quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Bolívia: governo peita oposição e aprova lei para idosos


O Congresso boliviano aprovou na madrugada desta quarta-feira (28) a lei que estabelece um tipo de bônus especial para os idosos do país, contrariando frontalmente a posição defendida por governadores de seis departamentos (estados) que fazer oposição ao governo de Evo Morales.


Camponeses pedem mais agilidade no Congresso

Os governadores marcam posição contrária à medida porque o bônus sairá das verbas que o governo destina aos departamentos anualmente. Em protesto, eles convocaram para esta quarta-feira uma greve geral, também motivada pela contrariedade das forças de oposição aos trabalhos da Assembléia Constituinte.


Segundo a imprensa boliviana, a greve ocorre em Santa Cruz de la Sierra, Cochabamba, Chuquisaca, Tarija, Beni e Pando. As autoridades e dirigentes cívicos dessas regiões entendem que o recorte do orçamento será quitado pelo poder econômico quando entrar em vigor o regime de autonomias departamentais com a nova Constituição. O governo nega. Os departamentos rebeldes somam 80% da economia do país, quase dois terços do território e 58% dos quase dez milhões de bolivianos.


A maior parte da imprensa local dá destaque positivo à greve. Em Santa Cruz (leste), a província mais rica, fronteira com Brasil e Paraguai e reduto da oposição, a manifestação é "contundente" e "pacífica", segundo líderes do comitê cívico regional. Já em Cochabamba, a quarta maior em termos de população, as ruas amanheceram com grandes blocos de terra que impediam o trânsito de veículos, conforme mostraram os canais de televisão locais.


Assembléia Constituinte


Na mesma sessão desta madrugada, o Congresso boliviano autorizou a Assembléia Constituinte a se reunir em qualquer local do país caso continue a impossibilidade de fazê-lo em Sucre, após os recentes protestos na cidade.
As duas leis foram aprovadas na ausência da oposição, cujos representantes optaram por dizer que o acesso ao Congresso "foi tomado" por centenas de camponeses que "impediram" o ingresso deles ao local.


Os camponeses chegaram na última segunda-feira a La Paz, depois de uma caminhar uma semana para reivindicar a aprovação do referido bônus para os idosos e para apoiar a nova Constituição. Evo Morales se uniu ao último trecho da marcha e liderou, na terça-feira, uma concentração em massa nas imediações do Senado, onde criticou duramente a oposição.


Os participantes da marcha também protestavam pela lentidão do Congresso em aprovar mais de cem leis e disposições que fazem parte do projeto de Evo Morales. O principal líder dos camponeses, Isaac Avalos, mencionou que o cerco ficaria instalado "até que se aprove a lei" daqueles acima de 60 anos, nos termos redigidos pelo governo.

Fonte:vermelho
Cala a boca, meu rei!

Sebastião Nery


Tancredo Neves era promotor em São João del Rey. Um homem chamado Jesus matou uma mulher chamada Maria. Tancredo pediu 22 anos de cadeia para Jesus. O júri deu 18, Jesus foi para a cadeia.

Nove anos depois, Tancredo advogado, foi a Andrelândia, pequena cidade próxima a São João del Rey. De barba por favor, entrou numa pequena barbearia, sentou-se, estava cansado, fechou os olhos. O barbeiro pegou a navalha, afiou, começou a fazer a barba:

- O senhor é o doutor Tancredo Neves?

Tancredo abriu os olhos, reconheceu Jesus, o assassino de São João del Rey. Espiou pelo canto do olho, a barbearia vazia, a rua vazia, não passava ninguém, não chegava ninguém, o suor minava frio pela testa molhada. E Jesus com a navalha enorme na mão pesada, deslizando garganta abaixo, desce e sobe, abrindo caminhos na espuma. Jesus não disse mais nada. Tancredo só teve voz para responder:

- Sou, sim.


- Pois é, doutor Tancredo, a vida.


- Pois é, Jesus, a vida.


- Pois é mesmo, doutor Tancredo. Cumpri 9 anos dos 18, estou aqui, o senhor está aí, o senhor com sua barba, eu com minha navalha. Eu só queria dizer uma coisa ao senhor: que grande orador que o senhor é.

