Sara Irving*www.odiario.info
Nesta
entrevista de Sara Irving com David Cronin é desmascarada a íntima
colaboração entre a União Europeia e Israel, particularmente no campo da
investigação tecnológica e militar.
Num momento em que milhares de jovens investigadores da União Europeia
são lançados no desemprego e transformados na «geração da casa dos pais»
(em Portugal a sua situação é dramática), são «800 projectos de
investigação em que os israelenses estão envolvidos e o seu valor chega a
qualquer coisa como 4.300 milhões de euros entre 2007 e 2013».
São textos como esta entrevista que tornam impossível a partir de agora
os jornalistas, nomeadamente os portugueses, dizerem «eu não sabia»…
Agora já sabem.
Sara Irving (SR):
Os seus antecedentes são principalmente os de um escritor sobre
assuntos europeus e instituições. O que o levou a escrever sobre as
relações entre a Europa e Israel e os palestinos? [N. do T.: David
Cronin lançou há pouco o livro Europe’s Alliance with Israel: Aiding the
Occupation [A Aliança da Europa com Israel: Ajuda à Ocupação]
David Cronin (DC): Um par de coisas. Em primeiro lugar,
em 2001 eu estava em Israel e nos Territórios Palestinos Ocupados (TPO)
numa «missão de paz» da União Europeia, pouco depois dos atentados de
11 de Setembro de 2001 nos EUA. Recordo, de modo particular, que fui a
uma conferência de imprensa que Ariel Sharon [ex-primeiro ministro de
Israel] deu no Hotel King David, em Jerusalém e fiquei surpreendido com a
arrogância e a linguagem ofensiva que utilizou. Começou por dar-nos as
boas vindas – recordo as suas palavras exactas - «à capital eterna do
povo judeu durante os últimos 3.000 anos», de certo modo não
reconhecendo que também a capital de duas outras grandes religiões
monoteístas.
Falou da alegria que sentia cada vez que um atacante suicida se
imolava, porque desta maneira os palestinos acabam consigo próprios no
processo. Isso surpreendeu-me muito, e depois acusou a União Europeia
(UE) de financiar o «terrorismo palestino», coisa que antes nunca tinha
ouvido, e tudo aquilo era novo para mim.
Supus que era um pouco ingénuo, pensei que não há fumo sem fogo, e
por último fiquei com a impressão que a UE estava a apoiar os
palestinos. Nessa altura, Chris Patten era o Comissário das Relações
Externas da UE, um «intermediário honesto», sempre a fazer finca-pé em
que a UE fazia tudo o que era possível para continuar o «processo de
paz», que a UE era o maior doador da Autoridade Palestina e estava a
ajudar a desenvolver um embrionário Estado palestino.
Tomei muitas coisas num sentido errado. O meu ponto de inflexão foi
muito mundano. Assisti a uma conferência organizada por um dos comités
das Nações Unidas sobre a Palestina no Parlamento Europeu, em 2007, em
Bruxelas, e aí assisti também a uma sessão que abordou a relação da UE
com Israel. Essa foi a primeira vez que me dei conta da outra parte da
história, quando foi fornecida toda a informação real sobre até que
ponto a UE partilhava a cama com Israel.
Impressionou-me o facto de haver muita literatura – as obras de
[Noam] Chomsky e outras – sobre a relação dos Estados Unidos com Israel.
Aí decidi que se ninguém escrevia um livro sobre o assunto, teria que
fazê-lo eu.
SI: Por trás das atitudes da Europa, qual é para si
a maior «pressão»? No seu livro identifica vários elementos, a
culpabilidade do Holocausto, o interesse económico ou a influência dos
EUA. Quais são as principais forças neste jogo entre o capitalismo e as
forças políticas?
DC: É uma combinação de coisas. Henry Kissinger disse
uma vez que a UE nem sequer daqui a um milhão de anos poderia ser pode
vir a ser um actor importante no Médio Oriente. Se não há dúvida que os
EUA continuam a ser o grande jogador, e que continuam a sê-lo apesar do
crescimento da China, a verdade é que a UE é o maior parceiro comercial
de Israel e o maior doador da Autoridade palestina, pelo que em termos
económicos tem enorme influência.
