domingo, 31 de agosto de 2008

Não esqueçamos dessas dicas no dia da eleição...

Votar bem
Representação política não é emprego para ninguém
João Batista de Oliveira Rocha - Advogado

Desta vez, não vou votar em amigo ou em indicação de amigo. Vou votar em candidato de meu bairro, que tenha compromisso com meu bairro, que seja filiado a uma associação de meu bairro e que se disponha a ser fiscalizado e a prestar contas a nós, eleitores.
Chega de votar irresponsavelmente, em qualquer um, só porque foi meu colega de escola, trabalhou comigo na repartição, é meu companheiro de clube, foi indicado por um amigo comum, é ou foi meu vizinho. E mais: não vou votar em candidato a vereador porque é radialista, ou apresentador de televisão, ou é padre ou pastor evangélico. Não votar em candidato apenas porque é atleticano, cruzeirense ou americano.
Não. Vou votar em quem tem ideais, em quem tem compromissos com a comunidade a que pertence e à qual deve servir. E mais, meu candidato deve ser comprovadamente honesto e ter “ficha limpa”. Não quero candidato que foi isso mais aquilo. Quero candidato que seja isso e aquilo, isto é, que seja capaz, que seja preparado para o cargo que deseja disputar, que seja honesto, que queira me representar com dignidade e competência.
Por que continuar a ser enganado? A maioria absoluta dos candidatos só tem compromissos consigo mesmo. Quer é “tirar o pé da lama”, quer é “encanar a perna”, como se dizia antigamente. Isto é, quer é “se arrumar”. Essa maioria encara o cargo de vereador como um cargo público qualquer, que lhe garante proventos no fim do mês, que lhe permite arranjar empregos para seus parentes ou apaniguados e nada mais. Pouco se importa, depois de eleito, com as promessas que fez e que levaram muitos a votar nele.
Não é possível mais continuarmos a ser enganados. Vamos reagir já, nesta eleição. Vereador tem a ver com a cidade, com o bairro onde você mora. Entre, portanto, em contato com sua associação de bairro. Conheça quem está realmente engajado na luta pela solução dos problemas de seu bairro: segurança, trânsito, obras viárias, obras sociais. Será sempre pessoa mais perto de você, a quem você ou sua associação poderão procurar para cobrar as promessas de campanha, exigir obras que melhorem sua qualidade de vida no bairro.
Não vote nos oportunistas. Não vote nos políticos profissionais que pensam que somente eles têm solução para os problemas comunitários. Não vote em quem é político por tradição, passando de pai para filho o direito de representar os cidadãos, quando, quase sempre, só representam seus próprios interesses ou da oligarquia de onde se originam.
Vamos dar um “basta” a este tipo de política. Para isso, a gente começa é de baixo, da eleição mais simples e mais próxima de nós, de nossos interesses, dos bairros em que moramos. Representação política não é emprego para ninguém. É múnus, é tarefa, é encargo, é compromisso com o trabalho para a comunidade. Este tem de ser nosso norte na escolha de nossos candidatos.
Ou comecemos agora ou vamos continuar a nos lamentar sempre e ter vergonha dos representantes que temos.
Fonte: jornal Estado de Minas - Caderno Opinião - 31/8/08

Escravo, nem Pensar!



Escravo, nem Pensar!
Gênero: vídeo institucional
Produção: Caio Cavechini e Ivan Paganotti
Formato: digital
Duração: 6´45
País: Brasil
2006

Sinopse
A experiência do projeto "Escravo, nem Pensar!", que tem como objetivo transformar professores e lideranças populares em atores do combate ao trabalho escravo na Amazônia e no Nordeste.

Prêmio
Melhor Vídeo Institucional do 3º Festival Guaçuano de Vídeo

Para saber mais sobre o projeto Escravo, nem Pensar!, clique aqui.

