Um dos aspectos mais significativos do ato público contra o governo Yeda Crusius (PSDB), realizado na manhã desta quinta-feira (19), em frente ao Palácio Piratini, foi a unidade entre forças da esquerda gaúcha que há muito tempo não se juntavam. Uma unidade pontual, sem dúvida, mas uma unidade. Lá estavam representantes do MST, da Via Campesina, do Movimento dos Atingidos por Barragens, do Movimento dos Sem-Teto, da União Estadual dos Estudantes, da União Nacional dos Estudantes, da CUT, da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), do PT, do P-Sol, do PSTU, do PcdoB, entre outras organizações. Todas unidas em torno de um ponto em comum: o repúdio ao governo tucano no Rio Grande do Sul. Representantes de movimentos sociais, sindicatos, estudantes e partidos prometeram manter e intensificar essa unidade em torno de uma bandeira: o Fora Yeda! Cerca de 60 policiais fizeram a segurança na frente do Palácio. Nas proximidades da sede do governo, podia-se ver também integrantes da força de choque da Brigada Militar. Não houve nenhum incidente, apesar dos esforços do comandante geral da Brigada Militar, coronel Paulo Roberto Mendes, em provocar os manifestantes. Em um determinado momento do protesto, ele desfilou em frente ao Piratini e chegou a fazer gestos com as mãos para alguns manifestantes, que gritaram: “Fascista, fascista”. Os gritos e discursos mais indignados com a atuação de Mendes partiram dos representantes dos movimentos sociais. O vice-governador Paulo Feijó (DEM) também foi objeto de muitas críticas. Uma das palavras de ordem mais usadas, o “Fora Yeda!”, ganhou o acréscimo de “Fora Feijó!”, com a defesa da realização de novas eleições no Estado.
Fotos: Daniel Cassol
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