quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O disse-que-disse da TV Globo

O ano de 2008 ainda não conta dois meses e já vemos o aparato informativo redobrar seus esforços para intensficar uma ofensiva que tem dois alvos claros: a sua própria credibilidade e o governo Lula.

A imprensa brasileira, tal como o diabo, pode ser melhor apreciada nos detalhes. Em pequenas trucagens, direcionamento de coberturas e editorialização de textos que não disfarçam seus propósitos, a marcha batida continua. O ano de 2008 ainda não conta dois meses e já vemos o aparato informativo redobrar seus esforços para intensificar uma ofensiva que tem dois alvos claros: a sua própria credibilidade e o governo Lula. Se há paradoxo, ele é secundário para uma mídia opera na lógica dos fins que justificam os meios.

A cobertura dada pela TV Globo ao depoimento do publicitário Marcos Valério, acusado de ser o principal operador daquilo que a imprensa chama de "o esquema do mensalão", merece um breve registro sobre o tipo de jornalismo praticado pela emissora da família Marinho.

Estamos diante de um noticiário que, objetivando reforçar axiomas, abre espaço para temas repisados, subtraindo qualquer coisa que contrarie a coerência interna das premissas construídas para "explicar" crises políticas recentes. É o reforço necessário para reiterar o dogma da "infalibilidade global".

Trata-se de um jogo de espelho que, confundindo o leitor/telespectador, busca colonizar o seu imaginário através de representações simplificadoras. É o que chamamos de persuasão pelo reducionismo. Um procedimento que tem marcado a prática narrativa do campo informativo de tal forma que, aos profissionais mais jovens, já afeitos à ideologia do jornalismo de mercado, soa com "operação técnica" admissível.

Em seu clássico Ideologia e técnica da notícia, Nilson Lage chama a atenção para dois aspectos constitutivos básicos que não devem ser esquecidos quando se busca uma definição correta da produção noticiosa: a) "uma organização relativamente estável, ou componente lógico"; e, b) "elementos escolhidos, segundo critérios de valor essencialmente cambiáveis, que se organizam na notícia - o componente ideológico".

O telejornalismo global ilustra bem como se dá a seleção de elementos e como eles conformam proposições seqüenciadas pelos interesses políticos do veículo. Mostra, com clareza cristalina, a que estão sujeitos os que já foram condenados pelo tribunal midiático, sem qualquer direito a apelação em colunas ou editoriais.

Interrogado pela Justiça Federal, em Belo Horizonte, Marcos Valério disse, como registra a Folha de S.Paulo (2/2), que "que nunca conversou sobre empréstimos com o ex-presidente do PT, José Genoíno, nem tratou do tema com Dirceu, cuja trajetória política disse respeitar e admirar". Não está em questão a credibilidade ou não do depoente, mas o objeto do fato noticiado.

Preferindo omitir esse trecho do depoimento, o Jornal Nacional de sexta-feira (1/2), informa que "segundo Marcos Valério, o ex-secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, disse a ele que o ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, sabia dos empréstimos ao PT". Mas, tal como destaca o ex-ministro em seu blog, a edição se esqueceu de um dado crucial: Sílvio Pereira nega que tenha dito qualquer coisa.

O "disse-que-disse" e a supressão de algo favorável a um desafeto político não constam das boas regras de cobertura jornalística. Corroboram mais ainda a tese que aponta para a crescente partidarização da imprensa, com destaque para a emissora hegemônica e monopolista.

É sempre bom destacar que o contexto da notícia se dá em lugar, espaço e tempo definidos. Relatos que prescindem de exigência de demonstração têm sentido no campo religioso. Quando se trata de jornalismo, é procedimento ideológico tosco. E de eficácia duvidosa. Temos um longo ano pela frente. A militância das redações não precisa de manuais.


Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, e colaborador do Jornal do Brasil e Observatório da Imprensa.

Grande Caê!

