quinta-feira, 20 de março de 2008

Camille Claudel

Em Paris, em 1885, a jovem escultora Camille Claudel entra em conflito com sua família burguesa e choca a sociedade ao tornar-se aprendiz, depois assistente e, finalmente, amante do famoso escultor Auguste Rodin, que era casado.
Depois de quinze anos de um relacionamento dramático com Rodin, Camille rompe com ele, mas mergulha na solidão e na loucura, tendo que ser internada num manicômio em 1912, por seu irmão mais novo, o escritor Paul Claudel.

Créditos:makingoff - cabelinho
Gênero: Drama
Diretor: Bruno Nuytten
Duração: 175 minutos
País de Origem: França
Idioma do Áudio: Francês
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0094828/

Qualidade de Vídeo:
DVD Rip
Vídeo Codec: DivX 3 Low
Vídeo Bitrate: 1.199,83 Kbps
Áudio Codec: MPEG1/2 L3 48 KHz
Áudio Bitrate: 142,63 Kbps
Resolução: 640 x 272
Aspect Ratio: 2.353
Formato de Tela: Outros
Frame Rate: 23.976 FPS
Tamanho: 1,36 Gb
Legendas: No torrent

1990 (EUA)

* Indicado nas categorias de melhor atriz (Isabelle Adjani) e melhor filme estrangeiro.


Festival de Berlim 1989 (Alemanha)

* Recebeu o Urso de Prata na categoria de melhor atriz (Isabelle Adjani).
* Indicado ao Urso de Ouro.


Prêmio César 1989 (França)

* Venceu nas categorias de melhor atriz (Isabelle Adjani), melhor fotografia, melhor figurino, melhor montagem, melhor filme, melhor trilha sonora original e melhor desenho de produção.
* Indicado nas categorias de melhor ator (Gérard Depardieu), melhor primeiro trabalho, melhor som, melhor ator coadjuvante (Alain Cuny) e melhor atr promissor masculino (Laurent Grévill).


Globo de Ouro 1990 (EUA)

* Indicadpo na categoria de melhor filme estrangeiro.

Camille Claudel (Fère-en-Tardenois, Aisne, 8 de dezembro de 1864 — Paris, 19 de outubro de 1943) foi uma escultora francesa.

Filha de Louis-Prosper Claudel, hipotecário e Louise-Athanaïse Claudel, Camille Claudel passa sua infância em Villeneuve-sur-Fère, morando em um presbitério que seu avô materno, doutor Athanase Cerveaux, havia adquirido. Primeira a ser gerada pelo casal, quatro anos mais velha que Paul Claudel, ela impõe a este, assim como a sua irmã caçula Louise, sua forte personalidade. Segundo Paul, tendo declarado seu desejo de ser escultora, Camille previu também que ele se tornaria escritor e Louise musicista.

Seu pai, maravilhado com o seu estupendo e precoce talento de Camille que, ainda criança, produziu esculturas de ossos e esqueletos com impressionante verossimilhança, oferta-lhe todos os meios de desenvolver suas potencialidades. Sua mãe, por outro lado, não vê com bons olhos, colocando-se sempre contra a todo aquele empreendimento, reagindo muitas vezes violentamente no sentido de reprovar a filha que traz incômodos e custos excessivos para a manutenção de seu “capricho”.

Em 1881, parte para Paris e ingressa na Academia Colarossi, tendo por mestre primeiramente Alfred Boucher e depois Auguste Rodin. É desta época que datam suas primeiras obras que nos são conhecidas: A Velha Helena (La Vieille Hélène — coleção particular) ou Paul aos treze anos [1] (Paul à treize ans — Châteauroux). Rodin, impressionado pela solidez de seu trabalho, admite-a como aprendiz de seu ateliê da rua da Universidade em 1885 e é nesse momento que ela colaborará na execução das Portas do Inferno (Les Portes de l'Enfer) e do monumento Os Burgueses de Calais (Les Bourgeois de Calais).