Portal Desacato e Revista Pobres & Nojentas promovem o 1º Encontro pela Soberania Comunicacional, Popular e Libertária

No marco do 1º Aniversário do Portal Desacato, o coletivo deste veículo de comunicação, em conjunto com a Revista Pobres & Nojentas, promovem um debate central para os meios de comunicação: A SOBERANIA COMUNICACIONAL, POPULAR E LIBERTÁRIA.
Ao cumprir-se um ano da existência do Portal, com colaboradores de mais de 20 países e com uma marcada linha de contracorrente, Desacato oferece, junto a Pobres & Nojentas, um debate pontual, livre e aberto sobre um tema determinante que atinge por igual jornalistas, meios alternativos, trabalhadores, estudantes, educadores, lutadores sociais e público em geral.
Com uma programação intensa, porém ágil, interativa, regada com vídeos, trabalhos especiais, cultura e momentos significantes para o cotidiano de todos/as, Desacato apresentará também outro debate de importância decisiva: A Decadência das Instituições de Dominação e a Criminalização dos Movimentos Sociais.
No Encontro se inaugurará o Prêmio Volodia Teitelboim de Jornalismo Independente e Literatura. Um dos pontos mais altos do Encontro será a Proclamação da Carta de Florianópolis pela Soberania Comunicacional.
Quando?
Dia 5 de setembro, sexta-feira, de 18 h às 21:45h
Dia 6 de setembro, sábado, de 9 às 17:30 h
Onde?
Plenarinho da Assembléia Legislativa de Santa Catarina – Florianópolis, SC
Telefones para imprensa e consultas:
51-48-3269-8158 e 51-48-96195895
Endereço eletrônico para informações: desacato.brasil@gmail.com

Confira a programaçção em: http://pobresenojentas.blogspot.com/2008/08/portal-desacato-e-revista-pobres.html

jornalista de esgoto é punido.....


JUSTIÇA CRIMINAL DE SP CONDENA MAINARDI

José Rubens Machado de Campos, advogado de Paulo Henrique Amorim, acaba de informar: “A 13ª. Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo deu provimento à apelação de Paulo Henrique Amorim para condenar Diogo Mainardi como incurso nas penas dos crimes de difamação e injúria como capitulados nos artigos 139 e 140 do Código Penal, em razão dos ataques e ofensas contidos em artigo intitulado ‘A Voz do PT’, da revista 'Veja', de 6 de setembro de 2006, acolhendo parecer do Ministério Público em segunda instância e a sustentação feita pela ilustre Procuradora Marilisa Germano Bortolin. O desembargador relator Miguel Marques e Silva acatou o apelo e foi acompanhado pelos demais desembargadores Sanjuan França e França Carvalho.”

A pena é de 3 meses e 15 dias de detenção e pagamento de 11 dias de multa, ou substituição da pena privativa de direitos por três salários mínimos, como incurso nos artigos 139 e 140 do Código Penal. Com isso, Diogo Mainardi perde a primariedade, o que significa que, se for condenado de novo, poderá ir preso. Cabe recurso ao STJ.

O Tribunal de Justiça de São Paulo, em segunda instância, em 6 de agosto de 2008, condenou Diogo Mainardi e a Editora Abril, editora da revista “Veja”, a pagar 500 salários mínimos a Paulo Henrique Amorim, por danos morais.

Leia no sitio de Paulo Amorim o parecer do Procurador de Justiça Carlos Eduardo de Athayde Buono, que foi referendado pela Procuradora Marilisa Germano Bortolin e acolhido pelos Desembargadores da 13ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.

OS LIMITES DO CRESCIMENTO



Decréscimo ou desconstrução da economia

Em 1972, um estudo do Clube de Roma apontou, pela primeira vez, “Os limites do crescimento”. Quatro décadas depois, a destruição das florestas, a degradação ambiental e a poluição aumentaram de forma vertiginosa, gerando o aquecimento do planeta pelas emissões de gases causadores do efeito estufa. A solução para esse grave problema é mais crescimento? A análise é de Enrique Leff.

MÉXICO (Terramérica) - Os anos 60 convulsionaram a idéia do progresso. Depois da explosão populacional, soou o alarme ecológico. Foram questionados os pilares ideológicos da civilização ocidental: a supremacia e o direito do homem de explorar a natureza e o mito do crescimento econômico ilimitado. Pela primeira vez, desde que o Ocidente abriu a história da modernidade, guiada pelos ideais da liberdade e do iluminismo da razão, questionou-se o princípio do progresso impulsionado pela potência da ciência e da tecnologia, que logo se converteram nas mais servis e servíveis ferramentas do acúmulo de capital.

