Gilvan Rocha no Correio da Cidadania | |
Sucedem-se a cada dia, a cada hora, a cada minuto, os testemunhos mais
eloqüentes do caráter fascista do fundamentalismo islâmico. País como o
Irã, onde se estabeleceu uma teocracia fundamentalista, pratica odientos
crimes, levando a prisões, torturas e à forca seus dissidentes;
praticando barbaridades como a sentença de apedrejamento a uma jovem
acusada de adultério; perseguindo e assassinando pessoas pelo pretenso
crime de práticas homossexuais. Suprimindo, assim, toda e qualquer forma
de liberdade.
Não bastasse a república teocrática do Irã revelar o seu fascismo, temos
o Talibã praticando barbaridades, como a amputação do nariz e das
orelhas de uma jovem para puni-la por algum comportamento revelador de
inconformismo. Mais recentemente, uma força militar do Talibã executou
uma dezena de cidadãos americanos que participava de uma missão pacífica
de socorro aos enfermos, sob o argumento de que eles portavam bíblias
em uma língua paquistanesa e que isso revelava propósitos doutrinadores
conflitantes com os credos islâmicos. A Síria é outro país que, sob a
égide do fundamentalismo islâmico, pratica o mais cruel totalitarismo.
Diante desse cenário, não se ouve com freqüência nenhum protesto de
nossa esquerda convencional. Ela não se escandaliza com tais
barbaridades, isso porque os fundamentalistas, por razões profundamente
obscuras, são possuídos de um grau intenso de raivosidade em relação aos
norte-americanos. E a esquerda convencional, no seu obtuso
anti-americanismo, vê com simpatia tudo que se opõe ao "império do
norte", mesmo que tal oposição represente o que de mais bárbaro se pode
ter neste momento histórico.
Uma esquerda de verdade será, por definição, anti-capitalista. Porém, a
esquerda convencional há muito se demitiu da luta anticapitalista para
assumir posições estritamente social-patriotas, tendo como alvo maior o
imperialismo norte-americano, e passando ao largo do imperialismo na sua
feição inglesa, francesa, japonesa, alemã, belga ou canadense. O que é
uma completa distorção.
Gilvan Rocha é presidente do Centro de Atividades e Estudos Políticos – CAEP.
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Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Islamismo fascista
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