O relatório 2008 da ONU sobre a cocaína
Dados do UNODC sobre apreensões individuais de drogas mostram
que, de um número total de apreensões de cocaína realizadas na Europa em
2007 (em que a origem da remessa foi identificada), 22% haviam sido
contrabandeados via África para a Europa. As cifras mostram que o
contrabando da droga à Europa via África aumentou consideravelmente nos
últimos três anos, com registros de 12% em 2006 e 5% em 2004. Grupos
criminosos da África Ocidental continuam a dominar o tráfico no varejo
em diversos países europeus. O país mencionado com mais freqüência como
origem da cocaína traficada para a África é a Colômbia, seguida do
Peru. Em relação às apreensões de cocaína realizadas na África, o país
de trânsito mais importante é o Brasil, seguido da Venezuela. (p. 79)
Com base nas apreensões individuais
reportadas ao UNODC, a maior parte da cocaína interceptada na Europa em
2006 partiu dos seguintes países: Venezuela (36% das apreensões),
seguida da Colômbia (17%), República Dominicana (5%), Brasil (3%),
Equador (3%), Argentina (3%) e Peru (3%). O ranking de 2007 também
começou com apreensões que partiram da Venezuela (44%), seguida do
Panamá (11%), Colômbia (5%), República Dominicana (4%), Peru (4%),
Brasil (2%), Argentina (2%), Bolívia (1%), México (1%) e Costa Rica
(1%). (p. 77)
Registros de carregamentos de cocaína especificamente destinados à
Espanha mostram que a droga saiu da América do Sul principalmente pela
Venezuela (31% das apreensões), seguido da República Dominicana (8%),
Equador (6%), Brasil (5%), Argentina (5%) e Colômbia (4%). Traficantes
de drogas de origem colombiana dominam as operações de tráfico.
Integrantes destes grupos também representam o maior número de prisões
de estrangeiros na Espanha (23% em 2006), à frente dos grupos do
Marrocos (11%) e de grupos da República Dominicana (6%), Romênia (3%),
Reino Unido (2%), Portugal (2%) e Itália (2%).
(p. 78)
As apreensões de cocaína em Portugal basicamente dobraram em 2004, em
2005 e em 2006 (de 3 t em 2003, para 7 t em 2004, 18 t em 2005 e 35 t
em 2006). Grandes apreensões realizadas pelas autoridades de Portugal
estão principalmente ligadas à importância da África Ocidental,
inclusive países de língua portuguesa, como Cabo Verde e Guiné Bissau. A
cocaína é contrabandeada da região andina, freqüentemente passando
pela Venezuela, Brasil e outros países do Oeste África para chegar à
Europa.
Os estrangeiros detidos em Portugal por tráfico de cocaína em 2006
eram principalmente de Cabo Verde (19%), Venezuela (14%), Brasil (13%),
Guiné Bissau (5%), bem como Angola (1%) e São Tomé e Príncipe (1%). Além
disso, traficantes europeus foram detidos na tentativa de contrabandear
cocaína de Portugal para outros países. Entre estes estão cidadãos da
Espanha (13%) e dos Países Baixos (Holanda) (6%). Apreensões individuais
relatadas por Portugal ao UNODC em 2007 sugerem que 99% dos
carregamentos de cocaína para Portugal transitaram por águas africanas. A
maior parte teve origem no Senegal e Guiné Bissau, em 2007.
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