A bioeconomia e a economia ecológica propuseram a relação entre o processo econômico e a degradação da natureza, o imperativo de internalizar os custos ecológicos e a necessidade de agregar contrapesos distributivos aos mecanismos do mercado. Em 1972, um estudo do Clube de Roma apontou, pela primeira vez, “Os limites do crescimento”. Dali surgiram as propostas do “crescimento zero” de uma “economia de estado estacionária”.

Quatro décadas depois, a destruição das florestas, a degradação ambiental e a poluição aumentaram de forma vertiginosa, gerando o aquecimento do planeta pelas emissões de gases causadores do efeito estufa e pelas inelutáveis leis da termodinâmica, que desencadearam a morte entrópica do planeta. Os antídotos produzidos pelo pensamento crítico e a inventiva tecnológica resultaram ser pouco digeríveis pelo sistema econômico. O desenvolvimento sustentável se mostra pouco duradouro, porque não é ecologicamente sustentável!

Hoje, diante do fracasso dos esforços para deter o aquecimento global (o Protocolo de Kyoto havia estabelecido a necessidade de reduzir gases causadores do efeito estufa ao nível de 1990), surge novamente a consciência dos limites do crescimento e a chamada ao decrescimento. Embora Lewis Mumford, Ivan Illich e Ernst Schumacher voltem a ser evocados por sua crítica à tecnologia e seu elogio “do pequeno”, o decrescimento se apresenta diante do fracasso do propósito de desmaterializar a produção, o projeto impulsionado pelo Instituto Wuppertal que pretendia reduzir em quatro, e até dez vezes, os insumos da natureza por unidade de produto.

Ressurge, assim, o fato indiscutível de que o processo econômico globalizado é insustentável. A ecoeficiência não resolve o problema de um mundo de recursos finitos em perpétuo crescimento, porque a degradação entrópica é irreversível. A aposta pelo decrescimento não é apenas uma moral crítica e reativa, uma resistência a um poder opressivo, destrutivo, desigual e injusto; não é uma manifestação de crenças, gostos e estilos alternativos de vida; não é um simples decrescimento, mas uma tomada de consciência sobre um processo que se instaurou no coração do mundo moderno, que atenta contra a vida do planeta e a qualidade da vida humana.

O chamado para decrescer não deve ser um simples recurso retórico para dar vôo à critica do modelo econômico imperante. Deter o crescimento dos países mais opulentos, mas continuar estimulando o dos mais pobres ou menos “desenvolvidos” é uma saída falsa. Os gigantes da Ásia despertaram para a modernidade; apenas China e Índia estão alcançando e ultrapassando as emissões de gases causadores do efeito estufa produzidas pelos Estados Unidos. A eles se somariam os efeitos conjugados dos países de menor grau de desenvolvimento levados pela racionalidade econômica hegemônica.

Decrescer não implica apenas em desacelerar ou se desvincular da economia. Não equivale a desmaterializar a produção, porque isso não evitaria que a economia em crescimento continuasse consumindo e transformando natureza até ultrapassar os limites de sustentabilidade. A abstinência e a frugalidade de alguns consumidores responsáveis não desativam a mania de crescimento instaurada na raiz e na alma da racionalidade econômica, que contém um impulso ao acúmulo do capital, às economias de escala, à aglomeração urbana, à globalização do mercado e à concentração da riqueza.

Saltar do trem andando não conduz diretamente a desandar o caminho. Para decrescer não basta baixar da roda da fortuna da economia. As excrescência do crescimento, o pus que brota da pele gangrenada da Terra, ao ser drenada a seiva da vida pela esclerose do conhecimento e a reclusão do pensamento, não se retroalimenta no corpo enfermo do planeta. Não se trata de reabsorver seus dejetos, mas de extirpar o tumor maligno. A cirrose que corrói a economia não será curada com a injeção de mais álcool na máquina de combustão dos carros, das indústrias e dos lares. Além da rejeição à mercantilização da natureza, é preciso desconstruir a economia realmente existente e construir outra economia, baseada em uma racionalidade ambiental.

