sábado, 6 de junho de 2009

Programas Úteis Para Seu Computador ( Atualizado até 04/06/2009 )



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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Greenpeace denuncia....

Investigação do Greenpeace implica grandes marcas na destruição na Amazônia

Investigações de três anos do Greenpeace sobre a indústria da pecuária brasileira revelam que marcas de fama mundial como Nike, Adidas, BMW, Gucci, Timberland, Honda, Wal Mart e Carrefour impulsionam o desmatamento da Amazônia

Investigações de três anos do Greenpeace sobre a indústria da pecuária brasileira revelam que marcas de fama mundial como Nike, Adidas, BMW, Gucci, Timberland, Honda, Wal Mart e Carrefour impulsionam o desmatamento da Amazônia

Redação do Greenpeace


O incentivo de sucessivos governos brasileiros ao desmatamento da Amazônia ganhou impulso durante a ditadura militar, nas décadas de 60 e 70. Mas até recentemente, a substituição de floresta por pasto era financiada por dinheiro público na forma de subsídios. No governo Lula, o Estado, através do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), transformou-se em sócio e investidor direto de frigoríficos que, segundo a investigação do Greenpeace, compram sua matéria prima de fazendas que desmatam ilegalmente, põem seus bois para pastar em áreas protegidas e terras públicas e utilizam mão de obra escrava.


O relatório “A Farra do Boi na Amazônia” rastreou, pela primeira vez, a ligação da carne, do couro e de outros produtos bovinos de fazendas envolvidas com desmatamento ilegal, invasão de áreas protegidas e trabalho escravo com marcas famosas como Adidas/Reebok, Timberland, Carrefour, Honda, Gucci, IKEA, Kraft, Clarks, Nike, Tesco e Wal-Mart.


“Marcas famosas de tênis, supermercados, automóveis e bolsas de grife devem garantir que seus produtos não estão envolvidos com os crimes praticados pela indústria pecuária brasileira”, disse André Muggiati, coordenador da campanha de pecuária do Greenpeace.
“Práticas como essa põem em risco o futuro de uma indústria importante para a economia brasileira. Combatê-las é fundamental não apenas para o meio ambiente, mas também para aumentar a competitividade da pecuária nacional aqui e no exterior”.


Incentivo público
A investigação do Greenpeace mostra que o governo Lula quer dominar o mercado global de produtos pecuários em geral e dobrar a participação brasileira no mercado internacional de carne até 2018. Para auxiliar a expansão do setor, o governo federal está investindo em todos os elos da cadeia de abastecimento – desde a produção nas fazendas até o mercado internacional. Em troca do financiamento público, o governo se tornou acionista de três gigantes da indústria brasileira de pecuária – Bertin, JBS e Marfrig, responsáveis por alimentar a destruição de grandes áreas da Amazônia.


“O governo Lula está cumprindo a profecia do General Garrastazu Médici, que dizia que a Amazônia seria ocupada pela pata do boi”, disse Paulo Adário, diretor da campanha da Amazônia do Greenpeace. “Ao financiar a destruição, o governo dá um sinal claro de que já fez sua opção pelo velho modelo desenvolvimentista de ocupação da região praticado pelos militares durante a ditadura, ao mesmo tempo em que tenta posar de bom-moço nos fóruns internacionais”.


Entre 2007 e 2009, as cinco maiores empresas da indústria pecuária brasileira, responsáveis por mais de 50% das exportações de carne do país, receberam US$ 2,65 bilhões do BNDES. Os três frigoríficos que receberam a maior parte do investimento público foram a Bertin, uma das maiores comercializadoras de couro do mundo; a JBS, a maior comercializadora de carne, com controle de pelo menos 10% da produção global; e a Marfrig, a quarta maior comercializadora de carne do planeta.


A expansão da pecuária no Brasil está concentrada na Amazônia. O maior incentivo econômico para esta expansão é a falta de governança. A frágil presença do Estado na região significa, na prática, terra e mão-de-obra baratas. O resultado é que a pecuária ocupa, atualmente, cerca de 80% de todas as áreas desmatadas na Amazônia. O país é o quarto maior emissor mundial de gases do efeito estufa, principalmente por causa da destruição da floresta.

