terça-feira, 25 de dezembro de 2007

A Vida...

A vida são
Deveres que nós
Trouxemos para
Fazer em casa

Quando se vê já são
Seis horas...
Quando se vê já é
Sexta feira;;;
Quando se vê já é
Natal...
Quando se vê já
Terminou o ano

Quando se vê, não
Sabemos mais por
Onde andam nossos amigos

Quando se vê,
Perdemos o amor da
Nossa vida

Quando se ê,
Passaram-se 50
Anos

Agora, é tarde demais
Para ser reprovado

Se me fosse dado,
Um dia, uma
Oportunidade,
Eu nem olhava o
Relógio

Seguiria sempre e em
Frente e iria.
Jogando pelo
Caminho. A casaca
dourada e inútil das horas

Seguraria todos os meu amigos,
Que já não sei onde e como
Estão e diria
Vocês são extremamente
Importantes para mim

Seguraria o meu amor,
Que está, há muito, à
Minha frente, e diria:
Eu te amo

Dessa forma, eu digo
Não deixe de fazer algo
Que gosta devido à
Falta de tempo.

Não deixe de ter alguém
Ao seu lado, ou de fazer
Algo, por puro medo
Se ser feliz.

A única falta que será, será desse tempo
Que infelizmente
Não voltará mais.

Mário Quintana

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

O ÚLTIMO UNICÓRNIO - 1982



Formato: RMVB
Áudio: Inglês
Legendas: Português-BR (embutidas)
Duração: 1:29
Tamanho: 340MB (04 partes)
Servidor: Rapidshare


Créditos:RapaduraAzucarada - Welck



Para quem curtiu a extinta TV Manchete nos anos 80, havia um longa animado que era muito comum ser exibido na emissora. Trata-se de "O Último Unicórnio" (The Last Unicorn), lançado em 1982 num período rico em filmes animados com temática mais sombria como o caso de "A Ratinha Valente" de Don Bluth, "O Caldeirão Mágico" da Disney e "O Cristal Encantado" de Jim Henson.

O filme é baseado na obra original de Peter S. Beagles (que adaptou o livro de 1968 para a animação), e conta uma história fantástica sobre a saga do último unicórnio que, por um imprevisto, é transformado numa mulher (Amalthea) e precisa retornar a sua forma original para cumprir seu destino. Daria para analisar a história do filme por diversas maneiras. Uma que é um belo filme na tradição de outros animados onde os personagens precisam mudar ou sem querer mudam o destino de uma terra sombria para um mundo melhor. Outra é verificar a ambientação um tanto etérea (o que faz lembrar muito o cult "A História sem fim"). Temos vários animados assim, podendo citar as versões animadas de "O Senhor dos Anéis" ou mesmo "O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa".

Produzido pela Rankin/Bass e tendo como diretores os próprios Jules Bass e Arthur Rankin Jr., o animado conta com as vozes (no original) de Alan Arkin (Schmendrick, o feiticeiro), Jeff Bridges (Príncipe Lir), Mia Farrow (unicórnio/Amalthea), Robert Klein (borboleta), Christopher Lee (Rei Haggard) - que também dublou o rei na versão alemã, Angela Lansbury (Mãe Fortuna), e a presença rápida de Paul Frees (voz que os fãs de Disney conhecem da atração "The Haunted Mansion" e como Ludovico Von Pato no original) faz a voz do mago Mabruk. É bom registrar que a dublagem brasileira era excelente.

A parte musical é um tópico a parte. As canções e a trilha tornaram-se cult após a exibição do filme. A música ficou a cargo de Jimmy Webb e do grupo musical "America". A direção de arte é muito interessante trazendo cenários belíssimos desde a floresta sombria, o "circo" da Mãe Fortuna e o castelo do rei, tudo é muito bem concebido. Na parte da animação, talvez a maior reclamação seja que ela não possui muita fluidez. Mas é preciso ter em mente que o orçamento da produção foi muito abaixo se comparado aos padrões da concorrência. Então é possível observar algumas limitações inclusive falta de sincronia dos lábios com certas falas. Por outro lado, é impressionante o resultado animado quando se vê as sequências envolvendo o gigantesco Touro Vermelho, perseguidor de unicórnios. E no final as dezenas de unicórnios correndo na praia - sem uso de CGI (animação por computador).