* O autor é ambientalista, escritor e ex-coordenador da Rede de Formação Ambiental para a América Latina e o Caribe do Pnuma.

Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.



(Envolverde/Terramérica)

sábado, 30 de agosto de 2008

Sabicas- Arabian dance

Sabicas with Joe Beck - Rock Encounter - 1966

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Inca Song(5:15)
Joe's Tune(3:49)
Zambra(4:02)
Zapateado(9:38)
Handclaps(0:31)
Flamenco Rock(6:13)
Bulerias(7:25)
Farruca(4:45)

Sabicas - Guitarra Española
Joe Beck - Guitarra Eléctrica
Tony Levin (Peter Gabriel, King Crimson,...) - Bajo Eléctrico
Donald McDonald - Batería
Warren Bernhardt - Teclados

Créditos: looloblog

Un disco Singular sin duda, fusión de flamenco, rock y jazz grabado en EEUU en el año 1966 y con músicos de primera línea, una joya para cualquier colección.
Espero que lo disfrutes.
Salud.


Sabicas:
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Joe Beck:
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Ken Burns Jazz: The Story of America's Music ( 5 CD soundtrack to documentary series)



Disco 1
01-Louis Armstrong & His Orchestra - Star Dust [1931]
02-Creepin' in My Room0 - Mississippi - Soon One Mornin' (Death Come A-Creepin' In My Room) [1959]
03-Lieut. Jim Europe's 369th Infantry (Hell Fighters) Band - Memphis Blues [1919]
04-The Original Dixieland Jazz Band - Livery Stable Blues [1917]
05-James P. Johnson - Charleston [1925]
06-King Oliver's Creole Jazz Band - Chimes Blues [1923]
07-Bessie Smith - Back Water Blues [1927]
08-Jelly Roll Morton - The Pearls [1926]
09-Jelly Roll Morton's Red Hot Peppers - Dead Man Blues [1926]
10-Clarence Williams's Blue Five - Wild Cat Blues [1923]
11-Clarence Williams's Blue Five - Cake Walkin' Babies (From Home) [1925]
12-Fletcher Henderson & His Orchestra - Sugar Foot Stomp [1925]
13-Louis Armstrong & His Hot Five - Heebie Jeebies [1926]
14-Louis Armstrong & His Hot Seven - Potato Head Blues [1927]
15-Louis Armstrong & His Hot Five - West End Blues [1928]
16-Duke Ellington & His Orchestra - The Mooche [1928]
17-Oo - Duke Ellington & His Washingtonians - East St. Louis Toodle-OO [1926]
18-Duke Ellington & His Orchestra - Black Beauty [1928]
19-The Jungle Band - Mood Indigo [1930]
20-Paul Whiteman & His Orchestra featuring Bix Beiderbecke - There Ain't No Sweet Man (Worth The Salt Of My Tears) [1928]
21-Frankie Trumbauer & His Orchestra featuring Bix Beiderbecke - Singin' The Blues [1927]
22-Frankie Trumbauer & His Orchestra featuring Bix Beiderbecke - Riverboat Shuffle [1927]
23-Fletcher Henderson & His Orchestra - Hotter Than 'Ell [1934]
24-Ethel Waters - I Got Rhythm [1930]