Tendo deixado sua família pelo amor de Rodin, ela trabalha vários anos a serviço de seu mestre e mantendo-se à custa de sua própria criação. Por vezes, a obra de um e de outro são tão próximas que não se sabe qual obra do mestre ou da aluna inspirou um ou copiou o outro. Além disso, Camille Claudel enfrenta muito rapidamente duas grandes dificuldades: de um lado, Rodin não consegue decidir-se em deixar Rose Beuret, sua companheira devotada desde os primeiros anos difíceis, e de outro lado, alguns afirmam que suas obras seriam executadas por seu próprio mestre. Assim sendo, Camille tentará se distanciar, percebendo-se muito claramente essa tentativa de autonomia em sua obra (1880-94), tanto na escolha dos temas como no tratamento: A Valsa [2](La Valse — Museu Rodin) ou A Pequena Castelã [3] (La Petite Châtelaine, Museu Rodin). Esse distanciamento segue até o rompimento definitivo em 1898. A ruptura é marcada e contada pela famosa obra de título preciso: A Idade Madura [4] (L’Age Mûr – Museu d'Orsay).

Ferida e desorientada, Camille Claudel nutre então por Rodin um amor-ódio que a levará à paranóia. Ela instala-se então no número 19 do quai Bourbon e continua sua busca artística em grande solidão apesar do apoio de críticos como Octave Mirbeau, Mathias Morhardt, Louis Vauxcelles e do fundidor Eugène Blot. Este último organiza duas grandes exposições, esperando o reconhecimento e assim um benefício sentimental e financeiro para Camille Claudel. Suas exposições têm grande sucesso de crítica, mas Camille já está doente demais para se reconfortar com os elogios.

Depois de 1905, os períodos paranóicos de Camille multiplicam-se e acentuam-se. Ela crê em seus delírios que Rodin está apoderando de suas obras para moldá-las e expô-las como suas, que também o inspetor do Ministério das Belas-Artes está em conluio com Rodin, e que desconhecidos querem entrar em sua casa para lhe furtar as obras. Ela vive então em um grande abatimento físico e psicológico, não se alimentando mais e desconfiando de todos.

Seu pai, seu porto-seguro, morre em 3 de março de 1913. Em seguida, em 10 de março, ela é internada no manicômio de Ville-Evrard. A eclosão da Primeira Guerra Mundial levou-a a ser transferida para Villeneuve-lès-Avignon onde morre, após trinta anos de internação, em 19 de outubro de 1943, aos 79 anos incompletos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Camille_Claudel

A escultura do mundo moderno começa em Rodin? Quem foi Camille Claudel?
O filme Camille Claudel (França, 1988 - California Filmes) é um drama biográfico da escultora. Direção de Bruno Nuytten, com Isabelle Adjani, como Camille e Gérard Depardieu, como Rodin.

A maior divulgadora de Camille – sua sobrinha-neta Reine-Marie Paris de La Chapelle, professora e historiadora da arte, fez a direção de arte do filme de Bruno Nuytten. Reine-Marie dedicou-se, desde os 20 anos, a colecionar e resgatar a obra de Camille, reunindo um acervo de mais de 70 peças. Foi quem publicou o primeiro catálogo raisonné (completo) das obras, editado em 1990 e ampliado dez anos depois.