Falando em animação mais limitada, o filme é um híbrido entre animação do estilo ocidental e japonês. E isso faz muito sentido. "O Último Unicórnio" foi animado no estúdio Topcraft situado no Japão. Os diretores-produtores Rankin/Bass já haviam usado o estúdio para produzir animações para televisão como "O Hobbit" e "O Retorno do Rei". Mas a relação com a Topcraft em "Unicórnio" foi bem mais abrangente. Curiosamente logo após este filme, o próximo projeto do estúdio japonês foi com o diretor Hayao Miyazaki, que fazia "Nausicaa of the Valley of Wind". E o resto é história.

Melancólico, sombrio, mas ainda assim divertido e com pitadas de aventura, "O Último Unicórnio" traz muitas mensagens. O livro mesmo já trazia muito simbolismo religioso e do século 14 somado a elementos mais modernos - isso foi feito para não fazer a história pertencer a uma determinada época. Vários personagens são afetados de alguma forma pelo destino. Schmendrick não pode escapar do destino de se tornar um mago verdadeiro porque seu professor, digamos, o amaldiçoou a ter vida eterna até que isso ocorresse. O príncipe Lir é forçado a fazer coisas para cumprir a profecia de destruição do reino de seu pai Haggard. E mesmo a estranha Mãe Fortuna parece conhecer seu destino mortal envolvendo a maligna harpia e, mesmo assim, não tenta escapar. Há outras mensagens satíricas envolvendo a tragédia grega, personagens de Robin Hood e histórias medievais, como quando um personagem se desculpa por ter matado o dragão.

Mas o filme é bem a antítese do que seria a fórmula normal da maioria dos filmes animados. Como diz Schmendrick: "Não existem finais felizes porque nada termina".

Direção: Jules Bass e Arthur Rankin Jr.
Roteiro: Peter S. Beagle






Elenco:

Alan Arkin (Schmendrick)
Jeff Bridges (Príncipe Lir)
Mia Farrow (Unicórnio / Amalthea)
Tammy Grimes (Molly Grue)
Robert Klein (A Borboleta)
Angela Lansbury (Mãe Fortuna)
Christopher Lee (Rei Haggard)
Keenan Wynn (Capitão Cully)
Paul Frees (Mabruk)
Rene Auberjonois (O Crânio)
Brother Theodore (Ruhk)
Jack Lester
Ed Peck (Edward Peck)
Don Messick (O Gato)
Nellie Bellflower (A Árvore)
Responder com Citação

Fando y Lis,
de Alejandro Jodorowsky




Sinopse:Num cenário crivado de pedras e areia, desolado e seco, os personagens do título buscam por uma cidade mítica que remete à perfeição. O convite à arte surrealista está feito e não decepciona quem está disposto a viajar em indagações existencialistas e alegorias metafóricas. Na maior parte do tempo a sensação é a de estar imerso num sonho febril, com Fando carregando a paralítica Lis num carrinho de mão e encontrando os tipos mais bizarros possíveis em seu árido percurso. Cortes rápidos dão vazão à imaginação desenfreada dos personagens, enquanto Jodorowsky destrói a arte erudita (pianos são queimados e esculturas demolidas) e libera seus personagens das amarras ético-sociais. Um filme interessantíssimo. Para quem está no estado de espírito adequado, obviamente.

Formato: rmvb
Áudio: Espanhol
Legendas: Português
Duração: 97 min
Tamanho: 491 MB
Partes: 5
Servidor: 4shared

créditos: RapaduraAzucarada - zé qualquer

Título Original: Fando y Lis
Gênero: Drama/Fantasia
Origem/Ano: MEX/1968
Direção: Alejandro Jodorowsky
Roteiro: Fernando Arrabal & Alejandro Jodorowsky

Elenco:
Sergio Kleiner...Fando
Diana Mariscal...Lis

Crítica:
http://www.cineplayers.com/critica.php?id=922

Artigo (sobre Jodorowsky e sua obra cinematográfica):
http://www.contracampo.com.br/82/festjodorowsky.htm






Links:

Arrowhttp://www.4shared.com/file/29252532/6a8ed62f/Fando_y_Lispart1.html (parte 1)
Arrowhttp://www.4shared.com/file/29255264/6602a963/Fando_y_Lispart2.html (parte 2)
Arrowhttp://www.4shared.com/file/29257791/3d324b43/Fando_y_Lispart3.html (parte 3)
Arrowhttp://www.4shared.com/file/29286074/96b82713/Fando_y_Lispart4.html (parte 4)
Arrowhttp://www.4shared.com/file/29239697/ba0c06d2/Fando_y_Lispart5.html (parte 5)

Outros filmes do mesmo diretor:
Bird

Ele tirou o jazz das pistas de dança e o transformou em música séria, para ser ouvida com atenção. Consumido pelo álcool e pelas drogas, o saxofonista Charlie Parker (1920-1955), um dos fundadores do bebop, é o tema do quarto volume da Coleção Folha Clássicos do Jazz. Nascido em Kansas City, Parker não corresponde à imagem do menino-prodígio: começou a tocar saxofone na adolescência, mas sem se destacar especialmente no instrumento, chegando a dar alguns vexames musicais nas apresentações da banda da escola. Foram a obstinação e a garra que fizeram o garoto superar as dificuldades iniciais e integrar a orquestra de Jay McShann, na qual ganhou o seu célebre apelido de Bird (pássaro).

Créditos:TrabalhoMental



Capa Original

Charlie Parker - At The Storyville
1. Moose The Mooche
2. I'll Walk Alone
3. Ornithology
4. Out of Nowhere
5. Now's the Time
6. Don't Blame Me
7. Dancing on the Ceiling
8. Cool Blues
9. Groovin' High
Para baixar:
clique aqui

Benny Goodman

Filho de imigrantes russos, ele foi um dos primeiros clarinetistas de jazz com formação clássica. Depois de passar por algumas big bands, formou a sua em 34. Ela logo se transformou em uma usina de hits: em duas décadas, teve 164 músicas nas paradas. Em 50 foi lançada a gravação de um histórico concerto realizado em 38 no Carnegie Hall. Esse foi o LP mais vendido do jazz até então. Mesmo o advento do rock n'roll, que jogou a pá de cal na era do swing (já enfraquecida pelo bebop) não impediu que ele continuasse com a big band, excursionando pelo mundo até o final dos anos 70. Em 13 de junho de 86, Goodman morreu de ataque cardíaco em Nova Y

Créditos: TrabalhoMental



Capa Original

The Best Of Benny Goodman - The Capitol Years
1. All The Cats Join In
2. Sweet Lorraine
3. I Never Knew
4. Lazy River
5. Them There Eyes
6. No, Baby, No
7. Dizzy Fingers
8. Chicago
9. Bye Bye Pretty Baby
10. You Turned The Tables On Me
11. Stealin'Appels
12. There's A Small Hotel
13. Get Happy
14. You Brought A New Kind Of Love To Me
15. Jumpin'At The Woddside
16. Sing, Sing, Sing
17. Alicia's Blues
18. You're Blase
Para baixar:clique aqui

Duke Ellington

Edward Kennedy Ellington nasceu em Washington, em 29 de abril de 1899. Com 17 anos já se apresentava tocando ragtime. Em 1923, foi com o grupo The Washingtonians para Nova York, onde começou a gravar no ano seguinte. O grupo se tornaria a Duke Ellington Band, recrutado músicos como o saxofonista Johnny Hodges e o trompetista Cootie Williams. Ambiciosas suítes de inspiração clássica foram afastando Ellington do público até que, em 56, ele fez uma triunfal apresentação no Festival de Newport. Revigorado, passou a excursionar pelo mundo até sua morte, em 24 de maio de 74, em Nova York, de câncer do pulmão. Mas a orquestra sobreviveu, passando a ser dirigida pelo filho Mercer Ellington e, após a morte deste, pelo neto, Paul Mercer.