Disco 2
01-Duke Ellington & His Orchestra - It Don't Mean A Thing (If It Ain't Got That Swing) [1932]
02-Duke Ellington & His Orchestra - Echoes Of Harlem [1936]
03-Benny Moten's Kansas City Orchestra - Moten Swing [1932]
04-Louis Armstrong & His Orchestra - St. Louis Blues [1929]
05-Louis Armstrong & His Orchestra - Ain't Misbehavin' [1929]
06-Jimmie Lunceford & His Orchestra - For Dancers Only [1937]
07-Benny goodman & His Orchestra - King Porter Stomp [1935]
08-The Benny Goodman Sextet - Rose Room [1939]
09-Benny Goodman Sextet - Sing, Sing, Sing (With A Swing) [1937]
10-Count Basie & His Orchestra - Jumpin' At The Woodside [1938]
11-Count Basie & His Orchestra - Sent For You Yesterday And Here You Come Today [1938]
12-Count Basie's Kansas City Seven - Lester Leaps In [1939]
13-Jones-Smith Incorporated - Oh, Lady, Be Good! [1936]
14-Billie Holiday & Her Orchestra - Without Your Love [1937]
15-Billie Holiday - Strange Fruit [1939]
16-Billie Holiday with Eddie Heywood & His Orchestra - God Bless The Child [1941]
17-Art Tatum - Three Little Words [1944]
18-Pete Johnson & Big Joe Turner - Rebecca [1944]
19-Chick Webb & His Orchestra - Harlem Congo [1937]
20-Tisket, A-Tasket - Chick Webb & His Orchestra featuring Ella Fitzgerald - A-Tisket A-Tasket [1938]
21-Django Reinhardt & Le Quartet du Hot Club de France - Shine [1936]
22-Noble Sissle & His Orchestra - Dear Old Southland [1937]

Disco 3
01-Coleman Hawkins - Body And Soul [1939]
02-Duke Ellington & His Orchestra - Cotton Tail [1940]
03-Duke Ellington & His Orchestra - Take The ''A'' Train [1941]
04-Artie Shaw & His Orchestra - Begin The Beguine [1938]
05-Glenn Miller & His Orchestra - In The Mood [1939]
06-Tommy Dorsey & His Orchestra - Well, Git It! [1942]
07-Billie Holiday with Eddie Heywood & His Orchestra - Solitude [1941]
08-Gene Krupa & His Orchestra - Drum Boogie [1941]
09-Dizzy Gillespie & His All Star Quintet - Salt Peanuts [1945]
10-Dizzy Gillespie Sextet - Groovin' High [1945]
11-ko - Charlie Parker's Re-Boppers - Ko-Ko [1945]
12-Charlie Parker Quintet - Scrapple From The Apple [1947]
13-Charlie Parker Quintet - Embraceable You [1947]
14-Bud Powell Trio - Get Happy [1950]
15-Thelonious Monk - Epistrophy [1948]
16-Thelonious Monk - Straight, No Chaser [1951]
17-Dizzy Gillespie & His Orchestra - Manteca [1947]
18-Miles Davis Nonet - Moon Dreams [1950]
19-Charlie Parker - Just Friends [1949]
20-Louis Armstrong - Rockin' Chair [1947]
21-Sarah Vaughan & Her Trio - They Can't Take That Away From Me [1954]
22-Chet Baker & Gerry Mulligan - Walkin' Shoes [1952]
23-Billie Holiday - Fine And Mellow [1957]

Disco 4
01-Horace Silver & The Jazz Messengers - Doodlin' [1954]
02-Clifford Brown & Max Roach - I Get A Kick Out Of You [1954]
03-Sonny Rollins - St. Thomas [1956]
04-The Modern Jazz Quartet - Django [1954]
05-The Dave Brubeck Quartet - Take Five [1959]
06-Miles Davis Sextet - So What [1959]
07-John Coltrane - Giant Steps [1959]
08-Cecil Taylor Trio - Rick Kick Shaw [1955]
09-Ornette Coleman - Chronology [1959]
10-Charles Mingus - Original Faubus Fables [1960]
11-John Coltrane Quartet - Acknowledgment (From A Love Supreme) [1964]

Disco 5
01-Louis Armstrong - Hello, Dolly! [1963 and 1964]
02-Stan Getz & Charlie Byrd - Desafinado [1962]
03-Duke Ellington & John Coltrane - In A Sentimental Mood [1962]
04-Duke Ellington & His Orchestra - Tourist Point Of View [1966]
05-The Miles Davis Quintet - E.S.P. [1965]
06-Miles Davis - Spanish Key (Single Version) [1969]
07-Weather Report - Birdland [1977]
08-Grover Washington, Jr - Mister Magic [1974]
09-Herbie Hancock - Rockit [1983]
10-M.C. Solaar & Ron Carter - Un Ange En Danger [1994]
11-Dexter Gordon - Tanya [1978]
12-Wynton Marsalis - Soon All Will Know [1986]
13-Cassandra Wilson - Death Letter [1995]
14-The Lincoln Center Jazz Orchestra - Take The ''A'' Train [1992]
Downloads abaixo:(links deletados, aguardem novos links)