“A expansão do gado na Amazônia está transformando a região num verdadeiro abatedouro de árvores, dificultando a habilidade do país em cumprir sua meta de reduzir em 72% o desmatamento até 2018 (4)”, disse Muggiati.


A publicação do relatório do Greenpeace se dá no momento em que a bancada ruralista está encabeçando uma ofensiva no Congresso Nacional para enfraquecer a legislação florestal brasileira e legalizar o aumento do desmatamento. “Não adianta bancar o líder nas negociações internacionais se, dentro de casa, o governo apóia o pacote de maldades do setor do agronegócio, que ainda opõe desenvolvimento econômico à proteção ambiental. É preciso olhar para frente e usar a atual crise climática como a melhor oportunidade de construir uma economia de baixo carbono para o Brasil”, completou Adario. (O sumário executivo do relatório “Farra do Boi na Amazônia” está disponível em: http://www.greenpeace.org.br/gado/farradoboinaamazonia.pdf)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Para salvar o planeta

Daniel Tanuro - Enlace

O degelo progressivo dos pólos pode dar lugar a um desastre sem precedentes que irá gerar um aumento muito maior e mais acelerado do nível das águas. E um tratado “pós-Kyoto”, necessário para evitar a catástrofe, deve demorar a surgir.

Os processos dinâmicos ligados ao degelo – ainda não incluídos nos modelos atuais, mas sugeridos por observações recentes – podem aumentar a vulnerabilidade das calotas ao aquecimento, provocando a elevação do nível dos mares [1].” Essa pequena frase, extraída do quarto relatório do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Evolução do Clima (GIEC), de 2 de fevereiro de 2007, não recebeu a atenção que merecia. Apesar de ter mencionado uma possível elevação dos oceanos, que devem crescer de 18 a 59 centímetros até o final do século, a mídia simplesmente não questionou a fundo as razões deste fenômeno. Tampouco o fez a sociedade.

Mas a pior notícia talvez ainda esteja por vir: de acordo com diversos climatologistas, o degelo progressivo pode ceder lugar a um desastre de grandes proporções, gerando um aumento muito maior e mais acelerado do nível das águas. Este cenário inquietante aprofundou o abismo existente entre a necessidade urgente de “salvar” o clima e as negociações em busca de um novo tratado “pós-Kyoto” – que será inicialmente discutido na Conferência das Nações Unidas, em dezembro, e continuará em pauta até o final de 2009, quando ocorre um novo encontro na Dinamarca. A vida de dezenas de milhões de seres humanos está em jogo, principalmente nos países do Sul.

Durante o verão, é possível observar nas regiões polares a formação de vastos reservatórios de água livre, que cavam “falhas” no gelo da superfície das calotas [2]. Na Groenlândia, um “lago” desse tipo, com cerca de 3 quilômetros de extensão, esvaziou-se em 90 minutos, como se fosse uma pia com o ralo destampado. Penetrando dessa forma até a base rochosa das geleiras, a água pode contribuir para a separação de gigantescas massas de gelo que, deslizando para o mar, provocariam uma elevação brusca das águas. É o pesadelo dos glaciólogos.
A desintegração das calotas não é linear. Além do mais, a escala de tempo muda completamente