SEMPRE ESCORPIONINA

Louva o amanhecer

Incerta sobre o pôr-do-sol

Navega firme pela vida

Independente, segura, mulher

Nauseada às vezes

Harmoniza-se no agito

Ama-se, tem-se, tem!

Memoriza nosso jeito fácil

Espera uma resposta simples

Não se deixa ludibriar por poemas

Garota firme sabe o que quer

Adiciona, deleta , tem quando quer

Realiza-se nas amizades

Dona de si

Atrai quem quer.

Carlos Costa

Jethro Tull - Minstrel In The Gallery - 1975

Minstrel In The Gallery - 1975

http://pagesperso-orange.fr/religionnaire/artistes/jethro_tull/art/minstrel_in_the_gallery.jpg

1. Minstrel In The Gallery
2. Cold Wind To Valhalla
3. Black Satin Dancer
4. Requiem
5. One White Duck/0 10th = Nothing At All
6. Baker St. Muse:
a) Pig-Me And The Whore
b) Nice Little Tune
c) Crash-Barrier Waltzer
d) Mother England reverie

7. Grace

Pistas extra:

8. Summerday Sands
9. March The Mad Scientist
10. Pan Dance
11. Minstrel In The Gallery - (live)
12. Cold Wind To Valhalla - (live)


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Ian Anderson (flute, electric guitar, vocals)
Martin Barre (electric guitar)
Barriemore Barlow (drums, percussion)
Jeffrey Hammond-Hammond (bass, string bass)
John Evans (piano, organ)

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Créditos: looloblog

Downloads abaixo:

parte um
parte dois

Aline(anfitriã), Tania, Tarso e estêvão

Retornando...

Enfim chegamos das pequenas férias na Praia do Cassino, em Rio Grande-Rs. Ficamos hospedados na belíssima residência da AMIGA Aline Cruz, que como anfitriã foi fantástica(valeu o carinho Aline).Comi bastante camarão e filé de linguado(no cassino custavam R$8,00 e R$12,00 o kilo, respectivamente).Lamentável apenas o vento frio, o tempo chuvoso e a falta de moral e ética(para não dizer semvergonhice mesmo) dos donos de muitos bares da praia que vendiam, às claras, bebidas alcóolicas para menores de idade.Presenciei um caso numa loja de conveniência de um posto de combustível, onde uma menina de 10 anos havia comprado uma caixa de cerveja.Quando questionei a vendedora ela disse que era uma prática normal nessa praia. tentei ligar para o Conselho Tutelar, mas não fui atendido, falei com uma policial da brigada militar que não me deu atenção, depois de mais três tentativas e ameaças de minha parte de que iria chamar a imprensa, o chefe do policiamento dirigiu-se até o posto onde fez apenas uma advertência ao proprietário, mesmo que na entrada do estabelecimento tivesse passado por ele duas menores com latas de cerveja aberta, numa clara intenção de proteger a ganância exploradora de empresários salafrários que não respeitam a vida de menores e suas consequencias do alcoolismo que são evidentes nas estradas gauchas, onde ocorrem muitos acidentes e mortes pelo consumo de álcool. mas enfim, é nova forma de governar de nosso estado, onde Segurança pública, Educação e Saúde não vale um tostão.pena!

Um fato positivo, mas individual meu, depois de assistir aos documentários: A carne é Fraca e Terráqueos, virei vegetariano, não consumindo mais carne.Recomendo a todos que assistam e se preparem para se enojar com a falta de humanidade daqueles que usam os animais para lucrarem, contaminando o meio-ambiente, principalmente os lençóis hidricos, e a nossa saúde corporal pelo excesso de porcarias que ingerimos junto com a carne.

Continuaremos publicando nesse blog tudo que encontrarmos na Net que possibilite a maioria um acesso democrático e socializador à cultura, seja ela de cinema, música, política ou do cotidiano. Repetimos que continuaremos fazendo isso de forma gratuita com a única intenção de fazer um contra ponto à midía manipuladora.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008


AMIGOS(AS), ESTAREMOS DE RECESSO ATÉ 07/02...ATÉ LÁ BOAS FÉRIAS A TODOS(AS)...VOLTAREMOS....

