It Don't Come Easy (Starkey-Harrison, 1970)
9 Love (Lennon, 1970)
10 All Things Must Pass (Harrison, 1970)
11 Cold Turkey (Lennon, 1969)
12 Teddy Boy (Mccartney, 1970)
13 Instant Karma (Lennon, 1970)
14 My Sweet Lord (Harrison-Williams, 1969)
1971 APPLE SCRUFF
LADO A
1 Another Day (Mccartney, 1971)
2 Imagine (Lennon, 1971)
3 Try Some Buy Some (Harrison, 1971)
4 Gimme Some Truth (Lennon, 1971)
5 Bye Bye Blackbird (Dixon-Henderson, 1970)
6 Oh My Love (Lennon-Ono, 1971)
7 Uncle Albert, Admiral Halsey (Mccartney, 1971)
LADO B
8 Happy Xmas (Lennon-Ono, 1971)
9 Monkberry Moon Delight (Mccartney, 1971)
10 Beware Of Darkness (Harrison, 1970)
11 Working Class Hero, Power To The People (Lennon, 1970)
12 Too Many People (Mccartney, 1971)
13 How Do You Sleep (Shortened Version) (Lennon, 1971)
14 Apple Scruffs (Harrison, 1970)
1972 HEART OF THE COUNTRY
LADO A
1 Woman Is The Nigger Of The World (Lennon-Ono, 1972)
2 I'd Have You Anytime (Harrison, 1970)
3 Give Ireland Back To The Irish (Mccartney, 1971)
4 Angela (Lennon-Ono, 1972)
5 Early 1970 (Starkey, 1970)
6 Dear Boy (Mccartney, 1971)
7 Bangla Desh (Harrison, 1971)
LADO B
8 Heart Of The Country (Mccartney, 1971)
9 What Is Life (Harrison, 1970)
10 Country Dreamer (Mccartney, 1972)
11 Jealous Guy (Lennon, 1971)
12 Tomorrow (Mccartney, 1971)
13 Remember (Lennon, 1970)
14 Hear Me Lord (Harrison, 1969)
1973 GIVE ME LOVE
LADO A
1 Photograph (Starkey-Harrison, 1973)
2 Mind Games (Lennon, 1973)
3 Bluebird (Mccartney, 1973)
4 Don't Let Me Wait Too Long (Harrison, 1973)
5 Little Woman Love (Mccartney, 1971)
6 Behing That Locked Door (Harrison, 1970)
7 Hi, Hi, Hi (Mccartney, 1972)
LADO B
8 Give Me Love (Give Me Peace On Earth) (Harrison, 1973)
9 C'moon (Mccartney, 1973)
10 Attica State (Lennon, 1972)
11 Oh My My (Poncia-Starkey, 1973)
12 The Luck Of The Irish (Lennon-Ono, 1972)
13 My Love (Mccartney, 1973)
14 Linving In The Material World (Harrison, 1973)
1974 STEEL AND GLASS
LADO A
1 Steel And Glass (Lennon, 1974)
2 Mrs Vanderbilt (McCartney, 1973)
3 No No Song (Axton, 1974)
4 Live And Let Die (Mccartney, 1973)
5 Dark Horse (Harrison, 1974)
6 Jet (Mccartney, 1973)
7 Sunday Bloody Sunday (Lennon-Ono, 1972)
LADO B
8 Nr 9 Dream (Lennon, 1974)
9 So Sad (Harrison, 1973)
10 When The Night (Mccartney, 1973)
11 Ding Dong Ding Dong (Harrison, 1974)
12 Helen Wheels (Mccartney, 1973)
13 Simple Shady (Harrison, 1974)
14 Band On The Run (Mccartney, 1973)
1975 YOU
LADO A
01 Stand By Me (King-Leiber-Stoller, 1975)
02 Listen To What The Man Said (Mccartney, 1975)
03 It Is He (Jai Sri Krishna) (Harrison, 1974)
04 John Sinclair (Lennon, 1972)
05 One More Kiss (Mccartney, 1973)
06 You're Sixteen (Sherman, 1973)
07 Junior's Farm (Mccartney, 1974)
LADO B
08 I'm The Greatest (Lennon, 1973)
09 No Words (Mccartney-Laine, 1973)
10 The Light That Has Lighted The World (Harrison, 1973)
12 Six O'clock (Mccartney, 1973)
13 Miss O'dell (Harrison, 1973)
13 You Gave Me The Answer (Mccartney, 1975)
14 You (Harrison, 1975)
1976 LOVE SONGS
LADO A
01 Bless You (Lennon, 1974)
02 Silly Love Songs (Mccartney, 1976)
03 Dear One (Harrison, 1976)
04 Only You (Ram-Rand, 1974)
05 Love In Song, I Am your Singer (Mccartney, 1975)
06 Pure Smokey (Harrison, 1976)
07 Nobody Loves You (When You're Down And Out) (Lennon, 1974)
LADO B
08 San Ferry Anne (Mccartney, 1976)
09 Maya Love (Harrison, 1974)
10 Treat Her Gently, Lonely Old People (Mccartney, 1975)
11 Bye Bye Love (Bryant, 1974)
12 Warm And Beautiful (Mccartney, 1976)
13 Hey Baby (Channel-Cobb, 1976)
14 Beware My Love (Mccartney, 1976)