Créditos: TrabalhoMental





Capa Original


Duke Ellington - Jazz Profile
1. Satin Doll
2. Stardust
3. One O'Clock Jump
4. Stormy Weather
5. Take The "A" Train
6. 4:30 Blues
7. In Triplicate
8. Chili Bowl
9. Janet
10. Happy Reunion
11. Caravan
12. Wig Wise
Para baixar:clique aqui

domingo, 23 de dezembro de 2007

César Camargo Mariano - César Camargo Mariano (1989)




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municipio da Guatemala também tem seu "Azambuja"*

Trabalhadores municipais estão sem receber desde setembro
*Azambuja, foi prefeito da Cidade de Bagé-RS, até 2000, onde atrasou o salário dos municipários em até 8 meses, chegando alguns a ficarem com 24 meses de salários atrasados.
Monocultura do eucalipto causa danos ao extremo sul da Bahia

Eric Clapton & Sheryl Crow - Little Wing

Monte Montgomery: Little Wing acoustic instrumental

Dexter Gordon - Tangerine (1972)

http://i8.tinypic.com/73f9ite.jpg


Dexter Gordon - Tangerine (1972)
MP3
192Kbps
RS.com: 72mb
Uploader:Redbhiku

Personnel:
Dexter Gordon (tenor saxophone)
Freddie Hubbard (trumpet)
Thad Jones (flugelhorn)
Hank Jones, Cedar Walton (piano)
Stanley Clarke, Buster Williams (bass)
Louis Hayes, Billy Higgins (drums)

Recorded at the Van Gelder Studio, Englewood Cliffs, New Jersey on June 22 & 28, 1972

Tracks:

1. Tangerine
2. August Blues
3. What It Was
4. Days Of Wine And Roses
5. The Group - (previously unreleased, alternate take alternate master take, bonus track)

Download abaixo:
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Noite Vazia,
de Walter Hugo Khouri



Sinopse:
Dois ammigos contratam os serviços de uma dupla de prostitutas. O que seria uma noite de prazer acaba se transformando em um embate entre os quatro, revelando pouco a pouco, suas angústias e ressentimentos e aflorando seus sentimentos mais íntimos e profundos. Obra máxima de Walter Hugo Khouri, considerada por críticos e público como um dos filmes mais importantes do cinema nacional em todos os tempos.


Gênero: Drama
Origem/Ano: BRA/1964
Direção: Walter Hugo Khouri
Roteiro: Walter Hugo Khouri

Formato: rmvb
Áudio: Português
Duração: 91 min
Tamanho: 303 MB
Partes: 4
Servidor: Rapidshare

Créditos:RapaduraAzucarada - ZeQualquer

Elenco:
Norma Bengell...Mara
Odete Lara...Regina
Mário Benvenutti...Luisinho
Gabriele Tinti...Nelson

Crítica:
Arrowhttp://estranhoencontro.blogspot.com/2005/09/noite-vazia.html






Links:
Arrowhttp://rapidshare.com/files/74806470/Cinema_Nacional_-_Noite_Vazia.part1.rar
Arrowhttp://rapidshare.com/files/74812419/Cinema_Nacional_-_Noite_Vazia.part2.rar
Arrowhttp://rapidshare.com/files/74882352/Cinema_Nacional_-_Noite_Vazia.part3.rar
Arrowhttp://rapidshare.com/files/74916430/Cinema_Nacional_-_Noite_Vazia.part4.rar

sábado, 22 de dezembro de 2007

Tim Maia in Concert





  • Hospedagem: Rapidshare
  • Tamanho: 58 MB


O fantasma do apartheid genético

A seleção de imigrantes segundo seu DNA, adotada pela França, reacende um pesadelo contemporâneo. Ela revela que o estímulo obsessivo à competição, que caracteriza o neoliberalismo, pode descambar para a discriminação — e descarte — dos "indivíduos menos aptos"

Jacques Testart

A institutição, pelo governo francês, de testes de DNA para o controle da imigração visa principalmente atrair os eleitores xenófobos da Frente Nacional, de extrema-direita. A estigmatização dos estrangeiros terá efeito desprezível (algumas centenas ou milhares de casos) sobre o fenômeno que pretende controlar. Mas, além desse objetivo político imediato, talvez a medida se destine a tornar costumeiro o fichamento genético generalizado, fazendo do estrangeiro somente o elo frágil por meio do qual se introduz a nova prática.