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Grupo Somos denuncia descaso da prefeitura com combate à AIDS em Porto Alegre












A Prefeitura de Porto Alegre não comprou uma só camisinha em 2008, descumprindo o acordo feito com os governos federal e estadual e deixando a população sem insumos básicos de prevenção à Aids. Além disso, estão faltando medicamentos nos postos de saúde para enfrentar efeitos colaterais dos antiretrovirais e outros básicos, de responsabilidade do município.

A denúncia foi feita ontem (26) pelo coordenador do grupo Somos - Comunicação, Saúde e Sexualidade, Gustavo Bernardes (foto), durante reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Gustavo Bernardes também denunciou que os recursos do Plano de Ações e Metas (PAM), destinados ao atendimento de pacientes com HIV/Aids da capital gaúcha, teriam sido utilizados para o pagamento de funcionários do Hospital Vila Nova.

O Hospital Vila Nova mantém convênio com a prefeitura, disponbilizando 40 leitos para atendimento de pacientes soropositivos. Bernardes informou que a denúncia foi formalizada ao Ministério Público e que o Conselho Municipal de Saúde (CMS) havia dado parecer contrário ao uso dos recursos no Vila Nova. “O Executivo alegou que os recursos do governo federal estavam parados. O Município deveria utilizar esses recursos federais aos pacientes com HIV/Aids e ainda complementá-los com verbas municipais”. Ainda segundo o coordenador do Somos, Porto Alegre registrou 14.701 casos de pessoas contaminadas pelo vírus HIV em 2006. Bernardes reclamou da falta de distribuição gratuita de preservativos pela Secretaria Municipal de Saúde. “O governo licitou a compra apenas depois que os preservativos tinham se esgotado para distribuição. Os 1,140 milhão de camisinhas que a prefeitura teria de ter comprado estão prometidas apenas para dezembro”.

O Somos também protestou contra a ausência de campanhas educativas de prevenção à Aids na Capital, e informou que o número de funcionários na Coordenação da Política Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)/Aids da SMS teria diminuído de 18 para apenas três. Além disso, os programas de planejamento familiar excluem gays, lésbicas, transexuais e pessoas que não desejam ter filhos. A coordenadora da Política Municipal de DST/Aids, Miriam Weber, admitiu que os recursos são escassos para o atendimento aos pacientes e elogiou a atuação histórica dos movimentos sociais em favor dos portadores do vírus HIV em Porto Alegre. Ela confirmou a diminuição no número de profissionais de saúde na Coordenação ao longo dos anos e destacou que Porto Alegre tem sido, desde o início da epidemia, a terceira capital brasileira em número de casos de Aids no país. As informações são do blog do Somos.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Plantação de eucaliptos deixa riachos secos no Uruguai


Lúcio Vaz - Correio Brazielense

Mercedes e Fray Bentos (Uruguai) – A invasão dos pampas pelos maciços de eucaliptos começou pelo Uruguai, onde atuam as multinacionais Botnia (finlandesa) e Ence (espanhola). O país conta com pelo menos 700 mil hectares ocupados com florestas de eucaliptos. A Ence ainda está implantando sua base florestal, mas a fábrica de celulose da Botnia, em Fray Bentos, na fronteira com a Argentina, já está em operação. Com investimentos de US$ 1,1 bilhão, vai produzir 1 milhão de toneladas de celulose por ano. Os espanhóis vão produzir a metade disso. O governo e os empresários locais saúdam a nova frente econômica, como acontece no Rio Grande do Sul, mas os efeitos dos “desertos verdes” de eucaliptos já são sentidos por agricultores na região de Mercedes, no departamento de Durazno.