Tancredo

Como Tancredo, há cinco séculos a Bolívia está com a navalha na garganta. Quando pensa que se livrou da degola, aparece novo barbeiro. Agora, as empresas internacionais de gás criando mais uma guerra civil para derrubar Evo Morales e pôr a capital na branca Santa Cruz de la Sierra.

Desde o século 13 (1200 e tantos), os índios quíchuas e aimarás do altiplano (norte) da Bolívia faziam parte do Império Inca. Em 1530, chegaram os espanhóis, antepassados do rei Juan Carlos (cala a boca, meu rei!), e escravizaram os índios para trabalharem nas minas de prata de Potosi.

A Bolívia virou duas: a Bolívia-índia, com mais de 75% da população lá em cima no altiplano, a milhares de metros de altitude, e por isso a capital é em La Paz, e, cá embaixo, a Bolívia-branca, dos ancestrais do rei Juan Carlos (cala a boca, meu rei!), no nível dos rios e do mar, em torno da branca Santa Cruz de la Sierra, com uma capital de mentira, Sucre.

Bolívia

Em 1825, Bolívar derrotou os velhos parentes do rei Juan Carlos (cala a boca, meu rei!) e proclamou a independência. Vieram as invasões, para a Espanha, Inglaterra, Estados Unidos, etc., continuarem roubando a prata de Potosi. Um dia era pelo Paraguai, na guerra do Chaco, por causa da descoberta do petróleo no pé dos Andes. Outro dia era pelo Chile, na guerra do Pacífico, para tirar o acesso da Bolívia ao mar. E os índios brigando e morrendo. E a prata de Potosi indo embora para a Europa.

Desde a invasão dos ascendentes do rei Juan Carlos (cala a boca, meu rei!), em 1530, mandaram os brancos do sul e seus presidentes brancos.

Morales

Depois de golpes e mais golpes (um general por semana, todos brancos), os 75% de índios do país resolveram eleger um deles presidente, o Evo Morales. Ganhou, convocou uma Constituinte. Os brancos, todos, os lá de dentro, de Santa Cruz de la Sierra, e os do outro lado das fronteiras (sobretudo a imprensa americana, espanhola, brasileira), abriram guerra contra Morales e seus 75% de índios, já não de olho na prata, mas no gás. Ainda bem que o governo da Espanha e meu rei estão de boca calada.

Australiano que ficou preso em Guantánamo relata torturas


SIDNEY - O australiano que passou três anos detido no centro de detenção americano de Guantánamo, e também no Paquistão e no Egito, relatou nesta quarta-feira a um tribunal como foi cruelmente torturado na presença de oficiais australianos e americanos.

- Amarraram as minhas mãos atrás das costas e algemaram os meus pés. Fiquei nu, estendido com a cara no chão e em cima de mim havia um cachorro. Fizeram coisas sexuais - relatou Mamadouh Habib. Ele disse também que no Egito quebraram os dedos das suas mãos depois de arrancar as suas unhas.

O depoimento fez parte de um processo por difamação que Habib move contra o 'Nationwide News', publicado pelo grupo de comunicação News Corp. Um de seus colunistas afirmou que o ex-detido mentiu ao dizer que tinha sido torturado.

Habib contou que, no Paquistão, foi drogado durante os interrogatórios. Estava presente um oficial australiano, que ele identificou como Alastair Adams. Os narcóticos, acrescentou, chegaram a fazer que ele perdesse a memória e sentisse que tinha ficado louco.

Ao lado de David Hicks, Habib ficou conhecido como um dos "talibãs australianos'. Ele foi detido no Paquistão, em outubro de 2001, levado ao Egito, e acabou no centro de detenção dos Estados Unidos na base de Guantánamo, em Cuba. Acabou libertado em 2005, sem acusações, e devolvido à Austrália.

Após a sua saída de prisão, um ex-membro do serviço secreto australiano, Rod Barton, disse ter visto provas de torturas realizadas por oficiais australianos em detidos no Iraque, e informou o Ministério da Defesa.

A declaração de Barton contradisse a versão oficial do Governo conservador do ex-primeiro-ministro John Howard, derrotado nas eleições de sábado.