Já somos identificados por meios biométricos (altura, cor dos olhos e dos cabelos, impressões digitais, íris, sistema sangüíneo etc.), pelo registro da imagem (câmeras de segurança e, em breve, robôs-espiões), por nosso comportamento como consumidores ou cidadãos (cartão de crédito, chips, internet, GPS etc.) e até mesmo por nosso gestual (que pode suscitar desconfiança para câmeras ditas “inteligentes”), sem falar das técnicas reservadas aos mais suspeitos (escutas telefônicas, bracelete eletrônico etc.). Todas essas medidas preocupam o Comitê Nacional [francês] Consultivo de Ética [1]. No entanto, o Grande Irmão ainda quer mais.

O antropólogo Gérard Dubey observa que, apenas um século após o advento da biometria, os critérios evoluíram do “ser identificado socialmente” ao “ser definido biometricamente”. Ao longo do século 20, a biometria passou do estudo quantitativo dos seres vivos à identificação das pessoas em função de características biológicas. Quanto tempo será preciso, após o advento da genética molecular, para definir os seres geneticamente? E em que o critério genético se diferencia dos critérios biométricos clássicos?

Sabe-se que gêmeos idênticos, que compartilham o mesmo DNA, exibem impressões digitais diferentes, resultantes de combinações entre fatores genéticos e ambientais (ditos “epigenéticos”). Daí resulta que o DNA, a “rainha das provas” segundo a Justiça, não permite distinguir gêmeos tão bem quanto a ficha de impressões digitais. Porém, essa ocorrência um tanto rara constitui inconveniente desprezível, diante da possibilidade excepcional oferecida pelo DNA para identificar um indivíduo, desde o estágio embrionário e segundo sinais imutáveis que constituem também marcadores da filiação – aquilo que os identificadores biométricos clássicos são incapazes de realizar.

Através da análise do DNA, determinar que embriões, "mais aptos", merecem sobreviver...

Na verdade, a famosa “decodificação” do DNA ainda é somente uma leitura elementar, pois as relações entre a constituição genômica particular de cada um e seus parâmetros fenotípicos (riscos de doenças, características fisiológicas etc.) são de tamanha complexidade [2] que esse conhecimento será provavelmente de natureza estatística. As variações infinitas do DNA serão comparadas com as ocorrências epidemiológicas. Por exemplo, a maioria daqueles que mostram uma particularidade P em seu DNA está sujeita a desenvolver a doença D. Será possível, portanto, definir probabilidades de risco em função de cada genoma [3] e de sua exposição a ambientes definidos [4].

Essa estratégia de identificação, aliás, pode ser a base para compreender os mecanismos moleculares que conectam determinada informação trazida pelo DNA com as proteínas implicadas em tal função, tal característica ou tal patologia. Decididamente, o recurso à estatística, que já dava suporte ao eugenismo de Francis Galton [5], permanece como a caução científica de toda pretensão a se predizer o futuro de um indivíduo.

De acordo com essa tradição, e com a ambição de “otimizar” a contribuição das pessoas a uma sociedade cujo único sonho é ser eficiente, pode-se prever a irrupção de análises sistemáticas do DNA, permitindo tanto o fichamento das pessoas quanto a predição de suas potencialidades. Trata-se sobretudo de avaliar riscos de doenças, mas alguns geneticistas esforçam-se por descobrir marcadores não-patológicos (entre outros, humor, sexualidade e até mesmo o QI).

“Fatores de risco”, detectados no adulto, poderão justificar preços diferenciados nos planos de saúde e a adoção de certas práticas de medicina preventiva. Detectados na criança, poderão, além disso, apoiar políticas de orientação escolar e, em seguida, profissional. Mas, detectados no embrião (diagnóstico genético pré-implantatório: DPI), poderão até mesmo obstar um direito à vida. É o número relativamente pequeno (cerca de cinco) de embriões obtidos graças à fecundação in vitro que ainda impede o DPI de responder aos desejos dos pais e às “necessidades” da saúde pública. Observemos, porém, que a triagem dos embriões com risco de estrabismo acaba de ser autorizada na Grã-Bretanha.

Em diversos procedimentos da vida atual, multiplicam-se sinais de práticas eugênicas

Assim que for conseguida a produção de óvulos às dezenas [6], o DPI poderá responder ao velho sonho eugênico dos “bons nascimentos”, sem deixar de se conformar aos novos padrões da bioética (consentimento esclarecido, promessa médica de saúde, ausência de violência contra as pessoas etc.)