A ligação da UE a Israel baseia-se num acordo que entrou em vigor no
ano 2000 e que, no seu artº 2º estabelece que o dito acordo está
condicionado ao cumprimento dos direitos humanos. Os funcionários da UE
defendem que a cláusula dos direitos humanos é uma aspiração, embora os
legistas digam que é o que na UE se chama um «elemento essencial». É
clara e juridicamente vinculativa, e há a obrigação por parte da UE de
invocar esta cláusula e se for necessário penalizar Israel quando a não
cumprir. Defendo que se trata de uma cobardia, não há vontade política
de fazer frente aos israelenses nem ao poder hegemónico estadounidense
nos assuntos internacionais.
Israel tem vindo a desenvolver relações cada vez mais estreitas com a
UE e a NATO, instituições que partilham o mesmo pensamento estratégico
que Israel, e que nalguns casos são as mesmas pessoas que estão a
incrementar este processo. Tipzi Livni, quando era ministra das Relações
Exteriores de Israel, deu-se conta que poderia ser um erro de Israel
estar demasiado dependente dos EUA. Ela e os seus assessores tomaram
consciência que havia outras potências emergentes no mundo. Conseguiram
assinar acordos que melhoraram as relações de Israel com a UE e com a
NATO ao mesmo tempo, em Novembro de 2008. Gabi Ashkenazi, o Chefe das
Forças Armadas israelenses, visitou centros de operações da NATO em
várias ocasiões, além de Israel ter participado em exercícios conjuntos
com a NATO. Em Julho de 2010, alguns soldados israelenses morreram num
acidente de helicóptero na Roménia [1]. Este facto mereceu muito pouca
atenção da imprensa de referência, mas é um sinal de até que ponto
Isreal eatá envolvida nos assuntos da UE e da NATO.
SI: Uma boa parte deste livro é sobre os benefícios de Israel com esta relação. Quais são os benefícios para a União Europeia?
DC: Essa é uma boa questão, porque é discutível que
interesse realmente à UE uma amizade com Israel tal como está. Há uma
escola de pensamento, e tenho alguma simpatia por ela, que defende que
para a UE seria melhor esquecer-se de Israel e concentrar-se no
desenvolvimento de relações mais estreitas com os Estados árabes. Mas os
principais factores são as oportunidades empresariais e económicas.
Voltando ao ano 2000, de acordo com a agenda de Lisboa [2], a UE
definiu como objectivo oficial converter-se na base informática da
economia mundial. Mas para onde quer que vá a UE, os israelenses já o
fizeram primeiro. A Intel está a desenvolver a próxima geração de chips
de computadores nas suas instalações em Israel. Grande parte dos «sexy»
da internet fizeram-se ali. Os israelenses dedicam cerca de 5% do seu
PIB à investigação tecnológica, aproximadamente o dobro dos EUA. A
Agenda de Lisboa definiu como objectivo 3%, mas na maioria dos casos não
são cumpridos. Por isso o aspecto mais importante da relação da UE é a
cooperação científica. Os israelense fizeram parte do Programa de
Investigação Científica da União Europeia, desde a passada década de 90,
e eu vi há dias alguns dados que mostravam que há 800 projectos de
investigação em que os israelenses estão envolvidos e que o seu valor
chega a qualquer coisa como 4.300 milhões de euros entre 2007 e 2013. Há
um sentimento entre os funcionários da UE que tem de ter boas relações
com os israelenses, porque estes estão muito avançados cientificamente. O
outro lado da questão é que muito dos êxitos científicos estão
intimamente ligados à ocupação. Como refiro no livro, Elbit [o
fabricante de drones [avião não pilotado usado em bombardeamentos em
Gaza N. do T.] e as industrias israelenses de aeronaves encontram-se
entre os beneficiários das subvenções da UE à investigação científica.
Do ponto de vista do contribuinte da UE estamos a ajudar a indústria de
guerra israelense.
Na recente cimeira da NATO anunciou-se, pela primeira vez, um
programa de defesa de mísseis com a cooperação da Rússia, ao que parece
com a intenção de operar a partir de barcos de guerra dos EUA no
Mediterrâneo. Que implicações tem tudo isto nas relações de Israel com a
NATO?