Um júri popular concluiu que o artigo no 'Nationwide News' era difamatório. Agora, estuda se Habib tem direito a uma compensação pelos danos.

Habib também apresentou uma denúncia no Tribunal Federal de Sydney, acusando oficiais australianos de terem cometido crime de tortura entre 2001 e 2005.

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quarta-feira, 28 de novembro de 2007



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Achei no Worldvix blog, fiz outro up e achei q deveria compartilhar com vcs. Só digo uma coisa, Paulinho da Viola é td de bom!! quem não é fã, vai virar.

FAIXAS:
1.Timoneiro
2.Coração Leviano
3.Amor é Assim
4.Para um Amor no Recife
5.Foi Demais
6.Coração Imprudente
7.Pecado Capital
8.Tudo se Transformou
9.Sinal Fechado
10.Ainda Mais
11.Bela Manhã
12.Talismã
13.Vai Dizer ao Vento
14.Nervos de Aço
15.Eu Canto Samba



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Faixas:
1- Agora só falta você
2- Jardins da Babilônia
3- Doce vampiro - Participação: Cássia Eller
4- Luz del Fuego
5- Nem luxo, nem lixo
6- Alô! Alô! Marciano
7- Eu e meu gato
8- Balada do louco
9- Papai, me empresta o carro - Interpretação: Titãs
10- O gosto do azedo
11- Gita
12- Flagra
13- Desculpe o auê - Participação: Paula Toller
14- Coisas da vida
15- M te vê
16- Mania de você - Participação: Milton Nascimento
17- Lança perfume
18- Ovelha negra

Bom, Madame Lee dispensa comentários... eu sou fã de carteirinha!!

A BELA DA TARDE (1967)
Belle de Jour (França)
Bella di Giorno (Itália)

Direção: Luis Buñuel
Roteiro: Luis Buñuel, Jean-Claude Carrière
Produção: Henri Baum, Raymond Hakim, Robert Hakim
Fotografia: Sacha Vierny
Edição: Louisette Hautecoeur
Design de Produção: Robert Clavel
Figurino: Yves Saint-Laurent
Efeitos Sonoros: Pierre Davoust, René Longuet
País: França, Itália
Gênero: Comédia Dramática
Tempo de Duração: 100 minutos
Prêmios: Festival de Veneza - Prêmio Leão de Ouro (Luis Buñuel)
Festival de Veneza - Prêmio Pasinetti de Melhor Filme
Sindicato dos Críticos de Cinema, França - Prêmio da Crítica de Melhor Filme
Indicações: Academia Britânica - Indicado ao Prêmio de Melhor Atriz (CatherineDeneuve)
RMVB Legendado
Cor




Elenco:
Catherine Deneuve .... Séverine Serizy
Jean Sorel .... Pierre Serizy
Michel Piccoli .... Henri Husson
Geniviève Page .... Madame Anais
Pierre Clémenti .... Marcel
Françoise Fabian .... Charlotte
Macha Méril .... Renee
Muni .... Pallas
Maria Latour .... Mathilde
Francisco Rabal



Sinopse:
A história de Séverine (Catherine Deneuve), jovem rica e infeliz que procura um discreto bordel para realizar suas fantasias sexuais e conseguir o prazer que seu marido não consegue lhe dar.

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As oligarquias contra a democracia

Emir Sader - CartaMaior

É uma lei de ferro da história: as oligarquias dominantes lutam sempre desesperadamente para não perder o poder que controlam, a ferro e fogo, há séculos. Quando o povo e as forças populares ameaçam esse poder, elas apelam para a violência. Primeiro apelavam diretamente à intervenção militar dos EUA, depois, às FFAA, formadas e coordenadas com os EUA. Agora seguem suas estratégias de violência e obstáculo aos processos de democratização no continente, onde quer que ele se dê, sob a forma que seja.

Essas ações violentas são parte da história do nosso continente. As mais recentes foram os golpes militares, que derrubaram governos eleitos legitimamente pelo povo, para substituí-los por ditaduras militares, demonstrando a tese enunciada acima: no Brasil, na Argentina, no Chile, no Uruguai, na Bolívia, a violência introduziu regimes de terror em todo o cone sul.