Esse horóscopo genômico, destinado a “colocar o eugenismo a serviço do liberalismo” [7], terá de ser validado no nível estatístico (o das populações, o único que importa ao sistema econômico ou de saúde), ainda que as predições se revelem menos confiáveis, ou francamente erradas, para uma pessoa particular. Eis um programa conforme à mística genética que se apoderou de nossas vidas com a importância exagerada dada aos genes (eles controlariam até mesmo a homossexualidade, segundo o presidente francês, Nicolas Sarkozy), as prioridades atribuídas à “genética molecular” nas pesquisas em biologia, ou a escolha inédita de um geneticista como conselheiro do presidente. De fato, em vez de se valer de um climatologista ou de um especialista em energia, Sarkozy recorreu ao conselho do professor Arnold Munnich, que é também a eminência parda das análises moleculares conduzidas para detectar patologias, em particular na ocasião da triagem dos embriões (DPI).

Estamos na fase da identificação das pessoas pelos testes de DNA a fim de refinar o fichamento biométrico para uso da polícia ou da justiça. Recordemos que a biometria sempre funcionou pelo medo, o medo do outro [8], e se generalizou sem oposição organizada, deixando lugar para uma verdadeira atonia social. De “detalhe” em “detalhe”, constrói-se um mundo que logo poderá nos anunciar “Bem-vindos a Gattaca!” [9]. E por que não o acúmulo dos elementos identificadores e dos elementos funcionais numa mesma carteira de identidade genética atribuída a cada indivíduo? Afinal, é o mesmo filamento de DNA que corre da delegacia para o tribunal e o consultório médico (medicina preditiva-preventiva), passando por utopias terapêuticas (genes-remédios) ou industriais (plantas transgênicas), pelos escritórios de seguradoras (níveis de riscos), por empresas de orientação escolar e profissional e, finalmente, suscita o ressurgimento de mitos fabulosos (super-homem, clones, quimeras).

Muitos opositores dos testes de DNA têm evocado “as horas mais sombrias da história” ou a “purificação da raça” [10], sem enxergar que os problemas hoje são muito diferentes, embora igualmente graves. Não se trata mais de identificar o indivíduo por sua “raça”, tanto mais porque esses parâmetros, freqüentemente disponíveis com os identificadores clássicos, não são revelados pelo DNA. A economia neoliberal não tem necessidade alguma de estigmatizações raciais, já que prefere se empenhar em descobrir os melhores elementos disponíveis em cada comunidade humana e em rejeitar os que lhe parecem pouco aptos a contribuir para o “crescimento competitivo”, qualquer que seja sua cor de pele. Trata-se de uma nova espécie de triagem, tão detestável quanto a triagem racial, entre os indivíduos.

É este o sentido da aceitação dos estrangeiros segundo o critério de “competências e talentos”. Ou da exortação a “trabalhar mais para ganhar mais!”, que se dirige bem mais ao indivíduo do que à sua comunidade, e corresponde ao sonho do dirigente neoliberal de constituir uma sociedade de indivíduos selecionados por sua competitividade.

Glossário

DNA: Ácido desoxirribonucleico; molécula suporte da informação genética hereditária.

Biometria: Conjunto das técnicas informáticas que permitem a identificação ou a autenticação de uma pessoa a partir de algumas de suas características físicas.

Arquivo Nacional Automatizado das Impressões Genéticas: Inicialmente reservado aos delinqüentes sexuais, este “fichário” francês logo se estendeu aos destruidores de plantas transgênicas ou coladores de cartazes políticos.

Gene: Seqüência de DNA, presente nos cromossomos de todas as células nucleadas do organismo, responsáveis pelas características fenotípicas do indivíduo.

Genoma: Conjunto do material genético de um indivíduo.



[1] Em seu “Parecer n.o 98”, de 31 de maio de 2007, o Comité National Consultatif d’Éthique (CCNE) exige um “contra-poder”, diante da “generalização excessiva da biometria”.

[2] Um recente estudo internacional sobre a expressão do genoma humano surpreende-se com essa complexidade e chega a levantar uma questão que todos acreditavam resolvida: “O que é um gene?” (“The ENCODE project consortium”, Nature, Londres, 14 de junho de 2007).

[3] Jacques Testart, Des hommes probables, Paris, Seuil, 1999.

