domingo, 10 de fevereiro de 2008

Poeta...

Sou poeta dos trapos, dos cacos
Dos ratos, dos fatos
Poeta dos laços, dos maços
Dos ganhos, dos planos
Desses que só fala em anjos
Enganos, rodeios, sou amo
Porque não sou boêmio
Sou mudo, sou culto, impoluto
Em teu mundo sou eu insólito
Impróprio, profano, casto?
Talvez projeto, dejeto,
Protesto!
Sou eu infesto?
Ou mais um manifesto
De sentidos,
Delírios,
Resquícios?

Carlos Costa

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