Esses “processos dinâmicos” são observados há vários anos nas regiões árticas, onde a calota groenlandesa contém água suficiente para fazer com que os oceanos se elevem em até 6 metros. Mas a Antártida também tornou-se motivo de preocupação. Seu complexo glacial é formado por quatro elementos: a calota oriental, a calota ocidental, as geleiras da península e os planaltos de gelo que flutuam no oceano. Se a calota oriental desaparecesse, o nível dos oceanos seria elevado em 50 metros [3]! Felizmente, por enquanto ela continua estável. Mas, em contrapartida, o degelo é rápido na costa oeste da península, onde a elevação da temperatura não tem equivalente em qualquer outro ponto do planeta: foram 3°C a mais em 50 anos. A Nordeste, onde o termômetro indica 2.2°C em média para o verão, calcula-se que o aquecimento pode chegar a 0.5°C por década daqui para frente. Nessas circunstâncias, o provável derretimento dos gelos da península e da calota ocidental equivaleria, cada qual, a 5 metros de elevação no nível dos mares. Dois aspectos específicos tornam o perigo ainda maior. O primeiro é que os vales montanhosos da península antártica são menos estreitos e sinuosos que os da Groenlândia, de modo que as geleiras poderiam deslizar mais rapidamente em direção ao mar [4] – realmente, a velocidade do degelo triplicou nos últimos anos. O segundo é o fato de o maciço rochoso que sustenta a calota ocidental estar bem abaixo do nível do mar e, em muitos lugares, descer inclinado em direção à água [5]. Nesse caso, os especialistas estão preocupados com a circulação oceânica circumpolar, cada vez mais quente, que tende a se aproximar das costas e deve provocar o descongelamento da base submarina da calota.
A glaciação da Antártida se deu há cerca de 35 milhões de anos. Trata-se de um fenômeno que ocorre quando determinado patamar climático é ultrapassado

Para James Hansen, diretor do Goddard Institute for Space Studies da National Aeronautics and Space Administration (NASA), e outros oito especialistas que assinam com ele um artigo na revista Science, o perigo está mais perto do que se imagina [6]. Eles chegaram a essa conclusão analisando os paleoclimas: há 65 milhões de anos, a Terra quase não tinha gelo. A glaciação da Antártica ocorreu cerca de 35 milhões de anos atrás. De acordo com esses pesquisadores, trata-se de um fenômeno que acontece quando um patamar é ultrapassado: assim, os parâmetros relativos à radiação solar, ao albedo [7] e à concentração atmosférica do gás de efeito estufa favorecem o resfriamento. A conseqüência é uma diminuição do nível dos oceanos e as precipitações nos pólos se acumulam sob forma de neve.

Esse alerta deve ser levado muito a sério. De fato, as estimativas de elevação do nível dos oceanos são as projeções menosexatas do GIEC: de 1990 a 2006, o aumento foi de 3,3 mm/ano, enquanto se esperava 2 mm/ano [8]. A diferença – 60% – poderia resultar da difícil previsibilidade do comportamento das geleiras.

Caso o aumento da temperatura se estabilize em 2°C em relação a 1780, fim da época pré-industrial, os modelos projetam um elevação das águas entre 0,4 m e 1,4 metro ao longo de vários séculos. Entretanto, se considerarmos o diferencial de 60%, ele seria suficiente para fazer o nível variar entre 0,6 e 2,2 metros – estimativas provavelmente modestas, pois a desintegração das calotas não é linear. Além do mais, a escala de tempo muda completamente: se Hansen e seus colegas estiverem certos, não há sequer um minuto a perder para evitar uma possível catástrofe irreversível daqui a algumas décadas.
A preocupação dos cientistas aumenta, mas os governantes multiplicam a retórica, fundamentando os objetivos nas projeções mais conservadoras. Já o G8 busca “mecanismos flexíveis” para que o esforço dos países do Norte seja espontâneo e sem grandes impactos

Um aumento de um metro no nível dos oceanos colocaria em perigo centenas de milhares de pessoas, principalmente nos países do Sul. Cerca de 10 milhões de egípcios, 30 milhões de bengalis e um quarto dos habitantes do Vietnã perderam suas casas [9].

Londres e Nova York estarão igualmente ameaçadas. Evocando uma “situação assustadora”, o presidente do GIEC, Rajendra Pachauri, declarou recentemente estar esperançoso “de que o próximo relatório do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Evolução do Clima possa fornecer mais informações sobre o provável degelo dessas duas grandes regiões – a Groenlândia e a Antártida Ocidental” [10]. Infelizmente, esse novo relatório só será publicado em 2013 e será muito tarde para influenciar as conferências internacionais de dezembro de 2008 e 2009, onde se discutirão os dispositivos pós-Kyoto.