Sinopse
Paris, 1885. A determinada e jovem escultora Camille Claudel, com sua forte personalidade e seu gênio criativo, entra em conflito com sua família burguesa ao tornar-se aprendiz e, posteriormente, assistente do famoso escultor Auguste Rodin. Mais que isso, vai torna-se amante do mestre, mantendo um romance que perdurará por 15 anos, fazendo com que caia em desgraça junto à sociedade parisiense, mesmo sob a estimada consideração de amigos influentes como o compositor Claude Debussy.
Após romper o romance com Rodin, Camille mergulha, por muito tempo, em frenético trabalho, em solidão e dor. A relação, da qual não conseguiu se desvencilhar, passou a consumir sua vitalidade, forças e sua lucidez. Suas alterações emocionais e sentimentos paranóicos fizeram com que seu irmão, o então reconhecido escritor Paul Claudel, a internasseem um manicômio, no ano de 1912. Morreu em 1943, sem nunca ter recebido a visita de sua mãe.
A força e a grandiosidade do trabalho de Camille esteve, por todo o tempo, sob a sombra de Rodin e seu irmão Paul Claudel. Além disso, não é difícil perceber que questões intolerantes de gênero - e um "sem fim" de preconceitos contra as mulheres e, particularmente, contra mulheres artistas – dedicaram a ela posição e papel secundários no cenário das artes, só desmascarados com o tempo.

Camille Claudel, certamente, como mulher e artista pioneira, ultrapassou a compreensão de sua época. Além de abrir caminho para outras escultoras de seu tempo.

http://yedaarouche.arteblog.com.br/r241/Hist-Arte/

Coopere, deixe semeando ao menos duas vezes o tamanho do arquivo que baixar.

Download abaixo:
Arquivo anexado Camille.Claudel.1988.DVDRip.DivX.torrent





2 comentários:

Anônimo disse...

Trabalho com as obras de Camile há 28 anos.Sou psicóloga e realizo debate s com alunos nas Universidades , na psiquiatria e com os pacientes.No momento estou realizando um debate no dia 8 de março ,com exposição de réplicas de Camille e também uma montagem teatral, além da exposição do filme.Conta com a sua colaboração.malucarvalho@hotmail.com...62 81178605.abs

Anônimo disse...

CAMILLE
( para Camille Claudel)

Minha poesia chora o silêncio da sua ausência.
Ela é quase nada diante da sua essência
e dos amargos anos de paixão, solidão e loucura
(decrépita tecelã da vida) que só se vê,
quando a noite é muito escura.

Sua ferida incurável não tinha ponteiro
que indicasse o grau de seu desespero
e a trajetória do véu do fronteiriço.
Entre o abismo e o paraíso
ficou no fio de algum lugar.

Irremediável sua chaga,
ninguém defendeu sua causa.
Não havia remédio para essa úlcera.
Seu amante lhe esqueceu,
seus parentes lhe abandonaram.

Em seu exílio, gemia de dores e espasmos.
Engaiolaram seus vôos.
Mas impossível foi proibir-lhe
qualquer expressão maior
de arte e desejo.

Quando em sua arte me deleito,
desnudo talvez, o que preferia esconder.
Minhas mãos tateiam
a forma e a beleza de suas esculturas.
Exculpo seu corpo fraco e apagado
na precisão de uma estátua perfeita.

Minhas estátuas não são de mentiras.
Seu espírito está dentro delas.
Como posso compreender suas formas secretas,
e traduzir o sentido exato e oculto
dos seus pensamentos que criaram
a perfeição de cada estátua?

Mas, por momentos mágicos do tempo,
permaneço atenta aos gestos doces
que sua marreta pulverizou cada pedra;
que sua insânia expressou nas formas
do frio bronze de sua dor permanente.

Eternizada na dureza do mármore,
por você foi moldada com sabor de sangue.
Agora, congelada num interminável tempo,
seu relógio não volta a andar, minha irmã.

No entanto, percebo a cada manhã,
o ruído indiscreto do meu relógio a parar.
O mundo inteiro arde nesta tarde, Camille,
mas eu simplesmente prefiro,
contemplar sua arte que nutre meu espírito
e repercute no céu de minhas nuvens.

Pedras partidas...
em pó e cinzas consome-se a vida, querida.
Porém, com cuidado, recolho todos os cacos
e guardo-os no bolso do casaco,
à espera de outro tempo.

Regina Rousseau