domingo, 31 de outubro de 2010

Tendências da Barbárie e Perspectivas do Socialismo

James Petras*
 
 James Petras
Introdução
As sociedades e Estados ocidentais caminham inexoravelmente para condições que aparentam barbárie; acontecem mudanças estruturais que invertem décadas de benefícios sociais e submetem os trabalhadores, recursos naturais e a riqueza das nações à exploração, pilhagem e roubo, baixando o nível de vida e criando patamares de descontentamento sem precedentes.
A barbárie torna-se mais evidente nas guerras genocidas, organizadas e dirigidas pelos EUA e pela Europa Ocidental. A destruição imperial de sociedades inteiras é acompanhada pela desarticulação, assassínios e exílio do actual núcleo científico secular e artístico da sociedade iraquiana e pelo fomento de conflitos étnico-religiosos retrógrados e sátrapas. A barbárie imperial manifesta-se na aplicação sistemática de castigos cruéis e pouco habituais, torturas sancionadas pelo governo e assassinatos transfronteiras fazendo parte da política de Estado. O imperialismo bárbaro é conduzido pelos militaristas e sionistas que tentam destruir os adversários, as suas economias e sociedades, em contraste com os imperialistas tradicionais que procuram controlar e explorar os recursos e os trabalhadores especializados. As práticas barbáricas são o resultado dos formuladores das políticas e os seus assessores infiltrados em instituições barbáricas: médicos e psicólogos aconselham e participam nas torturas; académicos propagam doutrinas («guerras justas») que defendem guerras bárbaras; responsáveis militares projectam e praticam crimes contra a humanidade para garantir promoções, salários maiores e pensões lucrativas. Os grandes meios de comunicação social transmitem os eufemismos triunfalistas oficiais apoiando os deslocamentos em massa das populações, atribuindo crimes de guerra às vítimas e aplaudindo os carrascos. Em suma, a barbárie começa com a elite urbana e filtra até ao trabalhador manual provinciano.
Vamos continuar definindo os processos económicos, políticos e militares que impulsionam o processo de declínio e decomposição e seguir com um relato da resposta popular das massas às suas condições em deterioração. As profundas mudanças estruturais que acompanham o crescimento da barbárie tornam-se a base para analisar as perspectivas do socialismo no século XXI.

