Milhares de pessoas repudiaram hoje nesta capital a presença do presidente estadunidense, George W. Bush, bem como a ocupação do Iraque e o deslocamento de tropas estrangeiras para o Afeganistão.
As manifestações acontecem apesar das autoridades terem blindado a cidade durante a visita de Bush a este país, iniciada ontem à noite, com a mobilização de mais de 10 mil agentes e a vigilância do espaço aéreo através do vôo constante de helicópteros.
Uma das demonstrações, um multitudinário festival de música, foi convocado na Praça do Povo pelos partidos da base governamental Refundação Comunista e dos Comunistas Italianos, para condenar a ocupação do país árabe com o lema: Deter todas as guerras.
Paralelamente, uma manifestação de ativistas contra a globalização marchou pelo centro de Roma para denunciar a política bélica do governo estadunidense e criticar o executivo italiano por seu respaldo à mobilização de cerca de 2 mil soldados em solo afegão.
À manifestação, com cartazes de NÃO a Bush e Não à Guerra, se somaram dirigentes sindicais, políticos e parlamentares, muitos deles da coalizão oficial, bem como associações estudantis e agrupamentos de esquerda.
Anteriormente, o premiê Romano Prodi fez um chamado a seus titulares para que não participassem dos protestos.
As demonstrações se deram após as entrevistas de Bush com o presidente italiano, Giorgio Napolitano, com o Papa Bento XVI, no Vaticano, e com Prodi.
Dialogou com todos sobre os conflitos no Oriente Médio, as relações bilaterais e o auxílio ao combate da fome na África, entre outros temas de interesse mútuo.
Após o encontro com o Papa, a Santa Sede anunciou que o Sumo Pontífice advogou por uma solução negociada para os conflitos no Iraque, Israel-Palestina e no Líbano.
Bush chegou a esta cidade ontem à noite, como parte da visita que empreendeu na Europa, que já o levou à Polônia, à Alemanha - onde participou da reunião de cúpula do G-8 - e à Republica Tcheca.
A viagem se finalizará na próxima segunda-feira, na Bulgária, após visitar a Albânia.
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