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

JATENE, A FEBRE AMARELA E O FIM DA CPMF: "PERVERSO"

ADIB D. JATENE

NO PERÍODO em que estive à frente do Ministério da Saúde, tomei conhecimento da importância da relação entre dengue e febre amarela silvestre e o eventual risco da reurbanização desta última.

Desde 1942, não ocorreu nenhum caso de febre amarela urbana. Entretanto, persiste, e é impossível eliminar, sua forma silvestre.

É por essa razão que o Ministério da Saúde vem vacinando sistematicamente toda a população das áreas de risco, onde há ocorrência de casos humanos, adquiridos sempre nas áreas de mata. Já vacinamos, nos últimos 12 anos, mais de 60 milhões de pessoas.

Nas matas, existe alta concentração de mosquito transmissor e animais, principalmente macacos, portadores do vírus. Daí o risco de pessoas não vacinadas incursionarem em regiões com alta concentração de mosquito, onde alguns estão contaminados e, por isso, são capazes de transmitir a doença. Assinale-se que, nos últimos 12 anos, tivemos 349 casos confirmados, com 161 óbitos, todos adquiridos por pessoas não vacinadas que freqüentaram áreas de mata.

A incidência desses casos variou de ano a ano. Tivemos anos com apenas três casos, enquanto em outros, como 1999, 2000 e 2003, ocorreram, respectivamente, 76, 85 e 64 casos, com mortes de 29, 40 e 23 pacientes.

Por que com essas três centenas e meia de casos, em doze anos, não tivemos transmissão urbana, já que, nas cidades, existe o Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre amarela?

As razões são três: em primeiro lugar, o número de doentes com febre amarela silvestre no mesmo espaço urbano e ao mesmo tempo é muito pequeno, o que reduz significativamente a chance de infectar o mosquito Aedes aegypti; em segundo lugar, é preciso alta concentração de mosquito, ao redor de 40% de infestação, o que corresponde a 40 habitações em cada 100 com a presença do mosquito, segundo a OMS, para que seja possível a transmissão da febre amarela; e em terceiro lugar, porque temos altos índices de cobertura vacinal na área endêmica, portanto, sem susceptíveis em número suficiente para sustentar uma transmissão.

A concentração do Aedes aegypti nas cidades brasileiras onde ocorre a dengue não ultrapassa, em média, 5 domicílios infestados em cada 100, suficiente para transmitir a dengue devido ao número alto de doentes, mas absolutamente insuficiente para transmitir a febre amarela urbana.

Os que retornam às cidades afetados pela febre amarela silvestre são hospitalizados e têm desenlace, seja para cura, seja para óbito, em prazo relativamente curto.
Não há, portanto, nenhuma razão para vacinar as pessoas que não residem em área endêmica nem pretendem adentrar a mata dessas áreas.

Vi na televisão pessoas que sempre residiram na cidade de São Paulo e que não pretendem viajar desesperadas, em filas para se vacinarem, alegando que tinham direito. Certamente não tinham necessidade e se expõem aos efeitos adversos de uma vacina com vírus vivo.

Nos últimos quatro anos, foram registrados pelo sistema de informação de efeitos adversos pós-vacinação 478 casos (muito mais que os 349 casos de febre amarela registrados em 12 anos), desde reações simples até exantemas generalizados, febre alta e, em dois casos, meningite.

Em relação à vacina contra a febre amarela, a Fiocruz é, praticamente, a única produtora em todo o mundo.

Há só um outro laboratório privado no exterior, produzindo cerca de 5 milhões de doses por ano, enquanto a produção da Fiocruz é o dobro.

A corrida pela vacina por pessoas que não precisam dela reduz sua disponibilidade para os que efetivamente têm necessidade.