A Onda Crescente da Barbárie

Na sociedade antiga a «barbárie» e os seus portadores, «os bárbaros», foram encarados como ameaças de invasores exteriores de regiões afastadas que desciam sobre Roma e Atenas. Nas sociedades ocidentais contemporâneas, os bárbaros vieram de dentro, da elite da sociedade, apostados em impor uma nova ordem que destrói o tecido social e a base produtiva da sociedade, transformando meios de vida estáveis num dia a dia inseguro e em deterioração.
A chave para a barbárie contemporânea encontra-se nas profundas estruturas do Estado e da economia. Elas incluem:
1. A ascendência de uma elite financeira e especulativa que pilhou biliões de dólares dos aforristas, investidores, pessoas com hipotecas, consumidores e Estados, sugando enormes recursos da economia produtiva para uma elite parasitária infiltrada dentro do Estado e numa economia de papel.
2. Uma elite política militarista que se encontra num estado de guerra permanente desde os meados do século passado. Guerras intermináveis, assassínios transfronteiras, terrorismo de Estado, suspensão das garantias tradicionais levaram a uma concentração de poderes ditatoriais, prisões arbitrárias, torturas e negação de habeas corpus.
3. No meio de uma profunda recessão económica, grandes gastos do Estado na construção de um império económico e militar à custa da economia interna e o nível de vida reflectem a subordinação da economia local às actividades do Estado imperial.
4. Crimes e corrupção ao mais alto nível, em todas as esferas da actividade do Estado e negócios – desde as compras do Estado às privatizações, aos subsídios para os super-ricos – estimulam o crescimento do crime internacional de cima para baixo, a lumpenização da classe capitalista e um Estado onde a lei e ordem caíram em desgraça.
5. Como resultado dos grandes custos de construção do império e da pilhagem pela oligarquia financeira, o peso socio-económico recaiu em cheio sobre os ombros dos salários e trabalhadores assalariados, pensionistas e trabalhadores por conta própria, criando um abaixamento da mobilidade a longo prazo e em larga escala. Com a perda de empregos e a perda de empregos bem remunerados, a execução de hipotecas dispara em flecha e a classe média estável e trabalhadora encolhe e é obrigada a aumentar as suas horas e anos de trabalho.
6. À medida que as guerras imperiais se espalham pelo mundo atingindo populações inteiras, com bombardeamentos continuados e operações de terror clandestinas, geram-se redes de terroristas opositoras que também atingem civis nos mercados, nos transportes e nos espaços públicos. O mundo parece um mundo Hobbesiano, sem regras, de «todos contra todos».
Na realidade, o «mundo occidental» (EUA/UE/NATO/Israel e seus satélites) estão empenhados numa «guerra total» contra os povos do mundo, que resistem a submissão imperialista e sionista. A «guerra total» tal como é praticada pelo Ocidente, significa que
(a) não existe distinção entre alvos militares e civis – todos são sempre considerados dignos de destruição. Num sentido perverso de ironia totalitária, ao bombardear os civis, os poderes imperiais transformam uma guerra de guerrilha numa «guerra popular»: guerras totais unem comunidades, famílias, clãs aos lutadores da resistência.
(b) As guerras totais utilizam todos os meios para aniquilar o inimigo – armas de envenenamento em massa (urânio enfraquecido), esquadrões de morte, execuções sumárias, bombardeamento indiscriminado de aldeias com drones teleguiados, prisões em massa de homens adultos nas regiões de grande conflito. Como resultado da «guerra total» imperial como padrão de conflito, a oposição replica, atingindo civis, incluindo professores, médicos e tradutores utilizados pelas agências internacionais.
7. O crescente extremismo étnico-religioso ligado ao militarismo existe entre os cristãos, judeus, muçulmanos, hindus, substituindo a solidariedade internacional de classe por doutrinas de supremacia racial e penetrando com profundidade as estruturas do Estado e da sociedade,
Um dos mais flagrantes resultados do período pós 2ª Guerra Mundial tem sido a influência sem precedentes da configuração do poder Judaico-Sionista e o seu papel central dentro do Estado imperial dos EUA, juntando as bárbaras práticas imperiais dos EUA e Israelitas. Essas incluem torturas sistemáticas, sanções económicas, bombardeamento de civis e outros crimes contra a humanidade. Às longas guerras de Israel contra os povos árabes e muçulmanos – mais de 60 anos e continuam – juntam-se agora aos estrategas sionistas em Washington que promovem guerras prolongadas, em série e que seguem a agenda israelita incitando uma islamofobia histérica através dos grandes meios de comunicação social e a academia. Hoje, o Judeo-fascismo está infiltrado no governo israelita (3 ministros), exército, ordens religiosas e sectores significativos da população.
8. O desaparecimento do colectivismo providêncial Europeu e Asiático – na ex-URSS e China – retirou as pressões de competição sobre o capitalismo ocidental e animou-o a revogar todas as concessões de previdência concedidas aos trabalhadores no período pós 2ª Guerra Mundial.
9. O desaparecimento do Comunismo e a integração da social-democracia no sistema capitalista conduziu a um forte enfraquecimento da Esquerda, que os protestos sociais esporádicos dos movimentos sociais não conseguiram substituir.
10. Tendo em vista o actual ataque em grande escala contra o nível de vida dos trabalhadores e da classe média, existem protestos ocasionais na melhor das hipóteses e impotência política no mínimo.
11. A exploração maciva do trabalho nas sociedades pós-revolucionárias, como na China e Vietname, inclui a exclusão de centenas de milhões de trabalhadores emigrantes dos serviços públicos elementares de ensino e saúde. A pilhagem sem precedentes e o confisco pelos oligarcas domésticos e multinacionais de milhares de empresas públicas estratégicas lucrativas na Rússia, nas repúblicas ex-Soviéticas, Europa do Leste, os Balcãs e países Bálticos representou a maior transferência da riqueza pública para o privado e no mais curto período de toda a história.
Em suma, a «barbárie» surgiu como uma realidade definidora, produto da emergência nos EUA de uma classe parasitária dominante militarista sionizada e financeira. Os bárbaros estão aqui e agora, presentes dentro das fronteiras das sociedades e Estados ocidentais. São dominantes e prosseguem agressivamente uma agenda que reduz continuamente o nível de vida, transfere a riqueza pública para os seus cofres privados, pilham recursos públicos, destroem direitos constitucionais na sua busca de guerras imperiais, segregando e perseguindo milhões de trabalhadores imigrantes e promovendo a desintegração e diminuição de uma classe média e trabalhadora estável. Mais do que nunca na história recente, 1% da população do topo controla uma parte cada vez maior da riqueza e os recursos nacionais.

