sábado, 2 de junho de 2007

A Folha on line é uma piada...podre!!!

Reflexos do desespero

Marcelo Salles


Cai-me em mãos texto de divertida leitura, assinado pela editora da Folha Online. Divertido não pelo teor da análise, mas por saber que o prestigioso jornal concede cargos de chefia a jornalistas ignorantes. Para ela, "o fiasco da Guerra do Iraque faz do presidente dos EUA uma figura não muito querida". Não é guerra, é invasão; não é presidente, é terrorista; e o que dizer do trecho "figura não muito querida" a propósito de um genocida, enquanto refere-se a Fidel Castro como ditador? Desconhece a editora que Cuba é um país parlamentarista? Desconhece a editora que as eleições de Bush foram fraudadas? Quando fala sobre a RCTV, diz que Chávez "eliminou a única rede de TV crítica a seu governo com alcance nacional". E aquela história de que o leitor da Folha compra o jornal para ser bem informado? Assim não vai. Espera-se que os editores conheçam os assuntos sobre os quais escrevem. "Rede de TV crítica" guarda enorme distância de "Rede de TV golpista", onde até os programas de culinária recomendavam o assassinato do presidente. Mas no final do artiguete fica tudo mais claro, quando a editora da Folha Online diz: "o preço vai ser pago pela população venezuelana, que além da perda da informação crítica e de oposição ao governo, perdeu o final da novela 'Mi Prima Ciela', interrompida com o fim da RCTV". Que nível...

No embalo, seu colega Josias de Souza pergunta se Chávez é "tolo ou débil mental" e afirma: "tudo leva a crer que o caso é de esquizofrenia". Josias comentava a crítica de Chávez ao "apelo" aprovado pelo Senado brasileiro para que o governo venezuelano devolvesse a concessão à RCTV. Além disso, o colunista da Folha comentou uma votação na página da Embaixada da Venezuela: "À meia-noite e meia deste sábado, o resultado revelava que a grossa maioria dos que opinaram (59,48%) consideraram o ato de Chávez 'um atentado à liberdade de expressão'. Para 27,45% dos participantes da sondagem, a decisão do presidente venezuelano foi 'um ato de soberania'. Outros 11,11% classificaram a interrupção das transmissões da RCTV como 'expressão da vontade popular'. Só 1,96% cravaram a opção 'não sabe'".

Ou em duas horas aconteceu uma reviravolta na votação, ou então Josias errou os números (como costuma acontecer quando fala sobre Reforma Agrária). Seu comentário não informa o endereço da Embaixada da Venezuela, mas eu resolvi consultar o Google e dar uma olhada nessa votação. Achei o seguinte resultado, às 2h30: 51,06% acham que foi um ato de soberania do Estado; 9,04% dizem que foi a expressão da vontade popular; 39,36% acreditam se tratar de um atentado à liberdade de expressão e 0,53% não sabem.

E assim segue a mídia golpista. Quando omitir e distorcer a realidade já não bastam, passam à mentira pura e simples ou à desqualificação pessoal. Deve ser reflexo do desespero. Vai que o povo descobre que as concessões de radiodifusão não são eternas...

Fonte: Fazendo Média

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