Muitas. Se falarmos do que aconteceu com a flotilha de ajuda a Gaza,
aquilo foi legalmente um ataque à Turquia. El Marmara Mavi era um
barcop turco, a Turquia é um membro da NATO e depois do ataque pediu uma
reunião de emergência desta organização [3]. Podemos imaginar qual
teria sido a reacção se, por exemplo, fosse a Coreia do Norte que
tivesse feito o ataque. Mas como foi Israel, ainda que tivesse havido
uma declaração da NATO a condenar o ataque, não houve quaisquer outras
repercussões. Tenho-me apercebido que, inclusive, continua a cooperação
militar entre a Turquia e Israel, e a Turquia continua a utilizar armas
israelenses nos seus ataques contra os curdos no norte do Iraque.
Em termos do novo conceito estratégico da NATO e do sistema de
defesa antimísseis, houve muitas conversações que envolveram Israel. Sei
que um grande número de funcionários da NATO foram a Israel e aí
realizaram conversações no aeroporto, próximo de Telavive, sobre como
vai Israel cooperar nesta nova estratégia. Israel desenvolveu uma grande
quantidade de tecnologia na qual a NATO está muito interessada, como
por exemplo a cúpula de aço para a protecção de mísseis de intercepção,
pelo que os israelenses continuam na corrida e são consultados, e é
perfeitamente concebível que tenham um papel directo na defesa de
mísseis do novo sistema que tanto emociona os membros da NATO [4].
Os líderes, como Sarkozy, falam muito do programa nuclear do Irão,
mas ignoram o de Israel. Você dá algum crédito à «opção Sanção», a
teoria que diz que os países europeus estão bem conscientes da bateria
de armas nucleares israelenses que poderiam destruir qualquer capital
europeia, quase sem os europeus sem aperceberem? [5]
Por vezes há que dizer o óbvio, mas o problema, que infelizmente a
maioria dos comentaristas omite, é que o grau de hipocrisia é incrível.
Sabemos que Israel tem uma capacidade nuclear muito importante e nunca o
escondeu. Diferentemente do Irão, não faz parte do Tratado de Não
Proliferação Nuclear e também não permite inspecções às suas instalações
nucleares., mas aos iranianos dizem-lhes que não podem desenvolver
nenhuma capacidade nuclear ao mesmo tempo que sabemos que os israelenses
já a possuem. É demasiado óbvia a moral dúplice. Ao mesmo tempo a
«opção Sanção» está provavelmente na mente dos líderes da UE. Embora
seja um assunto sobre o qual não me debrucei, eu não descartaria essa
teoria.
Investigadores como Daoud Aamoudi em Stop The Wall colocou sérias
dúvidas sobre as zonas industriais que estão a ser financiadas,
supostamente como ajuda dos países europeus. As colónias israelenses já
há muitos anos que estão a utilizar mão-de-obra palestina barata na
produção de mercadorias destinadas à exportação. As zonas francas
industriais no sul de África e na América Central trouxeram amiúde
nefastas condições de trabalho e foram a origem de uma curta
prosperidade, que durou até que um país concorrente baixe mais os seus
padrões. È este o futuro que queremos ver na Palestina?
Temos que nos interrogar por que é que UE está tão interessada na
promoção de Mahmud Abbas e Salam Fayyad [N. do T.: chefe do governo da
Autoridade Palestina demitido por Abbas dia 14 de Fevereiro passado, na
sequência dos protestos populares palestinos contra a Alta Autoridade e o
seu governo]. A sua legitimidade democrática, na prática, é nula. O
mandato de Abbas como presidente eleito terminou. A UE apresenta-se como
defensora dos princípios democráticos que, com razão, dizem que os
candidatos têm de cumprir determinadas normas, mas estas são esquecidas
no caso dos territórios palestinos. Decidiu-se fazer caso omisso dos
resultados de uma eleição democrática em 2006 porque os palestinos,
segundo a UE e os Estados Unidos, votaram por um caminho errado».
O caso de Salam Fayyad é particularmente preocupante. Não é nada
popular entre a sua própria gente, mas ele é encantador para o Ocidente.
Temos que perguntar que é assim, e a única resposta que nos ocorre é
que adoptou a doutrina neoliberal de pensamento que prevalece em
Washington e Bruxelas. É um ex-empregado do Banco Mundial e do FMI e,
como digo no livro, o documento que elaborou «Para um Estado palestino»
enquadra-se no no tipo de programas que o FMI impôs em África na década
de 80 do século passado e que tratou de impor pela força no meu país, a
Irlanda [6]. Estamos a falar da diminuição de salários no sector público
e da maioria das despesas excepto – significativamente – na despesa com
segurança, e que pretende fazer do sector privado o motor do
crescimento. A ideia para a Palestina é que esta se converta numa
fábrica de Israel.
