sábado, 11 de setembro de 2010

Defende Fidel Castro a paz sem renunciar a princípios justos

Imagen de muestraPrensa Latina- Defender a paz não significa para um verdadeiro revolucionário renunciar aos princípios de justiça, sem os quais a vida humana e a sociedade careceriam de sentido, destacou o líder da Revolução cubana, Fidel Castro.

  Em uma mensagem lida por ele durante a apresentação de seu livro A contra-ofensiva Estratégica, na Aula Magna da Universidade de Havana, Fidel Castro reiterou que sempre condenou o holocausto.

Reforçou que em suas reflexões "O discurso de Obama no Cairo", "O golpe arteiro à espreita" e "A opinião de um especialista", expõe com toda clareza esta posição.

Assinalou que se pode deduzir a grande confusão existente no mundo a partir dos critérios de muitos amigos árabes que ao escutar sua entrevista com o jornalista estadunidense Jeffrey Goldberg, lhe enviaram mensagens assinalando ao repórter como "o maior defensor do sionismo".

Nunca fui inimigo do povo hebreu, admiro sua capacidade de resistir durante dois mil anos a dispersão e a perseguição, sublinhou o líder revolucionário.

Muitos dos mais brilhantes talentos, Karl Marx e Albert Einstein, foram judeus, porque é uma nação na qual os mais inteligentes sobreviviam, em virtude de uma lei natural, acrescentou.

Fidel Castro comentou que em Cuba e no mundo, foram perseguidos e caluniados; mas "isto é só um fragmento das idéias que defendo".

Os muçulmanos, continuou, durante bastante mais de 12 séculos, foram atacados e perseguidos pelos cristãos europeus, devido a suas crenças, como o tinham sido os primeiros cristãos na Roma antiga antes de se converter na religião oficial daquele império.

Enfatizou que a história deve ser admitida e recordada tal como é, com suas trágicas realidades e suas ferozes guerras, e por isso, explica os perigos que hoje corre a humanidade.

Se a isso lhe acrescentasse uma guerra com o Irã, ainda que fosse de caráter convencional, mais valeria que os Estados Unidos apagassem a luz e se despedissem. Como poderia resistir uma guerra contra 1,5 bilhão de muçulmanos?, perguntou Fidel Castro.

Todos os povos têm direito à paz e ao desfrute dos bens e recursos naturais do planeta, considerou.

Apontou que é uma vergonha o que está sucedendo com a população em muitos países da África, onde se vêem milhões de crianças, mulheres e homens esqueléticos entre seus habitantes por causa da falta de alimentos, água e medicamentos.

São espantosas, reforçou, as notícias gráficas que chegam do Oriente Médio, onde os palestinos são privados de suas terras, suas casas demolidas por monstruosas equipes, e homens, mulheres e crianças bombardeados com fósforo branco e outros meios de extermínio.

Também qualificou de dantescas as cenas de famílias exterminadas pelas bombas lançadas sobre os povoados afegãos e paquistaneses, por aviões sem pilotos, e os iraquianos, que morrem após anos de guerra, e mais de um milhão de vidas sacrificadas nessa contenda imposta por um presidente dos Estados Unidos.

O pior que podia se esperar eram as notícias da expulsão dos ciganos franceses, vítimas da crueldade da extrema direita francesa, que eleva já a sete mil deles, as vítimas de outra espécie de holocausto racial, manifestou.





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