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Karol Assunção * Adital
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assinou, na noite de ontem (4), o
decreto de expropriação da empresa Agroisleña. De acordo com o governo,
a intenção é aumentar a produção da companhia agrícola e incentivar o
desenvolvimento agrícola do país.
Durante entrevista por telefone ao canal de televisão Venezolana,
Chávez disse que firmou o decreto porque a companhia agrícola de capital
espanhol era um oligopólio, situação proibida pela Constituição da
República. O decreto deve entrar em vigor após a publicação em Diário
Oficial, previsto para sair ainda hoje (5).
De acordo com informações de Telesur, a transnacional possuía oito depósitos e 64 sucursais dedicadas a comercializar 84 produtos agrícolas em todo o país. A agência de notícias revela que a empresa monopolizava ureia e sementes registradas.
Os problemas gerados pela Agroisleña, porém, não se resumiam apenas à centralização dos produtos. Venda indiscriminada de fertilizantes tóxicos ao meio ambiente e aumento irracional dos preços de produtos agrícolas também estavam na lista de irregularidades da companhia. "Considerando a especulação como prática capitalista na venda de fertilizantes por parte do grupo Agroisleña C.A, e apesar de o Estado venezuelano investir ingentes quantidades de dinheiro no subsídio, estes (fertilizantes) terminam com um aumento de 250% em cima do valor sugerido, causando aumento nos custos de produção que se trasladam ao consumidor final, encarecendo os preços dos alimentos", destacou o mandatário venezuelano.
Em relação à expropriação, Chávez ainda afirmou que pagará o custo total das instalações e dos bens da empresa e que respeitará todos os direitos e garantias dos trabalhadores da Agroisleñas. De acordo com ele, "nenhum trabalhador ou operário das empresas recuperadas pelo Estado foi despedido, ao contrário de suas reivindicações trabalhistas e salariais foram melhoradas em 100 por cento".
Medida agrada a camponeses
A decisão de Hugo Chávez foi apoiada tanto por pequenos e médios agricultores rurais quanto por profissionais da área agrícola. Isso porque, além de expropriar a empresa - considerada por eles como uma das mais contaminantes da América Latina -, o mandatário venezuelano ainda recuperará as terras até então pertencentes à companhia e baixará os custos de produção agropecuária a fim de garantir a soberania alimentar e de transformar o país em uma potência agrícola.
"Consideramos que a medida é transcendental na sociedade venezuelana, ademais de buscar processos de transformação que tratem de superar todas as deficiências administrativas, financeiras em termos de administração de insumos", afirmou Miguel Ángel Núñez, integrante do Instituto de Produção e Investigação de Agricultura Tropical, em entrevista à Telesur.
Agroisleña rejeita expropriação
Se de um lado estão os produtores rurais contentes com o decreto do presidente venezuelano, do outro está a empresa agrícola nada feliz com a medida de Chávez. Em comunicado, Agroisleña recusa a atitude do mandatário da Venezuela e pede que a decisão seja reconsiderada.
"A empresa rejeita absoluta e categoricamente uma medida de expropriação que acabaria na prática com nosso apoio constante à produção agrícola e à segurança alimentar", justificou, solicitando ainda do mandatário mais tempo para conhecer as atividades da companhia.
Com informações de Telesur, AFP e AVN.
De acordo com informações de Telesur, a transnacional possuía oito depósitos e 64 sucursais dedicadas a comercializar 84 produtos agrícolas em todo o país. A agência de notícias revela que a empresa monopolizava ureia e sementes registradas.
Os problemas gerados pela Agroisleña, porém, não se resumiam apenas à centralização dos produtos. Venda indiscriminada de fertilizantes tóxicos ao meio ambiente e aumento irracional dos preços de produtos agrícolas também estavam na lista de irregularidades da companhia. "Considerando a especulação como prática capitalista na venda de fertilizantes por parte do grupo Agroisleña C.A, e apesar de o Estado venezuelano investir ingentes quantidades de dinheiro no subsídio, estes (fertilizantes) terminam com um aumento de 250% em cima do valor sugerido, causando aumento nos custos de produção que se trasladam ao consumidor final, encarecendo os preços dos alimentos", destacou o mandatário venezuelano.
Em relação à expropriação, Chávez ainda afirmou que pagará o custo total das instalações e dos bens da empresa e que respeitará todos os direitos e garantias dos trabalhadores da Agroisleñas. De acordo com ele, "nenhum trabalhador ou operário das empresas recuperadas pelo Estado foi despedido, ao contrário de suas reivindicações trabalhistas e salariais foram melhoradas em 100 por cento".
Medida agrada a camponeses
A decisão de Hugo Chávez foi apoiada tanto por pequenos e médios agricultores rurais quanto por profissionais da área agrícola. Isso porque, além de expropriar a empresa - considerada por eles como uma das mais contaminantes da América Latina -, o mandatário venezuelano ainda recuperará as terras até então pertencentes à companhia e baixará os custos de produção agropecuária a fim de garantir a soberania alimentar e de transformar o país em uma potência agrícola.
"Consideramos que a medida é transcendental na sociedade venezuelana, ademais de buscar processos de transformação que tratem de superar todas as deficiências administrativas, financeiras em termos de administração de insumos", afirmou Miguel Ángel Núñez, integrante do Instituto de Produção e Investigação de Agricultura Tropical, em entrevista à Telesur.
Agroisleña rejeita expropriação
Se de um lado estão os produtores rurais contentes com o decreto do presidente venezuelano, do outro está a empresa agrícola nada feliz com a medida de Chávez. Em comunicado, Agroisleña recusa a atitude do mandatário da Venezuela e pede que a decisão seja reconsiderada.
"A empresa rejeita absoluta e categoricamente uma medida de expropriação que acabaria na prática com nosso apoio constante à produção agrícola e à segurança alimentar", justificou, solicitando ainda do mandatário mais tempo para conhecer as atividades da companhia.
Com informações de Telesur, AFP e AVN.
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