SI: O senhor escreveu para The Electronic Intifada
sobre a participação da UE na formação das forças de segurança da
Autoridade Palestina, supostamente como um programa para a construção do
Estado. Que lhe parece a visão da UE sobre o que deve ser a Palestina?
Estamos a falar de uma área muito pequena com estritas medidas de
segurança e um regime económico neoliberal?
DC: Não tenho a certeza de que ainda se tenha de
utilizar a palavra «visão». Não tenho a certeza que a UE tenha uma visão
A «solução de dois Estados» é uma espécie de capa da UE, mas não
acredito muito que haja uma análise séria do que isso quer dizer. Os
acordos de Oslo, com todos os seus defeitos pelo menos fizeram com que
se falasse de Gaza e da Cisjordânia como uma unidade, mas agora, para um
palestino, é quase impossível movimentar-se nesses territórios, e
Israel controla com mão de ferro a Cisjordânia, o que torna inviável a
solução de dois Estados. Creio que, neste momento, os representantes da
UE se escondem atrás da retórica. Não apresentam nenhum plano
estratégico a longo prazo sobre onde querem ir, para além do
fortalecimento das suas relações com Israel, à custa dos palestinos.
Devemos ter em conta que para a UE a força policial COPPS [a missão
de treino da UE na Cisjordânia] é uma espécie de corpo precursor de uma
força de polícia para um Estado palestino independente, mas estes
rapazes não têm autoridade para prender os colonos israelenses nem para
entrar na zona C [partes da Cisjordânia nas quais, devido aos Acordos de
Oslo, Israel mantém o controlo de aplicação da lei, da construção e da
planificação]. Mais de 60% da Cisjordânia está fora dos limites de acção
desta força policial. Existem também uma enorme quantidade de razoáveis
indícios de que a UE provas está a fazer vista grossa sobre os abusos
exercidos pela polícia palestina. Há provas de torturas reunidas por
organizações palestinas de direitos humanos, pelo que é bastante
desagradável que a União europeia se apresente como uma ajuda benigna
aos palestinos.
SI: Um dos problemas com os livros é a sua
desactualização quando são postos à venda. Há algumas novidades
importantes nas relações entre a União Europeia e Israel, para além das
que revelou?
DC: A principal é que no Outono de 2010, Kathy Ashton,
responsável da política externa da UE, recomendou que elevasse Israel á
categoria de «parceiro estratégico». Todavia, não está claro o que isto
significa, mas sugere que Israel teria a mesma importância que os EUA ou
a China nas prioridades oficiais da UE. Ashton foi um desastre nas
relações com Israel. Para sermos justos, devemos dizer importantes
declarações sobre Jerusalém e a expansão aí das colónias israelenses, e
sobre a pena de prisão do activista popular Abdullah Abu Rahmeh, que
surpreenderam algumas pessoas. Além disto, os israelenses tratam-na com
paninhos de veludo. Ashton visitou a Faixa de Gaza um par de vezes, mas
recusou reunir-se com o Hamas e qualificou as visitas como meramente
humanitárias, retirando-lhes importância e significado político.
Pense-se o que se pensar do Hamas, ganharam umas eleições que foram
reconhecidas como livres e justas por observadores políticos da UE em
2006. É inconcebível que Kathy Ashton visite um qualquer outro lugar do
mundo e se recuse a encontrar com os dirigentes políticos locais. Este
Verão, quando estava em Jerusalémdeu uma conferência de imprensa
conjunta [o chanceler israelense, Avigdor] Lieberman e pelo único preso
que mostrou preocupação, pelo menos em público, foi por Gilad Shalit [N.
do T.: soldado israelense preso em 28 de Junho de 2006 na Faixa de
Gaza]. Ignorou totalmente o facto de Israel prender todos os anos á
volta de 700 crianças, na maioria dos casos por nada mais grave do que
atirar pedras, e em muitos casos abusam deles nas prisões. Mas Kathy
Ashton, não aprece estar interessada no abuso das crianças, mas está na
sorte de um soldado que indubitavelmente deve ser tratado com humanidade
e libertado, mas que era parte integrante das forças de uma brutal
ocupação militar.