Mitos e Realidades do Capitalismo Histórico

O corte, sustentado e em larga escala, dos direitos e disposições sociais, salários, segurança no emprego, pensões e salários demonstra a falsidade das ideias de um progresso linear do capitalismo. O retrocesso, fruto do maior poder da classe capitalista, demonstra a validade da proposição marxista de que a luta de classes é a força motora da história – pelo menos, na medida em que a condição humana é considerada o centro da história.
A segunda premissa falsa é que os Estados com base em «economias de mercado» precisam da paz e o corolário de que os «mercados» derrotam o militarismo, é refutada pelo facto de que a economia de mercado principal, os Estados Unidos, tem estado num estado de guerra constante desde os princípios de 1940; activamente empenhados em guerras, em quatro continentes, até aos dias de hoje. Com novas guerras maiores e mais sangrentas no horizonte. A causa e resultado da guerra permanente, é o crescimento de um «Estado nacional securitário» monstruoso que não reconhece quaisquer fronteiras nacionais e absorve a maior parte do orçamento nacional.
O terceiro mito do capitalismo “avançado” maduro é que ele revoluciona constantemente a produção através da inovação e da tecnologia. Com o crescimento da elite militarista e financeira especulativa, as forças produtivas têm sido pilhadas e a “inovação” fica principalmente pela criação de instrumentos financeiros que exploram os investidores, roubam os activos e aniquilam o emprego produtivo.
Enquanto o império cresce, a economia interna diminui, o poder fica centralizado no executivo, os poderes legislativos são cortados e nega-se à cidadania uma representatividade real e até mesmo um veto através de processos eleitorais.

A Resposta das Massas ao Crescimento da Barbárie

O crescimento da barbárie no nosso seio criou uma repulsa pública maciça contra o seus principais autores. As sondagens mostram repetidamente:
1. Um desgosto profundo e repulsa contra todos os partidos políticos.
2. Vastas maiorias sentem uma grande desconfiança em relação à elite empresarial e política.
3. Maiorias rejeitam a concentração do poder empresarial e o abuso deste poder, principalmente pelos banqueiros e financeiros.
4. Existe um questionamento generalizado das credenciais democráticas dos dirigentes políticos que actuam ao mando da elite empresarial e promovem as políticas repressivas do Estado de segurança nacional.
5. Uma grande maioria rejeita a pilhagem dos cofres do Estado para salvar os bancos e a elite financeira, ao mesmo tempo que impõem programas regressivos de austeridade na classe média e trabalhadora.