Diante da imunização da quase totalidade da população de áreas de risco, o que vem sendo feita há décadas, as recomendações do Ministério da Saúde são suficientes, ratificadas por especialistas e pela própria OMS, para garantir que o país não corre risco de reintrodução de febre amarela urbana, o que seria catastrófico.

Em um país em que freqüentemente se busca desmoralizar iniciativas governamentais, disseminando desconfiança na palavra oficial, que se preserve a seriedade com que são tratados assuntos como a febre amarela.

Nunca é demais ressaltar a luta por recursos para o setor, seriamente afetada pela decisão - inegavelmente democrática, mas, sem dúvida, perversa - que permitiu retirar R$ 40 bilhões destinados a atender a população de baixa renda e entregá-los a empresas e parcelas da população mais bem aquinhoadas, causando sério risco ao esquema financeiro para o setor.

Vargas Blues Band - Blues Latino - 1994


http://rp-www.kkbox.com.tw/ykk/get_album_cover.php?album_id=dOXj3AEVkblUXv700Dtl008l

1.-El alma
2.-Rock Away the Blues
3.-Coward's Knife
4.-Brand New Blues
5.-Out of the blue
6.-Hot Wires
7.-Do you Believe in Love
8.-Blues Latino
9.-Magic of the Gods
10.-Amapola Negra
11.-Fear
12.-Mexico City Blues
13.-Pachuco Boogie
Créditos: LooloBlog
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Ângela Rô Rô - Ângela Rô Rô (1979)



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o que tem:
Amor, Meu Grande Amor

CANADÁ ELIMINA EUA E ISRAEL DA LISTA

Democracy Now

Depois que o Canadá semanas atrás desse a conhecer através de um documento de seu Ministério das Relações Exteriores uma lista onde se incluía os Estados Unidos e Israel como países que torturam. Em menos de uma semana, estas duas nações foram retiradas da lista de forma precipitada, mas não surpreendente.

Segundo uma matéria de Democracy now, o governo do Canadá retirou o seu par usamericano e Israel de uma lista de países onde os prisioneiros correm o risco de ser torturados, como resposta a uma pressão exercida por funcionários estadunidenses e israelenses.

É bom destacar, que antes desta decisão, o Canadá através de seu documento, elaborado para instruir diplomáticos canadenses sobre o tema, tinha exposto o caso da prisão estadunidense de Guantânamo como um lugar onde provavelmente se tortura, mas não especificava o sítio israelense onde houve este tipo de casos.
Este documento sob o título "Definição de tortura", exemplificava no informe as "técnicas de interrogatório estadunidenses" como olhos vendados, afogamento, reclusão e privação do sono.
Também explicam que -o documento- tinha sido elaborado para um curso que davam membros do serviço diplomático, cujo objetivo foi responder às críticas contra o governo do primeiro ministro, o conservador Stephen Harper, por não ter reclamado a repatriação de um cidadão canadense preso em Guantânamo, Omar Khadr.
Este canadense de 22 anos, detido no Afeganistão em 2002 na idade de 15 anos, é acusado de ter matado um soldado estadunidense, mas não foi apresentado em um processo formal nos tribunais.
Por outra parte, o Ministro de Assuntos Exteriores canadense agora afirma que os Estados Unidos e Israel foram incluídos na lista por engano. A lista também incluía a Síria, a China, o Irã e o Afeganistão. Diante da decisão de retirar estes dois países após receber pressões, a Anistia Internacional do Canadá disse que está decepcionada com a ação do governo canadense.

Alex Neve, de Anistia, disse: “quando se trata de um tema como a tortura, a principal preocupação do governo não deveria ser se envergonha seus aliados”.

Versão em português: Tali Feld Gleiser de América Latina Palavra Viva.