Por enquanto, prevalece a subestimação do aumento das águas uma vez que as projeções atuais do GIEC, endossadas pelos principais governos, serviram de base para as decisões tomadas na Conferência sobre o Clima, realizada em Bali em dezembro de 2007, e que atualmente estão em vigor. Ainda segundo o GIEC, limitar o aumento da temperatura entre 2° e 2,4°C em relação à era pré-industrial implicaria em começar a diminuir as emissões de gás de efeito estufa no mais tardar em 2015, para reduzi-las até 2050 em 50 a 85% se comparadas ao nível de 2000. Nesse caso, o respeito ao princípio poluidor-pagador requereria um esforço específico importante por parte dos países desenvolvidos: as emissões deveriam diminuir entre 80 e 95% até 2050, passando por uma redução intermediária de 25 a 40% em 2020. Nesse período, ainda de acordo com o GIEC, os países em desenvolvimento também deverão se afastar substancialmente de seus cenários atuais e diminuir a poluição.

Menos restritivas que as recomendações de Hansen e sua equipe, esses apontamentos são, da mesma forma, desprezados pelas instâncias políticas. Jean-Pascal van Ypersele, professor de climatologia na Universidade Católica de Louvain e membro do gabinete do GIEC, observa que os membros do G8 regularmente pronunciam-se a favor de uma redução de 50% das emissões, mas evitam a todo custo mencionar os 85% que deveriam corresponder à sua parte da fatia global [11]. O G8 também não discute a responsabilidade que têm na mudança climática.

Infelizmente, é uma tendência seguida por todos os países. O pacote “energia-clima”, proposto pela Comissão Européia para o período 2013-2020, por exemplo, revela-se incompatível com a decisão, tomada em 1996, de limitar o aumento da temperatura a no máximo 2°C com relação a 1780. Já Barack Obama, o novo governante de uma das nações que mais polui o mundo, prevê, em seu plano energético, uma redução de 80% das emissões americanas em 2050, mas seu objetivo para 2020 consiste somente em voltar ao nível de 1990 [12], muito aquém do necessário.

Em resumo, enquanto a preocupação dos cientistas aumenta, os governantes multiplicam efeitos de retórica, mas fundamentam seus objetivos nas projeções mais conservadoras. Ao mesmo tempo, o G8 busca “mecanismos flexíveis” para que o esforço dos países do Norte seja feito quase de maneira “espontânea”, sem grandes impactos. A lógica dessa escolha foi explicitada pelo antigo economista-chefe do Banco Mundial, Nicholas Stern. Em seu relatório ao governo britânico, em outubro de 2006, ele recomendava “evitar fazer mudanças demais e de maneira muito rápida”, pois “há uma grande incerteza quanto aos custos de redução de 60% ou 80% na indústria, principalmente na aviação e num certo número de setores” [13]. O perigo presente aí é que a negociação climática pode acabar resultando numa meta determinada por preocupações baseadas no lucro, e não na proteção das populações e na salvaguarda do clima.

Desequilíbrio perigoso

Chegou a hora de fazer revisões dramáticas. Até agora, considerava-se que a concentração atmosférica limite em gás de efeito estufa oscilava entre 450 e 500 partes por milhão (ppm) de equivalente CO2 (CO2 eq), dos quais 360 a 400 ppm de CO2 [14] – um valor quase duas vezes superior ao período que antecedeu a Revolução Industrial. Mas o estudo da formação das calotas levou James Hansen, diretor do Goddard Institute for Space Studies da National Aeronautics and Space Administration (NASA), e seus colegas a afirmar que uma estabilização nesse nível nos levaria inevitavelmente a um mundo sem gelo [15] em longo prazo.