A Transição do Imperialismo Económico para o Bárbaro

Os EUA têm estado envolvidos em guerras imperiais contínuas há mais de 60 anos. A guerra tem sido endémica ao sistema imperial: na maioria dos casos tem sido para garantir recursos económicos, quotas de mercado e a exploração de mão-de-obra barata. A dialéctica entre expansão militar e conquista, domínio político através de regimes colaborantes e acesso económico privilegiado para as corporações multinacionais dos EUA (CMC) foi efectivamente o carácter definidor do imperialismo dos EUA. Hoje, a dialéctica imperial já não funciona. O crescimento do capital financeiro e a fuga das CMC dos EUA para o estrangeiro, para Estados asiáticos soberanos enfraqueceu o papel do capital industrial como motor da expansão imperial. Hoje, existem novos mecanismos que fomentam as guerras imperiais – militarismo e sionismo – que olham para as guerras e conquista militar como «um fim em si mesmo». Não capturam recursos ou quotas de mercado, destroem-nos, como demonstram as guerras dos EUA no Iraque, Afeganistão, Somália, Iémen, Honduras e noutros locais. Estas guerras destroem a riqueza das nações. Elas enfraquecem o tesouro americano. Não enriquecem as corporações (excepto temporariamente as empresas de mercenários de guerra) e não levam a uma remessa de lucros para os EUA/UE.
As guerras imperiais, que destroem a sociedade civil, o Estado e desarticulam as sociedades modernas seculares, criam alianças com as colectividades clericais e étnicas mais retrógradas que compartilham as tendências assassinas bárbaras dos seus apoiantes e patrocinadores imperiais.