São partidos políticos, personagens da política tradicional, grandes empresas privadas, corporações empresariais, que apoiaram e tiveram gigantescos benefícios durante as ditaduras militares, que hoje encarnam a direita latino-americana, disfarçados de democratas, opondo-se aos novos avanços populares. São os mesmos que apoiaram as ditaduras, as intervenções norte-americanas, a violência contra o povo, que agora resistem à vontade democrática da maioria.

Eles estão perdendo em praticamente todas as eleições, quando o monopólio oligárquico da mídia não consegue convencer o povo de que seus interesses representam o país. Perdem na Argentina, no Brasil, no Equador, na Bolívia, na Venezuela. E aí apelam de novo para a violência e as tentativas de ruptura da democracia, quando esta não lhes serve mais, porque o povo passa a reconstruir democracias com alma social.

Órgãos de imprensa que promoveram os golpes militares, apoiaram as ditaduras e se beneficiaram com elas – na Argentina, no Brasil, na Bolívia -, que apoiaram tentativas de golpe – na Venezuela -, que pregaram os processos de privatização que dilapidaram os Estados latino-americanos – agora vestem roupas “democráticas” e pretendem brecar os processos de transformação em curso. Querem contrapor a violência e as ameaças aos movimentos populares que colocam em prática processos de nacionalização, de integração regional, de políticas sociais favoraveis às grandes maiorias da nossa população, sempre desconhecidas pelas oligarquias tradicionais, os direitos dos povos indígenas e negros, das mulheres, dos jovens, crianças e idosos, do meio ambiente, de democratização dos meios de comunicação.

A Bolívia, situada no coração do continente, concentra hoje as principais ações da direita oligárquica contra os processos de democratização que se desenvolvem na América Latina. As oligarquias brancas, que privatizaram os patrimônios fundamentais do Estado e do povo boliviano, que apoiaram regimes ditatoriais e participaram deles, que tentaram impedir, por séculos, que as grandes maiorias indígenas acedessem ao poder, que desenvolvem campanhas racistas sistemáticas de discriminação, tentam agora impedir que a vontade majoritária do povo boliviano realize, pela primeira vez na história desse país, as políticas de um governo dirigido por um líder indígena.

Apesar da campanha eleitoral racista – em que 92% das notícias foram contrárias a Evo Morales e com caráter racista, conforme atestou a comissão internacional de acompanhamento da cobertura de imprensa -, o povo boliviano – de que 64% se reconhece como indígena – elegeu, em dezembro de 2005, a Evo Morales, no primeiro turno, com a maior votação que um presidente boliviano já obteve.

A reação das oligarquias locais não se fez esperar, assim que o governo passou a cumprir sua plataforma de campanha, nacionalizando os recursos naturais, convocando a Assembléia Constituinte, desenvolvendo políticas de distribuição de renda, começando o processo de reforma agrária, avançando na integração latino-americana, reconhecendo os direitos dos povos indígenas. Embora derrotada na grande maioria dos estados, a direita boliviana, apoiada na estrutura de seus partidos tradicionais, conseguiu eleger 6 governadores, mesmo onde Evo Morales havia triunfado e, baseado neles, tenta promover a divisão do país. Ou ameaça com ela, para tentar manter o poder regional sobre a terra, os recursos naturais, os impostos sobre as exportações e o poder para continuar submetendo aos povos indígenas.

Com minoria na Assembleia Constituinte, a direita tenta desestabilizar o pais, mediante mobilizações violentas, com metralhadoras, pistolas, bombas molotov, querendo bloquear o direito soberano e majoritário do povo boliviano de decidir o carater multi-étnico, multi-nacional, da nova Cosntituição. Usam os mesmos métodos violentos de sempre, se valem da atuação da embaixada dos EUA e de governos europeus, que alentam a oposição, preocupados em defender as empresas transnacionais que sempre exploraram a Bolivia, em conluio com essas forças que agora se rebelam contra a vontade popular.