Quando a calota antártica se formou, a concentração atmosférica em gás carbônico situava-se entre 350 e 500 ppm. Atualmente, estamos em 385 ppm de CO2. Em situação de equilíbrio, isso corresponde a um aumento do nível dos oceanos “de pelo menos vários metros” e a história da Terra comprova que esse aumento pode ocorrer em menos de um século.

Entretanto, ainda temos tempo, explica Hansen: o aquecimento dos mares e o degelo são retroações lentas, diferidas. Por enquanto, os oceanos e as calotas absorvem a diferença crescente entre a temperatura média observada e a temperatura teórica de equilíbrio. Assim, a inércia térmica da água e do gelo desempenha o papel do fio que segurava a espada sobre a cabeça de Dâmocles... Ninguém pode dizer quando o fio vai se romper, mas sem dúvida alguma ele cederá, caso continuemos a acrescentar anualmente 2 ppm de gás carbônico no ar.

O cientista da NASA e seus colegas acreditam ser possível voltar rapidamente a um nível abaixo de 350 – e até mesmo 325 ppm de CO2 – fechando todas as centrais de carvão até 2030. Será possível?


[1] “The Physical Science Basis”, contribuição do Grupo de Trabalho1 (GT1) ao quarto relatório de avaliação do GIEC (2007), resumido pelos organizadores.

[2] Escavação onde um curso de água desaparece para se tornar subterrâneo.

[3] Relatório do GT1, GIEC, 2007, capítulo I, página 18.

[4] “Escalating Ice Loss Found in Antarctica”, Washington Post, Washington, 14 janeiro de 2008.

[5] “New Concerns on the Stability of the West Atlantic Ice Sheet”, Environment Times, United Nations Environment Programme (UNEP), 2004.Mais informações.

[6] Ler “Target Atmospheric CO2: Where Should Humanity Aim?”.

[7] O albedo do sistema Terra-Atmosfera é a fração da energia solar refletida para o espaço. Seu valor está entre 0 e 1. Quanto mais refletora for uma superfície, mais elevado é seu albedo.

[8] Artigo da Science, citado no Le Monde de 2 de fevereiro de 2007.

[9] Norman Myers, “Environmental Refugees in a Globally Warmed World”, BioScience, v. 43 (11), Washington DC, dezembro de 1993.

[10] “UN Climate Chief to Visit Antarctica”, ABC News, 8 de janeiro de 2008.

[11] Ver www.climate.be/vanyp

[12] “Barack Obama’s Plan to Make America a Global Energy Leader”

[13] Nicholas Stern, “Stern Review on The Economics of Climate Change” – relatório redigido por solicitação de Gordon Brown, à época, Ministro das Finanças –, 2006.

[14] O dióxido de carbono (CO2) é o principal gás de efeito estufa de origem antrópica. Sua concentração é expressa em partes por milhão (ppm CO2). Com o objetivo de facilitação, exprimem-se as concentrações dos outros gases de efeito estufa em partes por milhão de equivalentes CO2 (ppm CO2 eq). Não se deve confundir as duas noções.

[15] “Target Atmospheric CO2: Where Should Humanity Aim?”.

Quadrilha de Morte

Já diz um velho ditado: caminhão lomba abaixo sem freios não precisa empurrar. Pois essa é a situação do governo (governo ?) do PSDB e de seus principais aliados (PMDB, PTB, PP, PDT). A não assinatura da CPI da corrupção e o não desembarque do governo Yeda por esses partidos têm vários elementos. O primeiro é que a abertura da CPI vai ouvir a caixa-preta (ahahahah) das gravações da operação solidária, mostrando as entranhas do PMDB guasca. Os detentores de cargos no governo também pressionam, em especial os do PMDB para ficar mais um pouquinho (ahaha). Já o PTB e o PP do (Fala Liderança !) esperam o momento oportuno para desembarcar, mas sempre guardando a retaguarda, pois nunca se sabe o que pode surgir. O PDT está num dilema: assina a CPI e perde os cargos no governo Yeda ou se desgasta ainda mais com a sua base. A pesquisa Datafolha que avaliou que 57 % dos pesquisados entendem que existem casos de corrupção no governo Yeda e que 70 % querem o afastamento de Yeda por meio de um impeachment só nos diz que o caminhão da corrupção já ultrapassou a ladeira e segue em alta velocidade rumo ao precipício. Aliás, esse governo me lembra mais um velho desenho do Hanna Barbera (ahahahahha)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A GRANDE ILUSÃO - 1937

