Na decisão tomada no dia 28 de Julho,
aprovaram-se seis novas variedades de milho híbrido que vão ser
comercializadas na União Europeia. As espécies híbridas vêm quase todas
dos Estados Unidos.
As espécies
híbridas vêm quase todas dos Estados Unidos: três variedades da empresa
Pioneer, duas da Monsanto e uma dos suíços da Syngenta.
Argumentando que de trata de um questão de necessidade, a União
Europeia (UE) autorizou, no passado dia 28 de Julho, a importação de
mais seis variedades de milho geneticamente modificado, destinados à
alimentação animal e humana, sem que os Estados membros fossem ouvidos.
As espécies híbridas vêm quase todas dos Estados Unidos: três
variedades da empresa Pioneer, duas da Monsanto e uma dos suíços da
Syngenta.
O milho convencional passa a vir misturado com o híbrido, uma vez que
nos EUA não se faz a distinção entre os dois - há 55 variedades de
organismos geneticamente modificados (OGM) autorizadas naquele país.
"Portugal tem defendido que devem ser as autoridades nacionais de cada
Estado membro a decidir sobre o cultivo no seu território nacional de
organismos geneticamente modificados. Devem ser avaliadas as opções que
permitam garantir a transparência dos processos de tomada de decisão,
restaurando a confiança dos cidadãos e, acima de tudo, a salvaguarda das
especificidades de cada território", comentou ao Diário de Notícias
(DN) o gabinete de imprensa do Ministério do Ambiente.
Mas há quem defenda, sem mais, que a UE não tinha outra opção senão
aceitar a comercialização destes OGM. "A UE não tinha outro remédio. A
alternativa era ficarmos sem matéria-prima, uma vez que na Europa não se
produz milho suficiente para a alimentação", defende Pedro Fevereiro,
do Centro de Investigação de Biotecnologia.
No entanto, segundo Gualter Baptista, do Grupo de Acção e Intervenção
Ambiental (GAIA), esta afirmação é falsa e não justifica a atitude da
UE. "Não é verdade que não haja milho e soja sem transgénicos em
quantidade. Depende das épocas de cultivo e por isso, por vezes, há
falta destes produtos", comentou o activista.
Para o ambientalista, há uma "dependência" do milho americano. "Esta é
uma decisão que vai contra a vontade dos europeus. Há dois anos houve
uma petição exigindo que os animais alimentados com produtos OGM fossem
rotulados, para dar a oportunidade ao consumidor de decidir aquilo que
quer comer", disse em declarações ao DN. Esta é uma opinião subscrita
pelo Ministério do Ambiente, que defende que "a aceitação por parte das
populações devem ser tidas em conta".
Fonte: EsquerdaNet
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