Perder o poder sobre a terra, sobre os recursos naturais, que passam às mãos do povo boliviano, democrático representado pelo governo de Evo Morales, além do reconhecimento dos direitos de autonomia dos povos indígenas – torna-se insuportável para uma oligarquia que acostumou-se à apropriação privada do país para realizar seus interesses particulares.

O povo boliviano se pronunciará sobre o projeto de nova Constituição, aprovado pela maioria dos delegados e dotará ao país, pela primeira vez na sua história, de uma estrutura política e jurídica democrática e pluralista. Conta com o apoio popular na Bolívia e com a solidariedade dos povos e governos democráticos da América Latina.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Beleza Roubada,
de Bernardo Bertolucci



Sinopse:
Após o suicídio de sua mãe, uma jovem de 19 anos (Liv Tyler) viaja para a Itália, com o propósito aparente de reencotrar alguns amigos e ter seu retrato pintado, mas planeja rever especialmente um jovem com quem ela dera seu primeiro beijo, quatro anos antes. Simultaneamente pretende decifrar um enigma que foi encontrado no diário da sua mãe, mas gradativamente sua presença exuberante transforma a vida dos seus amigos.

Título Original: Stealing Beauty
Gênero: Drama
Origem/Ano: ITA/FRA/UK/1996
Direção: Bernardo Bertolucci
Roteiro: Bernardo Bertolucci e Susan Minot

Formato: rmvb
Áudio: Inglês/Francês/Alemão/Espanhol/Italiano
Legendas: Português
Duração: 118 min
Tamanho: 386 MB
Partes: 4
Servidor: Rapidshare
Créditos: RapaduraAzucarada - Zé Qualquer

Elenco:
Liv Tyler (Lucy)
Carlo Cecchi (Carlo Lisca)
Sinéad Cusack (Diana)
Joseph Fiennes (Christopher)
Jason Flemyng (Gregory)
Anna-Maria Gherardi (Chiarella Donati)
Jeremy Irons (Alex)
Jean Marais (M. Guillaume)
Donal McCann (Ian)
D.W. Moffet (Richard)
Ignazio Oliva (Osvaldo Donati)
Stefania Sandrelli (Noemi)
Francesco Siciliano (Michele Lisca)
Rebecca Valpy (Daisy)
Alessandra Vanzi (Marta)
Rachel Weisz (Miranda)






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segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Quanto Vale ou é por Quilo?,
de Sergio Bianchi



Sinopse:
Uma interessante comparação entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração das empresas, através de duas histórias: a de um capitão-do-mato que captura uma escrava fugitiva, e a de uma jovem que descobre que a caridade de um projeto na periferia é, na verdade, uma fachada para esconder um superfaturamento. Baseada na obra Pai Contra Mãe de Machado de Assis.

Gênero: Drama
Origem/Ano: BRA/2005
Direção: Sergio Bianchi
Roteiro: Sabina Anzuategui e Eduardo Benain

Formato: rmvb
Áudio: Português
Duração: 108 min
Tamanho: 352 MB
Partes: 4
Servidor: Rapidshare
créditos:RapaduraAzucarada - Zé Qualquer

Elenco:
Caco Ciocler
Milton Gonçalves
Lázaro Ramos
Caio Blat
Ana Carbatti
Cláudia Mello
Herson Capri
Zezé Motta
Ana Lúcia Torre






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ISTVÁN MÉSZÁROS E SUA ARDOROSA DEFESA DA HUMANIDADE

Por Ricardo Antunes*

O filósofo marxista István Mészáros é um autor referencial para tantos que lutam contra a lógica destrutiva que preside o mundo contemporâneo. Aluno e colaborador direto do filósofo húngaro G. Lukács, com que trabalhou diretamente na Universidade de Budapesp, na primeira metade dos anos 1950, tornou-se, dentre todos os antigos colaboradores de Lukács, o que mais efetivamente contribuiu para a realização de uma obra original, crítica e devastadora em relação às tantas mistificações hoje presentes.

Mészáros iniciou sua vida como operário na Hungria. Quando chegou à Universidade, destacou-se pelo brilhantismo, competência e radicalidade. Sempre calibrando a atuação na Universidade com as necessidades vitais da humanidade e a busca de sua transformação, tornou-se desde logo um espírito anticapitalista excepcional. Dotado de erudição enciclopédica, domina economia política, filosofia e teoria social como poucos. Sua obra dialoga criticamente com toda a produção relevante neste século, navegando dos clássicos aos contemporâneos, dotado de uma força invejável.