Falso verniz nacionalista justifica reforço do monopólio nas telecomunicações



Mateus Alves - CorreioDaCidadania


A provável fusão entre duas das principais empresas de telefonia do país, a Brasil Telecom e a Oi (ex-Telemar), já vem sendo anunciada há algum tempo – assim como os planos do governo de retomar seu papel no setor, considerado de fundamental importância estratégica.

De acordo com informações oficiais, o anúncio da fusão das empresas já foi feita ao Planalto e o trâmite burocrático já começa a ser preparado, pois existem empecilhos legais, estabelecidos com a privatização do setor, que impedem que uma única empresa de telefonia esteja presente em todos os estados da federação.

Como principal motivo a justificar a fusão das empresas, o governo, por meio de seu ministro das Comunicações, Hélio Costa, cita a necessidade de uma empresa de capital majoritariamente nacional, que conte com capacidade de controle por parte do Estado e que seja capaz de competir com as duas outras grandes empresas de telecomunicações que atuam país: a Telefónica espanhola, responsável também pelas operações da rede de celulares Vivo, e a Telmex, empresa de origem mexicana que controla a Embratel e a Claro.

Segundo Costa, a criação de uma megaempresa de telecomunicações brasileira é uma “grande oportunidade que o Brasil tem de oferecer melhores serviços e de não ficar, evidentemente, nas mãos de grupos internacionais”.

A megaempresa, que passaria a ser a maior operadora de telefonia do Brasil, não seria estatal, podendo ter capital privado e estrangeiro. No entanto, uma cláusula golden share, que impossibilitaria sua venda sem a aprovação do governo, poderia também estar presente em sua constituição – fato que já ocorre, por exemplo, com a Embraer. Uma outra possibilidade seria a instalação de vetos por parte do BNDES como acionista da nova empresa.

Em relação às manobras para viabilizar e legalizar a fusão, Marcos Dantas, especialista do setor e professor do Departamento de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, acredita que estas já se encontram em estágio avançado. “Se estão falando sobre isso agora é porque já existe um encaminhamento político dessa questão junto às esferas governamentais”, diz.

As principais mudanças na legislação brasileira se dariam no âmbito de uma alteração no Plano Geral de Outorga, cujo intuito é impedir a formação de monopólios no setor. Para adequar a nova empresa às leis vigentes, o Plano precisaria ser alterado – fato que poderá acontecer através de um decreto presidencial.

Negociações nebulosas

A fusão entre as empresas, no entanto, tem sido pouco divulgada para a mídia e para a sociedade em geral, deixando as negociações em um campo nebuloso e trazendo dúvidas sobre as reais intenções do governo ao permitir a fusão.

“Todas as informações sobre a fusão chegam de forma vazada, não há transparência”, diz Samuel Possebon, jornalista, consultor e pesquisador na área de comunicações. Para ele, o governo precisa dar uma boa justificativa para permitir a fusão e a mudança no Plano Geral de Outorga.

“Os únicos que serão beneficiados com a fusão, primeiramente, serão os grupos privados que administrarão a nova empresa”, continua Possebon. Para o jornalista, eventuais benefícios para a população só viriam com a instalação de uma política de Estado que incluísse a empresa. “Estamos na expectativa de que o governo anuncie a sua posição”, completa.

A fusão também sofre críticas por parte de entidades voltadas à defesa do consumidor, preocupadas com a diminuição da concorrência no setor. De acordo com Luiz Fernando Moncau, advogado do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), “a competitividade prometida com a privatização nunca aconteceu e agora a gente caminha cada vez mais para uma situação em que poucas empresas vão monopolizar esse serviço”.

A fusão entre as empresas também levanta questionamentos do ponto de vista ético, uma vez que a Oi possui sociedade na empresa Gamecorp com Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do atual presidente brasileiro.

Samuel Possebon, no entanto, acredita que tal fato não está influenciando na decisão, pois não existem denúncias de lobbies e de favorecimentos. “No entanto, o assunto deverá fazer parte da explicação que o governo deve dar sobre a autorização da fusão”, diz.