SI: O senhor termina o seu livro com o argumento
que a União Europeia dá oportunidades aos defensores da soberania
europeia. Quais as tácticas que pensa serem mais eficazes? Estão os
deputados do Parlamento Europeu a agir erroneamente?
DC: Vou responder em primeiro lugar à segunda questão.
Opus-me ao Tratado de Lisboa, mas uma coisa boa é que deu mais poderes
ao Parlamento Europeu que, com todos os seus defeitos, é uma instituição
eleita por sufrágio directo. No livro não entro em detalhes sobre isto,
mas das três principais instituições da UE – o Conselho de Ministros, a
Comissão Europeia e o Parlamento – este último foi o menos maleável.
Apesar das fortes pressões, a maioria dos eurodeputados apoiaram o
relatório Golgdstone sobre o ataque a Gaza em 2008-2009. Mais
recentemente o Parlamento Europeu bloqueou um acordo técnico que
tornaria mais fácil os bens industriais cumprirem com as normas da UE
para a estandardização. É muito aborrecido e pouco atractivo, mas o
Parlamento Europeu, ou melhor uma das suas comissões, fez perguntas
incómodas e atrasou a entrada em vigor deste acordo.
É provável que não possam congelar todas as relações com Israel, mas
o Parlamento pode dificultá-las. Definitivamente, é caso para os
cidadãos da UE pressionarem os deputados do parlamento Europeu para que
faça frente ao lobby israelense. Há grupos de pressão muito fortes a
apoiar Israel, como o «Grupo de Amigos de Israel», que é uma aliança de
partidos, pelo que é muito importante que o movimento de solidariedade
com a Palestina enfrente este grupo de pressão, muito bem dotado de
recursos e nada transparente, que tenta influir nas instituições chave.
Quanto à outra pergunta, creio que cruamente e de forma muito
simples, as pessoas comuns não podem esperar que os seus políticos e os
funcionários públicos tomem medidas contra Israel. É por isso que creio
que se deve apoiar a campanha BDS [Boicote, Desinvestimento e Sanções].
Mas não devemos esquecer que é uma táctica, não uma estratégia total, u
que temos de utilizar também outras tácticas. Israel investe muito
tempo, energia e dinheiro a apresentar-se a si mesmo como «a única
democracia do Médio Oriente», e o movimento de solidariedade com a
Palestina tem de organizar todos os seus recursos para contrariar esta
excelentemente montada propaganda.
Notas:
[1] “Tsahal in Romania“, Voltaire Network, 30 de julio de 2010.
[2] A estratégia de Lisboa, também conhecida como Agenda de Lisboa ou Processo de Lisboa, foi um plano de desenvolvimento para a economia da União Europeia entre 2000 y 2010.
[3] “Freedom Flotilla: The detail that escaped Netanyahu, Voltaire Network, 8 de Junho de 2010.
[4] “Le bouclier de l’invincibilité“, Réseau Voltaire, Nicolas Ténèze, 19 de Março de 2010.
[5] Israel aims its nuclear warheads at Europe, Voltaire Network, 11 de Março de 2010.
[6] Program of the Salam Fayyad Government, Voltaire Network, 26 de Agosto de 2009.
[1] “Tsahal in Romania“, Voltaire Network, 30 de julio de 2010.
[2] A estratégia de Lisboa, também conhecida como Agenda de Lisboa ou Processo de Lisboa, foi um plano de desenvolvimento para a economia da União Europeia entre 2000 y 2010.
[3] “Freedom Flotilla: The detail that escaped Netanyahu, Voltaire Network, 8 de Junho de 2010.
[4] “Le bouclier de l’invincibilité“, Réseau Voltaire, Nicolas Ténèze, 19 de Março de 2010.
[5] Israel aims its nuclear warheads at Europe, Voltaire Network, 11 de Março de 2010.
[6] Program of the Salam Fayyad Government, Voltaire Network, 26 de Agosto de 2009.
* Sarah Irving é escritora com várias obras dedicadas à
Palestina. David Cronin, jornalista irlandês, é presentemente o
correspondente da Inter Press Service, em Bruxelas.
Este texto foi publicado em www.shoah.org.uk/2011/01/03/how-europe-aids-zionazi-racists/
Tradução de José Paulo Gascão