Uma breve passagem por sua ampla produção seria bom exemplo. Mas basta dizer que seus livros Marx’s Theory of Alienation (1970), The Power of Ideology (1989) e Beyond Capital (1995) – todos publicados pela Boitempo – apareceram em diversos países, do Norte ao Sul do mundo, incluindo a China, a Índia, o Japão, Oriente Médio, sendo inúmeras vezes reedidada.

István Mészáros é Professor Emeritus da Universidade de Sussex (Inglaterra). Trabalhou também em universidades na Escócia, Itália, Canadá, México, sendo que sua obra ecoa em várias partes do mundo, despertando sempre crescente interesse. Seria impossível, nesta breve nota sobre sua trajetória, falar de tantas teses e proposições que marcam a empreitada de István Mészáros. Destaco, então, três teses, das mais originais em seu pensamento.

Em Para Além do Capital empreendeu uma crítica devastadora às engrenagens que caracterizam o sistema do capital. Desde logo o autor, fortemente inspirado em Marx, em contraste com a totalidade da literatura sobre o tema, diferencia capital e capitalismo. O primeiro antecede ao capitalismo e é a ele também posterior. O capitalismo é uma das formas de realização do capital, a forma dominante nos últimos três séculos. Mas, assim como existia capital antes do capitalismo, há capital após o capitalismo (o que o autor denomina como capital pós-capitalista), vigente na URSS e demais países do Leste Europeu, durante várias décadas deste século XX. Estes países, embora pós-capitalistas, foram incapazes de romper com o domínio do capital.

Isso porque, para Mészáros, o sistema de metabolismo social do capital tem seu núcleo central formado pelo tripé capital, trabalho assalariado e estado, três dimensões fundamentais e inter-relacionadas, sendo impossível superar o capital sem a eliminação do conjunto dos elementos que compreende este sistema. Não basta, portanto, eliminar um ou mesmo dois dos pólos do sistema do capital, mas é preciso eliminar os seus três pólos. E essa tese tem uma força explicativa que contrasta com tudo que se escreveu até o presente, sobre o desmoronamento da URSS.

Segunda tese: sendo um sistema que não tem limites para a sua expansão, o capital acaba por tornar-se incontrolável e essencialmente destrutivo. A produção e o consumo supérfluos, a destruição ambiental em escala global, o desemprego e a precarização do trabalho, ambos estruturais, para não falar da política bushiana da “guerra permanente”, são exemplares. Expansionista, destrutivo e, no limite, incontrolável, a forma dominante do sistema do capital é, então, a da crise endêmica, cumulativa, crônica e permanente, o que (re)coloca, como imperativo atual, frente ao espectro da destruição global, a alternativa socialista. Mais um claro contraste com quase tudo que conforma a mesmice do pensamento dominante.

Terceira tese: qualquer tentativa de superar este sistema de metabolismo social que se restrinja à esfera institucional e parlamentar está fadada à derrota. Só um vasto movimento de massas, radical e extraparlamentar, pode ser capaz de destruir o sistema de domínio social do capital e sua lógica destrutiva. Os exemplos aqui são abundantes e bastaria lembrar a derrota cabal do PT e seu governo.

Muitas outras teses poderiam ser indicadas, mas o espaço aqui não permite. Fique a sugestão para que os jovens aceitem o convite para ler uma das obras mais originais, instigantes e críticas, elaboradas por um autor assumidamente de esquerda, neste período que (quase) se parece com o tempo das trevas. Até porque, conforme o sugestivo título do novo livro de István Mészáros - O Desafio e o Fardo do Tempo Histórico - a humanidade não tem mais muito tempo pela frente...

* Professor Titular de Sociologia do IFCH/UNICAMP e autor de O Caracol e sua Concha (Boitempo), Os Sentidos do Trabalho (Boitempo), Uma Esquerda Fora do Lugar (Ed. Autores Associados) e Adeus ao do Trabalho? (Cortez), dentre outros livros.