La Grande illusion, Jean Renoir - 1937


Formato: RMVB/DVDRip
Áudio: Francês
Legendas: Português/Br
Duração: 110 min.


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Legenda:
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Legenda:
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Senha para descompactação:

http://farra.clickforuns.net


Adicionado processo de recuperação de arquivos corrompidos:
http://www.forum.clickgratis.com.br/farra/t-13077.html

Sinopse:
A Grande Ilusão de Jean Renoir é um dos mais genuínos clássicos do cinema. É uma simples mensagem que numa guerra todos são vítimas, tornando-se um dos mais poderosos filmes antiguerra de todos os tempos. Três franceses (Jean Gabin, Marcel Dalio e Pierre Fresnay) estão num avião que cai em território inimigo. Presos são levados para uma prisão de segurança máxima dirigida por Von Rauffeenstein. Os alemães tratam os oficiais com dignidade, até o dia que são apanhados tentando escapar. A produção de Renoir prevê a tragédia da guerra e a eventual esperança no futuro. Banido da Alemanha e declarado por Josef Goebbels como "Inimigo número 1 cinematográfico"; ele acreditou que todas as cópias européias estavam destruídas; porém, um negativo completo foi descoberto em Munique em 1945.

Imagens:




Elenco:
Jean Gabin (Lt. Maréchal)
Werner Florian (Sgt. Arthur)
Georges Péclet (Le serrurier (as Peclet))
Julien Carette (Cartier, l'acteur (as Carette))
Gaston Modot (The engineer (as Modot))
Jean Dasté (The teacher (as Daste))
Erich von Stroheim (Capt. von Rauffenstein (as Eric von Stroheim))
Pierre Fresnay (Capt. de Boeldieu)
Dita Parlo (Elsa (farm woman))
Sylvain Itkine (Lt. Demolder (as Itkine))

Ficha Técnica:
Direção - Jean Renoir
Roteiro - Jean Renoir, Charles Spaak
Gênero - Guerra/Drama
Origem - França
Fotografia - Christian Matras
Trilha sonora - Joseph Kosma
Edição - Marguerite Renoir
Direção de arte / cenário - Eugène Lourié
Créditos: F.A.R.R.A.- Bowman

Premiações:
- Oscar (1938):
Indicado a Melhor Filme

- National Board of Review (1938):
Vencedor de Melhor Filme Estrangeiro

- Associação dos Críticos de Nova York (1938):
Vencedor de Melhor Filme Estrangeiro

- Festival de Veneza (1937):
Prêmio de Contribuição Artística para Jean Renoir

Curiosidades:
- Primeiro, e caso raro, de filme de língua não inglesa concorrendo na categoria de Melhor Filme, na cerimônia do Oscar de 1938, muito antes da criação oficial da categoria, que premia as produções estrangeiras em 1956, com o clássico La Strada de Fellini. Anteriormente, outros trabalhos estrangeiros foram premiados eventualmente com Oscars especiais.

- Sete filmes estrangeiros concorreram na categoria de Melhor Filme no Oscar®: A GRANDE ILUSÃO de Jean Renoir; Z de Costa-Gavras; OS IMIGRANTES de Jan Troëll; GRITOS E SUSSURROS de Ingmar Bergman; O CARTEIRO E O POETA de Michael Radford; A VIDA É BELA de Roberto Benigni e O TIGRE E O DRAGÃO de Ang Lee.

- Este belo clássico está na lista dos 10 filmes favoritos de Woody Allen, ao lado de clássicos de Ingmar Bergman, Vittorio de Sica, Fellini e Akira Kurosawa.