O Movimento de Agricultores Rurais de Mercedes, que reúne cerca de 150 produtores, já negocia com o governo uma pauta de reivindicações, onde exigem que nenhum eucalipto mais seja plantado, a desativação da fábrica de celulose, a solução dos problemas de água nas terras dos vizinhos das florestas e a revisão da legislação ambiental, que não impõem limites nem restrições à atuação das multinacionais do setor. O Correio esteve em contato com agricultores e pecuaristas no distrito de Cerro Alegre na semana passada. As florestas locais são mais adensadas do que no Brasil, com maciços bem mais extensos. Encontramos pilhas de toras de eucaliptos que se entendiam por até um quilômetro.

A região sofre com a falta de água. Mesmo proprietários rurais que arrendaram terras para as multinacionais pressionam o governo para resolver o problema, mas não falam abertamente sobre o assunto. Dezenas de agricultores já deixaram a localidade, ou porque venderam suas terras ou porque não conseguem mais uma boa produtividade. A despesa com a operação de bombas d’água encarece o custo de produção. A escola mantida pela intendência de Mercedes contava com 60 alunos há poucos anos. Hoje, não passam de 20. Encontramos várias casas abandonadas perto da estrada que margeia as florestas da Florestal Oriental e da Eu Flores, que abastecem as multinacionais.

Falta de água
O pequeno produtor Humberto Mesquita, de 77 anos, luta para manter as cem cabeças de gado que cria em 75 hectares. Neste ano, também plantou soja, mas a lavoura está praticamente perdida: “Não vale nada. Há muita falta de água. Todos dizem que é por causa dos eucaliptos. Não chove desde dezembro, mas até o ano passado eu conseguia água”, comenta o produtor, mostrando a floresta na linha do horizonte. Ele indica o nome de outro produtor, “meia légua adiante (cerca de três quilômetros)”, que teria mais informações sobre a escassez de água.

Chegamos em três casas abandonadas antes de descobrir a propriedade indicada. Mas o agricultor não quer falar. Arrendou parte da sua terra para as pepeleiras. Indica o nome de Vitor Riva, distante mais alguns quilômetros. Nos perdemos nas estreitas e empoeiradas estradas de terra batida. Mas logo aparece a sua chácara. Riva afirma que as florestas foram plantadas em 1987: “Em 1994 começou a escassez de água. Secaram as canhadas (vale entre duas coxilhas, ou colinas), os banhados, os riachuelos (riachos). Pedimos ao governo que não florestem mais. Secaram todos os poços. Só alcançamos água em poços com profundidade de 48 metros”.

Apesar das dificuldades, a colheita de abóboras foi boa. Mas Riva tem outras preocupações. “As florestas trouxeram muitas pragas, como a chara (cobra cruzeira) e o zorro (um canino selvagem), que come os cordeiros”, conta. Ele também teme pelo futuro: “A terra fica inutilizada com os eucaliptos”. Ele não tem esperanças de conseguir ajuda dos políticos: “Estão todos a favor. Quando chegam ao governo, se juntam todos”. Mas ele esclarece que o principal líder do movimento é Washington Lockhart, que mora ao lado de uma floresta.

Aridez
Formado como técnico agropecuário, Lockhart optou pela vida no campo. Vive na sua chácara há 33 anos. A poucos metros da sua casa se estende um maciço de eucaliptos. “Eu conheço isso aqui antes e depois da chegada das florestas. Em 1994, começaram a secar os poços. Secava um e eu fazia outro. Fiz quatro poços. O primeiro dava água a 10 metros. O último tem 46 metros de profundidade. Tinha três metros de água. Agora, só a metade”, relata. Ele nos acompanha até uma baixada, onde antes havia um banhado. O chão está esturricado, sem água nem grama. Mais adiante, mostra um riachuelo completamente seco: “Aqui, a gente pescava”. Aponta mais adiante e lembra: “Ali, nadavam os cavalos”.

Lockhart conta que neste ano 150 famílias da região foram abastecidas com caminhões pipa: “Abasteciam tonéis nas casas a cada 15 dias”. Afirma que a produção de alimentos era farta na região: “Havia muita produção, mas cerca de 70 famílias se foram. Uma das escolas fechou”. Ele mantém a produção de queijos finos, com tecnologia bem avançada. “A monocultura do eucalipto está prejudicando a produção de alimentos. É um modelo de desenvolvimento do governo. Aqui, todos os políticos estão a favor disso”, lamenta.