quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Islamismo fascista

  Gilvan Rocha no Correio da Cidadania   
 
Sucedem-se a cada dia, a cada hora, a cada minuto, os testemunhos mais eloqüentes do caráter fascista do fundamentalismo islâmico. País como o Irã, onde se estabeleceu uma teocracia fundamentalista, pratica odientos crimes, levando a prisões, torturas e à forca seus dissidentes; praticando barbaridades como a sentença de apedrejamento a uma jovem acusada de adultério; perseguindo e assassinando pessoas pelo pretenso crime de práticas homossexuais. Suprimindo, assim, toda e qualquer forma de liberdade.
 
Não bastasse a república teocrática do Irã revelar o seu fascismo, temos o Talibã praticando barbaridades, como a amputação do nariz e das orelhas de uma jovem para puni-la por algum comportamento revelador de inconformismo. Mais recentemente, uma força militar do Talibã executou uma dezena de cidadãos americanos que participava de uma missão pacífica de socorro aos enfermos, sob o argumento de que eles portavam bíblias em uma língua paquistanesa e que isso revelava propósitos doutrinadores conflitantes com os credos islâmicos. A Síria é outro país que, sob a égide do fundamentalismo islâmico, pratica o mais cruel totalitarismo.
 
Diante desse cenário, não se ouve com freqüência nenhum protesto de nossa esquerda convencional. Ela não se escandaliza com tais barbaridades, isso porque os fundamentalistas, por razões profundamente obscuras, são possuídos de um grau intenso de raivosidade em relação aos norte-americanos. E a esquerda convencional, no seu obtuso anti-americanismo, vê com simpatia tudo que se opõe ao "império do norte", mesmo que tal oposição represente o que de mais bárbaro se pode ter neste momento histórico.
 
Uma esquerda de verdade será, por definição, anti-capitalista. Porém, a esquerda convencional há muito se demitiu da luta anticapitalista para assumir posições estritamente social-patriotas, tendo como alvo maior o imperialismo norte-americano, e passando ao largo do imperialismo na sua feição inglesa, francesa, japonesa, alemã, belga ou canadense. O que é uma completa distorção.
 
Gilvan Rocha é presidente do Centro de Atividades e Estudos Políticos – CAEP.

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