1977 ROCK SHOW
LADO A
01 A Dose Of Rock'n'roll (Groszman, 1976)
02 Tight As (Lennon, 1973)
03 Magneto And Titanium Man (Mccartney, 1975)
04 Crackerbox Palace (Harrison, 1976)
05 Let Me Roll It (Mccartney, 1973)
06 Slidin’ And Slidin’ (Bocage-Collins-Penniman-Smith, 1975)
07 Venus And Mars & Rock Show (Mccartney, 1975)
LADO B
08 Scared (Lennon, 1974)
09 Nineteen Hundred And Eighty Five (Mccartney, 1973)
10 Meat City (Lennon, 1973)
11 This Song (Harrison, 1976)
12 Whatever Gets You Throu The Night (Lennon, 1974)
13 Letting Go (Mccartney, 1975)
14 Goodnight Vienna (Lennon, 1974)
1978 THE BEATLES ("BLACK ALBUM")
DISCO 1 – LADO A
1 Cofee On The Left Bank (Mccartney, 1978)
2 Mamunia (McCartney, 1973)
3 Surprise Surprise (Lennon, 1974)
4 Famous Grupies (Mccartney, 1978)
5 Call Me (Starkey, 1974)
6 This Guitar (Can't Keep From Crying) (Harrison, 1975)
7 Mull Of Kintyre (Mccartney, 1977)
DISCO 1 – LADO B
8 With A Little Luck (Mccartney, 1978)
9 Old Dirt Road (Lennon-Nilsson, 1974)
10 Don't Let It Bring You Down (Mccartney, 1978)
11 Tired Of Midnight Blues (Harrison, 1975)
12 Junk (McCartney, 1970)
13 Drowning In The Sea Of Love (Gamble-Huff, 1977)
14 Free As A Bird (Lennon, 1977)
DISCO 2 – LADO A
1 Name And Address (Mccartney, 1978)
2 Going Down On Love (Lennon, 1974)
3 I'm Carrying (Mccartney, 1978)
4 Cookin (Lennon, 1976)
5 Let 'em In (Mccartney, 1976)
6 Morse Moose And The Grey Goose (Mccartney-Laine, 1978)
7 Learning How To Love You (Harrison, 1976)
DISCO 2 – LADO B
8 Hari's On Tour (Harrison, 1974)
9 London Town (Mccartney, 1978)
10 True Love (Porter, 1976)
11 Pure Gold (Mccartney, 1976)
12 Beautiful Girl (Harrison, 1970)
13 The Note You Never Wrote (McCartney, 1976)
14 Gave It All Up (Poncia-Starkey, 1977)
1979 BLOW AWAY
LADO A
1 Bring On The Lucie (Lennon, 1973)
2 Getting Closer (Mccartney, 1979)
3 Your Love Is Forever (Harrison-Wright, 1979)
4 Backwards Traveller (McCartney, 1979)
5 It's No Secret (Poncia-Starkey, 1977)
6 To You (Mccartney, 1979)
7 Blow Away (Harrison, 1979)
LADO B
08 Wonderful Christmas Time (McCartney, 1979)
09 Wings (Poncia-Starkey, 1977)
10 If You Believe (Harrison, 1979)
11 To Know Her Is To Love Her (Spector, 1975)
12 I'l Still Love You (Harrison, 1976)
13 Spin It On (McCartney, 1979)
14 Real Love (Lennon, 1979)
1980 STARTING OVER
LADO A
01 We're Open Tonight (Mccartney, 1979)
02 (Just Like) Starting Over (Lennon, 1980)
03 Soft Hearted Hana (Harrison, 1979)
04 I'm Loosing You. (Lennon, 1980)
05 Daytime Nightime Suffering (Mccartney, 1979)
06 Heart On My Sleeve (Gallagher-Lyle, 1978)
07 Faster (Harrison, 1979)
LADO B
08 I'm Loosing You (Hard Version) (Lennon, 1980)
09 Waterfalls (Mccartney, 1980)
10 Oo-Wee (Poncia-Starkey, 1974)
11 So Glad To See You (Mccartney, 1979)
12 Cleanup Time (Lennon, 1980)
13 Dark Sweet Lady (Harrison, 1979)
14 Watching The Wheels (Lennon, 1980)
1981 ALL THOSE YEARS AGO
1981 All Those Years Ago.rar(download)LADO A
1 I'm Stepping Out (Lennon, 1980)
2 Summer's Day Song (Mccartney, 1980)
3 Old Time Relovin (Poncia-Starkey, 1978)
4 Nobody Told Me (Lennon, 1980)
5 Coming Up (Mccartney, 1980)
6 Life Itself (Harrison, 1981)
7 Girlfriend (Mccartney, 1979)
LADO B
8 Love Comes To Everyone (Harrison, 1979)
9 (Forgive Me) My Little Flower Princess (Lennon, 1980)
10 Winter Rose, Love Awake (Mccartney, 1979)
11 Here Comes The Moon (Harrison, 1979)
12 Woman (Lennon, 1980)
13 After The Ball, Million Miles (Mccartney, 1979)
14 All Those Years Ago, Here Today (Harrison-McCartney, 1981)
Créditos: KABONG - Beatles7081