- Renoir, com a crescente ameaça da Segunda Guerra Mundial, foi acusado de ser muito gentil na apresentação dos militares alemães. Isto não impediu que os nazistas considerassem A GRANDE ILUSÃO, por seu tema, uma ameaça aos seus ideais. Recebendo críticas duras do todo poderoso Joseph Goebbels, considerando-o "o inimigo cinematográfico número 1" (Chicago Sun-Times) e apreendessem o negativo original do filme assim que a França foi invadida.


Led Zeppelin - Discografía 2 (Atualizado)

terça-feira, 2 de junho de 2009

A mídia de esgoto esbraveja...

Dói no bolso da 'Folha': o desespero na turma da ditabranda


Depois de anunciar em editorial que a discussão sobre terceiro mandato é "assunto encerrado" (e, ao mesmo tempo, manchetar em primeira página a discussão sobre o terceiro mandato — numa demonstração de clara esquizofrenia), o jornal da ditabranda passou recibo sobre suas reais preocupações: é no bolso (dos Frias) que o avanço de Lula (e de Dilma) dói mais.

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador



A "tese" está em artigo de Fernando Barros e Silva, na página 2 do jornal, intitulado "O Bolsa-Mídia de Lula". Fernando não é só um articulista. Ele é o editor de “Brasil”. Por ele, passam as decisões editoriais mais importantes do jornal.

No artigo, Fernando analisa "reportagem" da própria Folha, que mostra como Lula pulverizou a verba publicitária do governo: em 2003, 179 jornais receberam verbas federais; em 2008, foram 1.273. Lula fez o mesmo com rádios e com a internet.

Isso, ao que parece, não agradou o Fernando...

Vejam o que ele escreve: "a língua oficial chama (a tal pulverização de verbas) de regionalização da publicidade estatal e vende como sinal de ‘democratização’. Na prática, significa que o governo promove um arrastão e vai comprando a mídia de segundo e terceiro escalões como nunca antes nesse país".

O argumento é tão rasteiro que dá até dó. Quer dizer que quando a verba ia só para o "primeiro escalão" (onde, suponho, Fernando inclui a Folha) os governos anteriores também estavam "comprando a mídia"? É esse o jogo?

O "primeiro escalão" quer ser comprado sozinho? Sem concorrência? A tal pulverização dói no bolso, é isso Fernando? Se dói, melhor você arrumar argumentos melhores pra fazer o dinheirinho voltar pro bolso do chefe.

Fico a aguardar algum comentário sobre a decisão de José Serra, que mandou as escolas públicas de São Paulo assinarem Folha e Estadão. Aí pode? Nesse caso, Serra estaria também "comprando" apoio? Ou nem precisa?

Mais adiante, outra pérola do articulista "ditabrandista": "Essa mídia de cabresto que se consolidou no segundo mandato ajuda a entender e a difundir a popularidade do presidente. E talvez explique, no novo mundo virtual, o governismo subalterno de certos blogs que o lulismo pariu por aí".

O Fernando tá chateado com os blogs porque eles fazem a crítica da "grande mídia", reduzem o poder dos jornais, tiram de veículos como a Folha a aura de "isentos formadores de opinião"

Mas não precisa ficar tão nervoso, Fernando. Não julgue os outros com seus parâmetros.

Por último, adorei saber que a popularidade de Lula não se deve aos programas sociais, nem ao sucesso da economia, nem à formação de um amplo, e internacionalmente reconhecido, mercado interno de novos consumidores. Não, nada disso. É pura propaganda do Lula!

Agora, eu entendi. Ainda bem que — apesar de ter cancelado a assinatura — sigo recebendo o jornal que a família Frias insiste em mandar de graça pra minha casa. É divertido (mas é também um pouco triste, confesso) ver como o desespero está tirando do sério até gente que eu respeitava, como o Fernando.

Como no caso da GM, é "o fim de uma era".

Por isso, bate mesmo o desespero. Eu entendo.