[4] Na França, o Inserm lançou recentemente um estudo (SAGE) das “interações entre fatores ambientais e fatores genéticos” nos estabelecimentos escolares da região de Champagne-Ardennes.

[5] O britânico Francis Galton (1822-1911), médico e estatístico, é o pai-fundador do eugenismo contemporâneo.

[6] Jacques Testart, Des ovules en abondance?Médecine/Sciences, n.o 20, Montreal-Paris, 2004.

[7] Le Monde, 19 de abril de 2007.

[8] Em cinco aeroportos dos Estados Unidos, os passageiros considerados como “sem perigo” podem integrar o programa “Clear Registered-Traveler”. Este oferece a 45 mil pessoas uma passagem acelerada pelos controles de segurança, mediante seu registro biométrico (impressões digitais e scan da íris) e um bônus anual de 75 euros; Technology Review (edição francesa), Paris, novembro-dezembro de 2007.

[9] Filme de Andrew Niccol (1997): num mundo perfeito, Gattaca é um centro de estudos e de pesquisas espaciais para jovens com patrimônio genético impecável, graças à sua seleção com o DPI.

[10] Ver “ADN: le front du refus”, Libération, 3 de outubro de 2007.

João Bosco

Gerry Mulligan & Chet Baker - The Original Quartet with Chet Baker 2-CD Set

http://i16.tinypic.com/5xnoq6q.jpg


Gerry Mulligan & Chet Baker - The Original Quartet with Chet Baker 2-CD Set
Uploader: redbhiku
MP3
192Kbps
RS.com: 184mb
BlueNote LP Covers
Genre: Jazz / West Coast, cool

Recording Date: Jun 10, 1952-May 20, 1953
Release Date 1998, Pacific Jazz


Disc: 1
1. Get Happy
2. 'S Wonderful
3. Godchild
4. Dinah
5. She Didn't Say Yes, She Didn't Say No
6. Bernie's Tune
7. Lullaby Of The Leaves
8. Utter Chaos #1
9. Aren't You Glad You're You
10. Frenesi
11. Nights At The Turnstable
12. Freeway
13. Soft Shoe
14. Walkin' Shoes
15. Aren't You Glad You're You
16. Get Happy
17. Poinciana
18. Godchild
19. Makin' Whoopee
20. Cherry
21. Motel
22. Carson City Stage

Disc: 2
1. My Old Flame
2. Love Me Or Leave Me (Alternate Take)
3. Love Me Or Leave Me
4. Swinghouse (10in LP Take)
5. Swinghouse (12in LP Take)
6. Jeru
7. Utter Chaos #2
8. Darn That Dream
9. Darn That Dream (Alternate Take)
10. I May Be Wrong (12in LP Take)
11. I May Be Wrong (10in LP Take)
12. I'm Beginning To See The Light (10in LP Take)
13. I'm Beginning To See The Light (12in LP Take)
14. The Nearness Of You
15. Tea For Two
16. Five Brothers
17. I Can't Get Started
18. Ide's Side
19. Funhouse
20. My Funny Valentine

Download abaixo:
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charlie parker - sessions II

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Os Boas-Vidas,
de Federico Fellini



Sinopse:
Numa pequena cidade da Itália, cinco jovens amigos são típicos "vitelloni" (inúteis) e vivem uma vida boêmia cheia de bebidas e mulheres. Sem perspectivas de vida, cada um encontra um modo de escapar da monotonia da vida provinciana tentando aproveitar e curtir as aventuras que esse mundo os reserva.

Título Original: I Vitelloni
Gênero: Drama
Origem/Ano: ITA/FRA/1953
Direção: Federico Fellini
Roteiro: Federico Fellini e Ennio Flaiano

Formato: rmvb
Áudio: Italiano
Legendas: Português
Duração: 102 min
Tamanho: 365 MB
Partes: 4
Servidor: Rapidshare

Créditos:RapaduraAzucarada - ZeQualquer

Elenco:
Franco Interlenghi...Moraldo Rubini
Alberto Sordi...Alberto
Franco Fabrizi...Fausto Moretti
Leopoldo Trieste...Leopoldo Vannucci
Riccardo Fellini...Riccardo
Leonora Ruffo...Sandra Rubini

Crítica:
Arrowhttp://www.cineinsite.com.br/filme/filme-critica.php?id_filme=295








Links:
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