Perspectivas do Socialismo

As esperanças ténues do socialismo existem fora da Europa e dos Estados Unidos. Mesmo nas regiões de guerra anti-imperialista de grande intensidade como no Golfo, Ásia do Sul, o Corno de África, as principais forças de resistência são dirigidas por movimentos islâmicos que rejeitam os programas socialistas seculares. Movimentos liderados por movimentos islâmicos podem enfraquecer o império mas também são contra e reprimem quaisquer movimentos operários abertamente marxistas. Na América Latina, os regimes nacionalistas têm enfraquecido o garrote do imperialismo americano sobre a sua política externa e criaram oportunidades para que a classe capitalista local ganhasse novos mercados, mas também se desradicalizaram, desmobilizaram e cooptaram os antigos movimentos de classe independentes e sindicatos dirigidos pelos marxistas e socialistas.
Na medida em que o socialismo existe como fenómeno de massas – e não apenas entre os académicos e os intelectuais que comparecem nas conferências uns dos outros – encontra-se entre sectores dissidentes dos mineiros bolivianos, trabalhadores industriais e do sector público, sindicatos, sectores dos sem-terra brasileiros e espalhando-se entre minorias nos sindicatos e movimentos camponeses em toda a região. Somente na Venezuela, com o Presidente Chávez, um programa socialista tem um apoio popular do Estado e das massas populares, apesar de co-existirem grandes contradições entre «Estado» e «regime».
Na Ásia, as recentes ondas de greves dos trabalhadores, num quadro de um passado revolucionário socialista, dá substância à esperança de um renascimento socialista de massas baseado na militância da classe operária e do campesinato. O mesmo se aplica ao Vietname, onde a militância dos trabalhadores procura organizações de classe independentes contra a exploração selvagem do capital estrangeiro e oligarcas locais «comunistas». Na Índia, guerrilheiros camponeses controlam vastas extensões de regiões tribais e estabeleceram um «poder duplo» em certos domínios, sujeitos a cerco militar e missões de busca e destruição. Protestos de massas na Grécia, Espanha, França e Itália mostram uma grande hostilidade dos trabalhadores contra os programas de austeridade de classe selectivos. Teoricamente, poderiam constituir uma base para o renascimento de uma política marxista; mas de momento, nenhum partido revolucionário importante ou movimento existe para transformar as greves num projecto de poder político.
Embora as perspectivas do socialismo, nomeadamente nos EUA, estejam bastante distantes e actualmente quase invisíveis, certas situações poderiam provocar um ressurgimento radical – que infelizmente pode «virar à direita» antes de olhar para a esquerda. Em qualquer caso, as perspectivas de socialismo nos EUA e na Europa Ocidental envolvem um processo longo e difícil, baseado na (re)criação da consciência e organização de classe.
A ofensiva capitalista tem certamente um grande impacto nas condições objectivas e subjectivas das classes trabalhadoras e médias, aumentado a miséria e criando uma onda crescente de descontentamento pessoal, mas não ainda movimentos anti-capitalistas massivos ou mesmo uma resistência organizada dinâmica.
Grandes mudanças estruturais requerem um acerto de contas com as actuais circunstâncias adversas e a identificação de novas entidades e formas de luta de classes e de transformação.
Um dos principais problemas é a necessidade de recriar uma economia produtiva e reconstruir um novo operariado industrial, tendo em conta anos de pilhagem financeira e de desindustrialização. Não necessariamente as indústrias «sujas» do passado, mas certamente novas indústrias que utilizem e inventem novos recursos energéticos limpos.
Em segundo lugar, as sociedades capitalistas altamente endividadas necessitam de uma mudança fundamental no militarismo e construção de império muito caros para uma espécie de austeridade baseada na classe, que imponha sacrifícios e reformas estruturais aos sectores da banca, financeiros e sectores de retalho de grande importação, substituindo pela produção local as importações de consumo baratas.
Em terceiro lugar, a redução dos sectores financeiro e de retalho exige a melhoria das qualificações dos trabalhadores e empregados deslocados, bem como mudanças no sector das TI para se adaptar às mudanças da economia. Mudanças paradigmáticas do salário em dinheiro para salário social, em que o ensino público gratuito ao mais alto nível e cuidados de saúde universais e pensões adequadas substituam o consumismo financiado pelo endividamento. Estas mudanças podem tornar-se a base para fortalecer a consciência de classe contra o consumismo individual.
A questão que se põe é saber como transportar movimentos laborais e sociais enfraquecidos, fragmentados em retracção ou na defensiva para uma posição de lançar uma ofensiva anti-capitalista.
Talvez muitos factores subjectivos e objectivos trabalhem para esse fim. Em primeiro lugar, existe uma rejeição crescente de largas maiorias contra os políticos incumbentes e em particular contra as elites financeiras e económicas que são claramente identificadas pela quebra das condições de vida e desigualdades crescentes. Em segundo lugar, existe uma opinião popular, partilhada por milhões, de que os actuais programas de austeridade são claramente injustos – com os trabalhadores a pagarem pelas crises criadas pela classe capitalista. Contudo, estas maiorias são mais «anti» situação do que pró transformação. A transição do descontentamento privado para acção colectiva é uma questão em aberto sobre quem e como, mas a oportunidade existe.
Vários factores objectivos podem desencadear uma mudança qualitativa do descontentamento de raiva passivo num movimento anti-capitalista massivo. Uma recessão muito acentuada, o fim da actual recuperação anémica e o aparecimento de uma recessão/depressão mais profunda e prolongada, podem desacreditar ainda mais os actuais governantes e os seus apoiantes económicos.
Em segundo lugar um período de austeridade interminável e profundo iria desacreditar a noção actual da classe dirigente da «dor necessária para ganhos futuros» e abrir as mentes e movimentar as entidades para procurar soluções políticas no sentido obter ganhos imediatos infringindo dor nas elites económicas
Guerras imperiais sem fim e não vitoriosas que sangram a economia, acabam por criar a consciência de que a classe dirigente «sacrificou o país» sem «qualquer propósito útil».
Talvez, a combinação de uma nova fase da recessão, a austeridade perpétua e guerras imperiais irracionais possam virar o actual mal-estar das massas e lançar hostilidade contra a elite política e económica, para os movimentos, partidos e sindicatos socialistas…

* Professor (Emeritus) de Sociologia na Universidade Binghamton de Nova York e professor adjunto na Universidade Saint Mary, no Canadá. Recebeu numerosas distinções profissionais e académicas.
É autor de mais de 60 livros e de centenas de artigos especializados na área da Sociologia, e de mais de 2.000 artigos de opinião publicados em jornais internacionais de grande projecção. Actualmente colabora com regularidade no jornal mexicano La Jornada, contribui para o Conter Punch e Atlantic Free Press, e integra o colectivo editorial de Canadian Dimension.

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